O número de mortos pela Polícia Militar (PM) na Baixada Santista subiiu para 52, devido a Operação Verão. O número de mortes aumentou nos últimos 2 meses, quebrando o recorde de 2017, quando a região registrou mais mortes que na capital paulista.
Aumento de mortes na Operação Verão
Desde o final de 2023, a baixada Santista é alvo de conflitos entre PMs e supostos membros de facções após morte de policial da Rota. A Defensoria Pública quer a intervenção da ONU para que haja alguma mudança. O aumento nos casos é o maior desde 2017, feito pelos Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) e Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A região concentra 45% das mortes por PM em São Paulo em 2024.
Demais informações da operação
As operações estão ocorrendo em meio ao governo estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos), iniciadas após um policial militar da Rota ter sido morto na região. Em 40 dias, 28 pessoas foram duramente mortas.
Em 26 de janeiro de 2024, outro PM foi assassinado na baixada e, nos seis dias que antecederam o ocorrido, dez pessoas foram mortas por policiais militares da região. Desde fevereiro, outros 2 PMs faleceram e, no total, 32 pessoas morreram durante ações da PM na Baixada Santista.
José Marcos Nunes da Silva é um dos falecidos devido às operações realizadas. Ele foi atacado em sua casa, na madrugada de 3 de fevereiro. No Boletim de ocorrência, houve registro de resistência, porte ilegal de armas de fogo e Drogas não autorizadas.
Um dos pesquisadores do núcleo de estudos da violência, Bruno Paes Manso, classificou a operação como “desastrada”, devido ao aumento de mortes. Segundo o mesmo, a operação dura tempo e busca responder a violência que ocorreu com o policial, mas que trouxe instabilidade e desordem, fazendo que com que a população das comunidades tivesse medo, além de levar problemas para os policiais que começaram a ficar vulneráveis. Isso levou a desordem causada pelo excesso de homicídios na região.