Juiz em Nova York rejeita acusações de terrorismo contra Luigi Mangione

Um juiz de Nova York rejeitou nesta terça-feira (16) duas acusações de terrorismo contra Luigi Mangione, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealth. Entre as acusações rejeitadas estavam homicídio em primeiro grau em prol de um ato de terrorismo e homicídio em segundo grau como crime de terrorismo. O magistrado considerou as acusações “legalmente insuficientes”.

Acusações Federais e Pena de Morte

Mangione é acusado de matar Thompson em 4 de dezembro de 2024, em frente a um hotel em Manhattan, onde a empresa realizava uma conferência com investidores. O crime provocou grande repercussão na mídia e trouxe à tona debates sobre segurança em eventos corporativos nos Estados Unidos.  Em audiências anteriores, Mangione se declarou inocente das acusações tanto estaduais quanto federais. A Justiça estadual o acusa de homicídio como crime de terrorismo, crime que pode levar à prisão perpétua.


Reportagem CNN (Reprodução/X/@CNNBrasil)

No âmbito federal, o Departamento de Justiça busca a pena de morte contra Mangione. Segundo os promotores, ele perseguiu Thompson através de fronteiras estaduais e cometeu o assassinato com intenção de aterrorizar trabalhadores do setor de planos de saúde e desestabilizar o sistema de saúde americano. O caso federal adiciona complexidade ao processo, já que envolve acusações de terrorismo em escala nacional, que podem resultar em punições mais severas do que no caso estadual.

Defesa Questiona Base das Acusações

Os advogados de Mangione argumentam que as duas acusações se baseiam em teorias conflitantes, pedindo o arquivamento do caso estadual. Segundo a defesa, as acusações violariam o direito constitucional do réu de não ser processado duas vezes pela mesma conduta — princípio conhecido como double jeopardy.

Por outro lado, os promotores sustentam que não há fundamento para essa alegação. Eles afirmam que as opções enfrentadas por Mangione são consequência de suas próprias ações e que o caso deve seguir seu curso legal. As datas dos julgamentos, tanto no caso estadual quanto no federal, ainda não foram definidas. Mangione permanece sob custódia federal enquanto a Justiça organiza os próximos procedimentos legais.

O caso continua a atrair atenção internacional, não apenas pelo perfil do acusado e da vítima, mas também pelas implicações legais em torno do uso das acusações de terrorismo em crimes individuais nos Estados Unidos.

Caso Justin Tucker: ator enfrenta acusações de má conduta sexual por 16 mulheres

Acusado por mais de sete massoterapeutas, o kicker do Baltimore Ravens, Justin Tucker, astro da liga, de comportamento sexual inadequado, elevando assim o número de acusadoras para um total de 16, segundo informações do The Baltimore Banner.

Segundo as mulheres o ocorrido foi entre 2012 à 2016

Segundo o site CNN, Banner, relata o ocorrido com todas as 16 mulheres que afirmam que os supostos incidentes ocorreram entre os anos de 2012 e 2016, e que dos spas, alguns chegaram a proibi-lo de retornar. No mês de Janeiro, seis das profissionais da região de Baltimore Banner, para relatar os abusos que sofreram durante algumas sessões com o astro do Ravens.



Novas alegações, comparadas, são semelhantes às que outras mulheres fizeram anteriormente, relatos que vão desde expor intencionalmente o órgão genital, até mesmo tocar nas profissionais, e roçar nas mulheres. Desde sua exposição, o caso vem chamando a atenção da mídia dos Estados Unidos, e colocando em dúvida a reputação de Tucker, que além de ser um dos maiores astro do esporte, também é o mais preciso da NFL.

Segundo as mulheres o ocorrido foi entre 2012 à 2016

Os advogados do astro, declararam ao Banner, que Justin Tucker, não chegou a ser banido de spa nenhum, e que além disto foi fornecido pelos próprios advogados, uma declaração, que juramentada, da proprietária de uns dos estabelecimentos, teria falado que nunca houve reclamações sobre Tucker. 

Na declaração, a proprietária do spa, também teria afirmado que, com base em suas conversas com os funcionários do local, seu entendimento é que o Sr. Justin Tucker, tinha uma boa reputação entre os funcionários desde a massoterapia e também todos os outros.

Ao tentar entrar em contato, a CNN com o escritório SBWD Law Firm, os advogados do astro e os Ravesns, para mais informações sobre o caso, e sobre as sete novas acusações, a NFL, reportou que, o assunto sobre as acusações estão sob a revisão da Política de Conduta Pessoal, sem dar novas informações.

