Próximo ao fim de mandato, Kamala Harris declara: “não é da minha natureza ir embora em silêncio”

Antes de deixar o cargo como 33º presidente da República dos Estados Unidos, Harry Truman assinou sua mesa, que até então ficava no salão oval da Casa Branca. Com o passar do tempo, a mesa foi transferida para o escritório cerimonial e a assinatura tornou-se uma tradição entre os vice-presidentes americanos.

Nesta quinta-feira (16), chegou a vez de Kamala Harris cumprir o rito de passagem. A primeira mulher negra a ocupar o cargo fez questão de afirmar que “não irá embora silenciosamente” e que “continuará o trabalho até segunda-feira”.

Discurso de Kamala

Todos vocês me conhecem muito bem porque nós passamos longas horas, longos dias, meses e anos juntos e não é da minha natureza ir embora silenciosamente pela noite, então não se preocupem com isso

A fala da vice-presidente foi dirigida aos seus funcionários, reunidos minutos antes de assinar uma gaveta da mesa localizada no escritório cerimonial da Casa Branca. Além disso, Kamala também comentou acerca de uma relação de experiências semelhantes que ela teve com os outros que ocuparam o cargo.

Com a exceção de Truman e Eisenhower, eu conheci todas as pessoas que assinaram essa mesa, cada vice-presidente. E eu vou dizer que, embora muitos de nós tenhamos discordado em questões políticas, eu acho que todos nós compartilhamos uma experiência muito semelhante e uma evidência disso é essa tradição de assinar a mesa

Outro vice-presidente que cumpriu o ritual enquanto exercia o cargo foi o atual presidente Joe Biden, que assinou uma gaveta durante os últimos dias do governo Obama, em janeiro de 2017.


Vídeo: Kamala Harris faz um discurso e assina a mesa (Reprodução/Youtube/ The National Desk)


Despedida de Biden

Biden realizou seu discurso de despedida no salão oval nesta quarta-feira (15), uma semana antes de encerrar oficialmente seu mandato. Em sua fala, o presidente afirmou a importância da democracia americana, mesmo que ela possa ser frustrante:

Temos que permanecer engajados no processo. Sei que é frustrante. Uma chance justa é o que faz da América, a América

Joe Biden não será mais o presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), quando acontece a cerimônia de posse do eleito Donald Trump.

Governo Biden anuncia nova investigação sobre chips e semicondutores chineses

A representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Thai, afirmou nesta segunda-feira (23) que o governo americano pretende iniciar uma investigação sobre políticas e práticas em relação à indústria de semicondutores.

A preocupação do governo dos Estados Unidos seria de evitar que a China tenha vantagem no mercado de chips, assim como já vem buscando nos mercados de energia solar e carros elétricos. A investigação será executada sob a Seção 301 da Lei do Comércio de 1974. A alegação dos americanos é de que os chineses têm adotado medidas anticompetitivas.

Disputa comercial

A medida dos Estados Unidos possivelmente irá complementar os planos de Donald Trump, que pretendem incluir taxas de 60% na importação de produtos chineses a partir de 2025. O atual presidente americano, Joe Biden, já aprovou uma medida onde impõe taxas de 50% a partir de 1 de janeiro.

Esta investigação ressalta o compromisso da administração Biden-Harris em defender os trabalhadores e as empresas americanas, aumentando a resiliência das cadeias de suprimentos críticas e apoiando o investimento incomparável que está sendo feito nesta indústria”.

– Katherine Thai


Governo Biden impõe taxa de 50% sobre produtos chineses a partir de 1 de janeiro de 2025. (Foto: reprodução/ X/ @NBCNews)

O informativo americano que sustenta a investigação afirma que a China busca dominar o mercado doméstico e global no setor de semicondutores, impondo meios anticompetitivos para atingir a autossuficiência. Os americanos também estão no meio do impasse chinês sobre Taiwan, território reivindicado pela China e essencial para a indústria de chips do mundo.

Possibilidades

Caso a disputa entre China e Estados Unidos siga adiante, isso pode tornar o mercado de semicondutores ainda mais competitivo. Atualmente os Estados Unidos têm investido na fabricação local de semicondutores, incluindo uma parceria com a empresa TSMC, uma empresa taiwanesa e maior produtora global de chips, que fornece para grandes marcas como Apple, Qualcomm e Samsung. O objetivo dessa medida seria diminuir a dependência dos Estados Unidos por chips e componentes chineses.

