Vídeo revela agressão de Sean “Diddy” Combs contra Cassie Ventura em hotel

Um vídeo inédito, exibido nesta terça-feira (13) durante o julgamento federal contra o rapper Sean “Diddy” Combs, escancarou cenas de agressão física contra sua então namorada, a cantora Cassie Ventura, em um hotel da Califórnia. As imagens, gravadas por câmeras de segurança do Hotel InterContinental, em Century City, mostram Diddy perseguindo, puxando e intimidando Cassie em um episódio ocorrido em 2016.

A gravação, com cerca de 15 minutos, foi exibida durante o depoimento de Cassie no tribunal e apresenta detalhes contundentes da violência. Nas cenas, a cantora aparece descalça, vestindo um moletom escuro e carregando uma bolsa ao se dirigir aos elevadores. Poucos segundos depois, Diddy surge vestindo apenas um robe e meias coloridas, corre atrás dela e a arrasta violentamente de volta ao corredor puxando-a pelo capuz.

O vídeo também mostra o momento em que Combs retorna com os pertences da cantora e troca palavras de forma agressiva. Em seguida, um segurança do hotel, identificado como Israel Florez, entra em cena e tenta intervir na situação.

Silêncio Comprado e Novas Revelações

Israel Florez, hoje policial em Los Angeles, prestou depoimento nesta semana e declarou que, na ocasião, encontrou Cassie “assustada e deitada no chão” e foi chamado para atender uma “mulher em perigo”. Ele também afirmou que recebeu uma oferta de suborno de Diddy para não relatar o ocorrido às autoridades.

Além das imagens do circuito interno, outras provas foram apresentadas em tribunal, incluindo registros fotográficos de danos causados ao quarto onde o casal estava hospedado, feitos pela polícia de Los Angeles.

Durante seu depoimento, Cassie Ventura detalhou anos de abusos vividos ao lado do rapper. Segundo a cantora, Diddy a submeteu a festas regadas a drogas e sexo, os chamados “freak-offs”, além de forçá-la a atos humilhantes como violência sexual, banhos forçados com óleo de bebê e episódios de degradação psicológica. “Esse vídeo é apenas um fragmento de uma década de violência”, afirmou Cassie no tribunal.


Ilustração do depoimento de Cassie Ventura (Foto: reprodução/Instagram/@niaspeaksofficial)

Processos e Repercussão

Cassie moveu um processo contra Diddy em novembro de 2023, alegando estupro e múltiplas agressões. O caso foi encerrado por um acordo sigiloso no dia seguinte, mas abriu caminho para investigações federais mais amplas.

Agora, Diddy enfrenta acusações graves na Justiça dos Estados Unidos, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção, e transporte com fins de prostituição. O rapper declarou-se inocente.


Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


A divulgação das imagens e o testemunho do ex-segurança ampliaram a repercussão do caso, que abala a carreira e a reputação do artista. Diversas celebridades e ex-colaboradores já se manifestaram publicamente em repúdio à violência revelada.

Próximos Passos

O julgamento continua nos próximos dias, com novas testemunhas e possíveis revelações. As autoridades federais investigam se outras vítimas poderão surgir e se há uma rede mais ampla de crimes envolvendo o artista.

O caso Diddy se soma a uma crescente lista de figuras públicas enfrentando consequências legais por abuso e violência, em um cenário que reflete maior atenção e intolerância social a práticas de exploração e agressão.

Cassie Ventura relata abusos de Diddy em depoimento

Nessa terça-feira (13), a ex de Sean “Diddy” Combs, a cantora Cassie Ventura, de 38 anos, depôs no tribunal federal de Manhattan. Cassie relatou uma série de abusos físicos, psicológicos e sexuais cometidos pelo rapper durante mais de uma década de relacionamento. Grávida de seu terceiro filho com o atual marido, Alex Fine, ela afirmou que “Diddy” controlava todos os aspectos da sua vida.

Cassie conheceu Combs quando assinou contrato com sua gravadora, em 2005. Ela tinha 19 anos na época, e Diddy tinha 37. Não demorou para iniciarem um relacionamento. A cantora disse ter ficado “encantada” com o estilo de vida do rapper: “foi meu primeiro relacionamento adulto de verdade”, declarou. Mas o fascínio durou pouco. Segundo ela, Diddy se mostrava cada vez mais controlador, e o relacionamento foi marcado por desequilíbrio de poder e violência.

