Conmebol anula cartão e libera Gonzalo Plata para duelo decisivo contra o Estudiantes

O Flamengo ganhou um importante reforço para a sequência da Copa Libertadores. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou a anulação do cartão amarelo aplicado a Gonzalo Plata no primeiro confronto diante do Estudiantes, no Maracanã, garantindo a presença do atacante na partida de volta, marcada para a próxima quinta-feira (25), em La Plata. O Rubro-Negro venceu o jogo de ida por 2 a 1 e agora terá novamente à disposição um dos seus principais nomes ofensivos para a decisão na Argentina.

Plata havia recebido o segundo amarelo no duelo no Rio de Janeiro, o que significaria suspensão automática. No entanto, após análise do lance e revisão das imagens, a entidade sul-americana concluiu que a advertência do árbitro foi equivocada. Dessa forma, o atacante equatoriano foi liberado para atuar, ampliando o leque de opções do técnico flamenguista em um momento crucial da temporada.

Precedentes Libertadores

Embora rara, a anulação de punições pela Conmebol não é uma novidade. Em outras duas ocasiões, a entidade já reviu decisões de arbitragem em fases decisivas da Libertadores, beneficiando atletas que inicialmente estavam fora de combate.

O primeiro caso ocorreu em 2014, quando o San Lorenzo caminhava rumo ao título continental. No duelo contra o Cruzeiro, no Mineirão, o meia Leandro Romagnoli foi expulso após disputa com o atacante Marcelo Moreno. O árbitro uruguaio Martín Vásquez entendeu o lance como agressão e aplicou o cartão vermelho direto. Mesmo com um a menos, os argentinos seguraram o empate por 1 a 1 e avançaram. Dias depois, o clube recorreu à Conmebol, que reverteu a expulsão. Assim, Romagnoli esteve à disposição para a semifinal contra o Bolívar, sendo peça importante até a conquista inédita.

Quatro anos mais tarde, em 2018, o Cruzeiro foi o protagonista de outro episódio emblemático. Na derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors, na Bombonera, o zagueiro Dedé acabou expulso após um choque acidental de cabeça com o goleiro Andrada. O árbitro Éber Aquino, após revisar o VAR, mostrou o cartão vermelho, gerando forte contestação. A diretoria mineira recorreu, e novamente a Conmebol interveio, anulando a decisão. Com isso, Dedé pôde atuar no jogo de volta, no Mineirão, diante da torcida celeste.


Conmebol divulga aúdio do VAR sobre o cartão do jogador (Vídeo: reprodução/X/RaFla Mello)

Reforço valioso para um confronto decisivo

Com a decisão mais recente, Gonzalo Plata passa a integrar esse seleto grupo de jogadores beneficiados por revisões disciplinares da Conmebol. Sua presença diante do Estudiantes é vista como estratégica, especialmente por conta das características do adversário e do contexto do jogo.

O Flamengo chega à Argentina em vantagem, mas ciente das dificuldades que encontrará no Estádio Jorge Luis Hirschi, conhecido por sua atmosfera intensa e pelo apoio maciço da torcida local. A equipe rubro-negra precisará de equilíbrio entre solidez defensiva e velocidade nas transições ofensivas para confirmar a vaga na semifinal.

Plata, que tem sido uma das válvulas de escape do ataque, pode cumprir papel decisivo nesse cenário. Sua velocidade, capacidade de drible e habilidade para quebrar linhas defensivas oferecem ao treinador mais alternativas na hora de montar a equipe. A expectativa é que o equatoriano esteja entre os titulares, mas mesmo que comece no banco, sua presença já representa um alívio para a comissão técnica e para a torcida.

A confiança rubro-negra aumenta com o retorno de Plata, mas o clima é de cautela. O Estudiantes, tradicional clube argentino com quatro títulos de Libertadores, costuma crescer em partidas eliminatórias dentro de casa. O Flamengo aposta no talento de seu elenco e na experiência acumulada em competições recentes para superar mais esse obstáculo e seguir sonhando com o tricampeonato continental.

