Em discurso emocional, Papa Leão pede o fim da proliferação de armas

Neste domingo (31), o Papa Leão, o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, fez um apelo emocional e poderoso, pedindo o fim da que ele chamou de “pandemia de armas”. A declaração veio após um trágico tiroteio em uma escola católica em Minnesota, nos EUA, que resultou na morte de duas crianças. Falando na Praça de São Pedro, o Papa Leão expressou suas orações pelas vítimas do ataque, destacando a dor e o luto que o evento causou.

Papa Leão faz apelo global contra armas e compara crise à pandemia

Em sua oração semanal, o pontífice implorou a Deus para intervir e ajudar a acabar com a “pandemia de armas grandes e pequenas que infecta o nosso mundo”. Essa escolha de palavras, comparando a proliferação de armas a uma doença global, sublinha a urgência e a gravidade da situação. A violência armada, especialmente aquela que afeta crianças em locais de refúgio como escolas, é um tema que tem tocado profundamente o líder da Igreja Católica.


Ao invocar a fé e a oração, ele convida a todos, independentemente de suas crenças, a refletir sobre o valor da vida humana (Foto: reprodução/X/@vaticannews_pt)

A abordagem do Papa Leão sobre este assunto reflete um estilo diferente de seu antecessor. Ele, que foi eleito em maio após o falecimento do Papa Francisco, tem sido descrito como mais cauteloso e menos propenso a improvisos em suas aparições públicas. No entanto, este apelo específico marcou um momento raro em que ele usou seu inglês nativo para se dirigir a uma audiência global, demonstrando a profundidade de sua preocupação com a questão. A escolha de usar o inglês, em vez do italiano, que é a língua tradicional do papado, ressalta a importância que ele atribui a este tema, comunicando diretamente com sua nação de origem e com o mundo.

Papa destaca crise moral da violência armada e convoca união global pela paz

A “pandemia de armas” é um problema que transcende fronteiras e religiões, e o apelo do Papa Leão serve como um lembrete de que a violência armada não é apenas uma questão política ou social, mas também uma crise moral e espiritual. Ao invocar a fé e a oração, ele convida a todos, independentemente de suas crenças, a refletir sobre o valor da vida humana e a trabalhar juntos para criar um mundo mais seguro e pacífico. Sua voz se soma a um coro crescente de líderes e cidadãos que pedem mudanças significativas para proteger as comunidades da violência desenfreada.

Tragédia em escola católica nos EUA deixa vítimas fatais

Um novo capítulo de dor e luto se abateu sobre os Estados Unidos, com mais um ataque a tiros em uma escola, desta vez em Minneapolis, Minnesota. A Escola Católica Anunciação, um local que deveria ser de aprendizado e segurança, foi palco de uma tragédia que resultou na morte de duas crianças e deixou outras gravemente feridas. O agressor, após cometer o ato hediondo, tirou a própria vida, encerrando uma onda de violência que chocou a comunidade e o país.

Tragédia em escola de Minneapolis expõe falhas na segurança

O ataque, que ocorreu nesta quarta-feira (27), ceifou a vida de duas crianças, de apenas 8 e 10 anos. Além delas, a violência deixou um rastro de destruição, com 17 pessoas feridas, incluindo 14 crianças e 3 adultos. As famílias, que esperavam seus filhos na área de reunificação, vivenciaram o que nenhum pai deveria: o abraço, o choro e a mão dada, enquanto a angústia de não saber o paradeiro de seus pequenos se instalava. A notícia da morte das crianças foi comunicada aos pais, transformando o local de espera em um cenário de profunda tristeza.

A rapidez e a brutalidade do ataque levantaram uma série de perguntas sobre a segurança em ambientes escolares nos EUA. O atirador utilizou três armas diferentes — um rifle, uma espingarda e uma pistola — e disparou dezenas de vezes, mostrando a facilidade com que armamentos de alto poder destrutivo são acessados por indivíduos que desejam causar o caos. O chefe de polícia de Minneapolis, Brian O’Hara, confirmou o triste saldo de mortos e feridos, e a investigação inicial busca entender a motivação por trás do ataque.


