Ventania afeta voos pelo Brasil pelo segundo dia consecutivo

Os ventos fortes que atingiram São Paulo e Santa Catarina na quarta-feira (10) continuam afetando a aviação brasileira nesta quinta-feira (11) e já provocam novos atrasos e cancelamentos de voos em diferentes aeroportos do país. As rajadas ainda interferem nas operações de pousos e decolagens, levando as companhias aéreas a ajustar a programação diante das condições climáticas adversas.

Nesta quinta-feira (11), 100 voos foram cancelados em consequência da instabilidade, que segue afetando o ritmo das operações. As rajadas de vento que atingiram o sistema aéreo paulista chegaram a 98 km/h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e continuam provocando ajustes nos aeroportos ao longo do dia.

Por que os ventos estão tão fortes

A Defesa Civil informou que os ventos fortes registrados nas últimas horas são consequência de um ciclone extratropical formado no Sul do Brasil. O sistema avançou para outras regiões e acabou influenciando a capital paulista e a Grande São Paulo, onde as rajadas ganharam intensidade.

Segundo o órgão, fenômenos desse tipo podem provocar variações bruscas de vento, mesmo sem chuva, e manter rajadas acima da média por várias horas. A atuação do ciclone extratropical ajuda a explicar a ventania que ainda afeta o funcionamento dos aeroportos e deixa parte do estado de São Paulo sem energia elétrica devido à força dos ventos.


Detalhes da situação aérea após ventania afetar operações no país (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Quais aeroportos foram impactados

Em São Paulo, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos foram os primeiros a sentir os efeitos dos ventos fortes, com reflexos imediatos nas operações de pousos e decolagens. A ventania também impactou terminais de outras capitais, ampliando o número de atrasos e cancelamentos ao longo do dia.

Além da capital paulista, aeroportos do Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Natal, Mato Grosso, Curitiba, Vitória, Maceió, Salvador, Recife, Porto Alegre e São José do Rio Preto registraram instabilidade nas operações. Em todos esses terminais, as companhias aéreas tiveram de ajustar a programação, já que a força das rajadas comprometeu a regularidade dos voos.

A expectativa é que as condições melhorem ao longo das próximas horas, mas as autoridades pedem que os passageiros acompanhem as atualizações das companhias aéreas, já que a situação ainda pode sofrer alterações por causa da ventania.

Paralisação do governo dos EUA afeta voos e causa caos nos aeroportos

O transporte aéreo dos Estados Unidos enfrenta dias complicados por causa da paralisação parcial do governo. O secretário de Transportes, Sean Duffy, informou nesta sexta-feira (7) que, se o impasse continuar, pode ser necessário cortar até 20% dos voos programados. A decisão vem em meio a uma série de cancelamentos e atrasos que já atingem milhares de passageiros em diferentes estados.

Segundo dados do site FlightAware, apenas nesta sexta-feira foram mais de 700 voos cancelados e outros 5,3 mil sofreram atrasos. O cenário é consequência direta do shutdown, quando o Congresso não aprova o orçamento federal a tempo, impedindo o governo de pagar parte dos servidores e manter serviços básicos.

Atrasos crescem e aeroportos operam no limite

A Administração Federal de Aviação (FAA) determinou que os aeroportos reduzam as operações em 4% por enquanto, número que pode dobrar até 14 de novembro. Em grandes centros como Atlanta, Houston, Phoenix, San Francisco e Washington, D.C., o movimento está abaixo do normal. Na capital, os atrasos chegaram a quatro horas e cerca de 17% dos voos foram cancelados.

Durante os 38 dias de paralisação, cerca de 13 mil controladores de tráfego aéreo e 50 mil agentes de segurança continuam trabalhando sem salário. A falta crescente desses profissionais tem causado gargalos nas torres de controle e ampliado o tempo de espera para pousos e decolagens.

Entenda o motivo da crise política

O problema começou quando o Congresso não conseguiu aprovar o novo orçamento. Os democratas exigem que programas de assistência médica sejam mantidos, enquanto o governo de Donald Trump quer aprovar o texto sem essas garantias. Como o Senado precisa de 60 votos e o partido do presidente tem apenas 53, a negociação travou.


