Alerta Geral em SP: chuva intensa causa risco de alagamentos em todas as regiões

A metrópole paulistana amanheceu sob um estado de alerta generalizado na manhã desta quarta-feira (29), com todas as suas regiões sob vigilância devido ao risco iminente de alagamentos. O comunicado oficial foi emitido pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, acendendo um sinal de cautela para a população antes do início do expediente e forçando uma reavaliação nas rotinas matinais.

Frente de umidade provoca instabilidade

De acordo com os dados meteorológicos fornecidos pelo próprio CGE, a causa dessa instabilidade reside em uma frente de umidade que se deslocou do interior do estado, impactando a capital com chuvas que variaram de intensidade leve a moderada durante a madrugada e as primeiras horas da manhã. Essa massa instável, trazida pela passagem de um sistema frontal, não apenas elevou o volume de água nas ruas, mas também trouxe a ameaça de outros transtornos típicos de temporais. A previsão é que a chuva continue a afetar a cidade com intermitência ao longo do dia.


Matéria sobre o aviso de estado de alerta em São Paulo (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

A Defesa Civil e as equipes de infraestrutura estão em prontidão máxima, pois o alerta contempla não apenas inundações localizadas, mas também o potencial para rajadas de vento significativas, que podem complicar a circulação e aumentar a queda de galhos e árvores nas vias públicas. Mais preocupante ainda é a possibilidade de extravasamento de rios e córregos que cortam a densa malha urbana, o que pode paralisar trechos importantes do trânsito e isolar temporariamente alguns bairros.

Outubro registra chuvas intensas e concentradas

A análise pluviométrica do mês reforça a necessidade de atenção redobrada. Os registros do CGE indicam que, até o momento, o mês de outubro acumulou um volume de precipitação de 71,3 mm. Embora este valor não aponte para um cenário de volume histórico extremo, ele corresponde a aproximadamente 63,5% da média climatológica esperada para o período, que é de 112,2 mm.

Isso sinaliza que a precipitação tem se concentrado e chegado com intensidade em um curto espaço de tempo, sobrecarregando a drenagem urbana. As autoridades recomendam veementemente que os cidadãos evitem áreas conhecidas por alagamentos e acompanhem as atualizações oficiais em tempo real para navegar com segurança pelo dia sob essas condições adversas.

São Paulo em estado de atenção após fortes chuvas provocarem alagamentos

Na tarde deste sábado (19), São Paulo voltou a enfrentar os efeitos das fortes chuvas que atingiram a cidade. Como consequência, a Defesa Civil decretou estado de atenção em várias regiões. Além disso, a combinação entre o alto volume de precipitação e a infraestrutura deficiente resultou em alagamentos, os quais dificultaram o trânsito, impactaram o transporte público e, por fim, trouxeram riscos à população.

Zonas Leste e Sudeste registram os piores impactos

Bairros como Mooca, Ipiranga, Vila Prudente e Aricanduva registraram pontos críticos de alagamento, com vias tomadas pela água e veículos parados em meio ao tráfego interrompido.


Desabamento de muro após deslizamento de terra na cidade de Campo Limpo Paulista (Foto: reprodução/SBT News)

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou temporariamente diversas avenidas para garantir a segurança de motoristas e pedestres. Equipes da Prefeitura iniciaram desobstruções emergenciais em bueiros entupidos, enquanto agentes da Defesa Civil seguem monitorando os locais mais afetados.

Autoridades reforçam orientações para evitar riscos

Diante do cenário de instabilidade climática, as autoridades recomendam que a população evite deslocamentos desnecessários, especialmente por áreas conhecidas por histórico de alagamentos.


Em Santos imagens registram o alagamento da garagem de um edifício devido volume de precipitação (Vídeo: reprodução/Instagram/@eusoudesantos)


A Defesa Civil reforça ainda que, em situações de emergência, o número 199 deve ser acionado. Com a previsão de continuidade das chuvas nos próximos dias, o risco de novos alagamentos permanece elevado.