Equipe de Trump formaliza transição após semanas de atrasos

A equipe de transição de Donald Trump assinou, nesta terça-feira (26), um acordo com a Casa Branca que autoriza a coordenação formal com agências federais e o acesso a documentos governamentais. O atraso no processo gerou preocupações sobre possíveis impactos nas operações e conflitos éticos.

A assinatura encerra semanas de tensões entre a administração republicana e o governo democrata de Joe Biden, mas as escolhas de Trump para o Gabinete e a ausência de compromissos éticos tradicionais ainda geram controvérsias.


Sobre a resistência — (Vídeo: Reprodução / YouTube / Jr)

Promessas e críticas éticas

Apesar do progresso, a assinatura do acordo trouxe à tona divergências em relação a compromissos éticos. Diferente do modelo adotado pela administração Biden, a equipe de Trump optou por um plano próprio de ética, publicado no site da Administração de Serviços Gerais. O documento promete evitar conflitos de interesses e proteger informações confidenciais, mas exclui promessas como proteger denunciantes e limitar a gestão de ativos de Trump.

Essa abordagem levanta questionamentos sobre a transparência da futura administração, especialmente diante das significativas participações financeiras de Trump em setores como mídia, criptomoedas e negócios imobiliários.

Conflitos de interesses em destaque

Trump possui uma fortuna avaliada em bilhões, com negócios que abrangem hotéis, campos de golfe e propriedades internacionais. Essa diversificada rede de investimentos intensifica as críticas sobre a ausência de medidas robustas para prevenir conflitos de interesses, algo que foi parte do compromisso de transição assinado pela vice-presidente democrata Kamala Harris.

Além disso, há preocupações de que essa abordagem possa comprometer a confiança pública e aumentar o escrutínio de futuros acordos. Especialistas alertam que, sem garantias éticas claras, o novo governo corre o risco de enfrentar desafios legais e políticos já nos primeiros meses.

Enquanto Trump se prepara para assumir a presidência em 20 de janeiro, especialistas avaliam que o acordo representa um avanço necessário, mas insuficiente para garantir uma transição alinhada às expectativas de governança ética e ordenada.

Após vitória de Donald Trump, Lula o parabeniza e diz que busca diálogo

Na manhã desta quarta-feira(6), Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos da América. Após anunciarem a vitória do candidato republicano, o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse no X que o mundo precisa dialogar e trabalhar para se ter mais paz. Apesar de torcer pela Kamala, o petista deixou claro que está disposto a conversar e buscar ter boas relações com o eleito dos republicanos.

Novo mandato

Donald Trump, o então presidente eleito nos EUA, já presidiu o país durante o período de 2016 a 2021. Em 2020, ele disputou a reeleição com o Joe Biden, sendo derrotado pelo democrata, que neste ano de 2024 iniciou a disputa com ele, até decidir sair e apoiar consequentemente a candidatura da Kamala Harris. O ex-presidente retornara à Casa Branca em 2025, e cumprira o mandato até 2029.


Lula parabenizando (Foto: reprodução/X/@lulaoficial)

Apoio aos democratas

Lula havia dito que, com a Kamala, era bem mais fácil restaurar a democracia. O então chefe do Brasil disse que seria mais seguro se a candidata democrata ganhasse essa disputa para ajudar na restauração da soberania. Trump apoiou Jair Bolsonaro em 2022, declarando apoio a ele na época pelas suas redes sociais, algumas vezes por meio de posts.


Donald Trump dançando após um comício na Carolina do Norte no dia 4 de novembro (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Parceria comercial

Existe uma grande parceria comercial entre o Brasil e os EUA, durante este ano de eleições americanas, houve gastos de US$ 29,44 bilhões com exportações, estando apenas atrás somente de países como China e até mesmo a União europeia que abrange mais de 1 país da Europa. Em relação ao ano de 2023 ocorreu um aumento de 10% em 2024. De acordo com analistas, essas relações que o Brasil tem com a terra do Tio Sam não vai mudar.

Donald Trump foi eleito presidente dos EUA e assumira no dia 1° de janeiro de 2025.

Governo dos EUA ficam em alerta após ataques do Irã contra Israel

Na tarde dessa última terça-feira(11), o Irã atacou fortemente Israel com mais de 180 mísseis lançados contra Israel.“Neste momento, entendemos que foram aproximadamente 180 projéteis”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel. Isso acendeu um sinal de alerta nos EUA que já se organiza para ajudar seu aliado.

Estados Unidos se posicionam no conflito

Diretamente da sala de crises na Casa Branca, o presidente dos Estado Unidos e a vice presidente Kamala Harris tem recebido informações constantes da situação no Oriente médio.