A tragédia mobilizou as autoridades locais e federais. O governador de Minnesota (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)

Autoridades se mobilizam, mas tragédia reacende debate sobre controle de armas nos EUA

A tragédia mobilizou as autoridades locais e federais. O governador de Minnesota, Tim Walz, expressou sua profunda tristeza, afirmando que “está rezando por nossos filhos e professores, cuja primeira semana de aula foi marcada por esse horrível ato de violência“. O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, ativou a equipe de resposta a emergências, enquanto o presidente Donald Trump, em uma postagem na plataforma Truth Social, pediu orações e informou que a Casa Branca monitora a situação. Essas manifestações de apoio, no entanto, parecem insuficientes diante da repetição de tais eventos.

Mais uma vez, a nação se depara com a urgência de debater o controle de armas. A tragédia em Minneapolis se junta a uma longa lista de ataques a tiros que assombram escolas e locais públicos nos Estados Unidos. A dor das famílias de Minneapolis é um eco da dor sentida em Columbine, Sandy Hook, Parkland e tantos outros lugares.

A sociedade americana se divide entre a defesa do direito de portar armas e a necessidade de proteger a vida de crianças e adolescentes. O silêncio das armas não é mais uma opção. A busca por soluções efetivas e a garantia de um futuro mais seguro para as próximas gerações é um clamor que ecoa em meio à dor.

Alemanha e Ucrânia anunciam parceria para a fabricação de misseis de longo alcance

Os líderes da Alemanha e Ucrânia se encontraram nesta quarta-feira (28) e anunciaram que pretendem desenvolver em conjunto uma produção industrial de míssil de longo alcance, com o objetivo de proteger dos avanços militares da Rússia. O anúncio foi dado pelo atual chanceler alemão, Friedrich Merz. 

O assunto foi debatido em uma visita do atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Berlim. O encontro é resultado de uma aproximação maior da Ucrânia com países europeus da União Europeia, após as discussões infrutíferas e as tensões de Zelensky com o presidente dos EUA, Donald Trump.


Reunião de lideranças alemãs e ucranianas (vídeo: reprodução/X/UkrReview)

Europa ocidental mais próxima

“Queremos viabilizar armas de longo alcance, também queremos viabilizar a produção conjunta e não falaremos sobre os detalhes publicamente, mas intensificamos a cooperação”, disse Friedrich Merz.

O acordo bélico permitiria uma cooperação alemã-ucraniana para a armar o exército da Ucrânia contra a ofensiva russa. A negociação também está prevista para a fabricação de drones, a conversa inclui a implementação das instalações de fabricação.

A Ucrânia vive um de seus momentos mais delicados desde a invasão por tropas russas ao país do Leste Europeu no ano de 2022. Desde as crises da tomada da Criméia pela Rússia em 2014, os conflitos entre ambos os países foram intensificados no decorrer dos anos e, a retirada do apoio estadunidense para as forças ucranianas foi um duro golpe em Zelensky.

A paz distante

 As conversas para encerrar o conflito ainda não resultaram em um acordo de cessar-fogo, e neste final de semana, a Rússia realizou três noites consecutivas de ataques aéreos intensos contra a Ucrânia. Além disso, Moscou mobilizou cerca de 50 mil soldados na área próxima à região de Sumy, no norte da Ucrânia, conforme informou Zelensky aos jornalistas.

O líder da Rússia, Vladmir Putin, ainda fez acusações contra a Ucrânia de realizar ataques de drones em solo russo. Os ataques estariam sendo feitos através das armas que o Ocidente forneceria para o exército ucraniano.

Autoridade da Casa Branca afirma que mísseis do Paquistão são uma ameaça aos EUA

O vice- conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jon Finer, afirmou nesta quinta-feira (19) que o Paquistão está desenvolvendo mísseis de longo alcance capazes de atingir alvos fora da Ásia.

Em sua fala, Finer também disse que os mísseis podem representar uma “crescente ameaça aos Estados Unidos”.

