Celulares 2G e 3G podem ser excluídos da certificação conforme nova proposta da Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está preparando uma proposta para interromper a certificação de celulares e dispositivos móveis que operam exclusivamente com as tecnologias 2G e 3G. Essa medida busca garantir que apenas aparelhos compatíveis com redes mais modernas, como 4G e 5G, sejam aprovados para uso no Brasil, a fim de modernizar a comunicação móvel no país.

Consulta pública e impacto no mercado

A proposta da Anatel foi submetida a uma consulta pública para que a população e especialistas possam opinar sobre a possível mudança. Se aprovada, a medida afetará não apenas celulares, mas também outros dispositivos, como relógios inteligentes e rastreadores que utilizam redes móveis. A homologação será restrita a aparelhos com suporte a 4G e 5G, com exceção daqueles que combinam essas tecnologias com 2G ou 3G.

Segundo a Anatel, a transição para redes mais modernas será realizada de forma gradual, em conformidade com o planejamento técnico das operadoras, para evitar prejuízos aos consumidores. No entanto, dispositivos que dependem exclusivamente de 2G ou 3G poderão enfrentar limitações de conectividade e desempenho no futuro.


Sede da Anatel (Foto: reprodução/Joa_Souza/Getty Images Embed)


Visando o futuro

O principal objetivo da Anatel é garantir que os dispositivos certificados estejam preparados para as redes mais avançadas, especialmente quando as operadoras eventualmente desativarem as redes 2G e 3G. Apesar disso, a agência reforçou que não há planos imediatos para desligar essas redes no Brasil.

A proposta ainda está em análise e será discutida pela diretoria da Anatel após o término da consulta pública, que permite que a sociedade participe do debate e apresente sugestões ou preocupações.

Sem a certificação da Anatel, os dispositivos ainda poderiam ser utilizados, mas de forma limitada. Equipamentos não homologados podem enfrentar dificuldades para se conectar às redes das operadoras brasileiras, além de não garantirem um funcionamento adequado ou seguro. A agência ressalta que, mesmo com a nova regra, não há planos de desligar as redes 2G e 3G no curto prazo.

Faustão detalha recuperação após cirurgias e planeja possível novo transplante de rim

Meses após realizar transplantes de rim e coração, Faustão tem mostrado avanços importantes em sua saúde, com sessões intensas de fisioterapia e cuidados rigorosos. Em entrevistas recentes, o apresentador revelou a possibilidade de uma nova cirurgia renal e compartilhou detalhes sobre sua recuperação, tranquilizando fãs e familiares.

Focando na recuperação

Desde que passou por transplantes de rim e coração, Fausto Silva segue uma rotina rígida de cuidados com a saúde. O apresentador, conhecido por sua longa trajetória na TV brasileira, agora dedica-se diariamente a atividades físicas e sessões de fisioterapia. Segundo o jornalista Flávio Ricco, do portal R7, Faustão está se adaptando a uma nova rotina de vida, marcada pela disciplina com a recuperação, participando de processos de fisioterapia frequentes, adotando práticas de atividades físicas e uma alimentação saudável.

Em entrevista recente ao Fantástico, o comunicador ainda expressou sua gratidão pelas doações de órgãos que lhe permitiram essa nova chance de vida, além de detalhar os esforços para evitar complicações futuras.

Nova cirurgia renal pode ser realizada

Apesar dos avanços, Faustão mencionou a possibilidade de passar por um novo transplante de rim. O apresentador, que continua com tratamento regular e faz diálise duas vezes por semana, revelou essa preocupação em entrevista ao jornalista César Filho, do SBT Brasil. Ele detalhou ainda que há uma expectativa de reduzir o número de sessões de diálise, com chances de parar completamente o tratamento.

Faustão comentou também sobre um método inovador com doadores vivos, desenvolvido por um médico curitibano que trabalha em Miami. A técnica pode representar uma revolução para transplantes renais no Brasil, com potencial para ser implementada no Sistema Único de Saúde (SUS).


Faustão junto com seus três filhos, Rodrigo, Lara e João Silva (Foto: reprodução/Instagram/@joaosilva)

Filha de Faustão fala sobre o estado de saúde do pai

Lara Silva, filha mais velha de Faustão, trouxe notícias tranquilizadoras sobre a saúde do apresentador após seus transplantes de rim e coração. Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da Record, Lara explicou que seu pai está bem e continua em recuperação sob acompanhamento médico no Hospital Israelita Albert Einstein, onde segue realizando os cuidados necessários.

