Nubank solicita licença para operar como banco nos Estados Unidos

O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com um pedido oficial junto ao Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency – OCC), agência vinculada ao Tesouro dos Estados Unidos, para obter uma licença que permitirá à fintech operar como banco nacional no país. Caso seja aprovado, o movimento representará um passo estratégico para a consolidação de sua expansão internacional e a meta de se tornar uma instituição financeira global.

EUA incluirá a oferta de contas de depósito

De acordo com o comunicado, a atuação nos EUA incluirá a oferta de contas de depósito, concessão de empréstimos e serviços de custódia de ativos digitais. Essa solicitação acontece quase quatro anos após a abertura de capital da companhia na Bolsa de Nova York (NYSE), em um dos maiores IPOs de empresas latino-americanas na época.

A fintech, fundada em 2013 em São Paulo, já conta com operações reguladas no Brasil e na Colômbia, além de ter conquistado, em abril de 2025, a autorização da Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) para se tornar banco no México, onde aguarda apenas a aprovação operacional final. No total, a instituição reúne quase 123 milhões de clientes nos três países da América Latina em que atua.

A empresa segue focada em crescer

O fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, destacou que o foco da empresa continua sendo o crescimento nos mercados em que já está presente. No entanto, ele afirmou que a licença nos EUA permitirá atender melhor clientes locais e abrirá caminho para alcançar novos públicos com necessidades financeiras semelhantes.


David Vélez CEO do Nubank (Foto: Reprodução/Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)


A liderança da operação americana ficará a cargo de Cristina Junqueira, cofundadora e atual Chief Growth Officer da Nu Holdings, que já havia se mudado para os EUA justamente para estruturar essa expansão.

O Conselho de Administração da nova subsidiária reunirá nomes de grande peso no setor financeiro. Entre eles estão Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que assumirá a presidência do conselho; Brian Brooks, ex-Controlador interino da Moeda nos EUA; Kelley Morrell, ex-executiva do Tesouro norte-americano e sócia da Highline Capital Management; e Youssef Lahrech, ex-presidente e COO do Nubank.

Com o avanço dessa iniciativa, o Nubank reforça sua estratégia de internacionalização, consolidando-se não apenas como uma das maiores fintechs da América Latina, mas também como um player relevante no sistema financeiro global.

Trump demanda renúncia de diretora do Fed e aumenta a tensão sobre autonomia da instituição

A potencial estratégia de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, reacende um debate crítico sobre a independência do Federal Reserve (Fed), o banco central do país. A instituição, desenhada para operar de forma autônoma e tomar decisões de política monetária sem interferências políticas, tem se tornado um alvo constante de críticas por parte de Trump, que busca uma maior influência sobre suas decisões, especialmente no que se refere às taxas de juros.

Trump mira Lisa Cook em nova ofensiva para influenciar o Federal Reserve

A mais recente investida de Trump se direciona a Lisa Cook, uma das diretoras do Fed nomeadas por Joe Biden. Com base em alegações levantadas por Bill Pulte, um de seus aliados, sobre supostas irregularidades financeiras envolvendo Cook, Trump pediu publicamente sua renúncia. Pulte, diretor da Agência Federal de Financiamento da Habitação (FHFA), afirmou que Cook teria declarado duas residências como principais em diferentes empréstimos, uma prática que, se confirmada, poderia ter-lhe garantido condições de financiamento mais vantajosas. As acusações, que datam de 2021, antes de sua nomeação para o Fed, foram rapidamente endossadas por Trump em sua plataforma de mídia social.


A diretora é uma das três pessoas nomeadas por Biden cujos mandatos se estendem para além do mandato de Trump (Foto: reprodução/X/@ForbesBR)

A situação de Cook exemplifica um dos principais desafios de Trump para remodelar o Fed. A diretora é uma das três pessoas nomeadas por Biden cujos mandatos se estendem para além de um possível segundo mandato de Trump. Essa particularidade de mandatos longos dificulta os esforços do ex-presidente em preencher a maioria das sete cadeiras do concelho, um passo fundamental para consolidar seu controle. Atualmente, apenas dois dos seis membros restantes foram nomeados por ele: Christopher Waller e Michelle Bowman.