O Irã confirmou no último dia primeiro de outubro que fez uma série de ataques contra o país Israelense. Durante o início da agressividade Iraniana, as forças armadas de Netanyahu ligaram e soaram sirenes em Tel Aviv, avisando a população do que estava ocorrendo.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, publicou no X que além do monitoramento em tempo real que Joe Biden tem recebido da guerra no Oriente Médio ele também enviou tropas norte-americanas para o confronto. O presidente “instruiu as forças armadas dos EUA a ajudar na defesa de Israel contra os ataques e a abater mísseis que visam Israel”.


Joe Biden (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)


Resposta Iranina e conflito no Oriente Médio

“A resposta legal, racional e legítima do Irã aos atos terroristas do regime sionista — que envolveu alvejar cidadãos e interesses iranianos e infringir a soberania nacional da República Islâmica do Irã — foi devidamente executada”, disse o porta-voz do País em uma postagem no antigo Twitter.

E completou afirmando que se o país de Benjamim Netanyahu ousar responder sofrerá um ataque “esmagador”, como resposta.

O ataque Iraniano acontece depois de Nassah, líder do Hezbollah acabar morto após um bombardeio de Israel, além da guerra na faixa de Gaza continuar vitimando milhares de famílias inocentes, a alegação israelita aos bombardeios, é que o Hamas, grupo terrorista, tem reféns israelenses em seu território.

Joe Biden manifesta preocupação com a segurança de Trump

No último domingo (15), Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, enfatizou que Trump tenha sua segurança garantida pelo serviço secreto, após o FBI confirmar que estaria investigando uma suposta tentativa de assassinato contra o republicano.

Biden comentou que tem acompanhado os desdobramentos do episódio: “fui informado pela minha equipe sobre o que a Polícia Federal está investigando como uma possível tentativa de assassinato do ex-presidente Trump hoje”.

Joe Biden se solidariza com Trump pelo suposto atentado

Solidário, Biden disse estar aliviado por Trump estar seguro e elogiou os esforços do Serviço Secreto.

“Há uma investigação ativa sobre este incidente, à medida que as autoridades policiais reúnem mais detalhes sobre o que aconteceu. Como já disse muitas vezes, não há lugar para a violência política ou para qualquer violência em nosso país.”

Joe Biden

Donald Trump estava em um campo de golfe em West Palm Beach, na Flórida, quando tiros foram disparados. Um suspeito foi detido pela polícia local. Segundo as autoridades, havia uma pessoa armada no campo de golfe, tentando atingir o ex-presidente.


Lado externo do Trump International Golf Club em West Palm Beach, onde ocorreu a suposta tentativa de atentado contra Donald Trump no último domingo (15) (Foto: reprodução/Carlos Escalona/Anadolu/Getty Images embed)


Ryan Wesley Routh, o suspeito, portava um fuzil AK-47 e uma câmera GoPro. Segundo o Serviço Secreto, ele estava a 450 metros de distância de Trump.

Apesar da prisão do suspeito, não se sabe a motivação do atentado

O FBI e a polícia da Flórida estão investigando o ocorrido, ouvindo testemunhas e apurando os fatos. Além da detenção do suspeito, uma arma foi apreendida. Não foram divulgadas informações sobre a possível motivação do caso.


Atentado a Donald Trump na Pensilvânia, em julho de 2024(Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images embed)


O candidato republicano à eleição presidencial americana também foi alvo de outro atentado no mês de julho deste ano, quando estava fazendo um comício na Pensilvânia. À época, Donald foi ferido na orelha. Duas pessoas morreram: o atirador e alguém da plateia.

Analistas políticos afirmam que novos episódios de violência podem ocorrer devido ao aumento do clima de animosidade entre os partidos, à medida que a eleição de aproxima. Tornam-se necessárias medidas emergenciais de segurança para os participantes do pleito de 2024.

Em reação ao debate presidencial, revista Time mostra Trump com dificuldades em nova capa

A revista Time trouxe na capa da edição desta quarta-feira (11) o candidato à presidência Donald Trump. Na capa, o ex-presidente aparece em um carro de golfe atolado em um banco de areia, ele tenta sair da situação enquanto os dizeres “em apuros” estão estampados. A ilustração da Time é publicada um dia após o debate presidencial entre o candidato Trump e a vice-presidente Kamala Harris na rede de TV americana ABC.


Capa da revista Time em que mostra Trump “em apuros” (Foto: reprodução/Revista Time)

A reportagem a que a capa da revista se refere foi intitulada “Como Kama Harris tirou Donald Trump do curso”. Isso porque o primeiro confronto entre os dois candidatos foi dominado pela democrata que pressionou o ex-presidente durante todo o debate. Kamala procurou estressar Trump o chamando de “fraco” e “errado” , além de dizer que os militares chamaram o antigo governo de “desgraça”. Durante o debate, o republicano chegou a ser desmentido pelos mediadores após dizer que imigrantes estariam comendo cachorro.