Orgias forçadas e controle total da vida íntima

Segundo a cantora, foi introduzida aos chamados “freak offs”, orgias organizadas por Combs, aos 22 anos. Ele exigia que ela participasse desses eventos, enquanto ele observava pelo FaceTime ou de outro ambiente. Ela declarou ser constantemente forçada a recrutar acompanhantes e aplicar óleo de bebê no corpo para atingir a aparência “brilhante” que Diddy desejava.

Apesar do desconforto, disse aceitar as situações por medo e por ter sentimentos por ele. “Eu só não queria deixá-lo chateado”, contou. E que, para se anestesiar emocionalmente, usava drogas em todas as ocasiões.


Diddy agride Cassie Ventura (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A princípio, Diddy coordenava tudo, revelou Cassie, tanto as reservas de hotel, seleção de parceiros, como orientações específicas sobre como ela deveria se vestir e se portar. Com o passar do tempo, essas funções se tornaram sua responsabilidade.

Com o tempo, virou praticamente um trabalho para mim, então eu sabia que, se fosse algo que ele quisesse que eu fizesse, eu tinha os contatos para organizar, conseguir um quarto de hotel e tudo mais, mas no começo, quem organizou foi o Sean. Ele estava no comando”, testemunhou Ventura.

Agressões físicas, perseguições e medo constante

Em certa ocasião, uma das “freak offs” foi interrompida por um segurança, para avisar que Marion “Suge” Knight, rival de Combs, estava num restaurante próximo. Em seguida, Diddy colocou uma arma carregada na bolsa de Cassie e ordenou que o acompanhasse até o local, deixando-a aterrorizada.

Cassie também relatou episódios graves de agressão, como quando era derrubada, arrastada e chutada. Ela afirmou que chegou a ser mantida acordada por dias seguidos contra a sua vontade, enquanto o rapper decidia o início e o fim dos encontros sexuais.

Ao longo do relacionamento, a cantora era monitorada constantemente. Quando não atendia ao telefone, Diddy ligava insistentemente ou mandava alguém encontrá-la. Convivia com o temor da violência, e isso a impedia de sair da relação:

Eu não sabia se ele ficaria chateado o suficiente para ser violento ou se me descartaria e simplesmente não quereria mais ficar comigo.”

Cassie também relatou o impacto emocional do relacionamento, afirmando que se sentia “fortemente objetificada” e humilhada.

Sean Diddy Combs enfrenta julgamento e pode ser condenado à prisão perpétua

Nesta segunda-feira (05), começa o julgamento do rapper Sean Diddy Combs, após oito meses detido. O cantor foi preso em setembro de 2024, após inúmeros escândalos e acusações envolvendo tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. O empresário alega ser inocente, apesar de todas as acusações que motivaram sua prisão.

O Julgamento de Diddy

Diddy será julgado em Manhattan, nos Estados Unidos. Nesta primeira fase, a Justiça americana inicia selecionando o júri, que começará a ser escolhido às 9h30, no entanto, essa etapa pode durar até uma semana.

O julgamento irá tratar os delitos de tráfico para fins de exploração sexual, como transporte de pessoas, sequestro, suborno e violência. O rapper é acusado por mais de 100 homens e mulheres, por diversos crimes sexuais, entre eles estupro e tráfico sexual. O cantor também enfrenta, inúmeros processos civis, onde as vítimas o acusam de “predador sexual violento”.

O processo criminal possui 14 páginas, a principal acusação investigada, é a suposta responsabilidade de Sean, por promover as chamadas “freak-offs”, festas em que o rapper fazia em uma de suas residências, sob a presença de diversos famosos. De acordo com o documento, mulheres e homens sofriam abuso sexual, por inúmeras pessoas, onde o rapper utilizava drogas e óleo de bebê para aprisionar as vítimas.


Diddy em sua festa anual “White Party” (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)


Os atos também eram filmados, servindo como uma forma de ameaça e impedindo que os envolvidos, especialmente celebridades, denunciassem o ocorrido. Além dos abusos, a festa promovia o uso exacerbado de drogas, onde os convidados utilizavam para se recuperarem da exaustão causada pela festa.