A Luta pelo Controle e o Futuro da Política Monetária

A crítica de Trump ao Fed não é recente. Ele tem se posicionado abertamente contra a postura do atual presidente da instituição, Jerome Powell, defendendo uma drástica redução das taxas de juros para estimular a economia. Embora reconheça as barreiras legais que o impedem de demitir membros do conselho por discordâncias políticas, a estratégia de Trump se concentra em nomear aliados para as vagas que surgem.

A vaga deixada pela recente renúncia de Adriana Kugler, por exemplo, já foi preenchida com a nomeação de Stephen Miran, um nome próximo a Trump. No entanto, o desafio maior é a presidência do Fed. O mandato de Powell se encerra em maio, e Trump poderá nomear um sucessor. Ainda que Powell pudesse, teoricamente, permanecer como diretor até 2028, a tradição sugere que ele não o faria. A luta pelo controle da diretoria, no entanto, pode levar mais tempo, uma vez que os mandatos dos diretores têm duração de 14 anos e não coincidem com os ciclos eleitorais.

Essa busca por influência no Fed levanta sérias preocupações sobre a neutralidade e a estabilidade da política monetária americana. A autonomia do banco central é vista por economistas como um pilar essencial para a credibilidade do dólar e para a condução de políticas que visam o controle da inflação e a manutenção do pleno emprego, sem ceder a pressões políticas de curto prazo. As ações de Trump, ao questionar publicamente a integridade de seus membros e pressionar por mudanças na taxa de juros, alimentam a incerteza e testam os limites de uma das instituições mais importantes dos Estados Unidos.

Um dos maiores ladrões de bancos do Brasil é preso no Rio de Janeiro

No último sábado, 15 de março, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Denis Galdino, considerado um dos maiores ladrões de bancos do Brasil. Ele foi capturado em Campo Grande, na zona oeste da cidade, após um trabalho intenso de investigação. Acusado de assaltar agências bancárias em 17 estados do país, Galdino já era um nome conhecido pelas autoridades e estava foragido desde o início de 2024.

Reconhecimento por meio de câmeras de segurança

A prisão foi possível, graças às imagens de câmeras de segurança que registraram um dos crimes cometidos pelo suspeito. Os vídeos mostravam Denis Galdino e seu comparsa em ação, executando o roubo e carregando sacolas de dinheiro até o carro utilizado na fuga. O crime mais recente do criminoso aconteceu em Santa Catarina, onde ele assaltou uma agência do Banco Santander. No entanto, sua ficha criminal já se estendia por diversos outros estados, tornando-se um dos criminosos mais procurados do país.


Denis Galdino sendo preso em uma agência bancária (Foto: reprodução/X/@g1)

Em um dos casos mais emblemáticos, Denis utilizou a identidade de um jornalista para cometer um assalto, o que resultou em uma longa batalha judicial para o profissional de comunicação que teve seus dados usados indevidamente. O jornalista passou dois anos tentando provar sua inocência e limpar seu nome.

Denis era protegido por traficantes

Após um dos assaltos cometidos no Rio de Janeiro, onde levou mais de R$ 500 mil de uma agência bancária, Denis se refugiou no Complexo da Penha, na zona norte da cidade. No local, ele recebeu proteção de criminosos da região, dificultando o trabalho da polícia. A captura só aconteceu, quando ele tentou realizar um evento religioso, momento em que os investigadores conseguiram localizá-lo e efetuar a prisão.

Agora, as investigações continuam para identificar possíveis comparsas e outros crimes cometidos pelo assaltante. A polícia busca reunir mais provas e mapear sua rede de contatos, a fim de desmantelar qualquer estrutura criminosa que ainda possa estar ativa. Denis Galdino, enfim, foi retirado das ruas, representando uma importante vitória no combate ao crime organizado no Brasil.

Banco Central implementa novas regras para o Pix

De acordo com o Banco Central, novas medidas devem ser implementadas a partir de 1º de novembro para combater fraudes e golpes usando o Pix. Entre as principais mudanças, está o limite de 200 reais por transação para dispositivos não cadastrados pelos clientes dos bancos. Por dia, nesses casos, o limite pode chegar a 1000 reais.