Prevenção e informação são fundamentais diante do avanço das chuvas

O episódio evidencia, mais uma vez, a vulnerabilidade da capital paulista frente a eventos extremos. Diante disso, os órgãos oficiais precisam emitir alertas com atenção, enquanto as autoridades devem monitorar o clima constantemente para minimizar os impactos causados por enchentes. Por essa razão, as equipes seguem em alerta e mobilizadas para atender às ocorrências e proteger a população.

Temporais atingem RJ e SP e colocam regiões em alerta vermelho

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu sete alertas para diferentes níveis de risco nesta sexta-feira (4), avisando sobre temporais, chuvas fortes e queda de temperatura em várias regiões do país. A previsão é de que, no Rio de Janeiro, as chuvas dos próximos dias devem superar a média do mês de abril em apenas três dias.

Chuva forte e ventos intensos no Sudeste

Segundo a meteorologista Andrea Ramos para O Globo, a chuva começa no Rio de Janeiro e no Leste de São Paulo no começo da tarde, com fortes pancadas de chuva, trovoadas e ventos que podem atingir até 90 km/h. Ela alerta que as pessoas devem ficar atentas, pois essas condições climáticas podem gerar riscos de alagamentos e até deslizamentos de terra em áreas mais vulneráveis. A previsão é de que a chuva se intensifique até a noite.


Registro feito hoje (4) em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/TV Globo)

O alerta vermelho, que é o nível mais alto de risco, foi dado para o Rio de Janeiro e São Paulo. Essas regiões devem enfrentar chuvas de mais de 60 mm por hora ou até 100 mm por dia. Isso aumenta o risco de alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de terra, principalmente no Centro e Sul do estado do Rio e na Baixada Fluminense, além de algumas áreas do Vale do Paraíba e Litoral Sul de São Paulo.

Situação em outras regiões do Brasil

Além das áreas em alerta vermelho, há outros avisos em vigor. Quatro estados foram colocados em alerta laranja (perigo), com previsão de chuvas entre 50 mm e 100 mm por dia, e ventos fortes de até 100 km/h. Essas condições afetam o Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste do país, incluindo estados como Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso.

Já o Norte do Brasil e algumas partes do Nordeste seguem com tempo quente e seco, com baixa umidade. Esse cenário é comum em áreas do Semiárido, onde a chuva é mais rara, e o calor predomina.

Cuidados e recomendações do Inmet

Diante das condições climáticas previstas, o Inmet fez algumas recomendações importantes para a segurança da população:

  • Fique em um local seguro durante a chuva e evite sair de casa;
  • Desligue aparelhos elétricos e o quadro geral de energia para evitar riscos com quedas de energia ou acidentes;
  • Fique atento a alterações no terreno, principalmente em áreas de risco, como encostas;
  • Se houver risco de inundação, proteja seus bens em sacos plásticos;
  • Em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil (199) ou Corpo de Bombeiros (193) para obter ajuda.

Para se manter informado sobre as condições meteorológicas e receber atualizações sobre alertas, é recomendável acompanhar os canais oficiais do INMET e outras fontes confiáveis de informação meteorológica.

Agricultores gaúchos pensam em desistir de seus serviços após tragédia no RS

As chuvas e enchentes na região do Rio Grande do Sul trouxeram diversas perdas em vários setores. Os agricultores foram um dos mais atingidos pela tragédia, com um impacto grande em suas atividades. Ainda não se sabe ao certo qual é a proporção dos danos causados pelas chuvas na agricultura e na pecuária. 

A região do Vale do Taquari é reconhecida pela vasta atividade de pecuária e agricultura, e foi afetada pelo alagamento das terras. De acordo com o Secretário de Agricultura de Cruzeiro do Sul, as atividades agrícolas do município representam uma porcentagem de 39%. 

Dificuldades para o cálculo dos impactos

Está sendo difícil calcular os impactos das chuvas na região agrícola. As áreas rurais estão em isolamento e o Jornal Nacional fez uma reportagem na região, tentando chegar no local onde ocorreram as chuvas. 

