Ancelotti inicia nova era na Seleção com escolhas que misturam tradição e renovação
Carlo Ancelotti finalmente assumiu o comando da Seleção Brasileira. A convocação anunciada nesta segunda-feira (26) para os jogos contra Equador e Paraguai representa o primeiro grande gesto do técnico italiano à frente do time canarinho. Embora se esperasse uma ruptura mais clara com o ciclo anterior, Ancelotti optou por uma abordagem conservadora. Com 25 nomes […]
Carlo Ancelotti finalmente assumiu o comando da Seleção Brasileira. A convocação anunciada nesta segunda-feira (26) para os jogos contra Equador e Paraguai representa o primeiro grande gesto do técnico italiano à frente do time canarinho. Embora se esperasse uma ruptura mais clara com o ciclo anterior, Ancelotti optou por uma abordagem conservadora.
Com 25 nomes chamados, a lista inclui figuras experientes como Alisson, Casemiro e Marquinhos, ao lado de apostas como Estêvão, do Palmeiras, e Hugo Souza, do Corinthians. A mescla entre nomes consolidados e jovens talentos sugere que o técnico optou por sentir o ambiente antes de promover mudanças radicais.
Neymar fora: prudência ou sinal dos tempos?
Um dos pontos mais debatidos da lista é a ausência de Neymar. Desde seu retorno ao Santos, o atacante convive com seguidas lesões musculares. Atuou por apenas 11 partidas e teve minutos limitados recentemente. Ancelotti, ao deixá-lo de fora, envia uma mensagem clara: rendimento e condição física serão critérios determinantes.
A decisão parece acertada. Além de priorizar a meritocracia, o técnico evita transformar a Seleção em refúgio para jogadores em má fase. Ainda assim, a ausência de Neymar marca um momento simbólico: talvez a Seleção comece, de fato, a preparar seu futuro sem depender do camisa 10.
Convocação cautelosa e politicamente correta
A escolha dos nomes também revela um desejo de equilíbrio. O Flamengo, com cinco convocados, mostra o peso da elite do futebol nacional, enquanto jogadores da Europa seguem majoritariamente presentes. Andreas Pereira e Ederson ganham nova chance, e a manutenção de Bruno Guimarães reforça a confiança no meio-campo jovem e dinâmico.
Contudo, a convocação também levanta questionamentos. A ausência de alguns nomes em destaque no Brasileirão e a permanência de jogadores que não vivem seu melhor momento podem indicar uma dificuldade inicial em se desapegar de velhos paradigmas.
Próximos testes: pouca margem para erro
O Brasil enfrenta o Equador fora de casa no dia 5 de junho, e recebe o Paraguai no dia 10, na Neo Química Arena. Ambas as seleções estão próximas na tabela das Eliminatórias, e os resultados desses jogos podem impactar diretamente a estabilidade do início de Ancelotti.
Em suma, a convocação de Ancelotti mostra um início seguro, porém sem grandes ousadias. A expectativa é que, ao longo do tempo, o técnico consiga imprimir sua identidade ao time. Por enquanto, a prudência venceu a revolução. Mas o torcedor brasileiro, como sempre, espera vitórias — e encantamento.