Mais de mil voos são cancelados nos EUA  (Vídeo: reprodução/YouTube/@uol)


Com isso, vários serviços federais ficaram sem recursos, e o setor aéreo virou um dos mais afetados. Companhias como American Airlines, Delta, United e Southwest já começaram a reduzir voos conforme orientação da FAA.

A American cancelou 220 viagens nesta sexta, atingindo cerca de 12 mil passageiros, mas informou ter conseguido realocar a maioria deles. O presidente da empresa, Robert Isom, afirmou que os cortes ainda não causam grandes prejuízos, mas o impacto deve aumentar se o impasse persistir.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, demonstrou preocupação com o caos nos aeroportos e publicou nas redes sociais uma imagem de painéis cheios de cancelamentos.

Enquanto isso, o secretário Sean Duffy disse que novas reduções podem ser impostas se mais controladores faltarem ao trabalho. “Eu avalio os dados. Vamos tomar decisões com base no que vemos no espaço aéreo”, afirmou.

O governo segue monitorando os dados do tráfego aéreo, mas a tendência é de que as restrições continuem até que o Congresso e a Casa Branca cheguem a um acordo sobre o orçamento.

Aeroportos em Moscou são fechados após ataque ucraniano com mais de 100 drones

Na madrugada desta sexta-feira (24), a Rússia afirmou ter interceptado mais de 100 drones lançados pela Ucrânia, que tiveram como alvo 13 regiões do país, incluindo Moscou. O ataque obrigou o fechamento temporário dos aeroportos Vnukovo e Domodedovo, causando o redirecionamento de seis voos. Apesar dos danos relatados, as autoridades russas afirmaram que todos os drones foram abatidos, e não houve feridos.

O ataque

Entre os alvos mencionados pela Ucrânia estavam uma refinaria de petróleo em Riazan, cerca de 170 km ao sul de Moscou, e uma fábrica de microeletrônica em Briansk. Segundo a Ucrânia, essas instalações são cruciais para o abastecimento militar russo. Após as explosões, uma grande bola de fogo foi avistada sobre a refinaria. Autoridades russas informaram que seis drones foram abatidos sobre a região de Moscou, enquanto outros foram destruídos em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia, incluindo Kursk, Briansk e Belgorod.


O aeroporto de Vnukovo foi um dos afetados. (Foto:reprodução/X/@airlinerwatch)

Os ataques ucranianos seguem como parte de uma estratégia para atingir estruturas energéticas e militares russas, com o objetivo de enfraquecer o aparato militar do país. Em resposta, a Rússia realizou um ataque com 58 drones contra a Ucrânia, que resultou na morte de três pessoas em Kiev, além de danos a prédios residenciais, casas e veículos.

Impactos na infraestrutura e escalada do conflito

Em Kursk, o ataque ucraniano danificou linhas de energia, interrompendo o fornecimento elétrico em um distrito da cidade, segundo o prefeito Igor Kutsak. Outras regiões, como Saratov, Voronezh, Lipetsk e Tula, também foram alvos dos drones.

Do lado ucraniano, as vítimas fatais em Kiev foram causadas por destroços de drones russos, conforme reportado pelo Ministério do Interior. Embora 25 drones tenham sido interceptados e 27 desviados, os danos em estruturas civis foram significativos, aumentando a tensão no já prolongado conflito.

Ambos os lados continuam utilizando ataques com drones como uma ferramenta estratégica, agravando os impactos humanitários e reforçando a complexidade do conflito.

Multinacionais alertam sobre tentativas de golpe após falha cibernética

Empresas multinacionais alertam seus funcionários para que não caiam em golpes após falha cibernética por atualização da CrowdStrike. As ameaças digitais de ações de cibercriminosos foram localizadas nesta sexta-feira (19), logo depois do apagão global. Uma multinacional com atuação nos Estados Unidos, Europa e América do Sul alertou sobre uma medida de segurança para evitar malware ou tentativas de phishing, pois o comportamento do usuário deve ser essencial para proteger as informações da companhia.

Protocolo

Os malware são softwares criados para causar dano ao computador, servidor, cliente ou rede de computadores, assim como o phishing, que é o ato de enganar o usuário para usar suas informações confidenciais.

