X comunica que pagará multas e Moraes determina desbloqueio de contas bancárias

A plataforma X comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (1º), que irá pagar R$ 28,6 milhões em multas impostas pela Corte. Essa quitação é uma das condições impostas pela Corte para a retomada das atividades da plataforma no Brasil, que está suspensa desde 30 de agosto por não ter cumprido as exigências da legislação brasileira.

A relação conturbada entre o X e o STF se intensificou após a plataforma descumprir diversas ordens judiciais. As penalidades envolvem a falha em bloquear perfis de usuários investigados por propagarem conteúdos considerados antidemocráticos e a ausência de um representante legal da empresa no país. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes reiterou a ordem para o Banco Central desbloquear as contas da plataforma, permitindo que os recursos sejam usados para o pagamento das multas.


O acerto de contas entre X e STF (Vídeo: Reprodução / YouTube / UOL)

X avança na quitação das multas

A rede social X, que foi suspensa desde 30 de agosto por descumprir a legislação brasileira, anunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que iniciará o pagamento de R$ 28,6 milhões em multas. Essa quitação é fundamental para que a plataforma consiga retomar suas atividades no Brasil, uma vez que o STF condicionou a liberação do uso da rede social ao cumprimento integral das penalidades.

Segundo a empresa, os valores serão pagos com recursos próprios, e a Starlink, a companhia de internet satelital associada a Elon Musk, não será utilizada para este fim. Este compromisso financeiro representa uma tentativa da X de regularizar sua situação no país e de restabelecer a confiança com as autoridades brasileiras.

Bloqueio de contas e multas milionárias

As multas aplicadas à X decorrem de sua falha em obedecer ordens judiciais, que incluíam a necessidade de bloquear perfis relacionados à disseminação de desinformação e conteúdo extremista. Dentre as penalidades, a plataforma foi multada em R$ 10 milhões por permitir que usuários acessassem a rede social mesmo após a suspensão.

A multa adicional de R$ 300 mil foi imposta devido à ausência de um representante legal da empresa no Brasil, o que levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas digitais em cumprir as regulamentações locais. Além disso, a Starlink teve R$ 11 milhões bloqueados em razão da inadimplência da X.

Este cenário não apenas afeta a operação da rede social, mas também gera implicações financeiras significativas para as empresas de Musk, demonstrando a interconexão entre suas diferentes iniciativas comerciais.

Com a pressão crescente para combater a desinformação, a X enfrenta desafios para restaurar sua imagem e credibilidade no Brasil. A falta de um representante legal, por exemplo, evidencia a necessidade de um diálogo mais profundo e uma estratégia de engajamento com o público brasileiro.

Impasse judicial

A suspensão do X no Brasil ocorre em um contexto de crescente preocupação com a disseminação de desinformação e conteúdo extremista nas redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes destacou que o retorno das atividades da plataforma depende do cumprimento integral das decisões judiciais e do respeito à legislação nacional.

O término da suspensão e o retorno imediato das atividades dependem unicamente do cumprimento integral da legislação brasileira“, afirmou Moraes.

O STF exige que o X informe se os valores bloqueados judicialmente serão usados para o pagamento das multas e que a empresa desista dos recursos interpostos contra as decisões da Corte. Além disso, a rede social ainda precisa pagar uma multa adicional de R$ 10 milhões imposta por falhas no cumprimento de uma ordem judicial em setembro.

Com a decisão de efetuar os pagamentos, a rede social se aproxima da regularização de sua situação no país, mas ainda enfrenta desafios para comprovar a quitação total das multas e a adequação às exigências legais. O caso levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas digitais em um ambiente globalizado e o respeito às soberanias nacionais em questões de regulamentação.

O ministro Alexandre de Moraes já havia autorizado o desbloqueio das contas bancárias da X e da Starlink, após a suspensão das atividades. No entanto, a plataforma relatou que a situação ainda não foi resolvida. Em resposta, Moraes reiterou ao Banco Central a necessidade de desbloqueio imediato das contas para o pagamento das multas.