Durante a conversa, ela foi direta ao comentar a evolução do pai, afirmando que ele está se recuperando positivamente e que a família está confiante com os avanços apresentados. Apesar dos desafios enfrentados, Lara falou que Faustão mantém sua força e determinação, o que tem auxiliado no processo de recuperação.

Dorival critica cobrança em cima de Vini JR e pede paciência com o jogador

Embora visto como o protagonista do Real Madrid e apontado como o grande favorito ao prêmio da Bola de Ouro neste ano, Vinicius Junior tem tido atuações abaixo do esperado quando defende a seleção brasileira e vem recebendo críticas por conta disso. Segundo o treinador Dorival Junior, é necessário o público dosar suas cobranças e ter paciência com o camisa 7. 

Entrevista de Dorival

Depois de mais uma atuação sem brilho durante a vitória do Brasil em cima do Equador por 1 a 0, o técnico participou de uma entrevista neste sábado (7) em que comentou sobre o desempenho de Vini com a camisa amarela. Dorival acredita que a grande expectativa em cima dos jovens jogadores não é proporcional com seu processo de formação atual e sente que a maioria ver o ponta esquerda do Real Madrid como uma solução para os problemas do elenco brasileiro, similar ao que acontecia com Neymar anos atrás. 

‘’Precisamos ter muita calma. Essa é a mesma expectativa gerada em cima do Neymar, que a todo momento tinha que ser a solução para nossos problemas.’’ Disse o técnico da Seleção. 


Dorival em Entrevista (Foto: Reprodução/ Lucas Figueiredo/ Getty Images Sport)


Ciclo e início da temporada

Dorival revela que acredita em ciclos no futebol, tantos em clubes quando na seleção e que no momento o destaque está sendo Rodrygo. Pregando paciência com Vini, o treinador relembrar que a temporada europeia começou recentemente e que alguns dos atletas que jogam no exterior podem ser afetados por conta disso. 

‘’Volto a afirmar ao torcedor: tenham um pouquinho de calma, vamos recuperar a confiança da seleção brasileira, temos jogadores de muito bom nível, que jogam nos maiores clubes do futebol europeu, assim como também do futebol brasileiro, esses jogadores daqui a dois anos não tenho receio em afirmar que teremos uma seleção equilibrada, agressiva como o torcedor quer’’ continuou Dorival. 

Vini Jr na seleção

Com 24 anos, Vinicius Jr é convocado para a seleção principal desde 2019. Participando de 34 partidas e somando cinco gols na seleção Brasileira. 


Vinicius Junior na seleção(Foto: Reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)

Durante a Copa América desde ano, última competição disputada pelo País, o ex-Flamengo marcou dois tentos na vitória contra o Paraguai na fase de grupos. Por conta do acúmulo de cartões amarelos, o camisa 7 tomou suspensão e ficou de fora da partida das quartas de finais que resultou na eliminação do Brasil. 

A seleção retorna aos gramados nesta terça-feira (10), contra o Paraguai pela oitava rodada das Eliminatórias da Copa de 2026. A partida que acontecerá em Assunção e terá início às 21h30, no horário de Brasília. 

Brasileiros enfrentam aumento de R$ 100 bilhões na conta de energia em 2024

A conta de luz ficará mais cara para os brasileiros em 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5), pela a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). As informações liberadas indicam que os consumidores deverão pagar R$ 100 bilhões a mais na conta de luz devido a “ineficiências” e subsídios no setor elétrico. Esses custos extras incluem desde furtos de energia até programas de incentivo, o que coloca o Brasil entre os países com as tarifas mais altas.

Principais causas dos altos custos no setor elétrico

O levantamento realizado pela Abrace aponta que dos R$ 366 bilhões que devem compor os custos totais do setor elétrico em 2024, cerca de 27% estão ligados a subsídios, programas de incentivo e ineficiências. Um dos principais vilões apontados pela entidade é a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por custear incentivos a setores específicos da economia, como a geração de energia em áreas não conectadas ao sistema interligado nacional. Apenas esse subsídio deve onerar os consumidores em aproximadamente R$ 33 bilhões.

Outros programas que geram custos adicionais incluem o Proinfa, um programa de incentivo às fontes alternativas de energia, com R$ 3 bilhões considerados desnecessários pela Abrace, e projetos de pesquisa e desenvolvimento, que apesar de serem importantes para a inovação no setor, têm recursos que não são aproveitados adequadamente, gerando uma ineficiência de R$ 636 milhões.


