Lula determina envio de ministros ao Paraná após desastre climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou neste sábado (8) uma comitiva ministerial ao estado do Paraná, após a passagem de um tornado que deixou mortos, feridos e destruição em diversas cidades. A ministra Gleisi Hoffmann, o ministro interino da Saúde, Adriano Massuda, e equipes da Defesa Civil foram designados para acompanhar de perto as ações de apoio às vítimas e avaliar os danos causados pelo fenômeno climático.

A comitiva também deve coordenar o envio de recursos e reforçar o atendimento emergencial nas áreas mais atingidas. Técnicos da Defesa Civil Nacional e profissionais do Sistema Único de Saúde foram mobilizados para atuar no resgate, na assistência médica e no suporte às famílias que perderam suas casas. O governo federal avalia ainda medidas adicionais de ajuda humanitária e reconstrução das regiões afetadas.

Lula se pronuncia após tragédia no Paraná

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as perdas provocadas pelo tornado que atingiu o interior do Paraná. Ele prestou solidariedade às famílias afetadas e ressaltou que o governo federal está mobilizado para garantir assistência e acelerar a reconstrução das áreas devastadas. Lula também reforçou o compromisso de oferecer todo o suporte necessário às comunidades impactadas pelo fenômeno climático.

Durante viagem à Colômbia, onde participa da Cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o presidente determinou o envio de uma comitiva ministerial para acompanhar de perto a situação. O grupo, formado pelos ministros Gleisi Hoffmann e Adriano Massuda, seguiu em aeronave da Força Aérea Brasileira, acompanhado por equipes da Defesa Civil Nacional, da Força Nacional do SUS e do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres, responsáveis por coordenar as ações de socorro e assistência às vítimas.

Governo analisa situação e pode decretar calamidade pública

O governo federal avalia decretar ainda neste sábado (8) estado de calamidade pública nas regiões do Paraná atingidas pelo tornado. A medida está em análise após o levantamento preliminar da Defesa Civil Nacional, que aponta ampla destruição, centenas de feridos e famílias desabrigadas. O reconhecimento oficial da calamidade permitirá a liberação imediata de recursos emergenciais e o envio de reforços federais para as ações de socorro.


Ações de ajuda humanitária após o tornado (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


De acordo com técnicos que acompanham a situação, a prioridade é garantir ajuda humanitária às comunidades afetadas, incluindo a entrega de mantimentos, kits de higiene e estruturas provisórias de abrigo. A decisão deve ser tomada após a chegada da comitiva ministerial ao estado e da conclusão das primeiras vistorias nas áreas devastadas, etapa essencial para dimensionar os danos e definir o volume de recursos que será destinado às cidades paranaenses.

As autoridades seguem em campo avaliando os prejuízos e coordenando o atendimento às famílias atingidas. A expectativa é de que novas medidas sejam anunciadas nas próximas horas, conforme o avanço das ações de emergência e o levantamento completo dos danos.

Janja anuncia envio de ajuda do Brasil à população da Faixa de Gaza

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, informou nesta sexta-feira (17) que o governo brasileiro vai encaminhar, nos próximos dias, um pacote de ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza. O anúncio foi feito em Roma, na Itália, durante o encerramento do Fórum Mundial da Alimentação, realizado na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

De acordo com Janja, o envio de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação tem como meta contribuir com o socorro às famílias que enfrentam escassez e dificuldades após os conflitos que afetaram a região. Ela ressaltou que, além da solidariedade, é fundamental que os países atuem de forma concreta para garantir o cumprimento do cessar-fogo e apoiar a reconstrução das comunidades locais.

Agenda voltada ao combate à fome

Janja foi convidada oficialmente pela FAO para participar da programação voltada à segurança alimentar e ao enfrentamento da fome no mundo. Desde terça-feira (14), ela vem cumprindo uma série de compromissos na capital italiana, onde participou de cerca de dez reuniões e encontros com representantes de diversos países.


Janja e Lula (Foto: reprodução/Alexi J. Rosenfeld/Getty Images Embed)

Durante a estadia, a primeira-dama tem se hospedado na Embaixada do Brasil, localizada no Palácio Pamphilj, na Piazza Navona. Sua participação faz parte das ações ligadas à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa apresentada por Lula durante a presidência brasileira do G20 e vem sendo fortalecida em fóruns internacionais com o apoio direto de Janja.