A exigência de cadastro, por exemplo, se aplica apenas a casos em que os dispositivos nunca tenham sido utilizados para realizar uma transferência por aquele usuário específico.

Medida tem como principal objetivo combater golpes digitais

O principal objetivo das novas medidas é combater a recente onda de golpes que tem atingido a plataforma do Banco Central, onde o agente malicioso consegue as informações necessárias para os golpes por meio de roubo ou de engenharia social, obtendo credenciais como login e senha dos clientes.


Pix vem sendo amplamente utilizado como forma de pagamento pela populaçao (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images embed)


Os bancos devem, já a partir de novembro, começar a implementar as soluções para os processos de registro, exclusão, alteração, portabilidade e reivindicação de posse das chaves Pix, além dos processos de entrada e saída de recursos das respectivas contas.

Abaixo confira as regras que passaram a valer a partir do dia 1 de novembro

  • Bancos deverão ter soluções de gerenciamento de risco de fraude e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;
  • Canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar fraudes;
  • Verificação no mínimo semestral com seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC. A autarquia espera que medidas como uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas.

Tudo isso tem como objetivo, a longo prazo, viabilizar uma plataforma mais segura, que vem sendo cada vez mais utilizada pelos brasileiros, onde o Banco Central vem sempre atualizando as suas diretrizes.

Seleção Brasileira terá mudanças para confronto contra o Peru

Nesta segunda-feira (14), o técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, anunciou em coletiva de imprensa a equipe titular que enfrentará o Peru nesta terça-feira (15), às 21h45, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela 10ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Dorival confirmou que fará algumas alterações na equipe, promovendo Vanderson à vaga de Danilo, Bruno Guimarães substituindo André e Gerson assumindo o lugar de Lucas Paquetá, suspenso para a partida.


Treino da Seleção nesta segunda-feira (14) (Foto: reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed)


Danilo no banco

Durante a entrevista, o treinador destacou que essas mudanças não são experimentos, mas ajustes que já estavam em análise antes do último confronto contra o Chile. Dorival destacou as qualidades ofensivas de Vanderson, lateral do Mônaco, mas fez questão de frisar que a substituição não se deu em razão das críticas à atuação de Danilo na última partida. O comandante ressaltou o valor de Danilo como peça importante na defesa e por sua liderança, mesmo em um momento de transição da equipe.

Com a saída de Danilo do time titular, Dorival confirmou Marquinhos como o novo capitão para a partida contra o Peru.

Outras alterações

Gerson e Bruno Guimarães, que entraram durante o segundo tempo na vitória contra o Chile, serão titulares no meio-campo. Gerson substitui Lucas Paquetá, suspenso por acúmulo de cartões amarelos, enquanto Bruno Guimarães assume a vaga de André, que sofreu uma pancada no treino da última quarta-feira (9) e ainda sente dores.

No ataque, apesar de a escalação ser a mesma, Dorival fará um ajuste tático. Rodrygo, que jogou mais avançado contra o Chile, atuará mais recuado para auxiliar na criação das jogadas, enquanto Raphinha terá um papel mais ofensivo, caindo pela direita.

O time titular da Seleção Brasileira para enfrentar o Peru será: Ederson, Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Abner; Bruno Guimarães, Gerson, Rodrygo; Raphinha, Savinho e Igor Jesus.


Igor Jesus comemorando seu primeiro gol pela Seleção (Foto: reprodução/Rodrigo Arangua/Getty Images Embed)


Brasil nas Eliminatórias 

Com a vitória sobre o Chile por 2 a 1, fora de casa, o Brasil subiu para a 4ª posição nas Eliminatórias da Copa do Mundo, somando 13 pontos. A equipe iniciará o segundo turno contra o Peru, em Brasília, buscando mais três pontos para consolidar sua posição na tabela.

Após o confronto contra o Peru, a Seleção Brasileira enfrentará a Venezuela, no dia 14 de novembro, e o Uruguai, no dia 19 de novembro, em sequência decisiva nas Eliminatórias.