Furtos de energia são algumas das causas do aumento (Foto: Reprodução/Sirisak Boakaew/Getty Images Embed)


Furtos de energia e inadimplência elevam tarifas

Além dos subsídios, outro fator que impacta diretamente na conta de luz dos brasileiros são os furtos de energia, que representam perdas significativas para o sistema. De acordo com a Abrace, essas perdas não técnicas, somadas a dívidas de consumidores inadimplentes, devem gerar um custo adicional de R$ 2,1 bilhões em 2024. Esses valores acabam sendo repassados aos consumidores regulares, aumentando o preço final da tarifa de energia.

A Abrace também criticou a falta de transparência nos custos relacionados à iluminação pública e sugeriu que o financiamento desse serviço seja realizado pelas prefeituras, utilizando receitas provenientes de tributos municipais, e não repassados aos consumidores por meio da conta de luz.

O que está por trás do aumento

Os gastos elevados e as ineficiências no setor elétrico brasileiro estão entre os principais fatores que aumentaram as tarifas de energia. Outros problemas, como furtos de energia e inadimplência, somam R$ 2,1 bilhões em perdas, repassadas para consumidores regulares.

Esses custos, somados à tributação de R$ 21,5 bilhões aplicada sobre os encargos e ineficiências, agravam ainda mais o valor final das contas de luz, colocando o Brasil entre os países com as tarifas de energia mais altas do mundo. Esses fatores combinados contribuem para o aumento significativo na conta de luz em 2024, dificultando ainda mais a vida dos brasileiros.

Uso de VPN para acessar o X pode comprometer sua privacidade e segurança digital

Desde a suspensão do X, antigo Twitter, muitos usuários começaram a procurar outros meios de acessar a rede social no Brasil. Entre as opções mais populares está o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que permitem contornar bloqueios geográficos digitais, podendo acessar conteúdos que não estão disponíveis no seu país, como catálogos de Streaming. No entanto, além da multa diária de R$ 50 mil estabelecida pela Justiça, especialistas alertam que o uso dessas ferramentas pode representar sérios riscos à cibersegurança, expondo dados pessoais e dispositivos a ameaças virtuais.

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como funciona e quais são as desvantagens da VPN

Mesmo com as ameaças de multa, muitos usuários optaram por arriscar a privacidade e a segurança em busca de manter o acesso à plataforma utilizando VPNs.

O significado de VPN é “Virtual Private Network” ou “Rede Privada Virtual” em português, e servem para ultrapassar bloqueios geográficos ao mascarar o endereço IP do usuário. Embora o uso de VPN possa parecer uma solução rápida e eficiente para contornar o bloqueio do X, especialistas em cibersegurança alertam para os perigos que essa ferramenta pode representar. Wanderson Castilho, especialista em segurança digital, explica que o uso de VPNs pode expor os usuários a vulnerabilidades se o serviço escolhido não for confiável. “Se a VPN estiver mal configurada ou se o provedor não oferecer garantias de segurança, os dados do usuário podem ser interceptados por hackers ou terceiros mal-intencionados”, afirma Castilho.

Além disso, a segurança dos dispositivos pode ser comprometida caso a VPN utilizada contenha malwares ou outros tipos de ameaças. Mesmo com uma VPN ativa, clicar em links suspeitos ou baixar arquivos infectados pode expor o usuário a ataques cibernéticos. Vale ressaltar que, embora as VPNs ofereçam um grau de anonimato, elas não garantem proteção completa contra a instalação de vírus ou ataques de Pishing, quando criminosos tentam obter acesso a dados confidencias, como senhas e contas bancárias. A recomendação dos especialistas é escolher um serviço de VPN com reputação sólida no mercado, além de manter práticas seguras de navegação e proteção com antivírus.


Uso de VPNs aumentou exponencialmente após o bloqueio do X (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Aumento no uso de VPNs no Brasil após o bloqueio do X

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no país após a plataforma não cumprir ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil. O uso de VPN para acessar a rede social pode acarretar uma multa diária de R$ 50 mil, conforme determina a ordem judicial. No entanto, ainda há incertezas sobre como essa penalidade será aplicada, já que a fiscalização de tantos usuários e o monitoramento das tentativas de acesso são desafios difíceis de controlar.

