Rubens Barrichello se despede da Full Time após 13 anos na Stock Car

O brasileiro Rubens Barrichello anunciou sua despedida da Full Time Sports após 13 anos de parceria na Stock Car, encerrando um dos ciclos mais marcantes da categoria. Desde sua estreia em 2012, o piloto somou títulos, recordes e uma presença constante entre os principais protagonistas da competição. A mudança ocorre às vésperas da temporada 2026, quando Barrichello passará a integrar a recém-estruturada Scuderia Bandeiras, comandada por Christian Fittipaldi e Átila Abreu.

A trajetória de Rubinho na Full Time incluiu duas conquistas de campeonato, em 2014 e 2022, além de dezenas de pódios e vitórias que consolidaram seu nome como um dos pilotos mais competitivos da história recente da categoria. Ao longo do período, a equipe se tornou não apenas um ambiente profissional, mas um espaço de evolução, liderança e parceria que marcou sua segunda fase no automobilismo após a Fórmula 1.

Um ciclo vitorioso chega ao fim

Durante mais de uma década, Barrichello foi um dos pilares da Full Time. Sua consistência ao longo das temporadas ajudou a equipe a conquistar protagonismo e atrair novos talentos. Além dos títulos, o piloto atuou como mentor de jovens competidores e constantemente elevou o nível da disputa dentro do time.

A decisão de deixar a equipe foi recebida com emoção pelos fãs, que acompanharam a construção de um legado sólido. Rubinho destacou que a escolha não significa ruptura, mas uma evolução natural dentro da carreira, motivada pelo desejo de novos desafios e pelo entusiasmo em contribuir com um projeto em formação.


Rubinho se despede da Full Time após 13 anos (Vídeo: reprodução/Instagram/@fulltimesports)


A nova fase com a Scuderia Bandeiras

Para 2026, Barrichello ingressará na Scuderia Bandeiras, equipe que estreia na Stock Car com expectativas altas. Christian Fittipaldi e Átila Abreu afirmam que a presença de Rubinho será fundamental para o desenvolvimento técnico e competitivo do time. A experiência do bicampeão chega como reforço imediato para um projeto que pretende se firmar entre os principais do grid.

O piloto, por sua vez, vê na nova casa a oportunidade de construir mais um capítulo importante de sua carreira. Ele afirma estar motivado e ansioso para ajudar a consolidar a estrutura da equipe, além de seguir competitivo na briga por vitórias e, quem sabe, por mais um título.

Rubens Barrichello conquista título da NASCAR Brasil

Aos 53 anos, Rubens Barrichello voltou a escrever seu nome no automobilismo nacional. No último domingo (7), durante a etapa final da temporada da NASCAR Brasil no circuito de Interlagos, o veterano garantiu o título geral da categoria ao cruzar a linha de chegada na 5ª colocação, posição suficiente para confirmar sua vantagem na pontuação e levantar a taça.

A conquista representa mais do que um troféu: para Rubinho, é a demonstração de que talento e experiência não têm idade. A comemoração foi intensa, com emoção ao lado dos filhos, abraços e o reconhecimento de que sua nova página no automobilismo merece destaque.

Uma temporada de consistência e superação

Rubens Barrichello já havia mostrado força no início da temporada: em 2025, anotou sua primeira vitória na NASCAR Brasil, logo numa das provas em Interlagos, superando adversários como Thiago Camilo.

Para o final de semana decisivo, Barrichello contou com apoio importante: seu filho Dudu Barrichello assumiu o volante em parte das sessões. Dudu garantiu a pole position e venceu a corrida 2 da etapa final, maneuvers que se mostraram cruciais para sustentar a liderança do pai na classificação geral.

Na prova final, de volta ao carro #91, Rubinho adotou uma postura cautelosa e estratégica: largou em 8º, evitou riscos desnecessários e administrou o ritmo com sabedoria até o fim, assegurando o 5º lugar e carimbando o título.


Rubinho comenta sobre a conquista do título (Foto: reprodução/Instagram/@fulltimesports)


O peso do legado: de Fórmula 1 à NASCAR Brasil

Aos olhos de muitos, o título de 2025 reforça o legado de um dos pilotos mais experientes do automobilismo mundial. Barrichello transitou por categorias como Fórmula 1, onde se destacou por anos, Stock Car e agora brilha na NASCAR Brasil com a mesma garra.