Seja como protagonista ou como peça estratégica ao longo da partida, Gonzalo Plata terá a chance de escrever seu nome em um capítulo importante da campanha do Flamengo na Libertadores de 2025. E, assim como Romagnoli e Dedé no passado, entra para a história de atletas que conseguiram reverter punições e voltar a campo em momentos decisivos.

Palmeiras viaja à Argentina para abrir quartas da Libertadores com melhor campanha

O Palmeiras chega às quartas de final da Copa Libertadores embalado pela melhor campanha da fase de grupos e pela classificação tranquila contra o Universitário, do Peru, nas oitavas, quando venceu com ampla vantagem no agregado. Agora, porém, o desafio será muito maior: encarar o River Plate, em Buenos Aires, no primeiro jogo do mata-mata decisivo.

O time de Abel Ferreira soma até aqui sete vitórias e um empate em oito partidas. A única igualdade aconteceu justamente no confronto de volta da fase anterior. O duelo desta quarta-feira (17) promete ser intenso, já que o River terá o apoio de mais de 80 mil torcedores no Monumental de Núñez e conta com jogadores experientes, como os laterais Acuña e Montiel, campeões mundiais com a Argentina em 2022.

A boa notícia para Abel é o retorno de Bruno Rodrigues, que volta aos gramados após quase 600 dias. Assim, o técnico terá praticamente todo o elenco à disposição. A única ausência confirmada é Paulinho, que segue em recuperação após cirurgia na perna.

Palmeiras na Argentina

O retrospecto recente do Verdão em solo argentino é animador. Desde 2019, quando perdeu para o San Lorenzo, são sete jogos de invencibilidade: quatro vitórias e três empates, seis pela Libertadores e um pela Recopa Sul-Americana. Nesta edição, no entanto, será o primeiro confronto contra uma equipe argentina.


Palmeiras postou os bastidores do último confronto diante do Internacional-RS (Vídeo: Reprodução/X/@Palmeiras)

Histórico contra o River

Nos encontros anteriores, o equilíbrio é evidente. Em oito jogos, foram três vitórias para cada lado e dois empates. Em 1999, o Palmeiras eliminou o rival ao vencer por 3 a 0 no Palestra Itália após perder por 1 a 0 em Buenos Aires, no caminho para sua primeira Libertadores. Já em 2020, voltou a superar o River, com triunfo por 3 a 0 fora de casa e derrota por 2 a 0 na volta, garantindo vaga na final que rendeu sua segunda taça.

O duelo ainda carrega o peso do reencontro entre Abel Ferreira e Marcelo Gallardo, dois dos treinadores mais marcantes da América do Sul nos últimos anos. Enquanto o português busca mais vitória pelo Palmeiras, o argentino tenta recuperar prestígio.

Copa do Mundo 2026 define eliminatórias, repescagem e seleções classificadas

A Copa do Mundo de 2026 está chegando. O torneio começa em 11 de junho, com o sorteio da fase de grupos marcado para 5 de dezembro. Será a maior edição da história, com 48 seleções, três países-sede (Estados Unidos, México e Canadá) e 16 cidades como palco. O novo formato terá 12 grupos com quatro equipes cada, avançando os dois primeiros de cada grupo e mais oito terceiros colocados.

Eliminatórias a menos de um ano do Mundial

Faltando menos de um ano para o Mundial, as eliminatórias revelaram seleções estreantes em crescimento e grandes equipes em dificuldades para garantir vaga na Copa.

Depois da última Data Fifa, o cenário para o Mundial ficou mais claro. Marrocos e Tunísia garantiram a vaga sem dificuldades. O Egito, apesar da liderança, ainda precisa confirmar a classificação, enquanto Cabo Verde está a uma vitória de sua primeira participação em Copas. Já a Nigéria passa por um momento delicado: os tropeços recentes podem custar a vaga.

Japão, Coreia do Sul, Irã e Austrália confirmaram seu favoritismo, mas a grande novidade é a estreia de Jordânia e Uzbequistão. A Arábia Saudita, sede do Mundial de 2034, corre sério risco de ficar de fora desta edição.