Atacante do Flamengo está de volta à Seleção Brasileira

Após um tempo sem estar disputando jogos com a equipe canarinho, o atacante Pedro, do time de Tite, retorna a seleção de Dorival para enfrentar o Equador e o Paraguai nas Eliminatórias da Copa de 2026. Ele estava sem jogar pela Seleção Brasileira desde junho do ano passado, quando disputou alguns amistosos contra a Guiné e Senegal, a qual ainda se tinha Ramón Menezes comandando.

Disputa pela posição

Nesse retorno, o jogador é uma das opções de ataque da equipe, frente antes ocupadas por jogadores como Richarlison, Gabriel Jesus. Agora a disputa pela posição é com Endrick, que recentemente começou a jogar no Real Madrid. Em entrevista coletiva, o jogador do Flamengo citou:

É bom para a seleção ter grandes jogadores, grandes nomes para ocupar o cargo dentro do campo. É bom ter essa disputa não somente entre eu e o Endrick, mas todos que vão estar em campo para ajudar a seleção brasileira.

Pedro elogiou o jogador Endrick, dizendo que para ele é um grande jogador e que todos sabem da qualidade e o quanto é letal perto da área. O jogador também disse estar animado para crescer junto com o atleta do Real Madrid e para se ajudarem, o que pode render ótimos resultados para a seleção.

O atleta do Flamengo ainda ressaltou que é paciente quanto a ter oportunidades pra jogar e, por esse fato, teria conseguido chegar até a Copa de 2022. Ele teve que lidar com processos complicados na caminhada ate lá e, consequentemente, com trabalho e dedicação, chegou até a Seleção. Para ele, a espera é importante para a chegada desses grandes momentos.


Pedro em jogo do Brasil contra a Croácia (Foto: Reprodução/ Laurence Griffits/Getty Images Embed )


Mais disposto

Pedro informou que se sente mais preparado do que na Copa de 2022. Segundo ele, o fato de ter tido mais oportunidades quando o técnico atual assumiu, gerou uma melhora no ritmo a qual acabou colaborando na prática do seu rendimento.

A Seleção Brasileira volta a campo para enfrentar Equador, no dia 6 de Setembro, e depois jogará contra o Paraguai, no dia 10 de Setembro, ambas partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Palmeiras tenta acabar com pior sequência do ano como visitante

Após dois meses sem vencer fora de casa, o Palmeiras se prepara para um confronto decisivo que pode marcar a virada em sua temporada. A equipe, que já foi considerada uma das mais fortes do campeonato, enfrenta um momento desafiador, acumulando uma sequência de resultados negativos que preocupa tanto a comissão técnica quanto a torcida.

Últimas rodadas 

A última vitória do Verdão como visitante ocorreu em agosto, e desde então, o time tem enfrentado dificuldades em manter a consistência nas partidas fora de casa. Essa sequência desastrosa inclui derrotas e empates que não apenas afetaram a posição do Palmeiras na tabela, mas também abalaram a confiança dos jogadores. O técnico, ciente da pressão que recai sobre seus ombros, tem trabalhado intensamente para reverter essa situação.

O próximo jogo será crucial para o Palmeiras, que precisa urgentemente de um resultado positivo para mudar o panorama atual. A equipe tem se preparado com treinos intensivos e sessões focadas na recuperação da autoconfiança dos atletas. O retorno de jogadores-chave que estavam se recuperando de lesões pode ser uma luz no fim do túnel. A expectativa é que esses atletas possam trazer não apenas habilidade técnica, mas também liderança dentro de campo.


Raphael Veiga e Igor Jesus durante jogo de ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores, no Nilton Santos (Foto: reprodução/Cesar Greco/Palmeiras)

Além disso, a torcida palmeirense tem demonstrado um apoio inabalável, mesmo diante das adversidades. Os torcedores acreditam que a equipe ainda pode se recuperar e lutar pelos objetivos traçados no início da temporada. A união entre jogadores e fãs será fundamental para superar esse jejum e retomar o caminho das vitórias.

Força da torcida 

A pressão é alta, mas o Palmeiras está determinado a deixar para trás essa fase negativa. Com foco e determinação, o clube busca não apenas quebrar o jejum de dois meses, mas também reverter sua pior sequência como visitante do ano. Para isso, será necessário um desempenho sólido e estratégico na próxima partida.


Flaco López comemorando gol contra o Atlético-GO, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro (Foto: reprodução/Cesar Greco/Palmeiras)

Com a esperança renovada e a força de sua torcida ao lado, o Palmeiras entra em campo com um só objetivo: vencer e voltar a ser protagonista no campeonato. O desafio está lançado e todos os olhos estarão voltados para ver se o Verdão conseguirá retomar seu lugar de destaque no futebol brasileiro.

