Riscos do Poder: 16 Atentados contra Presidentes e candidatos nos EUA desde o Século XIX

Desde 1835, os EUA sofreram pelo menos 16 atentados diretos no país envolvendo presidentes ou candidatos à presidência do país.

Neste sábado (13), Trump foi atingido na orelha por um dos vários disparos durante sua coletiva do partido republicano. Os investigadores estão tratando o incidente como uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente e candidato à presidência.


Trump na coletiva de imprensa (Foto: reprodução/instagram/@realdonaldtrump)

11 sobreviventes desses atentados ao país

Andrew Jackson escapou ileso em 1835 quando Richard Lawrence falhou em disparar contra ele. Theodore Roosevelt foi atingido por um tiro durante sua campanha em 1912, mas sobreviveu graças a um óculos e um manuscrito que amorteceram o impacto.

Franklin D. Roosevelt evitou os disparos em 1933, mas o prefeito Anton Cermak foi fatalmente ferido no incidente. Harry S. Truman sobreviveu a um ataque à Blair House em 1950, mas um policial foi morto.

George C. Wallace ficou paralisado após ser baleado em 1972. Gerald R. Ford enfrentou duas tentativas em 1975 por Lynette Fromme e Sara Jane Moore. Ronald Reagan foi ferido em 1981 por John Hinckley Jr., enquanto Bill Clinton escapou ileso em 1994 de um ataque à Casa Branca.

George W. Bush sobreviveu a uma tentativa em 2005 durante uma visita à Geórgia. Mais recentemente, em 2024, Donald Trump foi alvo de disparos durante um comício, resultando na morte do atirador, Thomas Matthew Crooks.

Esses incidentes variaram em motivação, incluindo desde desacordos pessoais até questões ideológicas, levando a processos judiciais e debates sobre segurança presidencial nos EUA.

Presidentes assassinados nos EUA

Abraham Lincoln foi assassinado por John Wilkes Booth em 1865 durante uma peça teatral, James Garfield foi baleado por Charles Guiteau em 1881, William McKinley foi morto por Leon Czolgosz em 1901, e John F. Kennedy foi assassinado em 1963 em Dallas, Texas, por Lee Harvey Oswald. Robert F. Kennedy foi morto em 1968 em Los Angeles, Califórnia, por Sirhan Sirhan.

Esses eventos não apenas interromperam vidas promissoras, mas também moldaram debates sobre segurança e os desafios enfrentados pelos líderes públicos em um país em constante evolução.

Adolescente que matou sua família na Zona Oeste de São Paulo, revela frieza e espanto

Neste domingo (19) a Polícia Militar recebeu a ligação de um adolescente confessando ter assassinado sua família. O crime aconteceu na noite de quinta-feira (16), quando o jovem teria se desentendido com os pais, após eles terem recolhido seu celular e computador, o que teria motivado o crime.

Na sexta-feira (17), o jovem aguardou seu pai, Isac Tavares Santos (57), que era Guarda Civil Municipal de Jundaí, sair para buscar sua irmã na escola, para pegar a arma do pai com qual cometeu os assassinatos.

O crime

Segundo o depoimento prestado pelo jovem à polícia, ele teria começado a planejar o assassinato dos pais, na noite anterior. No mesmo dia, ele pegou a arma de fogo do pai, uma pistola 9 milímetros e testou o tiro no colchão.

Por volta das 13 horas, ele atira na nuca do pai, que se encontrava na cozinha. A irmã, Letícia Gomes Santos, também com 16 anos, estava no seu quarto no segundo andar e gritou após ouvir o tiro, o que fez com que o jovem subisse e atirasse em seu rosto. 

Por volta das 19 horas, Solange Aparecida Gomes (50), mãe dos jovens, chega em sua residência. Logo após ver o corpo do marido, o jovem atirou nela também. 

Apenas na noite de domingo (19), que o rapaz comunica para polícia ter matado sua família. 

