Médicos especialistas da Administração de Alimentos e Medicamentos (“FDA” na sigla em inglês) aprovaram nesta terça-feira (26), a aplicação da vacina Pfizer em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos após um aumento considerável no registro de casos infantis por Covid-19.
O anúncio oficial deve ser veiculado na mídia nas próximas semanas, ainda sem uma data confirmada. A aplicação do imunizante deve beneficiar cerca de 28 milhões de crianças norte-americanas. A dose administrada tem de corresponder a um terço daquela aplicada em adultos, com agulhas menores.
Integrantes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (“CDC” na sigla em inglês) especializados em vacinas devem dar um parecer sobre a recomendação do FDA. Em caso de aprovação, a cientista-médica americana e diretora do departamento, Rochelle Walensky, dará a ordem para o início da administração do imunizante.
A preocupação dos EUA em iniciar a vacinação contra o novo Corona Vírus se dá pelo crescimento preocupante no número de casos registrados dentro dessa faixa-etária: aproximadamente 9% do todo de infecções registradas refere-se às crianças. Mas apesar disso, alguns pais e grupos de oposição se dispõe contra às vacinas, defendendo sua suposta ineficácia.
Criança recebendo um imunizante. (Foto: Reprodução/Clínica Meitan)
A Pfizer já havia divulgado em setembro passado uma pesquisa dizendo que a vacina possuía uma eficácia de 91% em casos sintomáticos do vírus para essa idade, pois foi “bem tolerada, com efeitos colaterais geralmente comparáveis aos observados em participantes de 16 a 25 anos de idade”. Bebês e crianças de 6 meses aos 4 anos também participam dos ensaios clínicos do imunizante, embora com uma dosagem menor.
No Brasil, ainda não há previsão para imunizar as crianças. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta quarta-feira (27), ao G1 que “não recebeu pedido da empresa Pfizer para inclusão do público de 5 a 11 anos na bula da vacina contra Covid, Comirnaty”.
Foto de destaque: Spencer Davis/Unsplash.