Mais do que uma taça individual, a conquista de Barrichello fortalece sua imagem como um piloto versátil e resiliente, capaz de se reinventar e seguir competitivo mesmo em fases avançadas da carreira. Para jovens pilotos e fãs do esporte, o feito serve de inspiração, mostrando que paixão, técnica e consistência ainda valem na pista.

O que vem pela frente

Com o título garantido, Barrichello chega a 2026 como um nome de destaque no grid da NASCAR Brasil, e há expectativa de que ele defenda o troféu com o mesmo empenho e estratégia. A vitória reacende o interesse da categoria, aumenta sua visibilidade e pode atrair mais apoiadores para a temporada que vem.

Mas, independentemente de resultados futuros, esta conquista entra para a história: aos 53 anos e com décadas de estrada, Barrichello mostra que, no automobilismo, a experiência muitas vezes fala mais alto que a juventude. Seu nome agora está ainda mais gravado, não apenas nos recordes, mas na memória de quem acompanha o esporte.

Globo retoma a Fórmula 1 e prepara cobertura ampla para 2026

A Globo retomará as transmissões da Fórmula 1 a partir de 2026, encerrando um intervalo de cinco anos fora da categoria. Com acordo válido até 2028, a emissora prepara um dos esquemas de cobertura mais amplos dos últimos tempos: 15 grandes prêmios serão exibidos ao vivo na TV aberta, enquanto todas as 24 etapas da temporada, incluindo treinos, classificatórios e corridas sprint, estarão disponíveis no Sportv e também no Globoplay.

Além das transmissões principais, a Globo integrará conteúdos da F1 em seus telejornais, programas esportivos e plataformas digitais, reforçando a aposta no automobilismo e reacendendo uma tradição histórica com a categoria.

Como será o novo esquema de transmissões

Para 2026, a Globo estruturou sua cobertura de modo a contemplar tanto o público da TV aberta quanto o assinante das plataformas fechadas e digitais. A emissora transmitirá ao vivo, em rede nacional, 15 dos 24 grandes prêmios da temporada, priorizando corridas de maior audiência e relevância esportiva. As outras nove etapas, além de treinos livres, classificações e provas sprint, ficarão sob responsabilidade do Sportv, garantindo ao espectador acesso completo ao calendário anual.

O Globoplay também terá papel central na estratégia: todas as corridas e conteúdos complementares estarão disponíveis na plataforma, incluindo materiais exclusivos, bastidores e análises estendidas. Junto disso, uma equipe de reportagem viajará para etapas do Mundial, oferecendo entrevistas, apurações e cobertura aprofundada no portal Ge, fortalecendo a experiência multiplataforma que a emissora pretende entregar ao torcedor.


Postagem comenta sobre a saída da Band (Mídia: reprodução/X/@NarradoresB)


O que isso significa para os fãs e para o automobilismo no Brasil

Com o retorno da Fórmula 1 à Globo, o público brasileiro presencia uma mudança relevante nas transmissões. Após cinco temporadas em que o campeonato esteve na TV aberta por meio da Band, a categoria volta a um modelo híbrido: parte na TV aberta e parte nos canais fechados e streaming do grupo Globo. Isso altera a experiência do torcedor, que antes tinha acesso integral sem necessidade de assinatura, mas agora acompanhará um calendário dividido entre plataformas.

Ainda assim, o alcance nacional proporcionado pela Globo pode ampliar a visibilidade da F1, especialmente em corridas transmitidas aos domingos, quando a audiência espontânea é maior. A emissora também promete mais estrutura, presença internacional e integração entre TV e digital, o que tende a enriquecer a cobertura e oferecer maior profundidade jornalística.

Para o automobilismo brasileiro, a mudança representa tanto oportunidade quanto desafio: por um lado, a volta à maior emissora do país amplia a exposição e atrai novos patrocinadores; por outro, exigirá adaptação dos torcedores acostumados ao modelo 100% aberto da Band. De todo modo, a presença multiplataforma pode reforçar a retomada do interesse pela categoria e abrir caminho para uma nova fase de engajamento do público.

Norris reforça espírito de equipe e admite que poderia favorecer Piastri na decisão da Fórmula 1

Às vésperas do GP de Abu Dhabi, última etapa da temporada 2025 da Fórmula 1, Lando Norris surpreendeu ao declarar que estaria disposto a abrir mão de posição na pista caso Oscar Piastri chegasse à corrida decisiva com chances mais claras de título. A fala, feita durante coletiva de imprensa, repercutiu amplamente no paddock e nas redes sociais, reacendendo debates sobre ordens de equipe e sobre o equilíbrio entre disputa individual e estratégia coletiva em momentos decisivos da categoria.