A frieza e o espanto


(Foto: Reprodução/x.com/@portalbr104)

Segundo o depoimento do jovem, após assassinar o pai e a irmã, ainda almoçou normalmente e foi para academia mais tarde.

O jovem afirma que não planejava matar a irmã, mas como sabia que não conseguiria mantê-la em cativeiro, com medo dela o impedir de matar a mãe, também assassinou a menina.

No dia seguinte, o jovem ainda esfaqueou a mãe, por ainda sentir raiva.

Segundo o delegado que investiga o caso, o jovem demonstrou espanto ao saber que seria preso, o que levanta hipóteses de ele estava fora de si ou apenas confuso com fato de ser preso sendo ainda adolescente.

O garoto não demonstrou arrependimento e será investigado suas condições mentais e se agiu sozinho no crime. 

Os celulares das vítimas e do adolescente, junto do seu computador, foram recolhidos para investigação. O jovem foi levado para a Casa de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, Fundação CASA.

Familiares e parlamentares cobram justiça em meio a sessão de homenagem à Marielle Franco e Anderson Gomes

Deu-se início hoje, 26 de março, na câmara dos deputados a sessão solene em homenagem à vereadora Marielle Franco e ao seu motorista, Anderson Gomes, assinados em 2018 após o veículo que estava ser alvejado por tiros. 

A jornalista Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado, marcou presença na sessão, presidida pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). Arthur Lira (presidente da câmara pelo PP-AL) não compareceu ou enviou algum escrito a ser lido em seu nome. 

Esclarecimentos

O início da sessão foi marcado pelo desejo de esclarecimentos mais precisos quanto à morte da vereadora e do motorista, em dado momento o nome de Chiquinho Brazão é mencionado e o pedido de cassação de seu mandato é impetrado pelos discursos. A prisão do deputado foi realizada ainda nesta terça-feira (26) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

“Há uma renovada esperança de justiça. A cada ano a Câmara tem realizado sessões solenes em memória a este caso e é preciso que não nos acostumemos com a impunidade. Finalmente, seis anos após o crime, chegamos aos mandantes desse crime bárbaro. Talvez, ainda não tenhamos todos os esclarecimentos, mas já demos importantes passos. Marielle nos ensina que a mudança só existe com a união de pessoas. Entre seus algozes está um deputado desta Casa, apontado como mandante de um crime bárbaro. Precisamos de mais respostas sobre as relações criminosas do estado brasileiro. Não é mais possível que polícias e perícias estejam vinculadas na cena do crime, com a desfaçatez de um delegado que participa do crime. A obstrução de justiça está próxima de nós. Esta Casa precisa agir para desvincluar as perícias da atuação daqueles que estão atrelados às milícias”, iniciou a parlamentar Maria do Rosário. 

Em seguida, a deputada e autora do requerimento para a sessão solene, Talíria Petrone (PSOL-RJ) destacou a importância do trabalho e empenho da Polícia Federal para enfrentar a milícia e também para encontrar os mandantes do crime bárbaro que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes.

“É preciso que aproveitemos este momento de tanta dor e evidência da relação entre crime e política para enfrentar as milícias. É responsável do parlamento a cassação de Chiquinho Brazão. É papel da política brasileira enfrentar este quadro. As milícias estão em 15 estados brasileiros e não podemos nos calar.”

“A bala que matou Marielle e Anderson foi uma bala do estado”, afirmou Talíria Petrone.


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Deputada Federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) discursa (reprodução/Instagram/@psol50)

A deputada federal Erika Hilton (PSL-SP) também compareceu à sessão e discursou. 

“Mataram um corpo, mataram um projeto, atentaram contra a democracia e andavam livremente pelos corredores desta casa, com a cabeça erguida pela certeza da impunidade.” 

Ágatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, ressaltou o quão comum é o envolvimento de representantes legais em crimes, abrindo um vácuo na confiança na ordem pública. 