Entenda a acusação

Em setembro de 2024, o rapper americano Sean Diddy Combs, foi preso em Nova York após meses de investigação. Tudo começou quando foi divulgado na Internet um vídeo em que o cantor aparece agredindo sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura. Com muita coragem, a artista decidiu denunciar, abrindo espaço para que outras vítimas também começassem a depor sobre os crimes sofridos.


Cassie Ventura e Diddy (Foto: reprodução/Jeff Kravitz/Getty Images Embed)


De acordo com as denúncias, Diddy vivia constantemente sob o efeito de substâncias ilícitas, e era extremamente violento quando as vítimas o contrariavam. O rapper abusava sexualmente e gravava as violências para coagir e intimidar as vítimas, ameaçando expor ou prejudicar quem tentasse denunciá-lo. Com esse padrão de intimidação e manipulação, o artista teria conseguido evitar consequências legais durante anos, mesmo sendo alvo de acusações graves e recorrentes.

Juiz nega pedido de P. Diddy para investigar vazamentos ilegais

Um juiz federal negou, nesta segunda-feira (16), um recurso do rapper Sean Combs (P. Diddy) para apurar o envolvimento de agentes federais no vazamento de materiais incriminatórios à imprensa. A acusação era de que o governo teria vazado à CNN um vídeo do músico agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura para prejudicar sua reputação.


Rapper Sean Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)


O julgamento

Em entrevista à revista People, o juiz Aron Subramanian disse que Diddy não tem argumentos capazes de sustentar a acusação:

Sobre o vídeo do Hotel Intercontinental, Combs não assumiu seu fardo de provar que o governo vazou à CNN. Ele argumenta que a fonte mais provável de vazamento é o governo, mas não aponta nenhuma base sólida capaz de sustentar esta conclusão

A defesa de Diddy acusou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) de “enfraquecer” o direito do artista a um “julgamento justo”:

Estes vazamentos resultaram em uma danosa e altamente prejudicial cobertura da mídia, que particularmente tornou a investigação sensacionalista e envolveu a família do Senhor Combs

No entanto, os procuradores federais negaram as acusações e afirmaram em uma carta à corte que eles “não tinham acesso às imagens antes da publicação da CNN.” 

O juiz Subramanian concluiu o caso dizendo:

A corte mais uma vez lembra ao governo e seus agentes que se for provada qualquer quebra de informação confidencial, ações serão tomadas. E a corte lembra ao público que se o governo pode provar que Combs é culpado, isso ocorrerá a partir de evidências presentes no julgamento, não em um julgamento de jornais

Imagens vazadas

Esta gravação se refere às imagens de câmeras de vigilância, gravadas em 2016, de um hotel que mostram Sean Combs agarrando Cassie Ventura pelo pescoço, a jogando ao chão, chutando-a e arrastando ela caída pelo corredor.


Imagens de câmera de vigilância que mostram a agressão de Combs. Este vídeo contém cenas fortes (Vídeo: reprodução/X/BNO News)


O vídeo foi vazado pela CNN cinco meses antes da prisão de P. Diddy no dia 16 de setembro, quando foi sentenciado por tráfico sexual, estupro, associação ilícita e promoção da prostituição.

Sean Combs segue preso no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn.

Celebridades envolvidas no Caso P. Diddy

Nas últimas duas semanas, Hollywood e os fãs de música (seja rap, hip-hop, pop, R&B, dentre outros) acompanham um dos casos mais perversos da indústria musical, que alguns já consideram, inclusive, como o escândalo da década.

No dia 17, terça-feira, ocorreu a prisão do rapper e magnata Sean Combs, também conhecido como Puff Diddy, P. Diddy, Diddy, PD e Love. Conhecido pelo descobrimento de nomes como Usher, Notorious BIG e Mary J. Blige, o caso abalou Hollywood por nomes conhecidos pelo público serem citados na acusação contra o rapper, bem como pela gravidade dos crimes descritos no arquivo de acusação.

Documento de acusação

Desde que as investigações contra Sean começaram, a Promotoria de Nova Iorque o prendeu após acusações de tráfico sexual, associação ilícita e promoção de prostituição.

O documento da acusação, que possui 14 páginas, relata que durante décadas Sean ameaçou, abusou e coagiu diversas mulheres e pessoas próximas para que seus desejos sexuais fossem atendidos, bem como para proteger sua reputação e abafar o que cometia; tudo isso fruto do “império musical” que o produtor obteve durante os anos.