Kanye West usa o X para defender P.Diddy e falar sobre o Grammy

Na manhã desta sexta-feira (7), o rapper e empresário Kanye West (Ye) publicou uma série de mensagens no X em defesa de Sean Combs, conhecido como P. Diddy, preso desde setembro de 2024 sob acusações de abuso sexual, tráfico humano, estupro, exploração sexual, extorsão, entre outros crimes. Em sua publicação, Ye pediu que o presidente Donald Trump libertasse “meu irmão Puff”.

Diddy nega todas as acusações e aguarda julgamento, marcado para o dia 5 de maio, que será transmitido mundialmente. Caso seja condenado, ele pode enfrentar prisão perpétua. Ainda em sua defesa, Ye declarou que tentava transformar tanto a si mesmo quanto Puff em exemplos.

Em outro post, Kanye também abordou a polêmica decisão de sua esposa, Bianca Censori, de comparecer nua ao tapete vermelho do Grammy. Ele afirmou que não interfere nas escolhas de vestuário da esposa e que a decisão partiu exclusivamente dela, reforçando que, ainda assim, ela não usaria algo que ele desaprovasse.


Kanye e a esposa Bianca no tapete vermelho do Grammy (Foto: reprodução/Axelle/Bauer-Griffin/Getty Images Embed)


Polêmicas de Kanye no X

Kanye West é conhecido por suas declarações controversas, principalmente no X (antigo Twitter), onde já teve sua conta suspensa diversas vezes. Em outubro e dezembro de 2022, ele foi banido da plataforma por publicações consideradas antissemitas. Segundo o Wall Street Journal, ele só pôde retornar à rede em 2023 após garantir a Elon Musk que não usaria o espaço para disseminar mensagens preconceituosas. No entanto, nesta sexta-feira, Ye voltou a publicar declarações antissemitas.

Kanye West e a perda de seu status bilionário

Considerado um dos maiores rappers das últimas décadas, Kanye West perdeu seu lugar na lista de bilionários da Forbes após a rescisão de contratos com marcas de luxo como Balenciaga, Adidas e GAP. As empresas encerraram suas parcerias com o artista após suas declarações antissemitas, resultando em uma grande perda financeira.

Matéria por Fellipe Casimiro (Lorena r7)

Ex-assistente de Diddy revela que foi forçado a ato sexual como prova de lealdade

Nesta quarta-feira (29), mais uma acusação foi adicionada ao já extenso histórico de denúncias contra Sean “P. Diddy” Combs. O rapper e empresário, que aguarda julgamento por crimes sexuais, continua enfrentando graves alegações. A mais recente foi feita por Phillip Pines, ex-assistente executivo do magnata, que afirmou ter sido forçado a realizar atos sexuais com uma mulher durante uma festa organizada por Diddy como uma suposta demonstração de lealdade. O relato veio à tona em uma série de documentários sobre os crimes do artista, nos quais Pines revelou detalhes do ocorrido.

Ex-assistente de Sean Combs acusa o rapper de tê-lo forçado a ato sexual

De acordo com matéria do “The Hollywood Reporter”, publicada nesta quarta-feira (29), Phillip Pines detalhou o crime que teria acontecido durante uma festa promovida pelo artista entre 2019 e 2021. Segundo ele, Sean Combs entregou-lhe uma camisinha e uma bebida, empurrando-o em direção a uma convidada, exigindo que provasse sua lealdade.

Pines revelou que se sentiu desconfortável e temeu represálias caso desobedecesse à ordem. Ele também afirmou que seu trabalho incluía a organização das festas conhecidas como “Wild King Nights”, nas quais comportamentos sexuais explícitos eram incentivados. Além disso, ele era responsável por fornecer bebidas alcoólicas, substâncias ilícitas e lubrificantes para os convidados. Após os eventos, tinha a tarefa de limpar os espaços, frequentemente repletos de vestígios de fluidos corporais.


             Comercial do documentário dos crimes de Diddy com entrevista de Phillip Pines (Vídeo: reprodução/YouTube/Extratv)


Documentário expõe supostas manipulações de Diddy

Phillip Pines também acusou Diddy de manipular suas vítimas, aproveitando-se de sua influência e carisma para fazê-las se sentirem à vontade antes de submetê-las a situações degradantes. Segundo o ex-assistente, o empresário filmava esses momentos para exercer controle sobre as vítimas, possivelmente usando as gravações como forma de chantagem.

Outro ponto abordado foi o rigoroso controle imposto pelo rapper sobre os eventos, especialmente no que se referia às mulheres presentes. Pines afirmou que Diddy selecionava as participantes com base em atributos físicos específicos, excluindo aquelas que apresentassem celulite ou flacidez corporal.

Com essas novas denúncias, Sean Combs enfrenta mais uma acusação judicial, somando-se a crimes como tráfico sexual, extorsão e outros delitos semelhantes. Promotores alegam que o rapper usava táticas psicológicas e físicas para intimidar suas vítimas, ameaçando-as caso não atendessem às suas exigências.