“A morte de Marielle e Anderson foi uma trama, não foi algo ocasional ou pontual. É algo que acontece corriqueiramente em nosso país. Um delegado, representante do estado, que olhava nos nossos olhos e prometia resolução, estava envolvido no crime. Que a nossa dor não seja em vão. Que um novo passo seja dado a partir de agora. É inadmissível que criminosos ajam assim. A luta por justiça e verdade não pode parar. Me faltam palavras para descrever a raiva que sinto hoje. Não me traz alívio esses esclarecimentos. Eu espero uma justiça eficiente, já que o estado mata, mente, oculta e acaba com famílias”, enfatizou Ágatha Arnaus, visivelmente abalada pela situação.

O Ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, também compareceu a sessão solene, ele afirmou que as revelações ressaltam as “entranhas de um estado apodrecido” e uma sociedade conivente, o parlamentar imperou que isto deve ser erradicado. 

“As revelações já feitas precisam significar a ressignificação de muitas coisas. Precisamos refletir sobre a segurança pública. Está evidente que não existe segurança sem direitos humanos. O Brasil precisa retomar o controle do seu território. Isto significa enfrentar com firmeza os criminosos que vitimaram Marielle, milicianos e grileiros de terras.”

Envolvimento de Chiquinho Brazão e outros nomes 

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) fará a leitura do parecer do colegiado, que decidirá a situação do documento emitido pelo relator sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão, no domingo, após ser acusado de ter participação no assassinato de Marielle Franco. 


Deputado Federal Chiquinho Brazão (União-RJ) (reprodução/Instagram/@chiquinhobrazão)

Derci Mattos, deputado pelo PSD-SC, será o relator, escolha motivada pelo posicionamento não extremista do parlamentar. Segundo membros da CCJ ouvidos pelo Globo, a maior possibilidade é que o texto seja favorável ao mantimento de Chiquinho Brazão encarcerado. 

“Sou favorável, sim, à manutenção da decisão. Conversei nesta terça-feira com o líder do PSD na Câmara, Antônio Britto, e consideramos as provas existentes suficientes. Ainda estamos finalizando o texto que será lido nesta terça na CCJ, mas em princípio, somos favoráveis à decisão”, disse Mattos, em entrevista ao Globo. 

O parecer é enviado diretamente ao plenário da câmara e, pelo voto majoritário, há a decisão da prisão. Espera-se que o texto seja pauta do plenário até quarta-feira, quando Arthur Lira irá convocar uma sessão. 

Além de Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa também foram presos no domingo (24). Domingos e Chiquinho foram acusados de serem o mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, enquanto Rivaldo foi acusado de atuar no encobrimento e no dificultar das investigações.

Caso Daniel: saiba a setença para Edison Luiz acusado de assassinar o jogador

O desfecho de um dos casos mais chocantes da história recente do Brasil foi decidido após três intensos dias de julgamento. Edison Luiz Brittes Júnior, reconhecido como o principal responsável pelo brutal assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, recebeu uma sentença severa, enquanto outros réus enfrentaram suas próprias consequências legais.

Sentença para Edison Luiz Brittes Júnior

Edison Luiz Brittes Júnior, réu confesso da morte de Daniel Corrêa Freitas, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado, além de mais 2 anos e 5 meses de detenção, pena que poderá ser cumprida em regime aberto.

As acusações contra ele incluíam homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo. A decisão do juiz Thiago Flores foi lida após a deliberação do Conselho de Sentença, proporcionando um alívio para aqueles que buscavam justiça para Daniel e sua família.


Edison Luiz Brittes Júnior (Foto: Reprodução/Tribuna)

Consequências para os cúmplices

A esposa de Edison, Cristiana Brittes, e sua filha, Allana Brittes, também enfrentaram o peso da justiça. Cristiana foi sentenciada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão em regime aberto, enquanto Allana enfrentará 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão em regime fechado.

Ambas foram consideradas culpadas por fraude processual e corrupção de menores, embora a autoria de outros crimes não tenha sido reconhecida. Essas sentenças refletem o envolvimento delas nas tentativas de obstrução da justiça durante o processo.