Norris, que lidera o campeonato com vantagem estreita sobre Max Verstappen e uma margem um pouco maior sobre o próprio Piastri, destacou que, apesar de sonhar com seu primeiro título mundial, entende que a Fórmula 1 também é um esporte de construção coletiva. Segundo ele, quando duas possibilidades de título estão dentro de uma mesma equipe, decisões de pista podem ganhar contornos estratégicos e exigir sacrifícios momentâneos em prol do resultado global da McLaren.

Disputa acirrada aumenta pressão para última corrida da temporada

A temporada de 2025 tem sido marcada por um dos campeonatos mais equilibrados desde 2021, com três pilotos chegando à última prova com chances reais, ainda que desiguais, de conquistar o troféu. Norris tem liderado com consistência, mas Verstappen permanece como uma ameaça constante, especialmente pela experiência em decisões. Piastri, embora mais distante na pontuação, segue matematicamente vivo após uma sequência sólida nas últimas etapas.

Esse contexto intenso faz com que qualquer detalhe possa influenciar diretamente no resultado: uma volta rápida, uma diferença mínima nos boxes ou até a interação entre companheiros de equipe. Por isso, a declaração de Norris não apenas ampliou a discussão esportiva como também levantou a percepção de que a McLaren pode desempenhar um papel crucial, e até determinante, no desenrolar da última etapa do Mundial.


Oscar Piastri fala se ajudaria Lando Norris a conquista o campeonato (Foto: reprodução/X/@F1)


O que Norris, Verstappen e Piastri precisam para serem campeões

A disputa em Abu Dhabi apresenta cenários claros, embora complexos. Norris, por liderar, depende sobretudo de si mesmo: um pódio o coloca em condições muito favoráveis e uma vitória sela o título independentemente dos demais resultados. Contudo, com diferenças tão pequenas na tabela, não há margem para erros mecânicos, toques ou estratégias mal executadas.

Verstappen chega à última prova precisando superar Norris e torcer por resultados desfavoráveis ao rival. O holandês sabe que uma vitória pode colocá-lo na frente caso Norris fique fora das primeiras posições. Por outro lado, Piastri precisa de uma combinação extremamente precisa: quase sempre a vitória e tropeços significativos de ambos adversários. Ainda assim, o fato de estar vivo no campeonato reforça o avanço da McLaren e a força conjunta de sua dupla.

Discussões sobre ética, ordens de equipe e espírito esportivo

A fala de Norris trouxe à tona um debate que acompanha a Fórmula 1 há décadas: até que ponto ordens de equipe são aceitáveis? Para parte dos torcedores, favorecer companheiros é parte natural do esporte, já que os construtores têm seus próprios objetivos. Para outros, esse tipo de ação fere o princípio da competição pura, que deveria ser definida exclusivamente na pista.

Norris deixou claro que não pediria ajuda, caso fosse ele o necessitado, mas que não se oporia a ajudar se a equipe considerasse o gesto necessário. Essa postura, vista por muitos como madura, ressalta o crescimento do piloto não apenas em performance, mas em compreensão estratégica do esporte. Internamente, a McLaren evita confirmar qualquer instrução direta, afirmando que tomará decisões apenas durante a corrida, conforme o desenvolvimento da disputa.

Com três pilotos ainda na disputa, uma McLaren forte e um clima de pressão extrema, o GP de Abu Dhabi promete ser decidido nos mínimos detalhes. A equipe inglesa sabe que tem a oportunidade de conquistar um título que não vem há décadas e, ao mesmo tempo, firmar a reputação de possuir a dupla mais competitiva do grid.

A corrida final, portanto, não será apenas uma disputa por posições, mas um exercício de estratégia, maturidade e controle emocional. E, como Norris antecipou, talvez também um teste de lealdade interna em um dos momentos mais decisivos da história recente da Fórmula 1.

Alonso se incomoda com GP de Las Vegas

O brilho, glamour  e todo espetáculo visual do GP de Las Vegas não impediram que a etapa voltasse ao centro de discussões entre pilotos e equipes. Fernando Alonso, um dos mais experientes do grid, afirmou após a corrida que o asfalto e a configuração do circuito colocam a prova abaixo do nível esperado pela categoria. O espanhol também criticou a organização do calendário, que para ele compromete o rendimento dos competidores na fase final do campeonato.