Gols especiais da Seleção Brasileira na Copa do Mundo (Vídeo: reprodução/X/@fifaworldcup_pt)

Na Europa, o prestígio de algumas seleções não tem garantido tranquilidade. A Noruega lidera com força, deixando a tetracampeã Itália novamente na briga pela repescagem. A Alemanha preocupa com seu desempenho irregular sob Julian Nagelsmann, enquanto a Suécia vê suas chances diminuírem. França, Inglaterra, Espanha e Portugal já garantiram a vaga, e Suíça, Croácia e Dinamarca estão próximas de se classificar.

Repescagem e últimas vagas para a Copa do Mundo

Na América do Sul, a Bolívia garantiu a repescagem ao superar a Venezuela, enquanto Argentina, Brasil, Uruguai, Colômbia, Equador e Paraguai já estão classificados para a Copa.

Na América Central e do Norte, além dos anfitriões Estados Unidos e México, Jamaica, Honduras e Suriname ainda disputam vagas diretas. A Nova Zelândia garantiu a única vaga da Oceania, com a Nova Caledônia indo para a repescagem.

A repescagem é a última chance para seleções que ainda sonham em disputar o Mundial de 2026. Seis equipes brigam por duas vagas em um torneio curto, mas decisivo. O formato prevê quatro jogos em duas fases. As duas seleções melhor posicionadas no ranking da Fifa entram direto na fase final, enquanto as outras quatro disputam confrontos eliminatórios definidos por sorteio. Os vencedores enfrentam as favoritas do ranking pelas vagas.

Todos os jogos ocorrerão em março de 2026, em pelo menos um dos países-sede, Estados Unidos, México ou Canadá, funcionando também como teste para a logística do Mundial. Na Europa, o modelo de repescagem é diferente. O continente tem 16 vagas, 12 diretas para os líderes dos grupos e quatro vagas definidas pelos playoffs organizados pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA).

Lionel Messi não deixa claro seu futuro na seleção Argentina

O atacante argentino Lionel Messi, de 38 anos, deixou indefinido a sua sequência na seleção, após a vitória de seu time na Copa da Ligas Americana. Em entrevista ele falou do próximo compromisso da Argentina,na data Fifa contra a Venezuela, no estádio Monumental De Nunez na capital do país. As partidas serão realizadas entre os dias 6 a 14 de outubro.

Messi e o futuro na Argentina

Ao comentar a vitória contra o Orlando City, Messi também falou dos próximos compromissos com a Argentina, restando apenas duas rodadas para o fim das Eliminatórias da Copa do Mundo em 2026. O camisa 10 disse que seria uma ocasião especial, já que será acompanhado por toda a família em sua terra natal.

Além de Antonella Roccuzzo, sua esposa e dos filhos, estarão com ele todos familiares mais próximos dos dois lados, para enaltecer o que talvez seja sua despedida em casa. Os amistosos pensados para antes do mundial ainda não tem data e local definido.


Melhores momentos do jogo entre Inter Miami e Orlando (Video: reprodução/YouTube/@aMajor League Soccer)

O atual campeão irá ao México, Estados Unidos e Canadá tentar o bicampeonato consecutivo e o tetracampeonato em sua história.

História de Messi na seleção

Mesmo saindo muito cedo de casa rumo ao Barcelona, da Espanha, Messi se tornou um dos maiores ídolos da história da seleção argentina. Sua trajetória começa com a camisa Albiceleste ainda no sub-20 em 2005, quando ganhou destaque após belas apresentações no mundial da categoria.

Já no ano seguinte, ao lado do brasileiro Ronaldinho Gaúcho e de outros companheiros incríveis, ele conquistou sua primeira Champions League. Com o decorrer dos anos, Messi se tornou a referência do clube catalão, garantindo-o como nome certo nas convocações da Seleção. Após disputar 5 copas do mundo, o título que faltava na carreira chegou.

O atual técnico da equipe, sabe da importância de seu camisa 10, para o grupo que em determinados momentos nas eliminatórias opttou por preservar seu principal atleta. Garantindo que ele esteja bem fisicamente em 2026, mesmo aos 39 anos e disputando a sexta copa da carreira.