Brasil reforça presença em debates internacionais

Além da ajuda humanitária, a presença do Brasil no Fórum Mundial da Alimentação destacou a importância de fortalecer a cooperação entre os países em torno da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável. O governo brasileiro busca manter uma atuação ativa em pautas que envolvem solidariedade e políticas públicas voltadas à redução das desigualdades.


Primeira-dama anuncia ação humanitária do Brasil em apoio à população da Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/@odiariodacidade)

O Fórum, que neste ano completou oito décadas de existência, reuniu autoridades e especialistas para discutir transformações nos sistemas alimentares e estratégias de combate à fome global.


Próximos compromissos internacionais

Depois da passagem por Roma, Janja segue para Paris, onde representará o Brasil no seminário internacional “Diálogos Transatlânticos: Transição Energética, Educação Ambiental e ODS”, realizado entre os dias 19 e 21 de outubro na Universidade de Sorbonne. O encontro reunirá representantes de diferentes países para debater soluções sustentáveis e ações ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Com a decisão de enviar ajuda à Faixa de Gaza, o Brasil reforça sua posição de parceria e apoio humanitário, mantendo-se ativo em temas que envolvem solidariedade global e cooperação entre nações.

Grupo de brasileiros detidos em flotilha por Israel chega ao Brasil nesta quinta

Os treze brasileiros detidos pela Marinha de Israel durante a flotilha Global Sumud devem retornar ao Brasil nesta quinta-feira (9), com desembarque no Aeroporto de Guarulhos–SP. Eles haviam sido presos na prisão de Ktzi’ot e em seguida transferidos via terrestre até a fronteira com a Jordânia, após terem sido deportados, de acordo com a organização responsável pela flotilha.

A previsão é de que o voo procedente de Doha chegue ao Brasil por volta das 10h40, desembarcando em São Paulo. No aeroporto, as famílias e os amigos dos brasileiros devem aguardar junto à coletiva de imprensa. 

Deportação do grupo

Após deixarem a prisão de Ktzi’ot, eles foram levados a pé para a Jordânia, atravessando a ponte Allenby/Rei Hussein. De acordo com a organização da flotilha, as autoridades israelenses não permitiram acesso direto aos brasileiros, negando também uma possível comunicação e interação com eles, enquanto estivessem sob custódia da prisão. 

Entre os brasileiros deportados estão Thiago Ávila, ativista, e Luizianne Lins, deputada federal do Ceará. Na segunda-feira (6), o primeiro deportado do grupo desembarcou no Rio de Janeiro, sendo também o primeiro brasileiro a retornar ao Brasil. Nicolas Calabrese é cidadão argentino e italiano, e vive no Brasil há mais de dez anos, atuando como professor de educação física. 


Thiago Ávila, ativista brasileiro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Europa Press News)

Interceptação da flotilha

O grupo de brasileiros foi interceptado por Israel na semana passada, durante os dias 1 e 2 de outubro, entre a noite e a madrugada. O objetivo da flotilha era levar ajuda humanitária para Gaza, através de uma frota de 44 navios, que levavam mais de 460 pessoas. 

Além dos treze brasileiros, os barcos ainda levavam cidadãos de outros 40 países, como Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia, que também foram presos e deveriam deixar a prisão junto aos brasileiros. 

A organização da flotilha classificou a intercepção como “um ataque ilegal a agentes humanitários” e confirmou que as autoridades consulares do Brasil prestaram assistência durante a transição entre os países. Já Israel afirmou que os ativistas estavam apenas provocando o país, sem estarem realmente interessados em ajudar Gaza. Não foi a primeira vez que ativistas tentaram chegar a Gaza para oferecer ajuda humanitária, mas também foram interceptados por Israel ou sofreram algum ataque. 

Israel anuncia trégua parcial e envio de suprimentos a Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (27), que não há fome em Gaza, já que Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária durante a guerra. No mesmo dia, o governo israelense anunciou a suspensão das operações militares por 10 horas diárias em partes da Faixa de Gaza e a abertura de novos caminhos para o envio de suprimentos. Jordânia e Emirados Árabes Unidos também ajudaram, lançando alimentos e remédios por via aérea para os moradores da região.

