O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos registrou um alerta na última segunda-feira (26) após a confirmação de cinco casos de malária no país. Foram os primeiros casos de contágios locais de malária nos EUA após vinte anos sem nenhum caso da doença no país.
Quatro casos da doença foram registrados na Flórida e um caso isolado na região do Texas. Acredita-se que os casos entre os dois estados não estejam relacionados. O CDC disse que embora tenham ocorrido esses cinco casos, o risco de contágio local de malária permanece reduzido nos EUA, pois a maioria dos casos envolvendo a malária nos Estados Unidos são de pessoas que viajaram para outros países que transmitem a doença, e quando essas pessoas retornam ao país, acabam importando a doença.
O mosquito Anopheles é um parasita causador da malária (Foto: Reprodução/Rádio Imprensa)
Os sintomas causados pela malária são semelhantes à dengue: a pessoa infectada sente febre, calafrios e sintomas gripais. O causador da transmissão da doença é um parasita que se espalha através da picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, também denominado de mosquito-prego. Após a picada, a pessoa deve procurar imediatamente um médico, caso contrário, a falta de cuidados pode levar a pessoa à morte. A doença também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou na gravidez, por isso, é importante sempre manter locais limpos, não deixar água parada para a proliferação da malária e outras doenças, e obter o máximo de informações possíveis sobre a doença.
O estado da Flórida alertou os cidadãos após a confirmação dos casos nos condados de Sarasota e Manatee, apelando para que a população drene a água parada, pois os mosquitos transmissores da doença a utilizam. O Texas também alertou a população após um cidadão do condado de Cameron ser diagnosticado com a doença. O CDC disse que os infectados receberam tratamento e estão melhorando.
Vale lembrar que o último caso de malária local nos EUA aconteceu em 2003.
Foto destaque: Primeiros casos locais de malária nos EUA após duas décadas. Reprodução/BBC