Países sul-americanos declaram apoio aos EUA em conflito contra a Venezuela por narcotráfico

Nos últimos dias, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, intensificou as publicações em suas redes sociais com informações sobre o conflito envolvendo o governo Trump e a Venezuela. Algumas das postagens referem-se ao apoio de países sul-americanos a Donald Trump na guerra contra o narcotráfico na região. Argentina, Equador, Paraguai não só apoiaram a ofensiva estadunidense contra o governo venezuelano, como também classificaram o Cartel de Los Soles como organização terrorista.

Apoio aos Estados Unidos 

Em meados de agosto, o presidente do Equador, Daniel Noboa, emitiu um decreto que classificou o Cartel de Los Soles como um “grupo terrorista do crime organizado”, autorizando seu serviço de inteligência a mapear conexões com quadrilhas locais.  Poucos dias depois, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto similar, referindo-se ao grupo como uma “organização terrorista internacional” e reforçando o compromisso do país em combater o crime transnacional. 


Carta do presidente do Paraguai, Santiago Peña, contra o Cartel de Los Soles (Foto: reprodução/X/@PresidenciaPy)

Na sequência, na última terça-feira (26), o presidente argentino Javier Milei, também, declarou o Cartel de Los Soles como organização terrorista, inserindo a organização no Registro Público de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo e seu Financiamento (RePET). O governo de Milei justificou a decisão com base em relatórios oficiais argentinos. Além de vincular o Cartel a outras redes criminosas regionais, apontou, também, o envolvimento do grupo com narcotráfico, contrabando e exploração ilegal de recursos naturais.


Publicação do Ministério de Segurança Nacional argentino sobre o Cartel de Los Soles (Foto: reprodução/X/@MinSeguridad_Ar)

Manifestações diversas

A escalada da tensão entre os EUA e o governo de Nicolás Maduro ganhou fortes contornos nas últimas semanas, com Washington intensificando sua presença militar no mar do Caribe. A declaração formal, chamando o Cartel de los Soles como organização terrorista internacional, veio acompanhada de sanções econômicas, confisco de bens e, principalmente, do envio de navios de guerra e milhares de soldados estadunidenses para patrulhar a região.


Declaração do secretário de Estado Marco Rubio, ao lado do presidente Donald Trump, sobre combate ao narcotráfico (Vídeo: reprodução/X/@RapidResponse47)

Contudo, o ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, qualificou tudo como invenção, reiterando que o Cartel seria apenas uma narrativa forjada pelos adversários do país. No entanto, a oposição venezuelana, representada por María Corina Machado, comemorou o apoio dado aos EUA por países sul-americanos, acrescentando que esses movimentos são passos importantes para desmantelar o “sistema” que Nicolás Maduro teria formado.

A Guiana, por sua vez, emitiu uma nota expressando “profunda preocupação” com o narco terrorismo e com o papel que redes como o Cartel venezuelano de Los Soles teriam nesse contexto, ressaltando a necessidade de cooperação internacional para enfrentar essa ameaça. Em contrapartida, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que “o Cartel de Los Soles não existe; é uma desculpa fictícia usada pela extrema-direita para derrubar governos que não a obedecem”, mantendo uma posição crítica contra as ações dos EUA e seus aliados na região.

Javier Milei é retirado de caravana eleitoral após receber pedradas

O presidente da Argentina, Javier Milei, teve que ser retirado de uma caravana que participava em Buenos Aires, na capital argentina, após ter o veículo atacado por pedras nesta quarta-feira (27). Ele participava de uma caravana presidencial com apoiadores do governo quando o ataque aconteceu, ele e toda a sua comitiva foram retirados às pressas. 

Comitiva presidencial

Milei e seus aliados políticos participavam de uma caravana presidencial, como um ato de campanha para as eleições legislativas em Buenos Aires, que serão no dia 7 de setembro. Essa seria a segunda passagem do presidente pela região, que marca a terceira seção eleitoral e busca impulsionar a popularidade dos candidatos do partido para as vagas na Assembleia Legislativa e do Senado.

Após o ataque, membros do governo e o próprio presidente Javier Milei se pronunciaram nas redes sociais. Em um post na rede social X, ele declarou: “os kukas [apelido para apoiadores do Kirchnerismo] atiraram pedras por falta de ideias, recorreram outra vez à violência”. A ministra da Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, acusou o Kirchnerismo de planejar o ataque contra a caravana. Esse é o nome dado ao período em que Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner governaram o país por 12 anos, e são do partido de oposição de Milei. 