Esforços de ajuda e pressão sobre Israel

De acordo com Benjamin Netanyahu, Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária em volumes exigidos pelo direito internacional. Ele afirmou que, desde o início da guerra, quase 2 milhões de toneladas de alimentos foram enviadas à Faixa de Gaza e que, no momento, centenas de caminhões com suprimentos ainda aguardam do lado israelense da passagem de Kerem Shalom.

Depois que imagens de palestinos passando fome chamaram a atenção do mundo, Israel começou a receber mais críticas de outros países por causa da situação em Gaza. O governo, no entanto, nega culpa pela crise humanitária. Enquanto isso, as conversas de paz entre Israel e o Hamas, que aconteciam em Doha, foram interrompidas e, por enquanto, não há sinal de um acordo.


Benjamin Netanyahu dizendo que não há política de fome em Gaza (Vídeo: reprodução/X/@netanyahu)

Negociações e situação atual

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmou que a resposta do Hamas demonstrou uma falta de desejo de alcançar um cessar-fogo. Em resposta, o Hamas acusou os mediadores de sabotarem os esforços de paz .

Militares israelenses informaram que, a partir deste domingo, rotas seguras para a passagem de comboios com alimentos e medicamentos estão funcionando todos os dias, das 6h às 23h.

Durante uma visita à Escócia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel precisa decidir o que vai fazer a partir de agora em Gaza. Ele comentou que não sabe o que deve acontecer depois que as negociações por um cessar-fogo e a libertação de reféns com o Hamas fracassaram.

Israel anuncia pausa humanitária parcial em Gaza

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que uma pausa humanitária nos combates em Gaza começará neste domingo (27). A princípio, a medida busca permitir o lançamento aéreo de suprimentos e a criação de corredores para entrega de ajuda coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, as operações militares seguem em outras áreas do território.

Segundo o comunicado das IDF, a trégua será limitada as regiões densamente povoadas, portanto, não significa o fim das ofensivas contra o Hamas. O governo israelense afirma que continuará atuando para libertar reféns e enfraquecer o grupo armado.

Pressão internacional e crise humanitária

A decisão ocorre em meio à crescente pressão de organismos internacionais. A ONU e a União Europeia pediram que Israel facilite o envio de ajuda à população civil. Desde maio, bombardeios constantes e a escassez de alimentos já mataram mais de mil pessoas. Ainda assim, o governo israelense nega a existência de fome generalizada na Faixa de Gaza e culpa o Hamas de desviar os alimentos destinados à população civil.


Fome em Gaza vira arma de guerra (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Anteriormente, o comissário da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, Philippe Lazzarini, alertou para o agravamento da fome entre civis e trabalhadores humanitários. Segundo ele, “uma em cada cinco crianças” apresenta desnutrição severa, e muitos profissionais da saúde desmaiam de exaustão nos hospitais.

Números alarmantes do conflito

O Ministério da Saúde de Gaza estima que, desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, mais de 58 mil palestinos morreram e 138 mil ficaram feridos. A ONU afirma que grande parte das vítimas são mulheres e crianças.

Além das mortes, a fome e o deslocamento forçado se intensificaram: mais de 700 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas desde março. Logo, a intensificação da ofensiva afetou mais de 80% do território. Relatos de jornalistas locais descrevem risco iminente de morte por desnutrição em várias regiões do território.

“Haverá um inferno”, diz Donald Trump caso os reféns sejam mantidos em Gaza

O presidente Donald Trump, na data de ontem, quarta-feira (05), utilizou suas redes sociais para enviar um recado ao Hamas, quebrando um protocolo antigo de Washington de não negociar com grupos considerados terroristas pelos EUA. Trump inicia a mensagem informando que trata-se de um  “Olá ou um Adeus”, a depender das atitudes que o grupo islâmico terá daqui por diante. A postagem do presidente estadunidense é referente a situação dos reféns mantidos em Gaza e sua libertação.

