Bolsa Família divulga calendário de pagamentos

A Caixa Econômica Federal, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, divulgou nesta segunda-feira (24), o calendário do benefício Bolsa Família para os pagamentos que ocorrerão agora em dezembro. Segundo informações do canal CNN Brasil, os depósitos começarão a partir do dia 10 de dezembro. O cronograma de pagamentos do Bolsa Família seguirá até o dia 23, conforme escala estabelecida.

Informações e pagamentos

O pagamento continuará seguindo a lógica já habitual do programa: beneficiários com o NIS (Número de Identificação Social) terminados em 1 receberão primeiro, no dia 10, enquanto aqueles com o NIS final 0 encerram a sequência no último dia, 23. O beneficiário consegue visualizar a data exata do pagamento por meio do próprio aplicativo oficial do Bolsa Família. Outra opção é ligar para o número 111 e falar com o Atendimento Caixa ao Cidadão.


Cartão benefício Bolsa Família (Foto: reprodução/Pinterest/@janelpereiraaa)


O pagamento previsto é referente aos valores do mês de novembro, pois os repasses de dezembro seguem uma regra diferente dos outros meses do ano. Apesar de normalmente ocorrerem nos últimos dez dias úteis, eles começam mais cedo para serem concluídos antes das festas de fim de ano.

Saque do benefício

Para realizar o saque, o beneficiário conta com diferentes ferramentas à sua disposição como: o aplicativo Caixa Tem, internet banking da Caixa, caixas eletrônicos, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Em novembro deste ano, mais de 18 milhões de famílias serão contempladas com o Bolsa Família, totalizando um repasse de cerca de R$ 12,6 bilhões, o que equivale, em média, a R$ 683 por família.

O Programa Bolsa Família foi criado em 2003, no primeiro ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo um programa social fundamental para famílias brasileiras de baixa renda. Para estar apto ao auxílio, é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), ter renda limitada e cumprir alguns requisitos, como manter os filhos frequentando a escola e com a vacinação em dia.

Novas regras do vale-alimentação e refeição opõem empresas do setor a varejo e governo

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABTT), que reúne empresas de VA e VR, veio a público hoje (13) para criticar as novas regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), iniciativa governamental que regulamenta as regras do benefício trabalhista alimentício no Brasil. Segundo a ABTT, a reformulação do PAT pode desviar verba voltada à alimentação, desestimular a concorrência e enriquecer empresas varejistas sem trazer ganhos diretos aos trabalhadores. Governo e varejo, por outro lado, entendem que o novo programa reduziria o preço dos alimentos em supermercados e restaurantes.

Decreto muda regras do setor

O presidente Lula assinou na terça (11) um decreto que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador. Entre as novidades anunciadas, estão um teto de 3,6% para a taxa paga pelos estabelecimentos comerciais em operações com cartões de VA e VR e uma maior cobertura de estabelecimentos comerciais (mantendo-se a natureza exclusivamente alimentícia) e maquininhas que aceitam os benefícios. 


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, detalha as novidades no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Com isso, governo e varejo defendem que supermercados, bares e restaurantes terão seu preço reduzido e os trabalhadores terão mais opções de consumo. O Ministério da Fazenda calculou que a redução da margem de lucro de empresas emissoras de VA e VR gerará um repasse de R$8 bilhões por ano ao setor varejista. Cada trabalhador, por sua vez, deve ganhar R$225 anuais com as mudanças, apontou o órgão.

Entidade critica alterações

Se, por um lado, a nova dinâmica trouxe otimismo para certos mercados, como o comércio de alimentos, outros indicaram potencial prejuízo.

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador disse que o limite de arrecadação percentual anunciado, com impacto nos lucros, pode desencorajar que o setor de VA e VR expanda suas operações no país, o que traria perdas a longo prazo para a população. A organização também pontuou que o “arranjo aberto” de estabelecimentos comerciais aptos a aceitar o benefício poderia desviar sua real finalidade. Nesse sentido, os consumidores poderiam optar por usar o programa para outras atividades que não a própria alimentação, sugeriu o texto, enfraquecendo a segurança alimentar brasileira. A ABTT também alertou para a possibilidade de que o varejo (isto é, supermercados, bares e restaurantes) não repassem a diminuição das taxas dos cartões para o consumidor final, de forma que não haveria a redução dos preços dos estabelecimentos.

Devido aos entraves competitivos e financeiros representados pela nova norma, as ações de duas das maiores empresas do segmento de VA e VR no Brasil, as francesas Edenred (proprietária da Ticket) e Pluxee, caíram 6,4% e 8,6%, respectivamente, na Bolsa de Paris.

As medidas interferem em relações comerciais privadas e limitam a capacidade das emissoras de inovar e competir. Por isso, a Pluxee — atuando de forma independente e em coordenação com a ABBT — estuda adotar medidas legais para contestar a implementação do decreto, o que pode resultar na suspensão de seus efeitos“, afirmou a Pluxee em nota.