De acordo com uma pesquisa realizada pela CNN, 63% dos eleitores acreditam que Harris levou a melhor no debate. Já a Times diz que o debate destacou o quão drasticamente a corrida presidencial mudou desde que Biden deixou de ser candidato. “Por mais claro que seja que Trump gostaria de ainda estar concorrendo contra Biden, é igualmente claro que Harris o abalou”, diz a revista.

O debate com Joe Biden


Debate entre Trump e Biden foi avaliado como vergonhoso para o democrata (Foto: reprodução/AP Photo/Gerald Herbert)

O debate de ontem teve um rumo contrário do que foi o de junho contra o atual presidente Joe Biden. Na ocasião, Trump levou a melhor, deixando o democrata contra a parede. Ao contrário da postura incisiva de Harris, Biden na época deixou o adversário dominar o debate chegando a gaguejar em alguns momentos. A postura do democrata na corrida presidencial levou seu partido a se desesperar e a retirar a sua candidatura em julho.

Harris e Trump estão tecnicamente empatados

Estando a dois meses da eleição, as pesquisas mostram os dois candidatos com empate técnico. A disputa está acirrada com Kamala liderando com apenas um ponto percentual (48%) contra Trump (47%) segundo uma pesquisa da New York Times/Siena College entre os dias 3 e 6 de setembro.

É importante focar nos estados chaves, isto é, estados que não tem tendência histórica a votar em algum partido em específico já que, diferente do Brasil, os Estados Unidos adotam um sistema de votos em colégios eleitorais formados por candidatos em cada estado. Entre os estados chaves, os dois também estão empatados com Harris tendo uma leve vantagem e por isso não é possível determinar uma tendência de votos.

Suprema Corte dos EUA rejeita proteção ampliada para estudantes LGBTQIA+ proposta por Biden

Em mais um revés significativo para o governo Biden, que vem enfrentando diversos obstáculos na implementação de medidas que visam proteger estudantes transgêneros e outros grupos vulneráveis em instituições de ensino, a Suprema Corte dos Estados Unidos negou um pedido da administração Biden para aplicar novas proteções a estudantes LGBTQIA+ e grávidas em 10 estados onde essas regras federais estão suspensas por decisões de juízes federais.

Decisão foi divulgada por meio de uma ordem não assinada

Divulgada por meio de uma ordem não assinada, a decisão com a dissidência parcial de três juízes liberais e do conservador Neil Gorsuch vai contra a regra abrangente emitida em abril, que buscava clarificar a proibição de discriminação baseada em “sexo” nas escolas. Conforme estabelecido pelo Título IX, isso também inclui discriminação baseada em identidade de gênero, orientação sexual e “gravidez ou condições relacionadas.”

Apesar do consenso entre os nove juízes em suspender a aplicação da regra em sua totalidade, a juíza Sonia Sotomayor, em sua dissidência, argumentou que o bloqueio completo foi desnecessário. Sotomayor destacou que algumas partes da regra, como as disposições relacionadas à proteção de estudantes grávidas e no pós-parto, poderiam ter sido implementadas sem causar prejuízos aos estados.


Protesto pelo direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos  (Foto: reprodução/AFP/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/Getty Images Embed)


O bloqueio da aplicação da regra em 10 estados — Tennessee, Kentucky, Ohio, Indiana, Virgínia, West Virginia, Louisiana, Mississippi, Montana e Idaho — representa uma continuação das disputas jurídicas que vêm cercando as tentativas do governo federal de ampliar proteções para a comunidade LGBTQIA+ e outras minorias.

Essa decisão surge em um contexto em que dois processos, movidos por procuradores-gerais republicanos, contestam três disposições específicas da nova regra, argumentando que elas seriam ilegais e ultrapassariam o escopo da lei federal. O tribunal, no entanto, foi além ao suspender a regra inteira enquanto os processos são analisados, o que gerou um apelo do governo Biden à Suprema Corte.

Movimento de Sotomayor foi visto como inesperado

A decisão de Gorsuch em se alinhar parcialmente com a dissidência de Sotomayor foi vista como um movimento inesperado, dado que ele foi o autor de uma decisão histórica em 2020 que afirmou a proteção de trabalhadores gays e transgêneros contra discriminação no local de trabalho com base em “sexo”.