Banco Central informa normalização do PIX após instabilidade pela manhã

Na manhã desta segunda-feira, (14), o PIX, funcionalidade presente em aplicativos de banco para transferências bancárias, se encontrou em estado de instabilidade, tendo sido classificado pelo Banco Central como “problemas técnicos”. Entre os bancos presentes no momento instável, estavam onze dos maiores grupos bancários do país, estando entre os 12 aplicativos que mais tiveram instabilidade nesta manhã, com exceção do Roblox, todos presentes eram instituições bancárias.


Reportagem sobre a queda do PIX (Vídeo: reprodução/YouTube/TV CM7)

Instabilidade do PIX nesta manhã

Nesta segunda-feira (14), abundância de clientes dos mais variados bancos do país, passaram por problemas para utilizar de alguns sistemas, dentre eles o que afetou maior número de cliente foi o PIX. O Banco Central do Brasil emitiu nota dizendo que aconteceram “problemas técnicos” nas plataformas, por isso o momento ‘fora do ar’, que foi resolvido ainda pela manhã.

Houve a ocorrência de problemas técnicos no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) que afetaram o funcionamento do Pix durante a manhã desta segunda-feira (14/10). As equipes do Banco Central atuaram rapidamente, e o problema já se encontra resolvido”

Comunicado do Banco Central após retorno do sistema.

O DownDetector, programa responsável por mostrar falhas em sistemas digitais, auxiliado por informações de usuários, registrou 11 aplicativos bancários entre os doze com mais instabilidade na manhã desta segunda-feira, entre eles estavam Banco Central, Nubank, Banco Inter, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, PagSeguro, Santander, C6 Bank e PicPay.

Comunicados durante momento de instabilidade

Durante a instabilidade dos sistemas, o Banco Itaú emitiu um comunicado onde dizia para os clientes não repetirem as transações em casos de erro na operação, enquanto o Bradesco sugeriu o uso da TED, para realizar transferências, com a ausência do PIX.

O C6 Bank dizia que o aplicativo estava em atualização e por isso, estava com serviços indisponíveis, já o Santander, por volta de 12h08, soltou um comunicado se desculpando e dizendo que o sistema poderia ser acessado normalmente.

Concessões de empréstimos no Brasil sobem em junho

As concessões de empréstimos no Brasil apresentaram um crescimento de 2,4% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central na última sexta-feira, (26). Esse aumento reflete uma retomada na demanda por crédito no país, com o estoque total de crédito aumentando 1,2% no período, atingindo R$ 6,019 trilhões.

Houve um crescimento significativo no estoque de crédito tanto para empresas quanto para famílias. O crédito destinado às empresas subiu 2,2%, alcançando R$ 2,3 trilhões, enquanto o crédito para famílias aumentou 0,6%, totalizando R$ 3,7 trilhões. Esses números indicam uma confiança crescente por parte dos tomadores de crédito, seja para expansão de negócios ou para consumo pessoal.


Concessões de empréstimos sobem no Brasil (Foto: Reprodução/Pinterest/@Slade)

Inadimplência e juros

Apesar do aumento nas concessões de empréstimos, a inadimplência no segmento de recursos livres também apresentou um leve aumento, passando de 4,5% em maio para 4,6% em junho. Esse segmento é caracterizado por condições de empréstimo livremente negociadas entre bancos e tomadores. Já os juros cobrados pelas instituições financeiras nesse tipo de crédito registraram uma queda de 0,3 ponto percentual, situando-se em 39,6%.

No caso dos recursos direcionados, que seguem parâmetros estabelecidos pelo governo, a inadimplência manteve-se controlada, mas os juros tiveram um aumento de 0,2 ponto percentual, alcançando 10,6%. Esse cenário mostra uma pressão sobre as taxas de juros, possivelmente influenciada por fatores econômicos e de mercado.

Spread bancário em queda

O spread bancário, que é a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada dos clientes, apresentou uma redução significativa nos recursos livres. Em junho, o spread caiu para 28,3 pontos percentuais, comparado aos 29,0 pontos registrados em maio. Essa redução no spread pode indicar uma competição mais acirrada entre as instituições financeiras para atrair clientes, resultando em condições de crédito potencialmente mais favoráveis para os tomadores.

