Nesta quarta-feira (03), Marina Ruy Barbosa utilizou suas redes sociais para abrir um diálogo importante sobre os desafios de produzir moda no Brasil. Em uma reflexão publicada nos stories, a atriz, que também é empresária e fundadora da marca Ginger, falou com franqueza sobre a falta de valorização da produção nacional e as barreiras enfrentadas pelos criadores que insistem em desenvolver suas peças dentro do país.
Segundo Marina, a ideia de que “o que vem de fora é sempre melhor” ainda está profundamente enraizada no comportamento dos consumidores. Ela questionou essa tendência automática de admiração pelo que é estrangeiro, enquanto muitos artistas, designers e marcas brasileiras lutam para conquistar espaço e reconhecimento.
Sofisticação e identidade
“Criar moda e arte no Brasil exige muito mais que talento. Exige enfrentar uma cadeia produtiva cara, pouca infraestrutura, ausência de estímulo”. escreveu. Para a atriz, manter uma marca de moda no país é um gesto que vai além do empreendimento: é quase uma forma de resistência criativa. “Quem produz aqui sabe: fazer moda, por exemplo, no Brasil é quase um ato de teimosia criativa. E, claro, de muito amor. […]”
Marina Ruy Barbosa se pronuncia em seu instagram (Foto: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)
Marina também relembrou o propósito que deu origem à Ginger. A marca, lançada em 2020, nasceu com a proposta de valorizar o olhar brasileiro, mostrando que é possível criar peças sofisticadas, contemporâneas, bem-feitas e conectadas com a identidade do país, sem buscar competir com as grandes referências internacionais, mas afirmando a força estética local.
Moda brasileira
A atriz reforça que a moda brasileira carrega vida e autenticidade. “A moda brasileira é viva, diversa, inteligente. Ela traduz nossas mãos, nossas cores, nossa cultura”, afirmou. Para ela, reconhecer essa riqueza cultural e apoiar quem produz localmente é fundamental para fortalecer o setor e incentivar novas gerações de criadores.
O desabafo de Marina reacende uma discussão importante: a de que, por trás das marcas nacionais, existe muito trabalho, criatividade e resistência, e que valorizar a produção brasileira é essencial para que a moda local continue evoluindo, ganhando voz e ocupando seu merecido espaço no mercado global.