Reportagem da emissora DNews sobre o ataque à caravana de Milei (Vídeo: reprodução/YouTube/DNews)

Apesar do ataque desta quarta-feira (27), ainda é esperado que ele participe de outros eventos para impulsionar a campanha eleitoral do seu partido. 

Acusações de corrupção

A participação de Milei coincidiu com uma crise política que o país vive, envolvendo a irmã do presidente e secretária presidencial, Karina Milei, que estaria envolvida em um esquema de corrupção, que envolve a devolução de verbas por meio da Agência Nacional para a Deficiência. 

Javier Milei não comentou sobre o escândalo envolvendo a irmã, porém acusou a oposição de querer instalar o caos e a violência, afirmando que o seu governo acabou com o déficit fiscal de 123 anos em um único mês.

Irmã de Javier Milei é investigada por corrupção

A Argentina está atualmente investigando um esquema de corrupção ligado ao governo de Milei, após áudios terem sido divulgados na mídia local. Os áudios fariam menção à Karina Milei, irmã de Javier Milei, eu teria participado em um esquema de propina na distribuição de medicamentos para PCDs.

Os áudios

A mídia local do país publicou gravações de áudio, onde é possível identificar uma voz semelhante a de Diego Spagnuolo, chefe da Agência Nacional de Pessoas com Deficiência, pode ser ouvida, discutindo sobre uma ação de suborno dentro da instituição.

Nas gravações, é possível ouvir Diego dizendo: “Eles estão fraudando minha agência”. Suas palavras fazem referência à Karina Milei, que é chefe de gabinete do presidente da Argentina, que recebeu pagamentos de propina. Ele disse que contactou Javier Milei, porém o presidente não resolveu a situação.

Spagnuolo foi demitido na última quinta-feira (21), pelo governo atual, com a justificativa de ser uma medida preventiva. No dia seguinte, sexta-feira (22), autoridades argentinas invadiram diversas propriedades de Diego, incluindo sua própria casa, para coletarem seus celulares e uma máquina de dinheiro.

O governo não confirmou a autenticidade do áudio e o presidente ainda não se manifestou publicamente sobre o ocorrido.

Problemas no governo Milei

Esta polêmica envolvendo corrupção vem em meio de vários outros problemas legislativos no governo de Javier Milei. Esta semana, no Congresso, legisladores tentaram anular o veto presidencial, que se opunha a um aumento no apoio financeiro a pessoas com deficiência.


Presidente da Argentina, Javier Milei, discursando em evento (Foto: reprodução/Facundo Morales/NurPhoto/Getty Images Embed)


O governo se prepara para as eleições de meio de mandato, que ocorrerão no mês de outubro. Isso será uma maneira de verificar o sucesso do atual governo e suas medidas, como a agenda de austeridade e as reformas de mercado de Javier Milei. Essa investigação da corrupção pode atrapalhar e ameaçar o tom firme e severo do presidente da Argentina quando se refere à casta política.

Defesa de Bolsonaro responde ao STF sobre suposto plano de fuga

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entregou nesta sexta-feira (22) sua resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto plano de fuga encontrado em seu celular. O ministro Alexandre de Moraes havia dado prazo de 48 horas, encerrado às 20h34 de hoje, para que a equipe jurídica do réu apresentasse explicações sobre os documentos que pediam asilo político na Argentina e sobre o desrespeito às medidas cautelares impostas.

Plano de fuga e medidas cautelares

Os arquivos encontrados pela Polícia Federal no celular de Bolsonaro revelaram dois documentos. Um deles, endereçado à própria corporação, trazia como argumentos perseguição política e riscos à integridade física como justificativa para solicitar asilo. O outro era direcionado ao presidente argentino, Javier Milei, e incluía trechos bíblicos e citações ao Pacto de São José da Costa Rica, reiterando máximas dos direitos humanos.