Na reportagem do Jornal da Tv Globo, a equipe chegou até o atoleiro, onde ficam as regiões das lavouras e conversou com o agricultor Evandro Dihl. De acordo com o trabalhador, ele não sabe se conseguirá salvar alguma coisa de sua plantação. Ele também diz que para colher suas produções, são necessários 2 a 3 dias secos. 

Evandro também lamenta por suas perdas em sua segunda área no Cruzeiro do Sul:”Nem as contas eu vou conseguir pagar. Não sei nem o que eu faço, se eu fico na roça ou se eu trabalho fora”.

Outras cidades atingidas na região

Diversas outras cidades da região do Rio Grande do Sul foram derrubadas pela tragédia. Lavouras foram arrastadas e rebanhos foram mortos pelas fortes chuvas. Os campos que antes eram produtivos, agora estão desertos e lamacentos. 


Área agrícola alagada pelas tragédias das chuvas (Foto: reprodução/Agência Reuters/Diego Vara)

Em conversa do Jornal Nacional com Alcides de Melo, que é um produtor familiar, o agricultor diz que não sabe se voltará para casa:” A gente tem a possibilidade de vir para cidade e onde der para a gente comprar uma chacrinha amanhã ou depois, uma área verde, pertinho assim, fazer uma hortinha e terminar com esse assunto de está passando dificuldade em um lugar onde pega enchente, que não está seguro para nós”.

De acordo com Maurício Antonioli, extensionista rural da Emater, mais de 90% das famílias dos municípios de São Cruzeiro do Sul e do Vale são agricultores familiares. Ele também diz que ocorrerá o êxodo rural, ou seja, as famílias migrarão da área rural para a cidade em busca de novos empregos.

Rio Grande do Sul tem previsão do dobro de chuva calculado para o mês inteiro

Climatempo, empresa brasileira privada que oferece serviços de meteorologia, com sede em Vila Mariana, São Paulo (SP), informou que a previsão de chuva para o Rio Grande do Sul desde esta sexta (10) até segunda-feira (13), poderá ultrapassar o volume esperado para o período de 30 dias, praticamente o dobro da média, na maior parte do estado gaúcho. Conforme a previsão do tempo, a região mais ao sul do Brasil será a mais impactada com a mudança climática.


Vista aérea das ruas alagadas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Carlos Fabal)


O fato é um acontecimento histórico

Segundo as informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no período de maio a média de chuva no estado do RS é de 140 a 180 milímetros, enquanto para o litoral sul, a média se encontra na casa dos 100 e 140 milímetros. Entretanto, conforme as últimas notícias anunciadas pelo serviço de meteorologia privado, algumas localidades podem concentrar até 330 milímetros de chuva, entre o período de sexta (10) a segunda-feira (13).

De acordo com o Climatempo, a região que pode ser mais atingida é a Serra Gaúcha, nos locais de nascentes de rios que afluem para os Vales do Jacuí e Taquari, que foram afetados com grande intensidade pelas fortes chuvas e alagamentos desde a semana passada.


Vista aérea de ruas inundadas na cidade de ElDorado do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Carlos Fabal)


Resultados dos temporais nos últimos dias no RS

Muitas cidades do estado do Rio Grande do Sul têm enfrentado grandes dificuldades devido à tragédia climática que assolou grande parte do estado. Diversos municípios da serra gaúcha estão padecendo com fortes chuvas, enchentes, e rompimentos de barragens, após a inundação causada pelo extravasamento do Rio Guaíba, consequência dos intensos temporais que atingiram o estado desde a semana anterior.

Conforme o relato da Defesa Civil, que revelou mais informações nesta quinta-feira (9), 425 municípios foram atingidos, e mais de 60 mil pessoas se encontram em abrigos, alcançando a casa de 1,4 milhão de afetados pela tragédia no RS, somando no total um número de 374 feridos, 136 desaparecidos e 107 mortos. E entre as mais de 431 cidades afetadas pelas enchentes, está Caxias do Sul, que chegou a concentrar por volta de 450 milímetros de chuva nos primeiros oito dias deste mês. Segundo o instituo de meteorologia, é possível que chova cerca de 300 milímetros até segunda-feira (13).