Agronegócio mundial enfrenta ameaças devido a eventos climáticos extremos

O agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, está sofrendo com as mudanças climáticas, secas severas, ondas de calor intensas e enchentes devastadoras que estão deixando um rastro de prejuízos bilionários. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que, nos últimos 30 anos, o mundo perdeu cerca de US$ 3,8 trilhões em produção agrícola e pecuária por conta dessas catástrofes climáticas. No Brasil, esses impactos estão cada vez mais visíveis, afetando não só a produção, mas também a segurança alimentar e a economia do país.

Incêndios criminosos e desmatamento

Além das perdas financeiras, o agronegócio enfrenta críticas por sua contribuição ao agravamento das mudanças climáticas. No Brasil, incêndios criminosos, muitas vezes associados a práticas agrícolas, têm sido apontados como ações coordenadas que intensificam o desmatamento e, consequentemente, aumentam as emissões de gases de efeito estufa. Esses incêndios não estão só destruindo ecossistemas, mas também causam os eventos climáticos extremos, criando um ciclo de destruição ambiental e prejuízos econômicos.

Com as mudanças no clima afetando a agropecuária, os preços de diversos itens e comidas acabam aumentando e afetando o bolso dos brasileiros. Diante desse cenário, a adaptação a eventos climáticos extremos é essencial para manter o funcionamento do agronegócio a longo prazo. Pesquisadores e especialistas defendem a implementação de estratégias colaborativas que possam minimizar os impactos climáticos na produção agrícola. Suely Araújo, coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, destaca a importância de adotar práticas agrícolas de baixo carbono, como plantio direto, rotação de pastagens e integração lavoura-pecuária-floresta, como formas de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.


A agropecuária terá que se reinventar diante das mudanças climáticas (Foto: reprodução/fotokostic/Istock)

Necessidade de adaptação e sustentabilidade

O futuro do agronegócio depende de sua capacidade de inovação e adaptação às mudanças climáticas. Segundo Felippe Serigati, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), embora as mudanças no clima ainda não tenham causado uma queda na produção agrícola mundial, elas já estão afetando a qualidade agrícola de diversas regiões. Algumas áreas terão que se adaptar, cultivando novos tipos de alimentos para garantir a viabilidade econômica e o abastecimento das populações.

“Essas tecnologias já estão disponíveis aqui no Brasil. O nosso desafio, em geral, não é desenvolvê-las, mas sim disseminá-las. Seca, excesso de chuva, geada, não escolhe o tamanho da propriedade, não escolhe se é pequeno, grande ou médio produtor. O que vai diferenciar, por exemplo, é o tipo de tecnologia que aquele produtor consegue adotar”, afirma Serigati.

Essa realidade global mostra a necessidade de tecnologias avançadas que ajudem o agronegócio a se adaptar às novas condições climáticas. A agropecuária, sendo uma grande indústria a céu aberto, é bastante vulnerável aos eventos climáticos extremos e precisaria de uma atenção especial nos próximos anos.

Brasil deve reduzir emissões de gases de efeito estufa em 92% até 2035

O Observatório do Clima propôs para o Brasil, nesta segunda-feira (26), uma meta em reduzir 92% das emissões dos gases de efeito estufa até 2035 em comparação aos níveis de 2005. Essa medida é essencial para o país contribuir de maneira significativa no combate ao aquecimento global e na preservação do meio ambiente, alinhando-se aos objetivos do Acordo de Paris.

O Brasil está diante de um grande desafio para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e contribuir de maneira mais significativa na luta global contra o aquecimento climático. O Observatório do Clima (OC), uma rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira, propôs uma meta audaciosa: uma redução de 92% nas emissões até 2035.


Fumaça encobre o céu, refletindo a urgência na redução das emissões de gases de efeito estufa (Foto: reprodução/ConexaoPlaneta)

Mas por que essa meta é tão importante?

Segundo o OC, atingir essa redução significa que o Brasil deverá chegar à metade da próxima década emitindo, no máximo, 200 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Atualmente o país emite cerca de 2,3 bilhões de toneladas de gases, sendo o sexto maior emissor do planeta.

Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, enfatiza que o custo de não agir será muito maior do que o esforço necessário para essa transição. “Ninguém está sugerindo parar toda a produção de um dia para o outro. O que precisamos é de uma mudança gradual e sustentável”, destaca. Ele também alerta que, enquanto alguns países continuam investindo fortemente em combustíveis fósseis, o Brasil deveria direcionar seus recursos para fontes de energia renováveis.