A revelação intensificou a pressão sobre Bolsonaro, que já havia sido advertido anteriormente por Alexandre de Moraes pelo descumprimento de medidas cautelares. Em episódio recente, quando falou à imprensa na Câmara dos Deputados, a defesa alegou que os limites impostos não estavam claros. O ministro tratou o caso como pontual, mas reforçou que novas violações não seriam toleradas.


Bolsonaro fala à imprensa na Camara dos Deputados (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)


Argumentos da defesa

Na resposta protocolada hoje, os advogados de Bolsonaro alegaram que o documento encontrado é anacrônico e teria sido escrito um ano antes do avanço das investigações. Também classificaram as acusações de tentativa de fuga como parte de uma estratégia de “lawfare”, termo usado para descrever perseguição política por meio do sistema judicial.

A defesa afirmou ainda que Bolsonaro vem cumprindo integralmente as medidas cautelares determinadas pelo STF e que não há indícios de descumprimento recente. O texto também ressalta que os pedidos de asilo citados nos documentos não refletem a posição atual do ex-presidente, que teria colaborado com todas as fases da investigação.

Próximos passos no processo

Com a entrega da resposta, caberá ao ministro Alexandre de Moraes analisar os argumentos e decidir se haverá novas medidas contra Bolsonaro. O ex-presidente é indiciado por liderar uma trama golpista após as eleições de 2022, o que já lhe rendeu restrições como proibição de contato com outros investigados, obrigação de entregar o passaporte, prisão domiciliar e proibição do uso de redes sociais.

A expectativa agora é que o STF avalie se os documentos encontrados configuram de fato uma tentativa de descumprimento das medidas impostas. Caso contrário, a corte deve manter o andamento normal do processo.

Buenos Aires adota criptomoedas para pagamento de impostos

Em uma iniciativa pioneira na América Latina, a capital argentina, Buenos Aires, anunciou recentemente que passará a aceitar criptomoedas como forma de pagamento para diversos tributos e serviços públicos. Essa medida, divulgada na última quarta-feira, abrange impostos como o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (ABL) e outros relacionados a veículos (Patentes), além de procedimentos não tributários, como a emissão de carteiras de motorista e o pagamento de multas de trânsito. A decisão sinaliza o objetivo ambicioso do governo local de se tornar uma referência global no universo cripto.

Criptomoedas ganham espaço como solução moderna em meio à crise

A adoção de criptomoedas como meio de pagamento vem em um contexto de crise econômica na Argentina, onde a população já se familiarizou com outras formas de transações digitais, incluindo as transferências via cripto e o Pix brasileiro. O movimento de Buenos Aires visa não apenas modernizar o sistema de pagamentos, mas também atrair empresas e talentos da economia digital, criando um “arcabouço regulatório favorável”. Para o especialista em cripto, Caio Villa, essa medida oferece risco praticamente nulo tanto para os contribuintes quanto para o governo, já que a conversão é realizada no momento exato da transação, fixando o valor e eliminando a preocupação com a volatilidade.


Existe a previsão que o sistema incluirá ativos digitais de grande relevância, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). (Foto: reprodução/Instagram/@portaldobitcoin)


Embora ainda não haja uma lista específica de quais criptomoedas serão aceitas, especialistas como Paulo Camargo, da Underblock, preveem que o sistema incluirá ativos digitais de grande relevância, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), além de stablecoins, com a conversão imediata para pesos argentinos. A cidade já possui um ecossistema digital robusto, com mais de 10 milhões de contas cripto em todo o país, o que representa 22% do volume total da América Latina. O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, destacou que a iniciativa é um passo essencial para que o Estado se adapte à economia digital, removendo a burocracia e incentivando o crescimento de empresas inovadoras na cidade.

Visão Holística e Desafios da Regulamentação

A iniciativa de Buenos Aires vai além da simples aceitação de criptoativos. Quatro propostas-chave foram anunciadas para impulsionar o setor: a atualização da nomenclatura de atividades econômicas, que cria uma categoria específica para a compra e venda de criptoativos, simplificando a declaração fiscal; a exclusão dos Provedores de Serviços de Ativos Virtuais (PSAV) de regimes de arrecadação bancária, o que reduz a burocracia e aumenta a segurança jurídica para as empresas; a alteração na base de cálculo tributária, onde os impostos serão cobrados apenas sobre a diferença entre a compra e a venda, e não sobre o valor total da operação; e a própria aceitação do pagamento de tributos e taxas com cripto através de um sistema de QR Code.