Pronunciamentos do vice- conselheiro

O Paquistão tem desenvolvido uma tecnologia de mísseis cada vez mais sofisticada, que vão de mísseis de longo alcance a equipamentos, que permitiriam o teste de motores de foguete bem maiores

Vice- conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em pronunciamento

Este depoimento do vice- conselheiro de Segurança Nacional revelou o quanto a relação entre os EUA e o Paquistão se deteriorou desde 2021. Segundo ele, esse desgaste é efeito de quando os EUA retiraram suas tropas da outra república islâmica Afeganistão, após 20 anos de ocupação no país.

Este movimento foi gradual e se iniciou ainda na presidência de Donald Trump.

O Paquistão terá a capacidade de atingir alvos muito além do sul da Ásia, incluindo os Estados Unidos

Jon Finer finalizou:

“Então, francamente, é difícil para nós enxergar estas ações do Paquistão como algo senão uma crescente ameaça aos Estados Unidos”

O discurso veio um dia após Washington anunciar uma nova rodada de sanções relacionadas ao programa de desenvolvimento de mísseis balísticos do Paquistão. 


Forças militares Paquistanesas em Islamabad em 2017, durante a comemoração do Dia Nacional do Paquistão (Reprodução/Amjad Khan/Getty Images Embed)


Paquistão e Índia

Por mais que a possibilidade de uso das armas contra os Estados Unidos tenha sido ressaltada, outra hipótese é de que o Paquistão as tenha desenvolvido em uma tentativa de aproximar seu poderio militar ao da Índia.

A relação de tensão entre estes dois países é histórica e vem desde 1947, ano em que a Índia se tornou independente da Grã-Bretanha. Quando conquistada esta independência, o território que antes era inteiramente colônia inglesa ficou dividido entre Índia e Paquistão.

A grande divisão religiosa, principalmente entre o hinduísmo e o islamismo foi um ponto fundamental para os conflitos que existiram entre os países.

Desde então, os países já guerrearam entre si em algumas ocasiões. Assim, se destacam as guerras de 1947 e 1965, travada pelo controle da região da Caxemira.

Ucrânia recebe autorização para usar armas americanas contra alvos russos 

Foi informado nesta última quinta-feira (30), que o presidente dos Estados Unidos, o democrata, Joe Biden, teria suspendido restrições voltadas ao uso de armamentos norte-americanos para Ucrânia em defesa contra alvos russos na guerra europeia que se alastra.  

Objetivo de Escolha

Autoridade sênior dos Estados Unidos declarou à imprensa nesta quinta-feira (30), que a suspensão relacionada às restrições do uso de armas norte-americanas contra alvos russos pela Ucrânia seria apenas em detrimento da defesa da região de Kharkiv. Com base em suas palavras, a segunda maior cidade do país europeu está sob intenso fogo e agora tem autorização para usar armas fornecidas por Washington após semanas de discussões com Kiev. A decisão foi noticiada pelo site Politico. 


Militares ucranianos disparam projéteis contra posições russas nos arredores de Kharkiv (Foto: reprodução/ Roman Pilipey / AFP)

Biden orientou sua equipe para que garantissem a capacidade da Ucrânia de usar parte do poder bélico fornecido em contra-ataque na região de Kharkiv fazendo com que o país europeu revide contra forças russas que a atacam ou estejam prestes a atacá-la. Tais afirmações foram dadas à imprensa pela autoridade sênior norte-americana sob condição de anonimato. 

Salienta-se que, segundo os objetivos da escolha de suspensão, a permissão dada pelo presidente Joe Biden é ligada à defesa ucraniana para com ataques em instalações russas usadas para atingir parte de seu território, exclusivamente.  

Em comentários à repórteres em viagem na Moldávia nesta quarta-feira (29), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, relatou que Washington “se adaptaria e se ajustaria” às condições do campo de batalha. Tal alegação veio em resposta ao questionamento sobre Biden permitir uso de armas fabricadas nos Estados Unidos para a Ucrânia atacar a Rússia. Esta foi uma forte sugestão de que o presidente estava tomando a decisão de permitir armas à Kiev.

Os líderes da Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte — da França e da Alemanha pediram aos Estados Unidos recentemente que a decisão fosse tomada. Em discussões internas do governo sobre o cenário, Antony Blinken defendeu a tomada de decisão. Ele participou de reunião da Otan nesta quinta e está previsto de participar de outra nesta sexta-feira (31), além de que, visitou a Ucrânia há mais de duas semanas. 