As empresas alertam sobre o risco dessas ameaças e recomendam que os usuários desconsiderem mensagens no estilo pop-up que exibam mensagens para suporte técnico ou link que direcione para a atualização do software. “Não clique em links nem baixe anexos desses e-mails, pois eles podem conter malware ou tentativas de phishing. Mesmo que um e-mail pareça ser de um remetente legítimo, certifique-se de examiná-lo em busca de algo incomum” , declarou uma empresa global.

A outra orientação é para que haja atenção aos e-mails não solicitados ou de fontes desconhecidas. Dessa forma, caso apareçam, não abri-los e nem baixá-los, pois eles podem ser malware ou tentativa de phishing.

CrowdStrike e falha cibernética

A falha causada pela atualização que gerou o RSOD (a tela azul da morte), expôs problemas de vulnerabilidade da empresa de segurança que atua na indústria de softwares. Apesar de ter sido fundada em 2012 e operar com as 300 maiores dos EUA, especialistas alertam sobre a necessidade dessas empresas em repensar seus padrões de governança e sistemas de segurança.


O aeroporto Internacional de Guarulhos não foi afetado pela falha e seguiu com os seus serviços sem transtornos, diferente do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, cujos voos sofreram atrasos (Foto: reprodução/Adam Hester/Getty Images embed)


A pane após a atualização no sistema da CrowdStrike derrubou sistemas de aeroportos, emissoras de televisão, bancos, hospitais, entre outros. A atualização comprometeu mais de 70% de computadores do mundo que usam o Windows, o sistema operacional da Microsoft.

No Brasil, o Vice-presidente do Conselho da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), Francisco Camargo, advertiu sobre o nível de responsabilidade da indústria de softwares.

Argentina cancela mais de 700 voos devido à greve geral contra o governo de Milei

Cerca de 700 voos que deveriam partir ou chegar em aeroportos argentinos nesta quinta-feira (9) foram cancelados devido à greve geral promovida por sindicalistas frente aos cinco meses de governo de Javier Milei.

Com a adesão de profissionais como pilotos e trabalhadores aeronáuticos à greve, apenas no Aeroporto Internacional Ministro Pistarini de Ezeiza e Aeroporto Jorge Newberry em Buenos Aires, já houveram 400 voos cancelados e 55 mil passageiros prejudicados, conforme a administradora Aeropuertos Argentina 2000.

 BRA para ARG

Ao menos 31 voos entre Brasil e Argentina que seriam realizados nesta quinta tiveram de ser cancelados. A companhia aérea Gol informou o cancelamento de todos os seus voos de ou para os aeroportos de Buenos Aires, Mendoza, Córdoba e Rosário. Da Gol, pelo menos oito voos foram cancelados.

Ainda segundo a Gol, para os clientes afetados pelo cancelamento, foram criadas operações extras nesta sexta para compensação. Os clientes com passagem dos voos cancelados poderão alterar a data e horário sem custo algum ou poderão solicitar o reembolso integral do valor pago na passagem.

A Latam também informou o cancelamento de toda sua operação para e de aeroportos argentinos, desta, pelo menos dez voos foram cancelados.

Greve na argentina (Foto: reprodução/Twitter/@sputnik_brasil)

Prejuízo

 A companhia aérea bandeira do país, Aerolíneas Argentinas, teve de cancelar 191 voos nacionais e internacionais, afetando aproximadamente 24 mil passageiros, sendo 3 mil deles de voos internacionais, totalizando um custo de US$ 2 milhões. A empresa ainda informou que não oferecerá atendimento presencial de funcionários nem nos aeroportos e nem em suas filiais devido à greve.

Greve geral

 A greve geral de 24 horas que aconteceu nesta quinta é a segunda medida tomada pelos sindicalistas opositores ao governo de Javier Milei com duração de apenas 5 meses. A primeira delas foi em 24 de janeiro e teve caráter nacional durante 12 horas que também paralisaram o setor aeronáutico do país.

Agora, a convocação aconteceu em reação ao mega projeto de lei de Javier Milei que promove mudanças na administração pública e também em diversas legislações do país. Além disso, a lei também declara estado de emergência pública administrativa, econômica, financeira e energética e concede ao próprio presidente poderes legislativos para governar estas áreas.

O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e será votado pelo Senado na próxima semana. Caso seja aprovado, permitirá que o governo dissolva órgãos públicos e privatize parte de suas estatais, entre elas a Aerolíneas Argentinas.