O que está em jogo não é apenas uma meta nacional


Incêndios florestais no Brasil agravam a crise climática (Foto: reprodução/Alberto César Almeida/AmazôniaReal)

O Balanço Global do Acordo de Paris, concluído na COP28 em Dubai, evidenciou que, se as metas de todos os países fossem cumpridas, o mundo ainda estaria a caminho de um aumento de quase 3ºC na temperatura média global. Para evitar essa catástrofe, o Observatório do Clima propõe que o Brasil adote uma postura alinhada com a meta de limitar o aquecimento a 1,5ºC.

Além da redução de emissões, o Observatório do Clima sugere políticas públicas para facilitar o cumprimento desse compromisso. Entre as propostas estão a diminuição do desmatamento a quase zero, a recuperação de 21 milhões de hectares de vegetação, o aumento do sequestro de carbono no solo por meio de práticas agropecuárias de baixa emissão, e a transição energética dos combustíveis fósseis para fontes renováveis. 

Proposta do Observatório do Clima para o Brasil inclui reduzir desmatamento

A proposta do Observatório do Clima inclui ainda medidas de adaptação, como o desenvolvimento de novos cenários para avaliar riscos climáticos e a inclusão da análise de impacto climático em todo o orçamento público. Além disso, o observatório sugere um diagnóstico abrangente sobre perdas e danos no país, especialmente diante dos eventos climáticos extremos que têm afetado áreas como os recifes de coral, o Pantanal e a Amazônia.

“A justiça climática precisa ser uma prioridade. Enquanto discutimos nossa meta, outros países, como os Estados Unidos, precisam alcançar emissões negativas para compensar seu histórico de emissões”, argumenta Astrini. Ele ainda ressalta que esse cálculo de justiça climática, que determina quanto cada país deve ao clima, é essencial para garantir que todos contribuam adequadamente e resolver o problema global.

Em um momento crítico para o futuro do planeta, as propostas do Observatório do Clima chamam a atenção para a urgência de ações concretas e coordenadas. O Brasil, como um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, tem um papel fundamental na busca por soluções que garantam um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Lula fala sobre Delfim Netto: “Um defensor inabalável das nossas políticas de inclusão”

Nesta segunda-feira, o Brasil perdeu aos 96 anos, Delfim Netto, uma das mentes mais brilhantes e influentes da economia do país, e ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura . presidente Lula, em nota oficial, expressou seu pesar.

O falecimento de Delfim Netto, aos 96 anos, nesta segunda-feira, marca o fim de uma era na economia brasileira. Conhecido por sua sagacidade e visão estratégica, foi uma das principais figuras que moldaram a política econômica do país, especialmente durante o regime militar. Por outro lado, Delfim, nunca deixou de ser uma voz ativa e respeitada, mesmo após deixar o governo, sempre defendendo as políticas de desenvolvimento e inclusão social.


Delfim Netto, falece aos 96 anos, deixa um legado no país (Foto: Reprodução/Youtube CanalUol)

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou seu pesar em nota oficial. Além disso, destacou o quanto Delfim foi um aliado crucial em momentos- chave da política nacional. “Delfim Netto foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social”, afirmou Lula. O presidente reforça a importância do economista não apenas na construção de uma economia mais robusta, mas também na luta por uma sociedade mais justa.


O presidente Lula lamentou profundamente a morte de Delfim Netto (Foto: Reprodução/Tuca Vieira/Folhapress)

Legado de Delfim

Delfim Netto foi ministro da Fazenda de 1967 a 1974, período em que o Brasil vivenciou o chamado “Milagre Econômico”, um crescimento acelerado que trouxe avanços, mas também muitos desafios. Ele sempre buscou equilibrar desenvolvimento econômico com questões sociais, defendendo políticas que reduzissem as desigualdades no país.

Delfim ocupou os cargos de ministro do Planejamento e da Agricultura, mostrando sua versatilidade e compromisso com o desenvolvimento do Brasil em diferentes frentes. Além de sua atuação como ministro, Delfim Netto se destacou como professor, economista e consultor, sendo respeitado por gerações de economistas e políticos.

A morte de Delfim Netto representa a perda de um grande pensador, cuja influência será sentida por muito tempo. O Brasil se despede não apenas de um ex-ministro, mas de uma mente que, ao longo de décadas, contribuiu para a construção de um país mais forte e justo.