Qualidade do asfalto não agradou

O piloto da Aston Martin afirmou que o asfalto do circuito montado em Las Vegas oferecia pouca aderência e apresentava irregularidades que afetavam o desempenho dos carros. Segundo o piloto, a incapacidade de aquecer os pneus de forma adequada tornou a pilotagem mais arriscada do que deveria ser em uma etapa da Fórmula 1. Ele destacou que a pista exige velocidade e precisão, mas o pavimento não proporciona as condições mínimas para que isso aconteça de forma segura. O espanhol considerou a experiência frustrante para quem espera uma corrida tecnicamente compatível com o patamar da categoria.


Experiente piloto espanhol tem se incomodado com calendário (Foto: reprodução/Instagram/@astonmartinf1)


Calendário defasado também é problema

Além da pista em si, Alonso manifestou insatisfação com o posicionamento de Las Vegas no calendário. A etapa acontece logo após uma corrida intensa, em um trecho da temporada em que as equipes já acumulam desgaste físico e técnico. Para o espanhol, a sequência de provas exige um esforço exagerado em um momento crucial do campeonato, quando cada detalhe pode influenciar no desempenho. Ele argumenta que essa configuração compromete a capacidade de pilotos e engenheiros de manterem o nível ideal de competitividade.

A situação se agrava com o deslocamento imediato para o Oriente Médio (onde será disputado o GP do Catar), que envolve longas horas de viagem e uma mudança significativa de fuso horário. Alonso ressalta que essa alternância brusca de clima, ambiente e logística impacta diretamente a preparação das equipes e aumenta o risco de erros operacionais. Em sua visão, a Fórmula 1 precisa rever a ordem das etapas para reduzir o desgaste acumulado e garantir que o rendimento esportivo não seja prejudicado por fatores externos que poderiam ser melhor planejados.

Novo autódromo do Rio terá traçado que privilegia ultrapassagens e capacidade para 120 mil pessoas

O anúncio do novo Autódromo do Rio, localizado no Parque de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, foi feito nesta quinta-feira durante coletiva de imprensa no local. Com investimento estimado em mais de R$ 1,3 bilhão, o traçado da pista prevê uma extensão de 4,7 km, quatro retas, sendo duas principais paralelas, e apenas dez curvas. O objetivo claro: favorecer ultrapassagens e garantir alta velocidade média dos carros, estimada em 241 km/h.

Além disso, o projeto prevê arquibancadas com capacidade para aproximadamente 120 mil espectadores e estrutura completa para eventos internacionais de automobilismo. A construção está programada para iniciar no primeiro trimestre de 2026, com previsão de conclusão em cerca de dois anos.

Estrutura moderna e foco no espetáculo

O design da pista foi desenvolvido seguindo as normas FIA Grau 1 e FIM Grau A, tornando-a apta para receber tanto grandes corridas de Fórmula 1 quanto provas de motociclismo mundial. Equipes estrangeiras de arquitetura esportiva foram envolvidas para garantir experiência de público e competidores.

A área destinada à construção tem mais de dois milhões de metros quadrados e vai integrar vias de transporte público, heliponto, boxes, estacionamento e esteiras logísticas para atender grandes eventos. A expectativa é que o novo autódromo movimente a economia local e transforme Guaratiba em polo do automobilismo no Brasil.


Post no X mostra traçado no novo autódromo (Foto: Reprodução/X/@g1rio)


Impactos para o Rio e o esporte nacional

Além de impulsionar o esporte a motor no país, o empreendimento representa a ambição de reinserir o Rio de Janeiro no mapa global das corridas. A capacidade de 120 mil pessoas sinaliza intenções de grandes eventos internacionais e turismo esportivo.

Para o público, a promessa de mais ultrapassagens, altas velocidades e uma atmosfera “arena” é um convite à vivência intensa da modalidade. Já para o setor automotivo e de infraestrutura, o autódromo pode significar novos investimentos, empregos e destaque para o Brasil na era pós-Interlagos.

Brasileiro Rafael Câmara avança à F2 com equipe campeã de Bortoleto

O automobilismo brasileiro segue ganhando destaque nas categorias de base da Fórmula 1. Após o sucesso de Gabriel Bortoleto, agora é Rafael Câmara quem assume o protagonismo ao confirmar sua estreia na Fórmula 2 pela equipe Invicta Racing, atual campeã da categoria. O jovem talento dá um passo importante em sua carreira e reforça a presença do Brasil no cenário internacional.