Absolvições de David Willian Vollero Silva e Ygor King

Em uma reviravolta surpreendente, David Willian Vollero Silva e Ygor King foram absolvidos de todas as acusações que enfrentavam, incluindo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Essas decisões destacam a complexidade do caso e as diferentes percepções de responsabilidade entre os réus. A absolvição oferece algum alívio para eles e suas famílias, mas também levanta questões sobre o processo judicial e a busca contínua pela verdade.

Com as sentenças proferidas e as absolvições decididas, este capítulo do caso do assassinato de Daniel Corrêa Freitas chega ao fim. No entanto, a dor e o impacto dessa tragédia continuarão a ser sentidos pela família de Daniel e pela comunidade em geral. Enquanto a justiça foi feita para alguns, a busca por respostas e consolo persistirá para aqueles que foram afetados por essa terrível perda.

Saiba o que aconteceu com as famílias de Marielle e Anderson após seis anos do homicídio de ambos

Nesta quinta-feira (14), o portal de notícias G1, publicou uma matéria em que foram entrevistados familiares e entes queridos de Marielle Franco e Anderson Gomes, ambos mortos em um ataque ocorrido em 14/03/2018. A matéria, publicada exatamente seis anos após o ocorrido, exibe relatos de pessoas próximas às vítimas que revelam o que ambas perderam nos últimos anos por terem tido suas vidas ceifadas.

Perdas dos assassinados

No decorrer destes seis anos desde a morte de Marielle, sua família enfrentou crises e obteve diversas conquistas, das quais Marielle não esteve presente. Algumas destas foram, por exemplo, sua filha Luyara se preparando para sua formatura esse ano, o nascimento de sua sobrinha caçula Eloah que chegou a família em 2020, sua irmã se tornando ministra em janeiro do ano passado e a cura de sua mãe, Marinete, que meses após o atentado desenvolveu um câncer de mama. Além de privá-la de tantas conquistas, o assassinato de Marielle também interrompeu seu projeto familiar ao lado de sua companheira Mônica.


Marielle Franco (Foto: reprodução/blogs.es.amnesty.org)

Já Anderson Gomes, foi privado de acompanhar o crescimento de seu filho, assim como também não pôde presenciar a luta do mesmo contra a onfalocele, uma malformação congênita rara da parede abdominal que foi diagnosticada em 2018. Anderson também não teve a felicidade de presenciar a vitória da primeira casa própria, sonho que possuía em conjunto com sua mulher Agatha, conquistado em outubro do ano passado.

Companheiros dos alvejados

Mônica pontua em sua entrevista que não é capaz de mensurar, pôr em palavras, o que as duas deixaram de viver. A mesma ainda afirma que os anos de 2017 e 2018 estavam sendo os “melhores de suas vidas enquanto casal, enquanto mulheres que estavam ali se realizando”. Mônica ainda revela que ambas estavam planejando sua festa de casamento.


Anderson Gomes e Agatha Arnaus (Foto: reprodução/brasildefato)

Já Agatha Arnaus ressaltou o fato de que Anderson, por conta do ocorrido, não fez parte de diversas comemorações e datas festivas, além de não poder jogar bola com o filho, ressaltando que Anderson “era louco para ser pai”. Agatha ainda pontua que pelo pouco tempo em que Anderson esteve na presença do filho, foi um “pai especial”, além de considerar este curto período muito importante.

Baixada Santista tem recorde de mortes devido a Operação Verão

O número de mortos pela Polícia Militar (PM) na Baixada Santista subiiu para 52, devido a Operação Verão. O número de mortes aumentou nos últimos 2 meses, quebrando o recorde de 2017, quando a região registrou mais mortes que na capital paulista.


Policiais Militares em operação (Foto: reprodução/SSP-SP/CNN Brasil)

Aumento de mortes na Operação Verão 

Desde o final de 2023, a baixada Santista é alvo de conflitos entre PMs e supostos membros de facções após morte de policial da Rota. A Defensoria Pública quer a intervenção da ONU para que haja alguma mudança. O aumento nos casos é o maior desde 2017, feito pelos Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) e Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A região concentra 45% das mortes por PM em São Paulo em 2024.

