Mais da metade do planeta estará acima do peso até 2035

Sergio Gelio Por Sergio Gelio
3 min de leitura

De acordo com a nova edição do Atlas da Obesidade no Mundo, divulgado pela Federação Mundial de Obesidade, mais da metade da população mundial estará acima do peso ou obesa até 2035. Isso significa que mais de 4 bilhões de pessoas ou 51% da população estarão classificadas em uma dessas categorias.

Atualmente, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, o que corresponde a 38% da população mundial, já estão com sobrepeso ou obesidade.

A obesidade está sendo impulsionada por vários fatores, incluindo a emergência climática, restrições impostas pela pandemia de Covid-19, poluentes químicos, bem como a composição e promoção de alimentos não saudáveis ​​e o comportamento da indústria alimentícia.

O excesso de peso está associado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 precoce, problemas cardíacos, má formação do esqueleto e um aumento no risco de câncer e outras doenças. Especialmente preocupante é que a obesidade entre crianças e adolescentes está aumentando mais rapidamente do que entre os adultos, com a taxa projetada para ser pelo menos o dobro da observada em 2020 até 2035.


Mais da metade da população estará acima do peso até 2035 (Foto: Reprodução/DepositPhoto)


O relatório também destaca que as taxas de obesidade estão aumentando particularmente em países de baixa renda, que são menos preparados para enfrentar a doença. Nove dos 10 países que devem experimentar os maiores aumentos nos próximos anos são nações de baixa ou média renda na África e na Ásia.

Para tentar impedir que isso aconteça, a Federação Mundial de Obesidade recomenda que os governos tributem e criem restrições à comercialização de alimentos ricos em gordura, sal ou açúcar; acrescentem rótulos de alerta na frente da embalagem destes produtos e forneçam alimentos saudáveis ​​nas escolas.

O custo global da obesidade também deve disparar, de US$ 1,96 trilhões em 2019 para US$ 4,32 trilhões em 2035, o que seria o equivalente a 3% do PIB global. A federação estima que isso seria uma soma comparável ao dano econômico causado pelo Covid-19.

 

Foto destaque: Obesidade. Reprodução/Getty Images

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