Sean declarou-se inocente, e o pagamento de 240 milhões para sua fiança foi negado, fazendo com que este permaneça preso, aguardando seu julgamento. A imprensa conta que, se for culpado pelas acusações acima, Diddy pode ter a pena de prisão perpétua.

Nomes citados no caso

Cassie Ventura: Cassie e Sean se conheceram quando esta tinha 19 anos, e ele 37 anos, e foi contratada sob o selo da gravadora Bad Boy Records, onde Diddy atuava como chefe.


A cantora e compositora Cassie Ventura, ex-companheira de Sean Combs (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Johnny Nunez)


Até 2018, o namoro era repleto de idas e vindas, até que Cassie o acusou formalmente por agressão sexual. Em maio deste ano, um vídeo de Sean agredindo severamente a cantora foi divulgado. Apesar deste processo ter sido resolvido fora do tribunal, uma onda de denúncias de agressão sexual surgiu, fazendo com que novas investigações contra Combs surgissem.

Yung Miami: Rodney “Lil Rod” Jones, antigo produtor e cinegrafista de Diddy, relatou que a rapper, que já foi namorada do acusado, era uma das pessoas que recebiam uma taxa mensal para trabalhar como profissional do sexo de Sean, tendo inclusive alugado um avião para levar drogas para ele.


A rapper Yung Miami (Foto: reprodução/Instagram/@yungmiami305)

Ademais, segundo Rodney, em 2022, a prima da rapper, que não foi identificada no processo, o agrediu sexualmente.

Cuba Gooding Jr.: o ex-produtor e cinegrafista de Sean, Rodney Jones, entrou com uma ação federal contra Gooding em fevereiro desse ano. No processo é relatado que Rodney foi ameaçado, drogado e assediado sexualmente pelo rapper, onde ainda é narrado que Combs e sua equipe estavam se envolvendo com sérias atividades ilegais, abrangendo tráfico sexual e de drogas.


O ator Cuba Gooding Jr. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexander Tamargo)


O caso foi alterado dois meses depois, em abril, agora com 25 páginas adicionais, e um novo infrator: o ator estadunidense Cuba Gooding Jr. Segundo Jones, em 2023 Sean lhe apresentou Gooding em um iate, e sugeriu que deveriam se conhecer melhor, os deixando sozinhos em seguida. Rodney conta ter sido agredido e assediado pelo ator, acusado em 2023 de estupro, tendo entrado em um acordo com a mulher em questão, que não foi identificada.

Artistas que podem surgir no processo

Devido à influência de Sean na indústria da música dos Estados Unidos, seu nome aparece ao lado de grandes celebridades, as quais estão sendo relembradas pela imprensa internacional, por poderem aparecer em algum momento do processo.

Jay-Z: os rappers são amigos de longa data, mas Jay-Z não se pronunciou até o momento, o que foi chamado atenção por 50 Cent e Nicki Minaj.


O rapper e produtor Jay-Z (Foto: reprodução/GettyImages Embed/Michael Loccisano)


Minaj diz que as pessoas querem saber se Jay-Z esteve presente enquanto crianças e adolescentes eram abusados.

Jennifer Lopez: a cantora e atriz esteve em um relacionamento com Sean entre os anos de 1999 e 2001, tendo sido um envolvimento que chamou muito a atenção da mídia, em especial pela prisão de Diddy em 2001, após um tiroteio em uma boate.


A cantora, atriz e dançaria Jennifer Lopez (Foto: reprodução/GettyImages Embed/Emma McIntyre)


No mesmo ano, Thalia Graves denunciou nesta terça-feira (24) que foi drogada e estuprada pelo produtor.

Usher: o artista foi descoberto e apadrinhado por Diddy quando tinha somente 13 anos, mesmo período em que morou com o produtor durante um ano.


O artista de R&B Usher (Foto: Reprodução/GettyImages Embed/Frazer Harrison)


Usher contou em 2004 para a Rolling Stone que Sean o mostrou “coisas doidas” e “declaradamente sexuais”. A casa do rapper era repleta de mulheres e, ao se abrir alguma porta, havia alguém fazendo sexo, ou então uma orgia; o que aconteceria era imprevisível.

Nenhum dos artistas acima pronunciou-se desde que P. Diddy foi preso e acusado pela Promotoria de Nova Iorque.