Novo desafio na Fórmula 2

O piloto brasileiro Rafael Câmara, recém coroado campeão da Fórmula 3, foi confirmado na Fórmula 2 pela equipe Invicta Racing, categoria de base imediatamente abaixo da Fórmula 1. Essa escolha ganha ainda mais destaque por se tratar da mesma escuderia que permitiu a Gabriel Bortoleto conquistar o título da F2 na temporada passada.

Câmara declarou estar honrado por ingressar na Invicta Racing e reconheceu a reputação da equipe no desenvolvimento de pilotos jovens. Ele destacou que acompanhar o caminho de Bortoleto e de outros nomes que passaram pela estrutura o motiva para atuar com excelência na nova etapa da carreira.


Gabriel Bortoleto inspira carreira de outro piloto brasileiro (Foto: reprodução/Instagram/@gabrielbortoleto_)

Trajetória, expectativas e pressão

A temporada 2025 da F3 foi excepcional para Rafael Câmara. Ele conquistou o título antecipadamente com certa folga e demonstrou consistência em diferentes circuitos. Sua performance já o coloca como um dos jovens mais promissores do automobilismo nacional. Agora, na F2, Câmara terá que lidar com um nível de exigência maior: corridas mais longas, adversários mais experientes e pressões para pontuar e se destacar rapidamente. Por ser mais intensa, a F2 é considerada teste decisivo para pilotos que desejam chegar à Fórmula 1.

Ingressar na Invicta Racing aumenta a responsabilidade, porque a equipe é vista como celeiro de talentos e foi palco do título de Bortoleto. A comparação com o antecessor é inevitável, e o novo piloto precisará provar que pode trilhar seu próprio caminho.

A escolha da equipe e o momento da transição revelam que o brasileiro está preparado para encarar esse salto. O apoio da Invicta e o histórico de sucesso da equipe servem como base sólida, mas agora cabe a Câmara transformar potencial em resultados. Será um ano de adaptação, aprendizado e cobranças. Se conseguir se manter firme sob pressão, sua trajetória pode acelerar rumo à F1.

Bortoleto encara obstáculos na Fórmula 1

O piloto Gabriel Bortoleto se prepara para disputar pela primeira vez o Grande Prêmio de Singapura, no circuito urbano de Marina Bay, marcado por curvas fechadas, condições adversas e grande exigência para pilotos e máquinas. Ele demonstrou estar consciente dos obstáculos técnicos e ambientais, mas mantém otimismo quanto ao desempenho que poderá entregar na Fórmula 1.

Os desafios do traçado e condições climáticas

Marina Bay é conhecido por seu traçado intenso, com 19 curvas, muitos muros próximos e pouca margem de erro para ultrapassagens. Também chama atenção o cenário noturno da prova. O calor e a umidade elevados somam mais pressão física sobre pilotos e equipe. Bortoleto comentou que a corrida “à noite, os muros, o calor e a umidade” representam um grande desafio, mas que justamente isso dá emoção ao evento. Ele ressaltou que buscará se aclimatar ao traçado o mais rápido possível, encontrar ritmo e aproveitar oportunidades que surgirem.


Jovem piloto brasileiro vem encarando grandes desafios em sua temporada de estreia (Foto: reprodução/X/@gabortoleto85)

A Sauber, por sua vez, terá que adaptar o carro ao circuito que favorece desempenho em curvas, algo em que seu modelo atual vinha tendo melhor desempenho em pistas com retas maiores. Essa diferença técnica pode pesar contra Bortoleto, exigindo estratégia e precisão em cada trecho do circuito.

Metas, aprendizado e posicionamento

Para o brasileiro, o objetivo inicial é familiarizar-se com a pista e extrair o máximo de performance possível dentro das limitações. Ele reconhece que a estreia implica riscos e aprendizagem, especialmente por estar em uma etapa que muitos pilotos experientes já encaram com cautela.

Nas últimas corridas, Bortoleto vinha mostrando evolução consistente, e essa prova em Singapura pode expandir sua reputação se ele conseguir manter solidez. A expectativa é que ele use a corrida para demonstrar resistência e adaptabilidade, características valorizadas em ambientes urbanos e circuitos exigentes. O momento será crucial para reforçar que sua presença na Fórmula 1 não é acaso, mas fruto de talento e determinação. Um resultado satisfatório em Singapura pode consolidar seu espaço entre jovens pilotos a observar com atenção.