Em resumo, o cenário de crédito no Brasil em junho aponta para um aumento na confiança dos tomadores de empréstimos, refletido no crescimento das concessões. No entanto, o leve aumento na inadimplência e as variações nas taxas de juros sugerem que os bancos e tomadores de crédito ainda enfrentam desafios em um ambiente econômico desequilibrado.

Número de usuários no sistema financeiro dobrou nos últimos cinco anos

De acordo com um relatório divulgado pelo Banco Central, o número de usuários ativos no sistema financeiro dobrou nos últimos cinco anos no Brasil. Parte desse aumento pode ser creditada ao sucesso do PIX e à criação de políticas públicas que facilitaram a abertura de contas digitais.

Ainda segundo o relatório, entre junho de 2018 e dezembro de 2023, o total de clientes teve um salto de 103,2% no período, passando de 77,2 milhões para 152 milhões. Esse número representa cerca de 87,7% da população adulta no país.

PIX foi forte fator de expansão em 2020

De acordo com o Banco Central, uma forte expansão foi vista a partir do segundo semestre de 2020, após o lançamento do PIX. Nesse período, houve um aumento de clientes de pessoas físicas de mais de 80%, com os cinco maiores bancos tradicionais registrando um aumento de 3000%.


PIX ajudou a colocar mais pessoas no sistema financeiro (foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


“Dois marcos foram fundamentais para esse salto na inclusão financeira: a abertura de contas no auxílio emergencial no Caixa Tem decorrente da pandemia da covid-19 e a implementação do PIX em novembro de 2020”.

Trecho do relatório do Banco Central

Crescimento de cooperativas

Outro segmento que também viu forte crescimento foi o de cooperativas. Nesse caso, houve o ingresso de mais de 1,6 milhão de novos clientes, enquanto outros segmentos mostraram estabilidade no número de clientes ativos.

De acordo com os números apresentados, cerca de três quartos das pessoas físicas possuíram operações de crédito ativas entre julho de 2023 e dezembro de 2023. Nesse quesito, também foram incluídas as operações ativas de cartão de crédito. No mesmo período, observou-se que, dos 152 milhões de clientes ativos como pessoas físicas, 10,9% possuíam apenas operações de crédito no SCR, 24,7% realizaram apenas operações de pagamento e 64,4% realizaram operações de crédito e pagamento.

Sobrinha de tio Paulo é solta e afirma que não percebeu a morte do idoso

Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, falou pela primeira vez, em entrevista exclusiva ao “Fantástico”, sobre a morte de seu tio Paulo. A cabeleireira afirmou que não tinha percebido que o idoso havia falecido e que ela estava sob efeito de remédio.

Após ter sido presa pela tentativa de sacar R$17 mil em empréstimo no banco com o cadáver de seu tio Paulo Roberto Braga, de 68 anos, Erika foi solta pela justiça e deixou o presídio de Bangu na última quinta-feira (2). O saque seria realizado em nome do idoso. 

Erika compartilhou que faz tratamento psiquiátrico. O programa exibiu que ela, além de ter dependência em sedativos, também possui quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas. 

A sobrinha contou que fazia uso de Zolpidem e que, algumas vezes, tomava mais do que deveria. O remédio, indicado para tratamento pontual de insônia, necessita de receita médica para ser comprado, além de causar dependência. Em alguns casos, o medicamento pode apresentar riscos como o sonambulismo, em que a pessoa faz atividades e pode se esquecer do que fez.

“Não consigo lembrar de muita coisa. Não sei se foi o remédio naquele dia”, falou Erika ao Fantástico. Ela alegou que não havia percebido que o tio estava morto. 

Paulo Roberto Braga estava morto no banco

O “Fantástico” também exibiu imagens das câmeras de segurança da agência bancária, que mostraram Erika levando seu tio em uma cadeira de rodas. Antes de entrarem no local, Erika e Paulo desembarcaram de um carro de aplicativo em um shopping próximo ao banco, no dia 16 de abril. A sobrinha afirmou que dentro do carro tudo parecia bem. 