Demais informações da operação

As operações estão ocorrendo em meio ao governo estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos), iniciadas após um policial militar da Rota ter sido morto na região. Em 40 dias, 28 pessoas foram duramente mortas.

Em 26 de janeiro de 2024, outro PM foi assassinado na baixada e, nos seis dias que antecederam  o ocorrido, dez pessoas foram mortas por policiais militares da região. Desde fevereiro, outros 2 PMs faleceram e, no total, 32 pessoas morreram durante ações da PM na Baixada Santista.

José Marcos Nunes da Silva é um dos falecidos devido às operações realizadas. Ele foi atacado em sua casa, na madrugada de 3 de fevereiro. No Boletim de ocorrência, houve registro de resistência, porte ilegal de armas de fogo e Drogas não autorizadas.

Um dos pesquisadores  do núcleo de estudos da violência, Bruno Paes Manso, classificou a operação como “desastrada”, devido ao aumento de mortes. Segundo o mesmo, a operação dura tempo e busca responder a violência que ocorreu com  o policial, mas que trouxe instabilidade e desordem, fazendo que com que a população das comunidades tivesse medo, além de levar problemas para os policiais que começaram a ficar vulneráveis. Isso levou a desordem causada pelo excesso de homicídios na região.

Jovens de 16 anos que assassinaram garota da mesma idade são condenados à prisão perpétua na Inglaterra

Nesta sexta-feira (2), uma dupla de jovens de 16 anos foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de uma jovem trans, na Inglaterra. O crime aconteceu em 11 de fevereiro de 2023 em um parque de Warrington, no condado de Cheshire. Brianna Ghey, de 16 anos, foi morta com 28 facadas na cabeça, no pescoço, tórax e nas costas.

Crime brutal

Os adolescentes Scarlett Jenkinson e Eddie Ratcliffe, de 16 anos, planejaram durante semanas o assassinato de Brianna Ghey, da mesma idade, conforme revelou as investigações. Como os jovens também planejavam matar outras pessoas, os investigadores não consideraram transfobia como a motivação principal do crime. Foi constatado que os jovens são obcecados por violência, tortura e assassinato em série, além de serem extremamente inteligentes. Porém, eles subestimaram a inteligência dos agentes e acharam que jamais seriam descobertos. Contudo, um dia após o crime, eles foram identificados pela Polícia de Cheshire.

Durante o julgamento, Scarllet e Eddie proferiram várias mentiras, e chegaram inclusive a se culpar mutualmente pela autoria do crime, achando que se livrariam da prisão. Na Inglaterra, a maioridade penal é considerada a partir dos 10 anos.


Jovem de 16 anos que foi brutalmente assassinada na Inglaterra (Reprodução/Cheshire Police via AP/ G1)

O que dizem os investigadores

Na época do crime, os assassinos tinham 15 anos. Scarllet foi apontada como a ‘cabeça’ do assassinato, pois fingiu ser amiga de Brianna e a atraiu para o parque onde foi morta. “Ela foi a mente por trás disso. Ela foi a pessoa que enviou as mensagens de texto e, por fim, atraiu Brianna para assassiná-la da maneira mais fria.”, disse o detetive Mike Evans para a BBC.

Já a vice-procuradora-chefe do Ministério Público do Reino Unido, Ursula Doyle, afirmou que o crime foi um dos casos mais perturbadores com os quais já lidou. “O planejamento, a violência e a idade dos assassinos são inacreditáveis.”, afirmou Ursula a BBC.

Os assassinos vão cumprir uma pena de 20 a 22 anos de prisão, com progressão de pena para outros regimes. Até completarem 18 anos, eles ficarão em um estabelecimento para menores. Depois, serão levados para a prisão. A juíza do caso, Amanda Yip, ressaltou que, futuramente, eles podem ser libertos caso seja verificado que não representam mais perigo à sociedade.