Norris relativiza momento da Red Bull na Fórmula 1

O piloto Lando Norris comentou recentemente sobre a fase considerada difícil pela Red Bull na Fórmula 1 e afirmou que o momento foi “superestimado”. Para o britânico, embora existam momentos de oscilação, a equipe rival segue forte e não vive uma crise tão grave quanto muitos veículos apontaram. A declaração surge em meio a debates sobre o equilíbrio de forças no grid e expectativas de recuperação rápida para o time austríaco.

Visão de Norris sobre o momento da Red Bull

De acordo com Norris, comentários sobre “crises” em grandes equipes muitas vezes são exagerados. Ele reconhece que a Red Bull enfrentou resultados menos expressivos em alguns Grandes Prêmios recentes, mas acredita que isso faz parte da dinâmica normal da F1. Para o piloto da McLaren, atribuir “má fase” com tom dramático diminui a percepção do nível técnico do time e reforça uma narrativa de instabilidade que não condiz com a realidade.


Lando Norris em ação com a McLaren (Foto: reprodução/X/@mclarenf1)

Ele ressaltou que a Red Bull ainda tem componentes técnicos sólidos, estrutura de suporte e pilotos experientes que podem reagir rapidamente. A frase “superestimada” indica que o momento difícil, embora exista, foi amplificado pela mídia e pelos fãs, criando uma impressão de colapso que não corresponde ao funcionamento real da equipe.

Implicações para a temporada e rivalidade

As declarações de Norris trazem reflexões sobre como se aborda crises em equipes tradicionais do automobilismo. Em um ambiente tão competitivo quanto a F1, variações de desempenho são naturais — erros de estratégia, desgaste de pneus ou condições climáticas adversas podem gerar resultados atípicos. Mas rotular essas situações como “má fase” permanente pode ignorar fatores externos e o potencial de recuperação.

Para a temporada em curso, isso significa que rivalidades como McLaren x Red Bull devem se pautar mais na consistência e adaptação do que em momentos pontuais. A visão de Norris dá ao público a oportunidade de enxergar crises com mais cautela e menos sensacionalismo, reconhecendo que em grandes equipes existe resiliência estrutural para responder aos desafios com ajustes rápidos e foco no longo prazo.

Bortoleto cresce com Sauber e mostra talento na Fórmula 1

O piloto brasileiro Gabriel Bortoleto vive um momento de afirmação em sua temporada de estreia na Fórmula 1. Vindo de conquistas precoces em Fórmula 2 e 3, o piloto chegou à categoria máxima com expectativas altas. Mesmo pilotando a Sauber, que vive processo de transição para Audi em 2026, Bortoleto vem apresentando um desempenho bastante significativo.

Ano de gradativo aprendizado na estreia

A evolução técnica do piloto, ainda que em um carro menos competitivo, ilustra o talento de Bortoleto nas pistas. Desde o GP da Áustria, o novato não apenas pontuou, como também repetiu boas performances. Em grandes corridas como as de Bélgica e Itália, ele garantiu lugares entre os dez primeiros, mostrando consistência e superando adversidades.


Em sua temporada de estreia, o brasileiro vem desempenhando grande papel (Foto: reprodução/X/@F1)

Há que se destacar também a classificação impressionante em Hungaroring, que o colocou à frente de nomes experientes e consolidou sua evolução. Ele também vem mostrando controle sobre os momentos de pressão, aprendendo rápido com erros como os do GP da Inglaterra.

Superando o veterano e construindo reputação

Em diversas ocasiões, Bortoleto superou seu colega de equipe, o experiente alemão Nico Hülkenberg. Isso reforça que parte do mérito das boas atuações se deve não só ao trabalho dele, mas à melhora, ainda que tímida, da Sauber como conjunto. A equipe buscou algumas melhorias e encontrou ritmos competitivos capazes de eventualmente surpreender. Embora haja consciência de que o carro ainda não é páreo para disputar com equipes mais tradicionais, as performances de Bortoleto indicam que ele está cumprindo o papel esperado de subir sem pressa, mas de forma constante.

A temporada segue, e com ela as expectativas aumentam: tão importante quanto pontuar, será manter regularidade, extrair o máximo da Sauber e reforçar que talento jovem também pode construir história. Bortoleto sabe que ainda há caminho pela frente, mas o que já mostra em 2025 deixa claro que ele merece estar na Fórmula 1 por mérito.