O vídeo que circulou nas redes sociais mostrou que Erika incentivou o idoso a assinar os papéis para sacar o empréstimo, mas o idoso não respondia aos pedidos. Funcionários do banco estranharam a situação e acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que constatou a morte de Paulo. Ela diz que só percebeu a morte depois de ser avisada pelo funcionário do SAMU.


Erika levou cadáver de tio ao banco no dia 16 de abril. (Foto: Reprodução/Vídeo/G1)

Antes do episódio no banco, Paulo Roberto ficou internado durante uma semana em uma unidade de saúde estadual. “Pensei que ele fosse ter uma melhora porque era só uma pneumonia”, afirmou Erika. 

No mesmo dia da alta, o idoso foi levado ao banco e a família contou que o empréstimo havia sido concedido, mas o saque deveria ser realizado em outra agência. No dia seguinte, aconteceu o episódio do homem morto no banco que chocou o país.

De acordo com Erika, o empréstimo era um desejo do próprio tio e seria destinado para a construção de uma parte da casa deles. 

“Eu não sou a pessoa que estão falando. Eu não sou esse monstro”, disse Erika tomada por lágrimas durante entrevista do Fantástico.

Polícia Civil do Rio abrirá outro inquérito para investigação

O Ministério Público (MP) denunciou Erika e entendeu que a mulher agiu de forma consciente, voluntária e que mostrou desprezo e desrespeito por Paulo Roberto. A juíza Luciana Mocco aceitou a denúncia, que tornou Erika ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver, caracterizado pelo ato de menosprezar uma pessoa que tenha falecido.

A prisão preventiva foi revogada pela juíza depois de alegar que Erika é ré primária, possui residência fixa e não representa risco à ordem pública em liberdade. Luciana Mocco também entende que Erika é portadora de saúde mental desabilitada e possui uma filha menor de idade com necessidades especiais que precisa de seus cuidados.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu outro inquérito para investigar se houve homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Em liberdade, Erika vai precisar se apresentar mensalmente à justiça para justificar atividades e está impedida de deixar o estado sem autorização. O juízo também deverá ser comunicado caso haja a necessidade de internação para o tratamento de sua saúde mental.

Termina no final dessa semana o programa Desenrola Brasil

Na reta final, o Desenrola pretende atender a população em mais de 6 mil agências dos Correios espalhadas pelo país. A Serasa está em parceria com mais de 700 empresas dispostas a negociar.  É uma oportunidade única para aqueles que querem sair do vermelho.

A meta ainda não foi atingida

A meta inicial estimada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era de R$ 50 bilhões. No início desse ano de 2024, os resultados indicavam a renegociação de R$ 35 bilhões em dívidas, beneficiando cerca de 12 milhões de brasileiros. Embora significativa, era bem aquém da meta prevista por Haddad.   


Ministro Fernando Haddad em uma coletiva de imprensa. (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Na etapa atual do desenrola, as pessoas que podem participar são as da faixa 1 do programa. Devem possuir renda de até dois salários mínimos ou estarem inscritas no CadÚnico. As dívidas negativadas devem estar no período entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, cujo valor atualizado não deverá ultrapassar R$ 20 mil.

Os especialistas na área financeira aconselham os interessados no programa a se organizarem e planejarem a adesão, com o objetivo de não se endividarem ainda mais. Eles deverão fazer um levantamento dos débitos, simular o impacto no próprio orçamento, avaliar se é sustentável e negociar todas as formas possíveis de pagamento.

Link dos Sistes Oficiais para negociar

Acesse um dos sites e consulte as dívidas. Escolha aquela que deseja negociar. Negocie e simule o pagamento. Se a proposta couber no orçamento, conclua o acordo.

O Programa Desenrola Brasil saiu do papel no dia 17 de julho de 2023. No início, era voltado para consumidores da Faixa 2, pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil e dívidas bancárias adicionadas aos Serviços de Proteção ao Consumidor até 31 de dezembro de 2022. Em setembro, começou uma fase do programa para atender pessoas com renda de até 2 salários mínimos ou inscritas no CadÚnico e dívidas negativadas de até R$ 5 mil, Faixa 1.