Apesar dos avanços, a X ainda precisa cumprir mais três exigências para retomar suas atividades no Brasil, incluindo o pagamento imediato de R$ 10 milhões e uma multa adicional de R$ 300 mil, conforme decisão judicial de setembro.

Saiba o que falta para X voltar ao Brasil

Foi informado pela rede social X que os documentos solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes foram apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF), além do desbloqueio da plataforma ter sido solicitado. O material encaminhado será analisado pelo magistrado, como afirmado por interlocutores da Corte.

Demandas solicitadas por Moraes

Segundo o X, os requisitos que Alexandre de Moraes estipulou para que a plataforma retornasse já foram cumpridos, sendo eles: regularização da representação do X no Brasil, bloqueio de nove perfis que tinham ordens de suspensão e o pagamento das multas por descumprir diversas decisões judiciais no valor de R$ 18,3 milhões.

Para regularização da plataforma no Brasil, a advogada Rachel Villa Nova Conceição foi nomeada, e a documentação da Junta Comercial comprovando o vínculo já foi entregue ao STF. As ordens de suspensão dos nove perfis, incluindo o do senador Marcos do Val, foram emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Os advogados do X declaram que a petição, assinada pelos advogados Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer (Bermudes Advogados), André Zonaro Giacchetta e Daniela Seadi Kessler (Pinheiro Neto Advogados) e Sérgio Rosenthal (Rosenthal Advogados Associados), fornece o cumprimento integral das demandas de Moraes.


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Liberação do X no Brasil segue sendo analisada (Vídeo: reprodução/Bluesky/@poptime.space‬)


Outro ponto que deverá ser tratado por Moraes, e que deixou de ser mencionado na petição, foi a volta do X durante cerca de um dia no Brasil, que ocorreu por meio de um artifício utilizado, na qual uma nova suspensão foi declarada pelo ministro, mediante uma pena diária de R$ 5 milhões. Segundo interlocutores da empresa, como a multa não foi formalizada, não está claro se de fato será aplicada.

Estando tudo correto, Moraes pode determinar que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) restabeleça o acesso da plataforma.

Anatel e Polícia Federal no caso do X

Foi mostrado pelo O GLOBO que o STF recebeu os relatórios sobre o acesso a rede social X após o bloqueio, pela Anatel e a Polícia Federal (PF).

O X passou por uma mudança em seu endereço eletrônico, que permitiu livre acesso no Brasil, quando a plataforma voltou durante algumas horas. Foi relatado pela Anatel, em documento, que o bloqueio total foi retomado pelas operadoras notificadas.

A Polícia Federal declarou ao STF sobre as medidas que estão sendo adotadas para identificação dos casos de acesso vedado por decisão de Moraes, para que uma eventual multa seja aplicada.

A identidade dos usuários que acessaram a plataforma de forma irregular foi pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e autorizada por Moraes no dia 16 de setembro.

O GLOBO apresentou que, depois do STF ter pedido que o PF investigasse os casos de acesso do X, a PGR estabeleceu as condutas a serem ponderadas para uma futura punição. O foco é naqueles que continuam a propagar discursos de ódio em suas postagens e fake news, como as que podem afetar as eleições.

X solicita que o STF libere uso da rede social no Brasil

Antigo Twitter pediu, nesta quinta-feira (26), para o STF a liberação do uso da rede X aqui no Brasil. Representantes indicaram a entrega dos documentos solicitados por Alexandre de Moraes. Houve relatos de juristas, esclarecendo adoção das providências a qual teriam sido indicadas por vossa excelência, com o objetivo para restabelecer o funcionamento da plataforma no Brasil.

Advogados assinam pedido

Houve assinaturas, sendo executadas por advogados de três escritórios diferentes: Fabiano Robalinho Cavalcanti, Caetano Berenguer sendo pertencentes da Bermudes Advogados, André Zonaro, Giacchetta e Daniela Seadi Kessler a qual trabalham na Pinheiro Neto Advogados, Sergio Rosenthal representando Rosenthal Advogados associados.