Cenário em Kharkiv

Kharkiv fica perto do território russo. A segunda maior cidade da Ucrânia se encontra no nordeste do país e está suscetível à ataques do território inimigo constantemente.  

A área ao redor da cidade tem sido atingida por artilharia e mísseis disparados ou lançados a partir do território russo. Sabe-se que os ucranianos pediram aos norte-americanos que lhe dessem maior margem na defesa móvel da cidade. 

O Pentágono dará orientações exatas aos militares ucranianos sobre o que pode ser atacado na Rússia, expuseram autoridades norte-americanas. Somado a artilharia e lançadores de mísseis, a preocupação de aviões russos lançarem bombas planadoras — equipamentos de munição simples com barbatanas — em Kharkiv de dentro do espaço aéreo russo também é constante. Autoridades da Ucrânia dizem que querem usar armas fabricadas nos Estados Unidos para ataques contra aeronaves russas no espaço aéreo inimigo e bases aéreas também. 

  

França e Alemanha concordam que Ucrânia deveria ser autorizada a atacar na Rússia

Nesta terça-feira (28), o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, disseram que os ucranianos deveriam ter permissão para atingir locais militares russos, de onde mísseis são lançados contra a Ucrânia. A fala foi dita durante uma conferência de imprensa em Meseberg, na Alemanha.

“Apoiamos a Ucrânia e não queremos uma escalada (do conflito), isso não mudou. Deveríamos permitir que neutralizassem locais militares a partir dos quais os mísseis são disparados, locais a partir dos quais a Ucrânia é atacada, mas não deveríamos permitir que atingissem outros alvos na Rússia, locais civis ou militares”.

Emmanuel Macron

A Rússia reage

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reagiu afirmando que a proposta de deixar os ucranianos usarem as armas fornecidas pelos países ocidentais para atacar dentro da Rússia, poderia desencadear um conflito mundial.


Presidente ucraniano (Foto: reprodução/Anadolu Agency/Getty Images embed)


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, vem pressionando os países europeus para que o autorizem usar as armas fornecidas por eles, para se defender de ataques em território russo.

“A Ucrânia tem todas as possibilidades, dentro do direito internacional, para o que está fazendo. Isso tem de ser dito explicitamente. Acho estranho quando algumas pessoas argumentam que não deveria ser permitido que o país se defendesse e tomasse medidas adequadas para isso.”

Olaf Scholz

A Alemanha tem receios

Apesar dessas considerações, a Alemanha tem alguma resistência, temendo ampliar o conflito. Poderia interferir nas próximas eleições locais e estaduais na antiga parte leste comunista. As autoridades do país não forneceram os mísseis Taurus de longo alcance a Kiev, que poderiam atingir Moscou.


Sede da OTAN em Bruxelas, na Bélgica (Foto: reprodução/Omar Havana/Getty Images embed)


Jens Stoltengerg, secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em entrevista ao jornal The Economist, afirmou que os membros da aliança deveriam permitir que a Ucrânia atacasse a Rússia com armas ocidentais. Alguns membros europeus do grupo estão de acordo com Jens, já os Estados Unidos não.

Reino Unido declara ser contra ofensiva israelense em Rafah

David Cameron, o atual secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, declarou que não apoia a investida israelense em Rafah, cidade localizada ao sul da Faixa de Gaza que serve de refúgio para milhares de palestinos fugindo do conflito Israel-Hamas. Mas também declarou neste domingo (12) que é contra acabar com as vendas de armas ao exército israelense, pois isso “tornaria o Hamas mais forte e tornaria menos provável um acordo de reféns”.

O posicionamento britânico

A pressão para que o Reino Unido pare de fornecer armas a Israel foi retomada no mês passado, depois de três cidadãos ingleses terem sido mortos durante um ataque a um comboio de ajuda humanitária em Gaza. Na época, Cameron citou um ataque do Irã a Israel, o que ajudou a escalar os conflitos na região e a acirrar a hostilidade entre os dois países.

O secretário afirma que os esforços estão concentrados em levar ajuda humanitária a Gaza, assim como maximizar a pressão britânica e que o resultado ajudará as pessoas. O secretário se mostra otimista na libertação de reféns, incluindo cidadãos britânicos.


