Ministério da Saúde implementa o COE Dengue para combater a crescente epidemia no início de 2024

Eduardo Luzan Por Eduardo Luzan
3 min de leitura
Foto destaque: centro de Operações de Emergência contra a dengue (reprodução/Antonio Cruz/Agência Brasil)

O Brasil atualmente enfrenta um aumento expressivo de casos registrados de dengue, que em 2023 atingiu atingindo 1.658.816 registros e 1.904 mortes.

Em resposta a essa emergência de saúde pública, o Ministério da Saúde implementou o Centro de Operações de Emergência contra a Dengue (COE Dengue) para monitorar e coordenar ações de combate ao mosquito, bem como para fornecer informações essenciais à população.

O Rio de Janeiro, em particular, enfrenta uma epidemia, adotando medidas rigorosas, como a entrada compulsória em imóveis abandonados, utilização de carros fumacê e a abertura de polos de atendimento.


Nísia Trindade
Ministra da Saúde debate sobre a possibilidade de vacina de fabricação nacional (foto: reprodução/Julia Prado/MS)

Medidas do Ministério da Saúde

O COE Dengue, liderado pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, está intensificando os testes diagnósticos como parte do esforço para conter a disseminação da doença.

Além disso, está previsto o início da vacinação com a Qdenga da Takeda, recentemente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). As 750 mil doses iniciais serão direcionadas, prioritariamente, a crianças e adolescentes de seis a 16 anos em áreas endêmicas, com a expectativa de mais doses ao longo de 2024 e 2025.

Registros da OMS e implementação no SUS

A dengue tornou-se uma preocupação global, influenciada pelas mudanças climáticas, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) observando um aumento significativo nas taxas de infecção em todo o mundo, destacando o Brasil como um dos países mais afetados.

Frente aos desafios apresentados pelo aumento dos casos, o governo brasileiro já tinha anunciado a inclusão da vacina Qdenga, desenvolvida pela Takeda Pharma, no Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar dos esforços para conter a disseminação da doença, a quantidade limitada de doses e a necessidade de duas aplicações para a imunização completa representam desafios logísticos que precisarão ser superados.

Especialistas em saúde pública destacam a importância de uma abordagem integrada para enfrentar o desafio da dengue, envolvendo pesquisa científica, métodos de controle vetorial, educação pública e cooperação internacional.

Conscientização aos focos e sintomas

Recomenda-se fortemente que, ao apresentar sintomas, a população procure assistência médica, adote medidas de repouso, mantenha uma hidratação adequada e utilize repelentes para evitar a picada do mosquito

A prevenção, por meio da eliminação de criadouros, permanece fundamental para conter a disseminação da dengue e proteger a saúde da população.

Colunista do In Magazine
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