Matéria por Eduarda Moreira (Lorena r7)

Repercute o indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 36 pessoas repercutiu amplamente na imprensa internacional nesta quinta-feira (21). A Polícia Federal (PF) identificou uma “organização criminosa” que teria atuado de forma coordenada em 2022 com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.

Entre os indiciados estão ex-ministros como Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Ameaça à democracia

Após o anúncio do indiciamento, o New York Times destacou que as acusações “aumentam significativamente os problemas legais de Bolsonaro” e evidenciam uma tentativa organizada de minar a democracia brasileira. O jornal ressaltou que, cerca de um ano antes das eleições de 2022, Bolsonaro lançou uma campanha para disseminar dúvidas infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas, afirmando que só perderia caso houvesse fraude em favor de seu oponente.

O New York Times também comparou os protestos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, ao ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em janeiro de 2021, quando apoiadores de Donald Trump contestaram o resultado das eleições americanas.

Já o espanhol El País apontou que, durante seu governo, Bolsonaro frequentemente adotou um discurso que flertava com a ruptura democrática. O jornal destacou que ele se recusou a reconhecer a vitória de Lula nas eleições de 2022.

O francês Le Monde relembrou uma acusação de Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, na qual o ex-presidente declarou nas redes sociais que Moraes “faz tudo o que a lei não manda”.

A CNN americana ressaltou que Lula venceu as eleições de 2022 por uma margem apertada e que, após o resultado, apoiadores de Bolsonaro rejeitaram a derrota e invadiram prédios do governo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Por sua vez, a rede Al Jazeera noticiou que os seguidores de Bolsonaro ficaram “irritados” com o desfecho das eleições, destacando as tensões que culminaram nos atos antidemocráticos.


Em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios do governo em Brasília pedindo intervenção militar (Foto: reprodução/Eraldo Peres/AP/Picture Alliance/VioMundo)


Ameaça de assassinato a Lula

O britânico The Guardian relembrou o atentado à bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e alertou que, embora Lula esteja no poder, a ameaça representada pela extrema-direita permanece. A publicação também mencionou outros indiciados, como o argentino Fernando Cerimedo, estrategista digital e responsável pela comunicação da campanha presidencial de Javier Milei, na Argentina.

O argentino La Nación ressaltou que caberá à Procuradoria Geral da República decidir se apresentará uma denúncia formal com base nas investigações da PF. O jornal destacou que esta é a investigação mais delicada da trajetória de Bolsonaro, que agora enfrenta pressão crescente.

Por fim, o francês Le Figaro deu destaque a um suposto plano chamado “Adaga Verde e Amarela”, que teria como objetivo assassinar o presidente Lula. O caso foi revelado após operações da PF que levaram à prisão de militares e um policial federal nesta semana.

Matéria por Érica Monique Antunes (Lorena r7)

Irmã de Marielle Franco declara dificuldade em perdoar Ronnie Lessa

Nesta quinta-feira (31), Anielle Franco disse no julgamento de Ronnie Lessa, que existe uma dificuldade para perdoar os assassinos de sua irmã, a então vereadora Marielle Franco, que foi assassinada com Anderson Gomes, seu motorista, no dia 14 de março de 2018. Ela relatou no tribunal, em depoimento, criada no meio cristão e ensinada sobre a importância do perdão, entretanto lembrou a falta que sente dela em sua vida e como isso torna complicado perdoar.

Perdão

Ronnie Lessa, enquanto rolava a primeira sessão, pediu perdão às famílias das pessoas que ele estava sendo acusado de matar. Durante o momento em que ocorria o júri popular, ele citou o seguinte:

“Preciso pedir perdão a essas famílias. Perdi meu pai recentemente e já foi péssimo. Perder um filho deve ser a coisa mais triste do mundo, um marido”.

Enquanto ele falava, continuou em seu relato lembrando que não tem como voltar no tempo, e que ele busca se esforçar para fazer o possível para confortar a todos, assumindo a responsabilidade em torno do ocorrido. Ainda em seu depoimento, reiterou que precisou pedir o perdão para poder tirar esse peso da consciência, pois sempre se sentira culpado pela morte da Marielle.


Nesta quinta-feira (31), Elcio de Queiroz e Ronnie Lessa dão depoimento por videoconferência no 1º dia do julgamento (reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images embed)


O primeiro alvo

Enquanto relatava durante seu julgamento, Ronnie Lessa revelou que o seu primeiro alvo era Marcelo Freixo, que foi deputado federal e preside atualmente a Embratur. Segundo o mesmo, era inviável matá-lo naquele momento. Lembrou também que houve uma estratégia quanto ao local onde iria ser feito o assassinato, para não haver interpretação de parecer que havia um intuito político no crime.

Ronnie Lessa permanece sendo julgado pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.