Sean Diddy é acusado de drogar e estuprar modelo em seu estúdio

Após confessar agressão à ex-namorada Cassie Ventura, no domingo (19), o rapper e produtor musical Sean Diddy é acusado de ter estuprado a antiga modelo Crystal McKinney no seu estúdio em Nova Iorque em 2003.

O caso

Na época, com 22 anos, Crystal era uma modelo de sucesso e conheceu Diddy durante a “Men’s Fashion Week” em Manhattan. Ele a convidou para ir ao seu estúdio e no local consumiram bebidas e maconha. Crystal aponta que se sentiu mal e suspeitou que haviam outras drogas misturadas no cigarro. Afetada pelas substâncias, ela foi levada até o banheiro pelo rapper e forçada a praticar sexo oral, mesmo após negar-se. A ex-modelo afirma que perdeu a consciência devido à violência e, ao acordar do desmaio, estava dentro de um táxi.


Vídeo onde Sean Diddy assume ter agredido ex-namorada (Vídeo: reprodução/Instagram/@diddy)


Acusações

Sean Diddy agrediu sua ex-namorada em 2016, mas o registro das agressões foi mantido em sigilo por anos devido a um pagamento efetuado ao hotel na época do ocorrido. Porém, na sexta-feira (17), as imagens foram divulgadas pela rede de TV americana CNN. Em novembro de 2023, Cassie Ventura abriu processo contra o produtor, alegando que era vítima de abusos desde 2005. Ainda em novembro de 2023, outras duas mulheres também acusaram Diddy de abuso e de forçá-las a ingerir drogas. 

No mês seguinte, em dezembro, outra vítima acusou o rapper de participar de um estupro coletivo contra ela, seguindo o mesmo modus operandi: a jovem afirma ter sido levada ao estúdio, drogada e estuprada. Em fevereiro de 2024, um produtor musical também entrou com uma ação judicial contra Sean, alegando ser vítima de assédio sexual e de ter sido forçado a ter relações sexuais com prostitutas.

Crystal McKinney decidiu expor o ocorrido devido a essas acusações já realizadas anteriormente e o sentimento de que deveria falar abertamente sobre o caso.

Rapper “Diddy” vem a público falar sobre agressão de ex-namorada

“Diddy” usou seu Instagram, neste domingo (19), para pedir desculpas pelas agressões físicas à Cassie Ventura, sua  ex-namorada, dois dias após a CNN ter publicado um vídeo exclusivo de câmaras de segurança de um hotel de 2016, onde o rapper aparece arrastando e agredindo com empurrões e chutes sua ex.

Imagens de vigilância

Nas imagens de vigilância, comparadas com vários ângulos da câmera com data de 5 de março de 2016, aparentemente mostram o rapper, produtor e figurão de negócios durante um incidente que ocorreu no InterContinental Hotel em Century City, Los Angeles, o hotel está fechado hoje em dia. A autenticidade da localização, se deu, com base em fotos do interior do hotel, disponíveis publicamente na internet.

Nas imagens, Cassie sai de um quarto e anda até os elevadores. É possível ver Combs segurando uma toalha na cintura, correndo atrás da ex-namorada, logo após aparece ele a segurando pela nuca e a jogando no chão. Ainda no vídeo, o rapper, que segura a toalha com uma das mãos, se vira e começa a chutá-la.

Num certo momento, Ventura está no chão e Diddy pega uma bolsa e uma mala no chão, se vira novamente e a chuta, deixando ela imóvel no chão.


Vídeo de vigilância mostra Sean ‘Diddy’ Combs agredindo fisicamente a ex-namorada em 2016 (Foto: Reprodução/CNN/Newsource)

O tempo entre os dois chutes, segundo as imagens do vídeo, levaram pouco mais de quatro segundos. Em seguida ele tenta arrastar Cassie pelo moletom e vai embora.

Em seguida ela levanta lentamente, reúne as coisas do chão e pega um telefone na parede do corredor. O rapper, nessa hora, retorna, apenas de toalha e meias. Pelo espelho em frente à câmera dá pra ver Combs empurrando a ex-namorada. Ele ainda se senta em uma cadeira e joga um objeto de uma mesa com força em direção dela. Diddy ainda pode ser visto se afastando e se virar para Cassie, mas a porta do elevador se abre e alguém parece sair.