Elon Musk em Prêmio no Breakthrough Prize (Foto: reprodução/Kevin Winter/Getty Images embed)


Suspensão

No final do mês de agosto deste ano, houve uma suspensão das empresas do Elon Musk sendo decretada pelo Alexandre de Moraes, por descumprir uma série de decisões judiciais. Eram necessários alguns documentos para demonstrar situação cadastral, validação da indicação da advogada Rachel Villa como representante da empresa, por fim, o cumprimento da decisão de retirar as contas a qual propagaram mensagens antidemocráticas e criminosas.

Investigação

Segundo a PF, Supremo Tribunal Federal já começou a investigar as pessoas que mesmo depois do bloqueio da plataforma, ainda se mantiveram postando mensagens no local, a ideia seria focar na apuração para averiguar aqueles a qual estariam propagando discurso de ódio, fake news, tendo em vista os impactos na eleição. Conforme a PGR, deve ser monitorado os casos relacionados a essa questão.

Cumpriram as exigências

De acordo com informação passada pelos Representantes do X, foram cumpridas todas as solicitações feitas pelo Ministro Alexandre de Moraes, tais são elas o seguinte, trouxeram um representante legal para o Brasil, Bloquearam o perfil dos nove que estão sendo investigados pelo STF, pagaram as multas impostas por descumprimento de ordens.

X aguarda um posicionamento da justiça brasileira.

X determina representante oficial no Brasil

A rede social X designou, nesta sexta-feira (20), a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como sua representante legal no país. A decisão veio após uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorre em meio à pressão sobre a empresa, que atualmente está proibida de ser acessada no território brasileiro.

Rachel já trabalho com o X

Rachel, que anteriormente já havia trabalhado como representante legal da rede no país, volta ao cargo em meio à suspensão da rede, que não deve ser revertida de forma imediata, sendo esperada apenas para a próxima semana.

Ainda assim, ao ser procurado, o STF não confirmou se o X indicou oficialmente um representante, sendo que a rede tinha até as 21h29 para fazê-lo, sob o risco de ter seu banimento, em vigor desde 31 de agosto, estendido. O banimento foi decretado justamente pela ausência de um representante em território nacional, como previsto em lei.

Prazo de 24 horas

Nesta última quinta-feira (19), Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para que a rede social comprovasse a existência de uma representação legal no Brasil. A decisão veio após o X indicar que o STF havia contratado os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representarem a rede social em processos perante a Corte.


Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


De acordo com Moraes, o X não forneceu ‘nenhuma comprovação do retorno das atividades’ da empresa – ‘nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados’.

Isso ocorreu em um momento em que a empresa tentou burlar o bloqueio do site, ao mesmo tempo em que indicava que começaria a cumprir as ordens impostas pelo STF. O maior destaque foi a migração dos servidores para um novo IP, permitindo que os usuários acessassem o site sem o uso de VPN. Como resultado, Moraes estipulou uma multa de R$ 5 milhões caso a rede social continuasse a contornar o bloqueio.

STF estipula prazo de 24 horas para X comprovar representação legal no Brasil

Nesta quinta-feira(19), Alexandre de Moraes estipulou 24 horas para que a empresa do bilionário Elon Musk esclarecesse ao Tribunal se já nomeou um representante legal para o “X” no Brasil. Após o antigo Twitter indicar contrato com os advogados André Zonaro Giaccheta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, tendo como o objetivo representar a rede social em processos na corte, o magistrado decidiu efetuar a solicitação dando este prazo. Conforme o jurista, não foi fornecido comprovação indicando atividades da empresa, e muito menos regularidade da constituição dos seus representantes legais.

Multa de 5 milhões

Em determinação do ministro, a plataforma teria que pagar um valor de cinco milhões por terem descumprindo uma ordem judicial, isso inclui também a Starlink, a qual sofrera cobrança caso não se cumpra o pagamento. Mediante o edital de intimação publicado, a taxa passou a valer a partir do dia 19 de setembro de 2024. O dinheiro a ser pago é calculado diariamente.