Microexplosões atmosférica podem causar aumento de chuvas na Região Sul

Segundo meteorologistas, a Região Sul deve enfrentar um fenômeno chamado de microexplosão atmosférica e fortes tempestades nesta quinta-feira (02). O Sul do país vem sofrendo com temporais desde a segunda-feira (29) que já causaram mortes e estragos em algumas cidades, mas isso pode aumentar muito com o fenômeno. 

Microexplosões

As microexplosões são casos onde uma alta corrente de vento se desprende das nuvens de tempestade e atinge o solo, elas costumam ocorrer quando existe uma divergência envolvendo a temperatura e a mudança na direção dos ventos de uma região. Os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul serão os mais afetados pelo fenômeno natural, podendo apresentar prejuízos e perigos grandes. 


Corpo de bombeiros salvando vítimas do temporal (Foto: reprodução/Instagram/@cbmrsoficial)


O meteorologista Marcelo Schneider do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou ao Jornal Nacional que uma microexplosão aconteceu na cidade de Santa Cruz do Sul (RS), no último sábado (26). O município é um dos mais atingidos pelos fortes temporais da região, com diversos pontos de inundação, casas ilhadas e ruas bloqueadas pelos destroços da chuva, até agora três mortes já foram confirmadas pela cidade. 

A previsão para a quinta é de chuvas acima de 100 milímetros, podendo chegar a 200 milímetros. As rajadas de vento serão de até 100 km/h, com alta probabilidade de raios, granizos e outras inundações, além de transbordamento de rios e deslizamentos. Essas mudanças podem ser mais fortes devido à chegada de uma frente fria em Santa Catarina.

O tempo em outras regiões

Outras regiões do Brasil também enfrentam chuvas, mas com menos intensidade das apresentadas no Sul. O Norte do país tem previsão para 25 milímetros de chuva que deverá atingir os estados do Macapá, Boa Vista, Manaus e Belém.


Alagamento ocasionado pelas chuvas (Foto: reprodução/Instagram/@governo_rs)

As chuvas também aparecerão no Nordeste, mais especificamente em Fortaleza, Maceió, Aracaju e São Luís, o Centro-Oeste e Sudeste devem apresentar tempo ensolarado com calor, resultado de um bloqueio atmosférico que dificulta a passagem da frente fria, fazendo com que elas fiquem no Sul. 

Para o mês de maio, é previsto que o calor domine o país, o frio deverá iniciar na última semana do mês no Rio Grande do Sul e no leste de São Paulo. 

Tragédia em Dubai: chuvas desproporcionais causam inundações

Nessa terça-feira (16) ocorreu uma tragédia, causada por fortes chuvas em Dubai, que faz fronteira ao sul e ao oeste com a Arábia Saudita, ao noroeste com o Qatar, e ao norte com o Golfo Pérsico.

O acontecimento chamou a atenção porque a região predominantemente quente e seca a maioria do ano, e também por ser um deserto, agora sofre com grandes e desproporcionais inundações, que podem ter sido causadas pelo cálculo desmedido da “semeadura de nuvens” ou “cloud seeding”.

A técnica consiste na intervenção humana de bombardear nuvens com produtos químicos específicos, como iodeto de prata ou gelo seco.

O governo de Dubai aplica a técnica regularmente

Para provocar chuvas e aumentar a disponibilidade de água na região de deserto, a prática é comumente reconhecida pelos habitantes da região, pois os Emirados Árabes são dependentes da maior parte das usinas de dessalinização para obter água potável, que é processo caro e que demanda muita energia.

Desse modo, de tempos em tempo o país necessita utilizar a semeadura de nuvens para aumentar o nível de água no subsolo.

Investigando os fatos

Conforme a AP, meteorologistas locais relataram que o Centro Nacional de Meteorologia realizou seis ou sete voos de “semeadura de chuvas” antes das tempestades que ocorreram na cidade, e a agência de notícias identificou registros de monitoramento de aviões de pelo menos um desses voos.