O que diz a promotoria

O Procurador do Condado de Los Angeles emitiu uma nota, nesta sexta (17), sobre o vídeo de 2016.

Na declaração, ele alega que está ciente do vídeo que foi publicado, supostamente mostrando Sean Combs agredindo uma mulher em Los Angeles. O procurador diz que o departamento achou as imagens um tanto perturbadoras e “difíceis de assistir“.

Disse também, que infelizmente, se a agressão ocorreu em 2016, não se pode indiciar, pois o ato teria sido praticado além do prazo em que um crime como esse pode ser processado. As autoridades não formularam nenhum caso contra o Sr. Combs, referente a esse vídeo, mas pedem para qualquer um que tenha sido vítima ou que tenha testemunhado um crime, que denunciem às autoridades ou até mesmo entrem em contato através do Escritório de Serviços às Vítimas.

Já a Polícia de Los Angeles disse que está “ciente do vídeo”, porém não existe uma investigação formal envolvendo o Rapper.

Um representante dos Hotéis InterContinental disse que o hotel, que aparece no vídeo, já não é mais administrado pelo IHG e que não têm mais acesso aos registros e filmagens do local.


Sean “Diddy” Combs se desculpa por agressão à ex-namorada (Video: Reprodução/Instagram/@diddy)


“Meu comportamento naquele vídeo é indesculpável. Assumo total responsabilidade por minhas ações. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora. Fui e procurei ajuda profissional. Comecei a fazer terapia, a ir para a reabilitação. Tive que pedir a Deus por sua misericórdia e graça. Eu sinto muito. Mas estou comprometido em ser um homem melhor a cada dia. Não estou pedindo perdão. Lamento profundamente.”

Transcrição do pedido de desculpas de “Diddy”, divulgado no instagram

O rapper já tinha negado as acusações de agressão da ex-namorada, que foram a razão de uma ação federal já resolvida, que havia sido movida por Ventura e que resultou em um acordo não revelado com o rapper, Cassie não quis comentar o vídeo obtido e divulgado pela CNN.

Rapper Diddy aparece agredindo ex-companheira

Nesta sexta-feira (17), foram divulgadas imagens que mostram o rapper Diddy agredindo sua então namorada, Cassie Ventura, no hall do Hotel InterContinental em Los Angeles (EUA). A gravação, capturada por câmeras de segurança em 5 de março de 2016, foi obtida pela CNN.

O vídeo mostra Cassie indo até o elevador carregando uma mala. Momentos depois, Diddy aparece vestindo apenas uma toalha e corre em sua direção. Ele a segura pelo capuz do casaco, derruba-a no chão e desfere dois chutes na cantora, famosa pelo sucesso “Me & U”. Na sequência, ele pega uma bolsa e a mala de Cassie no chão e a arrasta pelo corredor.

Confira abaixo as imagens:

https://twitter.com/EWagmeister/status/1791527357062496689
Rapper aparece agredindo ex-namorada em hotel (Foto: reprodução/X/@EWagmeister)

A denúncia

As imagens corroboram a denúncia de abuso feita por Cassie em novembro de 2023. Segundo a queixa, Sean ‘Diddy’ Combs estava extremamente embriagado quando socou Ventura no rosto, deixando-a com um olho roxo. Após o incidente, Cassie tentou deixar o hotel enquanto Diddy dormia. No entanto, ele acordou e começou a gritar, seguindo-a até o corredor, onde a violência continuou, como mostrado nas filmagens. Diddy também aparece jogando vasos de vidro na cantora, que estava deitada no chão do corredor.

Além disso, no processo, Ventura afirma que o rapper pagou US$ 50 mil ao hotel para obter as imagens do vídeo. O incidente faz parte de uma série de acusações incluídas no processo de novembro, no qual Cassie afirmou ter sido estuprada em 2018 e submetida a anos de abusos físicos e psicológicos por parte do ex-companheiro.

Outras denúncias contra o rapper estão em investigação

Sean ‘Diddy’ Combs enfrenta, ainda, cinco outros processos civis acusando-o de má conduta sexual e outras atividades ilegais. O rapper de 54 anos nega todas as acusações. Os casos estão agora sob investigação federal nos Estados Unidos, que em abril, chegou a revistar as residências de Diddy na Califórnia e na Flórida.