Elon Musk na sessão “Explorando as novas fronteiras da inovação” (reprodução/Marc Piasecki/Getty Images embed)


Bloqueio de acesso

Houve também, uma ordenação para Anatel(Agência Nacional de telecomunicações) o cumprimento de bloquear o acesso da plataforma, impedindo o acesso por servidores como CDN Cloudflare, Fastly e EdgeUNO, a companhia já havia comunicado em relação a tentativas de uso indevido burlando a ordem na última quarta-feira. Segundo a mesma, isso teria ocorrido pelo fato de ter havido uma migração, da mídia trocando o IP, facilitando o drible do bloqueio definido pelas operadoras no Brasil.

Motivações

De acordo com Alexandre de Moraes, o fato de não haver bloqueio nas contas aonde se divulgou mensagens criminosas ou até mesmo antidemocráticas, a não aplicação de multas para os usuários em questão, e ainda o fechamento do escritório no Brasil e deixando consequentemente de ter um representante legal no país para lidar com as situações relacionadas ao STF, foram os motivos da decisão tomada por ele.

A plataforma X continua suspensa no Brasil.

Alexandre de Moraes multa plataforma X em R$ 5 milhões

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes multou a rede social X em R$ 5 milhões em razão de uma “manobra” que fez o site voltar a funcionar para os usuários brasileiros.

A punição está valendo desde hoje(19), mas o tribunal ainda vai calcular quantos dias de multa serão aplicados pelo tempo que a irregularidade se mantiver.

A decisão foi entregue por edital de intimação já que o X não tem representantes legais no Brasil. Neste documento, Moraes pede o X no Brasil para que suspenda os acessos através dos servidores Cloudfare, Fastly, Edgeuno e CDN e outros semelhantes criados para burlar a decisão do STF sob pena de multa de R$ 5 milhões. A multa também é aplicada a Starlink.

Anatel vê intenção deliberada na ação

A Anatel na manhã desta quinta-feira(19) confirmou em nota ter identificado acessos de usuários do X no Brasil.

Para a agência, a atitude demonstra ação deliberada para descumprimento da sentença do STF e ainda de acordo com a agência caso se repitam tentativas de desrespeitar o bloqueio, a agência tomará providências cabíveis.


Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O bloqueio começou na virada de sexta(30) para sábado(31) do mês de agosto e deixou cerca de 40 milhões de usuários sem acesso à plataforma. Na decisão judicial, a plataforma só será liberada quando forem pagas as multas e um representante legal no Brasil for nomeado pela empresa comprada pelo bilionário Elon Musk.

“Drible” ao bloqueio se deu por mudança de servidor

O acesso mesmo que sem imagens e vídeos se deu através de uma mudança de servidores dificultando o bloqueio das operadoras de telefonia e internet. Com isso, algumas pessoas conseguiram ter acesso à plataforma.

De acordo com a empresa, a mudança foi porque a estrutura de acesso em toda a América Latina foi comprometida com o bloqueio no Brasil, sendo necessária a troca de servidor. Ainda de acordo com a empresa, essa ação resultou em uma liberação acidental e temporária da plataforma no Brasil.     

Matéria por Matheus Furtado (Lorena – R7)

Após usuários relatarem a volta do X STF se pronuncia e afirma que houve erro

Na manhã desta quarta-feira (18), alguns usuários do X (antigo Twitter) tiveram acesso à rede social, sobretudo através do aplicativo, pela rede wi-fi. A plataforma, que era sucesso no Brasil, está suspensa desde o dia 30 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as últimas informações da internet, o acesso ao aplicativo foi restaurado tanto para IOS quanto para o Android. Contudo, ao tentar acessar a plataforma através de navegadores como o Google Chrome e Safari, os usuários relatam dificuldades.