Trump informa, ainda, que “um belo futuro aguarda Gaza”, porém caso o grupo Hamas não liberte os reféns, “haverá um inferno para pagar mais tarde” e que “está enviando a Israel tudo o que precisar para terminar o trabalho”. 

Segundo informações das Forças de Defesa de Israel, ao todo são 59 pessoas mantidas em cativeiro, das quais 35 estariam mortas. Cinco desses reféns são israelenses com cidadania americana. O Mossad, inteligência israelense, tem motivos para acreditar que 22 reféns ainda estão vivos e que o paradeiro de outras duas pessoas é desconhecido


Postagem do presidente Donald Trump para o Hamas (Foto: Reprodução/ Instagram/ @potus)


Contato direto entre EUA e Hamas 

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, não confirmou o contato entre EUA e Hamas, porém, em entrevista informou que Adam Boehler, um enviado especial dos EUA para assuntos estratégicos “tem autoridade para falar com qualquer um”. O que vai de encontro com informações publicadas pelo site Axio de que o governo de Donald Trump tem mantido conversas secretas com o grupo islâmico para a libertação dos reféns americanos em Gaza. 


Karoline Leavitt – porta-voz da Casa Branca (Foto: Reprodução/ Andrew Harnik/ Getty Images embed)


O gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu disse estar a par das negociações e que Israel “expressou a sua opinião sobre a questão das negociações com o Hamas”. Os EUA, também,  confirmaram que Israel foi consultado.

A atitude do governo americano, em Relações Internacionais, é chamada de “Diplomacia Secreta”. Utilizada para resolver conflitos e negociações sensíveis. Acontecem sem que o grande público ou até mesmo outros governos tenham ciência disso. No caso das reuniões entre EUA e Hamas, estas teriam acontecido em Doha, no Catar, nas últimas semanas. 

Um dirigente do grupo Hamas, em condição de anonimato, também confirmou o contato e que a comunicação foi feita por diferentes canais. 

Outro enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, viajaria esta semana para se encontrar com o Primeiro-Ministro do Catar e continuar com as tratativas para a libertação dos reféns em Gaza. No entanto, a reunião foi cancelada pois, segundo informações, não houve avanço nas negociações por para do Hamas.

Israel  e a suspensão de ajuda para Gaza

No último domingo (02), o governo de Israel informou que suspendeu toda ajuda humanitária para Gaza com fechamento de fronteiras. Contudo, as autoridades israelenses pontuaram que os suprimentos enviados a Gaza nos últimos meses são suficientes para um período de quatro a seis meses. 


Discurso do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu suspendendo a ajuda humanitária em Gaza ( Vídeo: reprodução/ X/ @netanyahu)

A decisão da suspensão ocorreu após o grupo Hamas rejeitar a proposta de libertação de reféns, estendendo o cessar-fogo, apresentado pelos EUA. 

Por outro lado, o grupo Hamas disse que a proposta é uma forma de “evitar a implementação do acordo de reféns e cessar-fogo e negociar a segunda fase”. O grupo informa, ainda, que interromper a ajuda humanitária é “chantagem e crime de guerra”. Sendo uma violação do acordo anterior.

Bombardeio Israelense em Jabalia na Faixa de Gaza deixa 33 mortos e 85 feridos

Nesta sexta-feira (18), um bombardeio israelense em Jabalia, o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, causou a morte de pelo menos 33 pessoas e deixou 85 feridos, segundo informações da Defesa Civil de Gaza e de médicos locais.

Entre as vítimas fatais, estão crianças, conforme relatado pela agência palestina Wafa. A destruição atingiu várias casas e algumas pessoas permanecem sob os escombros. O ataque ocorre em meio a escalada de tensão entre Israel e o Hamas, que domina a região.

Destruição e vítimas civis

Os moradores de Jabalia, relataram que o exército israelense destruiu dezenas de casas tanto por ataques aéreos quanto por explosões no solo, afirmando que os tanques avançaram pelo campo após atravessarem áreas residenciais.

A operação em Jabalia faz parte de uma ofensiva militar israelense contínua, que começou após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Segundo as autoridades israelenses, o objetivo da operação é eliminar a presença militar do Hamas na região, mas os danos colaterais aos civis aumentam a cada dia. São mais de 42 mil de palestinos que perderam a vida desde o início dos ataques.