O governo britânico fornece armamentos a Israel e o secretário britânico afirma que não irão cessar a venda ao país (Foto: reprodução/ WPA Pool/Getty Images embed)


O posicionamento do Reino Unido é diferente da do governo norte-americano, com inclusive o presidente Joe Biden ameaçando suspender as entregas de armas a Israel caso haja uma incursão em grande escala em Rafah. Uma promessa que foi cumprida no início desta semana, já que os Estados Unidos têm receio de que elas sejam usadas numa cidade que abriga milhares de refugiados palestinos.

David Cameron comentou que o Reino Unido fornece apenas 1% dos armamentos de Israel, enquanto os Estados Unidos, o maior apoiador de Israel, são “um enorme fornecedor estatal de armamentos”, deixando os dois países “numa posição “totalmente diferente”. 

A investida na cidade de Rafah

De acordo com a UNRWA, subsidiária da Organização das Nações Unidas, cerca de 300 mil palestinos já fugiram da cidade de Rafah, considerada por Israel o último reduto do grupo terrorista Hamas, com quem o país está em guerra desde de outubro de 2023. A entidade afirma que os palestinos refugiados estão sendo deslocados à força, causando implicações humanitárias, já que estas pessoas não têm para onde ir.


A cidade de Rafah é considerada o último refúgio para palestinos durante a guerra Israel-Hamas (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images embed)


A incursão terrestre do exército israelense teve início na última terça-feira (07), quando o país assumiu o controle do lado palestino na travessia de Rafah, que conta com mais de 1 milhão de refugiados da guerra Israel-Hamas. Segundo a Reuters, os tanques israelenses bloquearam o acesso e realizaram ataques contra alvos do Hamas durante a semana inteira. A operação afetou a entrada de ajuda humanitária pelo Egito, assim como as ordens de evacuação foram emitidas pelo governo israelense. Mas a passagem de Kerem Shalom foi, felizmente, reaberta na quarta (08), possibilitando o auxílio aos refugiados ser retomado. Nações como os Estados Unidos, Catar e Egito trabalham na negociação de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo Hamas, mas até o momento, as conversas não foram bem sucedidas.

EUA apela para que governo israelense não cometa violação dos direitos humanos

Nesta quarta-feira (28), o porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, confirmou que os Estados Unidos realizaram um pedido a Israel, sendo este de assinar uma carta com a promessa de que não será cometido qualquer violação dos direitos humanos com armas americanas.

Detalhes da solicitação

Matt Miller ressaltou que o pedido não cabe somente para a nação israelense, mas sim para todo e qualquer país que receba assistência militar dos Estados Unidos.

O porta-voz também citou que a carta tem como intenção aos países relacionados “fornecer garantias por escrito de que os destinatários, em primeiro lugar, usarão as armas de acordo com a lei da guerra dos EUA e, em segundo lugar, facilitarão e não negarão ou restringirão arbitrariamente assistência”.


Destruição em Gaza (foto: reprodução/cultura.uol)

Também foi explicado por Miller que existe um processo que envolve os EUA com cada país militarmente auxiliado, processo este que serve para garantir que todos estão cientes do memorando de segurança nacional. Ainda foi indicada a necessidade de um prazo de 45 dias para que todos os países envolvidos, inclusive Israel, forneçam duas garantias por escrito.

Outros posicionamentos

Na semana passada (20), Matt Miller, ao responder algumas perguntas para a imprensa, também se pronunciou sobre a declaração de Lula direcionada às atitudes Israelenses, onde comparou a atual postura do país aos acontecimentos realizados no holocausto. Matt afirmou que o governo dos Estados Unidos discorda da fala em questão e que não acreditam que um genocídio aconteceu em Gaza, além de indicar que o desejo americano é que o conflito chegue ao fim o quanto antes.


Lula em coletiva (foto: reprodução/gazetadopovo/Nazima Raghubir)

Entretanto, vale destacar que Matt não informou se o principal diplomata dos EUA, Antony Blinken, irá abordar esta pauta com as autoridades brasileiras durante sua passagem pelo Brasil, que tem como objetivo a reunião do G20.