O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com um pedido oficial junto ao Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency – OCC), agência vinculada ao Tesouro dos Estados Unidos, para obter uma licença que permitirá à fintech operar como banco nacional no país. Caso seja aprovado, o movimento representará um passo estratégico para a consolidação de sua expansão internacional e a meta de se tornar uma instituição financeira global.
EUA incluirá a oferta de contas de depósito
De acordo com o comunicado, a atuação nos EUA incluirá a oferta de contas de depósito, concessão de empréstimos e serviços de custódia de ativos digitais. Essa solicitação acontece quase quatro anos após a abertura de capital da companhia na Bolsa de Nova York (NYSE), em um dos maiores IPOs de empresas latino-americanas na época.
A fintech, fundada em 2013 em São Paulo, já conta com operações reguladas no Brasil e na Colômbia, além de ter conquistado, em abril de 2025, a autorização da Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) para se tornar banco no México, onde aguarda apenas a aprovação operacional final. No total, a instituição reúne quase 123 milhões de clientes nos três países da América Latina em que atua.
A empresa segue focada em crescer
O fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, destacou que o foco da empresa continua sendo o crescimento nos mercados em que já está presente. No entanto, ele afirmou que a licença nos EUA permitirá atender melhor clientes locais e abrirá caminho para alcançar novos públicos com necessidades financeiras semelhantes.
David Vélez CEO do Nubank (Foto: Reprodução/Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)
A liderança da operação americana ficará a cargo de Cristina Junqueira, cofundadora e atual Chief Growth Officer da Nu Holdings, que já havia se mudado para os EUA justamente para estruturar essa expansão.
O Conselho de Administração da nova subsidiária reunirá nomes de grande peso no setor financeiro. Entre eles estão Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que assumirá a presidência do conselho; Brian Brooks, ex-Controlador interino da Moeda nos EUA; Kelley Morrell, ex-executiva do Tesouro norte-americano e sócia da Highline Capital Management; e Youssef Lahrech, ex-presidente e COO do Nubank.
Com o avanço dessa iniciativa, o Nubank reforça sua estratégia de internacionalização, consolidando-se não apenas como uma das maiores fintechs da América Latina, mas também como um player relevante no sistema financeiro global.