Jabalia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

Condições críticas e apelo por ajuda humanitária

Os hospitais no norte de Gaza, enfrentam uma crítica situação com os suprimentos médicos e os alimentos estão em níveis alarmantes e apelam por ajuda. O Hospital Kamal Adwan, em particular, está sobrecarregado e teve que tomar decisões difíceis, priorizando casos de adultos gravemente feridos, o que deslocou crianças internadas em cuidados intensivos.

Apesar do envio de caminhões de ajuda por Israel, autoridades locais afirmam que os suprimentos não estão chegando às áreas mais atingidas, incluindo as cidades isoladas. A ONU também relatou ataques a suas instalações, com 231 membros da equipe mortos durante o conflito.

Ajuda humanitária à crianças palestinas é prometida pelo governo Colombiano 

Foi anunciado nesta quinta-feira (13), pela vice-ministra de Assuntos Multilaterais, Elizabeth Taylor Jay, de Estocolmo, que o governo colombiano irá fornecer assistência humanitária — adendo de assistência médica — à crianças palestinas e suas famílias.  

Ajuda humanitária de Gustavo Petro

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou a proposta de ajuda humanitária destinada às famílias em Gaza fortemente afetadas pelas investidas israelenses. O anúncio veio pela parte da vice-ministra de Assuntos Multilaterais, Elizabeth Taylor Jay, durante a visita de Petro à Suécia. 


Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apertando mãos em sua visita à Estocolmo, Suécia (Foto: reprodução/ TT News Agency)

A vice-ministra está acompanhando o presidente colombiano em visitas oficias à Suécia e Suíça e afirmou o desejo de aproveitar a experiência da Colômbia em tratamento de vítimas de violência. Taylor não acrescentou muitas informações juntamente da declaração, logo, ainda não se tem confirmação de quantas crianças serão assistidas e nem em que data acontecerá a transferência para o país.

Tomamos a decisão de apoiar humanitariamente algumas crianças palestinas que viajariam com suas famílias para a Colômbia para reabilitação. E esperamos o apoio do Hospital Militar da Colômbia para desenvolver isso”, afirmou Taylor Jay. 

Colômbia e Israel

A principal motivação da Colômbia é caracterizada pelas descrições das declarações de Petro sobre o que acontece no território palestino. Desde o dia 1° de maio, o país cortou relações diplomáticas com Israel em consequência das operações militares fortemente descabíveis acontecidas em Gaza.  

O presidente colombiano, Gustavo Petro, já registrou publicamente que o que acontece no território palestino se trata de um genocídio comandado pelo estado de Israel. As ocasiões em que suas declarações acusaram Israel de extermínio não foram poucas, porém, ainda assim, o governo israelense salienta frequentemente se tratar de uma guerra em legítima defesa e que seus líderes não tem intenções genocidas. 

O conflito armado teve início no território israelense no dia 7 de outubro de 2023, após Israel ser atacado por vários grupos militantes. Contudo, esta não é a primeira guerra que assola as redondezas do Oriente Médio, em especial, o território da atual ofensiva armada. Conflitos israelo-palestinos são documentados logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1948.

Ofertas de cessar-fogo e a criação de um Estado Palestino ainda são debatidas por líderes de todo o mundo, inclusive entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e representantes do grupo terrorista Hamas.

Marinha do Brasil e dos EUA se unem em operação pelas vítimas do Sul

A operação, entre a marinha do Brasil e dos Estados Unidos, ocorreu na última segunda-feira (27) há 110 km da costa gaúcha, a união entre os dois países em prol das vítimas do Rio Grande do Sul, foi realizada para doações de alimentos, água, ração animal e produtos de higiene e limpeza.

O feito inédito realizado no meio do oceano atlântico, foi coordenado pela Marinha do Brasil, a instituição utilizou o maior navio de guerra da América latina, o “Atlântico” Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) e recebeu as 15 toneladas de carga içadas por helicópteros, que decolaram do Porta-Aviões Nuclear George Washington.