Já um jornal conectado ao governo, reportou as autoridades, relatando que não houve voos do tipo na terça-feira, e não citou a ocorrência nos dias anteriores. A Associated Press averiguou com o Centro Nacional de Meteorologia, contudo, não obteve resposta.

Motoristas dirigem em rua inundada após fortes chuvas em Dubai (reprodução/GettyImages/GIUSEPPE CACACE)


Submersos em menos de 48 horas

Dubai registrou no período de quase dois dias, 142 milímetros de chuva, enquanto o volume previsto para um ano é de 94,7 milímetros. Os números somados foram os maiores, em pelo menos 75 anos, resultando na tempestade mais intensa dos últimos tempos.

Ainda na quarta-feira (17) era possível presenciar diversos carros abandonados nas grandes avenidas da cidade, ainda cobertos pelas enchentes. A tragédia também afetou o funcionamento do aeroporto internacional de Dubai, inundado pelas águas das fortes chuvas.

Da seca à enchente: entenda as alterações climáticas no Acre

O clima no Acre está passando por grandes alterações, indo de uma seca intensa à enchentes históricas em um curto período, especialmente em fevereiro. Essas transformações foram impulsionadas por três grandes fatores climáticos que, interligados, trouxeram mudanças problemáticas à região.

Essa mudança foi causada principalmente pelo El Niño, que trouxe uma seca intensa em outubro de 2023. O atraso no ‘Inverno Amazônico’ também contribuiu para a estação chuvosa, enquanto um aquecimento incomum no Oceano Atlântico impactou a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), resultando em fortes chuvas.

Entre os riscos iminentes, a agricultura, essencial para muitas comunidades, enfrenta a ameaça de perdas diante das mudanças abruptas. Ao mesmo tempo, as enchentes imprevisíveis também causam impactos severos em áreas habitadas.

A possibilidade de falta de energia e a suspensão das aulas são exemplos desses riscos imediatos, reforçando a urgência de enfrentar as consequências, mas também os potenciais riscos de vida às comunidades locais.


Bombeiros da EMURB auxiliam moradores do Parque das Exposições que tiveram seus móveis alagados (Reprodução/Whidy Melo/Ac24horas)

El Niño e a seca devastadora

Em outubro de 2023, o Rio Acre apresentava níveis alarmantemente baixos, revelando uma seca extrema que coincidiu com o El Niño.

Este fenômeno, caracterizado por um aquecimento significativo das águas do Oceano Pacífico, é conhecido por provocar secas no Norte e Nordeste do Brasil. A consequência direta foi a redução drástica na precipitação, desencadeando a seca intensa que assolou o estado.

Atraso do ‘Inverno Amazônico’

O ‘Inverno Amazônico’, ou estação chuvosa, experimentou um atraso significativo. A configuração normal desta estação, que ocorre entre janeiro e março, foi desconfigurada devido à persistência das secas.

A transição entre estações, caracterizada por chuvas rápidas e volumosas, ocorreu fora do esperado, resultando no aumento abrupto do nível dos rios, especialmente quando as chuvas foram concentradas nas nascentes.

Aquecimento do Oceano Atlântico

O aquecimento desigual do Oceano Atlântico ao norte do Equador contribuiu para a desconfiguração da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um sistema meteorológico crucial para a ocorrência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

A ZCIT permaneceu mais ao norte do que o previsto, dificultando a formação de nuvens e favorecendo pancadas isoladas. Esse cenário resultou em chuvas intensas e contribuiu para as enchentes nos rios, incluindo o Rio Acre, afetando múltiplas cidades do estado.

Impacto

A atual situação no Acre é de emergência, com inundações impactando 19 das 22 cidades, deixando 86% do estado em estado crítico. A população enfrenta desafios significativos, incluindo falta de energia elétrica, suspensão das aulas, perdas nas plantações e registros de fatalidades.

Essa situação reforça a importância de intervenções por parte das autoridades, sendo crucial a adoção de medidas para auxiliar as comunidades a enfrentar essas mudanças repentinas a curto e longo prazo.