Reações dos usuários do aplicativo X após aplicativo voltar a funcionar (Foto: Reprodução/X)

Ainda não existe uma confirmação oficial quanto à liberação do serviço pela Justiça, uma vez que o funcionamento está bastante irregular. No entanto, o possível retorno gerou diversas reações nas redes sociais. Os internautas compartilharam memes a respeito da situação, descrevendo a possibilidade de voltar a ser “malucos na rede” ou a “morrer de saudade” das postagens na rede social.

Nota divulgada

Em comunicado enviado ao portal O TEMPO, o Supremo Tribunal Federal informou que uma instabilidade permitiu o acesso a algumas contas.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, diz comunicado oficial.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que controla o bloqueio, também afirma que não recebeu nenhuma ordem para liberar o X no Brasil e, em nota, informa que o caso desta quarta-feira (18) está sendo avaliado tecnicamente.

Relembre a suspensão

A rede social “X”, mais conhecida como Twitter foi bloqueada em todo o país no dia 30 de agosto de 2024, após um desentendimento entre o ministro Alexandre de Moraes e o dono da plataforma, Elon Musk.

O ministro determinou que Musk cumprisse algumas ordens judiciais, pagasse as multas e apresentasse um representante legal da rede no Brasil, o que não foi cumprido dentro do prazo estipulado e resultou no bloqueio da rede social no país.

Uso de VPN para acessar o X pode comprometer sua privacidade e segurança digital

Desde a suspensão do X, antigo Twitter, muitos usuários começaram a procurar outros meios de acessar a rede social no Brasil. Entre as opções mais populares está o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que permitem contornar bloqueios geográficos digitais, podendo acessar conteúdos que não estão disponíveis no seu país, como catálogos de Streaming. No entanto, além da multa diária de R$ 50 mil estabelecida pela Justiça, especialistas alertam que o uso dessas ferramentas pode representar sérios riscos à cibersegurança, expondo dados pessoais e dispositivos a ameaças virtuais.

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como funciona e quais são as desvantagens da VPN

Mesmo com as ameaças de multa, muitos usuários optaram por arriscar a privacidade e a segurança em busca de manter o acesso à plataforma utilizando VPNs.

O significado de VPN é “Virtual Private Network” ou “Rede Privada Virtual” em português, e servem para ultrapassar bloqueios geográficos ao mascarar o endereço IP do usuário. Embora o uso de VPN possa parecer uma solução rápida e eficiente para contornar o bloqueio do X, especialistas em cibersegurança alertam para os perigos que essa ferramenta pode representar. Wanderson Castilho, especialista em segurança digital, explica que o uso de VPNs pode expor os usuários a vulnerabilidades se o serviço escolhido não for confiável. “Se a VPN estiver mal configurada ou se o provedor não oferecer garantias de segurança, os dados do usuário podem ser interceptados por hackers ou terceiros mal-intencionados”, afirma Castilho.

Além disso, a segurança dos dispositivos pode ser comprometida caso a VPN utilizada contenha malwares ou outros tipos de ameaças. Mesmo com uma VPN ativa, clicar em links suspeitos ou baixar arquivos infectados pode expor o usuário a ataques cibernéticos. Vale ressaltar que, embora as VPNs ofereçam um grau de anonimato, elas não garantem proteção completa contra a instalação de vírus ou ataques de Pishing, quando criminosos tentam obter acesso a dados confidencias, como senhas e contas bancárias. A recomendação dos especialistas é escolher um serviço de VPN com reputação sólida no mercado, além de manter práticas seguras de navegação e proteção com antivírus.


Uso de VPNs aumentou exponencialmente após o bloqueio do X (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Aumento no uso de VPNs no Brasil após o bloqueio do X

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no país após a plataforma não cumprir ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil. O uso de VPN para acessar a rede social pode acarretar uma multa diária de R$ 50 mil, conforme determina a ordem judicial. No entanto, ainda há incertezas sobre como essa penalidade será aplicada, já que a fiscalização de tantos usuários e o monitoramento das tentativas de acesso são desafios difíceis de controlar.