A aceitação de criptoativos por um governo pode ser vista como um sinal de legitimidade, transformando esses ativos de meros instrumentos especulativos para componentes da infraestrutura financeira do futuro. No entanto, o movimento também traz à tona desafios regulatórios e jurídicos, como apontado pela advogada Lisa Worcman, sócia do escritório Mattos Filho. Em muitos países, como o Brasil, as criptomoedas não são consideradas moeda de curso legal, o que cria um obstáculo para sua utilização no pagamento de tributos, que geralmente exigem a moeda oficial. A volatilidade e a necessidade de mecanismos de conversão instantânea também são pontos de atenção. Em Buenos Aires, o sistema se baseia em intermediários que convertem os valores, o que levanta questões sobre o momento exato da quitação da obrigação e a responsabilidade em caso de falhas.

Apesar dos desafios, a postura do governo argentino, com a aprovação do presidente Javier Milei, conhecido por ser favorável ao uso de criptomoedas, sugere que essa iniciativa de Buenos Aires pode servir de modelo para outras províncias e até mesmo para outros países da região, consolidando o papel da Argentina como um polo de inovação na economia digital.

Messi sofre lesão e expõe os riscos da carreira de atletas de elite

A recente lesão de Lionel Messi, uma das maiores estrelas do futebol mundial, reacendeu o debate sobre os riscos inerentes à carreira de atletas de elite e os desafios relacionados ao tempo de recuperação. O astro argentino, que recentemente se juntou ao Inter Miami, teve sua estreia adiada e sua participação em futuras partidas colocada em xeque devido a um desconforto muscular, um lembrete contundente da fragilidade física mesmo dos mais talentosos.

Estrela argentina tem estreia adiada, reacendendo debate sobre fragilidade física

Lesões musculares, como a que acometeu Messi, são comuns no futebol de alto rendimento. A intensidade dos jogos, os treinos rigorosos e a constante exigência física submetem os corpos dos jogadores a um estresse extremo. Fatores como o histórico de lesões, a idade, a condição física individual e até mesmo o tipo de gramado podem influenciar a probabilidade de sofrer tais contratempos.


Messi em jogo pelo Inter (Foto: reprodução/Instagram/@Leomessi)

O tempo de recuperação de uma lesão muscular pode variar significativamente, dependendo da gravidade e da região afetada. Em muitos casos, o retorno precoce aos gramados, impulsionado pela pressão de clubes e torcidas, pode levar a recaídas ou ao agravamento do quadro. É aqui que entra a importância de uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências.

Recuperação de Messi: ciência e pressão no retorno de atletas de alto rendimento

Para atletas de elite como Messi, a recuperação vai além do tratamento da lesão em si. Envolve um plano de reabilitação detalhado, com fisioterapia especializada, fortalecimento muscular específico e um retorno gradual às atividades. A escassez de tempo de jogo pode ser um fator de pressão, mas a consistência em seguir o protocolo de recuperação é crucial para garantir a longevidade da carreira e a performance em alto nível.


Lionel em jogo valido pelas eliminatórias da copa (Foto: reprodução/Instagram/@Leomessi)

O caso de Messi também nos faz refletir sobre a importância de ouvir o próprio corpo e de ter uma comunicação clara entre atleta, equipe médica e comissão técnica. A decisão de jogar ou não, muitas vezes, é complexa, envolvendo não apenas a condição física, mas também o aspecto psicológico e a vontade de estar em campo.

A medicina esportiva tem avançado consideravelmente, oferecendo novas técnicas de diagnóstico e tratamento. No entanto, a natureza do esporte de alta competição sempre apresentará riscos. O desafio para clubes e atletas é encontrar o equilíbrio entre a busca por vitórias e a preservação da saúde a longo prazo, garantindo que talentos como Messi possam brilhar por mais tempo, minimizando as interrupções causadas por lesões. A recuperação de Messi será, sem dúvida, acompanhada de perto, servindo como um estudo de caso para muitos outros que enfrentam desafios semelhantes no mundo do esporte.