O governo Biden, por meio da procuradora-geral Elizabeth Prelogar, argumentou que as liminares eram excessivas e pediu que a Suprema Corte permitisse a aplicação de partes não contestadas da regra, especialmente aquelas relacionadas à discriminação por gravidez. No entanto, a Corte, até o momento, não acatou esses pedidos, indicando que esse processo ainda deve se prolongar por algum tempo.

Kamala Harris ganha vantagem de seis em sete estados-chave

Oito dias depois de aceitar o desafio de tentar derrotar o republicano Donald Trump nas eleições dos EUA, Kamala Harris ganhou terreno em seis dos setes estados indecisos desde que o atual presidente do EUA Joe Biden, desistiu de sua candidatura presidencial. 

A pesquisa foi realizada pela Bloomberg News/Morning Consult com eleitores registrados e foi publicada nesta terça-feira (30).

Sobre a pesquisa

A liderança é apresentada em uma pesquisa que foi conduzida de forma online, entre os dias 24 a 28 de julho.  A pesquisa mostra Harris liderando Trump em Michigan por 11 pontos percentuais, enquanto no Arizona, Wisconsin e Nevada, ela tem uma vantagem de 2 pontos.


Vice-presidente dos EUA e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris. (Foto: Divulgação/Nathan Howard/Getty Images Embed)

Já na Pensilvânia, Trump está à frente de Harris por 4 pontos e na Carolina do Norte por 2 pontos. Trump e Kamala estão com pontuação igual na Geórgia. Wisconsin é o único estado dos sete onde Trump reduziu seu déficit com Harris em comparação ao desempenho de Biden em uma pesquisa anterior.

A pesquisa desta terça-feira (30), tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais no Arizona, Geórgia e Pensilvânia, 4 pontos percentuais em Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin, e 5 pontos percentuais em Nevada.

Comparação com Joe Biden

Em uma outra pesquisa realizada pelo Bloomberg/Morning Consult entres os dias 1 a 5 de julho, Trump estava à frente de Biden em Nevada por 3 pontos percentuais, na Geórgia por 1 ponto; no Arizona por 3 pontos; na Pensilvânia por 7 pontos; e Carolina do Norte por 3 pontos. Joe Biden assumiu a liderança em Michigan por 5 pontos e em Wisconsin por 3 pontos.

A margem de erro estabelecido na pesquisa dos dias 1 a 5 de julho foi de 4 pontos percentuais no Arizona, Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin; 5 pontos percentuais em Nevada; e de 3 pontos percentuais na Geórgia e Pensilvânia.

Haverá uma votação virtual entre os dias 01 a 05 de agosto, com o propósito de oficializar a candidatura de Kamala Harris.

Bombardeio israelense deixa ao menos 70 mortos em Gaza

Segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, Israel realizou, nessa segunda-feira (22), bombardeios em Khan Younis, no Sul de Gaza, depois de ordenar que a população abandonasse a área. Pelo menos 70 pessoas foram mortas.


Bombardeios em Gaza (Foto: reprodução/SAID KHATIB/Getty Images Embed)


O atentado aconteceu quando Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense se dirigia a Washington, onde fará um discurso no Congresso nesta quarta-feira (24).

A desistência de Biden da presidência

No último domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não buscará a reeleição, afirmando que essa decisão é “do melhor interesse do meu partido e do país”. Ele declarou ainda seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como sua substituta na corrida presidencial. A decisão, tomada a quatro meses das eleições, altera significativamente a dinâmica da disputa pela Casa Branca.

O presidente israelense caracterizou sua partida de Israel como uma “viagem muito importante” em meio a uma “grande incerteza política“, decorrente da decisão do presidente Joe Biden de não se candidatar à reeleição. A guerra afetou as relações entre Israel e os EUA, seu principal aliado. Os dois líderes deverão se reunir na quinta-feira (25), segundo uma autoridade americana.


Joe Biden (Foto: reprodução/Mario Tama/Getty Images Embed)


Segundo Biden, o objetivo é encontrar uma solução para acabar com a guerra de Gaza, alcançar a paz no Oriente Médio e trazer todos os reféns israelenses de volta para casa.

Netanyahu também se encontrará com Kamala Harris, apoiada por Biden como candidata democrata às próximas eleições, embora ela não participe da cerimônia que Netanyahu receberá no Congresso.

Os EUA sobre a guerra

No cenário internacional, os Estados Unidos expressaram descontentamento com a reação de Israel à incursão fatal de 7 de outubro por militantes do Hamas no sul do país. Washington destaca a necessidade de proteger os civis e permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007. Segundo Steven Cook, especialista em Oriente Médio do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, as relações bilaterais nunca estiveram tão tensas.