STF decide manter X suspenso no Brasil por unanimidade

Em votação realizada pela primeira turma do STF, com cinco ministros (Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre de Moraes), resultando em vitória unânime da continuação da suspensão do X, mantendo a rede social suspensa no Brasil, até cumprimento de decisões estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, foi decidido que haverá uma multa de R$ 50 mil para usuários de artifícios para utilizar o aplicativo, como o VPN, considerado um “subterfúgio tecnológico”.


Explicação da situação entre Elon Musk e Alexandre de Moraes (Vídeo: Reprodução/YouTube/SBT News)

Votação do Supremo Tribunal Federal

Em votação realizada nesta segunda-feira (2), no Supremo Tribunal Federal, os cinco ministros da primeira turma, votaram de forma unânime na continuidade da suspensão do aplicativo no Brasil. Os votantes foram Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e o autor do despacho, Alexandre de Moraes.

O aplicativo continuará suspenso, até que sejam cumpridos os seguintes requisitos, colocados como condição pelo órgão: bloquear perfis com conteúdo antidemocrático ou criminoso, pague multas por descumprimento de ordens judiciais — mais de R$ 18 milhões — e indique um representante legal no país.

Além disso, Alexandre de Moraes determinou que o uso de VPN ou de outros artifícios do tipo para ser possível o uso do X, serão multados em R$ 50 mil. Esta decisão chegou a ser questionada em recurso da OAB, mas ainda não foi analisado.

O julgamento, feito em forma de plenário virtual, tem duração até 23h59, com os votos podendo ser alterados, algo muito raro de ocorrer em situações deste tipo.

Suspensão do X

Com seu escritório tendo sido fechado no Brasil dia 17 de agosto, por alegar que Alexandre de Moraes ameaçou a representante legal do aplicativo no Brasil de prisão, o aplicativo saiu do ar nos últimos dias.

O STF alega que Elon Musk descumpriu, desde abril, várias ordens do ministro Moraes, que ordenou o bloqueio de contas com comportamentos antidemocráticos, além de multas não pagas pelo bilionário, dono da plataforma.

Ministros afirmam que Elon Musk está contrariando o STF para criar narrativa de perseguição

Após o bloqueio do X no Brasil, foi comentado sobre possível estratégia de Elon Musk para criar uma imagem de perseguição, do STF com ele. Segundo alguns ministros, o bilionário estaria contrariando algumas decisões do órgão para que esta narrativa seja vista como realidade, afirmando que Musk utiliza o X como instrumento político e montou propositalmente este embate, justamente para esta situação citada.


Análise sobre a situação entre Elon Musk e Alexandre de Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Bloqueio do X no Brasil

Medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, traz o bloqueio do aplicativo X, antigo twitter, no Brasil, até que se cumpra as ordens determinadas pelo próprio, no Supremo Tribunal Federal.

Alguns ministros pensam que existe um peso diferente nas mãos de Moraes, em diferentes casos, algo que causa uma turbulência e um desgaste na imagem do Judiciário, colocando pressão em toda a Corte. Além disso, para alguns ministros do STF, a lei deveria ser atualizada para permitir uma maior responsabilização das plataformas.

Sobre o desfecho desta história e todas as negociações envolvidas, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, falou para o jornal Folha de S. Paulo que as fake news e milícias digitais que estão sendo investigadas, devem ter uma resolução em breve.

Situação de momento

Os ministros do STF colocaram a atitude de Elon Musk, como uma estratégia para criar uma narrativa de perseguição em relação ao órgão, responsável pela decisão de alguns bloqueios de seus recursos, o principal deles, o X.

No presente caso, como reconhecido pelas próprias impetrantes, a decisão monocrática é ‘impugnável, em tese, por agravo interno

Cristiano Zanin, ministro do STF, sobre caso envolvendo Elon Musk

Para os magistrados, o bilionário está usando o aplicativo como instrumento político, criando este confronto com o STF de maneira proposital, para que esta possível imagem fosse buscada por ele.