Detalhes sobre a operação envolvendo a Marinha do Brasil e dos EUA (Foto: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)

A operação que pode ser comparada típica de guerra, partiu da Marinha dos EUA, que ao passar pela costa brasileira, se solidarizou diante da calamidade pública que devastou o Rio Grande do Sul, deixando vítimas desalojadas em situação vulnerável por todo o estado.

A ação fortalece os laços entre a Marinha do Brasil e dos Estados Unidos, reforça ainda os 200 anos de relação diplomática entre os dois países, declarou o contra-almirante Nelson Leite.

Detalhes da operação

O Navio Atlântico saiu do porto do Rio de Janeiro com donativos para as vítimas da tragédia, e estava ancorado no porto de Rio Grande desde o dia 8 de maio, também é utilizado como hospital de campanha e heliporto para 4 helicópteros em operação humanitária de vítimas isoladas.

Na operação os navios mantêm uma distância de segurança de 500 metros, as aeronaves por sua vez, pairam em uma altura de 3 metros para descarregar os donativos, o tempo de percurso entre uma embarcação e outra, dura cerca de cinco minutos.


Chegada do porta-aviões americano ao Rio de janeiro (Vídeo: reprodução/ YouTube/Metrópoles)

Foram ao total 31 viagens, sendo 16 realizadas por aeronaves brasileiras e 15 americanas.

A embarcação americana de 333 metros que carrega mais de 70 aviões, seguirá uma rota alternativa pelo Japão, visto que o navio é grande demais para passar pelo canal do Panamá, rota mais curta até os EUA.

Ajuda da Marinha ao RS

Segundo os dados da Marinha brasileira, desde o dia 30 de abril, início das operações humanitárias, a instituição disponibilizou 2 mil militares, 11 helicópteros, 9 navios, 73 embarcações e 215 viaturas para prestar auxílio à população assolada pelas enchentes no sul.

Referente aos donativos, foram transportadas mais de 400 toneladas e 130 mil litros de água engarrafada. Além das doações transportadas, o navio Atlântico possui duas estações de tratamento de água com capacidade de até 20 mil litros por hora.

A população gaúcha também pode contar com um hospital de campanha com 40 leitos montado na cidade de Guaíba, com a equipe militar de saúde no atendimento das vítimas ao sul da Lagoa dos Patos.

Transporte de ajuda humanitária em píer da Faixa de Gaza é retomado pela ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU), retomou, na última sexta-feira (17), o transporte da ajuda humanitária enviada à Faixa de Gaza. Os recursos chegam à costa da região através de um píer construído pelos Estados Unidos; o processo ficou interrompido por dois dias devido à intercepção dos caminhões de ajuda.

Retomada do transporte

De acordo com a CNN, o recebimento de ajuda através do píer voltou a acontecer durante um momento de crescimento da pressão sobre Israel para que seja permitida a entrada de mais ajuda humanitária ao povo da região da Faixa de Gaza. Segundo o veículo, a fome espreita o local.


Palestinos aguardam chegada de ajuda humanitária na costa da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Getty Images embed)


A ONU, por sua vez, diz que o transporte dos suprimentos por terra é a forma mais “viável, eficaz e eficiente” no momento para combater a crise humanitária. A organização afirma que são necessários 500 caminhões por dia para entrar em Gaza; por conta do planejamento de uma nova rota, os transportes ficaram parados por dois dias.

Distribuição de alimentos suspensa

Na última terça-feira (21), a agência da ONU para refugiados palestinos afirmou que a distribuição de alimentos em Rafah foi suspensa. A cidade fica no sul da Faixa de Gaza e a paralisação ocorreu devido a falta de suprimentos e segurança.

Os ataques de Israel nos extremos norte e sul de Gaza neste mês restringiu de forma drástica o fluxo de ajuda à região, levando ao aumento do risco de fome no território palestino. Centenas de milhares de pessoas saíram em êxodo de suas moradias.


Refugiados de Rafah em acampamento (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, em uma coletiva em Genebra, para que Israel permitisse a entrada de auxílio no território, uma vez que o povo corre risco de fome. A passagem de fronteira de Rafah situada entre Gaza e o Egito foi fechada por Israel no dia 7 de maio, com isso, ficou impedido o recebimento de auxílio humanitário e a entrada e saída de pessoas.