Furacão Melissa devasta Caribe com ventos de 260 km/h e alerta máximo para Jamaica

O furacão Melissa alcançou a categoria máxima nesta segunda-feira (27), com ventos de até 260 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). O fenômeno avança sobre o Caribe em direção à Jamaica, onde autoridades ordenaram evacuações em áreas costeiras de Kingston e outras regiões. Meteorologistas alertam para risco extremo de inundações, deslizamentos e marés de tempestade, que podem causar destruição generalizada. Haiti e República Dominicana já registraram vítimas e danos severos com a passagem do ciclone.

Jamaica enfrenta evacuações em massa e alerta máximo de emergência

Com a chegada do furacão Melissa à categoria 5, o governo da Jamaica decretou estado de emergência e iniciou evacuações em áreas de alto risco, especialmente nas regiões costeiras de Kingston, St. Mary e Portland. Escolas e repartições públicas foram fechadas, e mais de 800 abrigos foram abertos para receber moradores que vivem próximos ao litoral.

De acordo com o Serviço Meteorológico da Jamaica, a combinação de ventos extremos, chuvas intensas e marés elevadas pode provocar inundações repentinas e deslizamentos de terra nas próximas horas. A primeira-ministra Andrew Holness pediu à população que siga as orientações das autoridades e evite deslocamentos desnecessários enquanto o país se prepara para o impacto direto do furacão.

Meteorologistas afirmam que o Melissa é um dos sistemas mais potentes já registrados na região caribenha nas últimas décadas. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) acompanha a trajetória do fenômeno e alerta que a tempestade deve permanecer intensa enquanto avança sobre o Caribe, representando uma ameaça severa a vidas e infraestrutura.


Furacão Melissa se aproxima da Jamaica após se tornar fenômeno raro (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Governo reforça alerta e prepara resposta humanitária

Com o avanço do furacão Melissa, o governo jamaicano ampliou o plano de emergência e mobilizou forças armadas, equipes médicas e voluntários para atuar nas áreas mais ameaçadas. Abrigos temporários foram equipados com alimentos, água e geradores de energia, enquanto autoridades monitoram o deslocamento do fenômeno em tempo real.

Serviços de transporte marítimo e aéreo foram suspensos, e o fornecimento de energia já apresenta instabilidade em diversas regiões. Especialistas alertam que a intensidade do furacão deve permanecer alta nas próximas horas e que o impacto sobre a infraestrutura local pode ser severo, com risco de isolamento de comunidades e prejuízos econômicos significativos.

IPC confirma fome em Gaza: meio milhão de pessoas em catástrofe alimentar

O Sistema Internacional de Classificação de Insegurança Alimentar, Integrated Food Security Phase Classification (IPC), uma iniciativa envolvendo agências da ONU e ONGs internacionais para analisar situações relacionadas a nutrição e segurança alimentar de populações, confirmou nesta sexta-feira (22) que a região de Gaza está sofrendo com fome extrema — a escala mais grave da avaliação, sinalizando um colapso humanitário que afeta meio milhão de pessoas e exige ação urgente da comunidade global.

O que é o IPC e qual sua importância

O IPC é uma iniciativa apoiada pela ONU e por 19 organizações humanitárias, com o objetivo de mensurar crises alimentares no mundo usando uma escala padronizada de cinco fases — da segurança alimentar (fase 1) até fome ou catástrofe (fase 5). A classificação de fome (fase 5) exige que ao menos 20% dos domicílios enfrentem escassez extrema de alimentos, 30% das crianças sofram de desnutrição aguda e a taxa de mortalidade diária ultrapasse 2 por 10 mil habitantes. O IPC não declara fome oficialmente, mas oferece análise técnica que embasa decisões de órgãos como ONU, governos e ONGs.

Por que Gaza foi classificada como em situação crítica

Segundo o relatório, mais de 500 mil pessoas em Gaza já vivem sob condições de “catástrofe” e fome, especialmente na cidade de Gaza, com projeções de expansão para Deir al-Balah e Khan Younis até o fim de setembro. A situação é impulsionada por quase dois anos de conflito intenso, bloqueios que interrompem a entrada de alimentos, destruição de 98% das áreas agrícolas e deslocamentos em massa. Em julho, mais de 12 mil crianças foram diagnosticadas com desnutrição aguda — o pior número já registrado — e espera-se que mais de 640 mil pessoas enfrentem fome até setembro.


Criança sofre de desnutrição e recebe atendimento em hospital palestino (Foto: reprodução/Hassan Jedi/Getty Images Embed)


A gravidade da crise e o que isso significa

Líderes mundiais como António Guterres declararam que a fome em Gaza é “uma catástrofe man-made” e uma “falha da humanidade”. O alerta técnico do IPC funcionou como marco para intensificar pressões por cessar-fogo imediato, acesso humanitário irrestrito e escalada de ajuda emergencial. No entanto, autoridades israelenses contestam o relatório, questionando metodologia e dados levantados.

Crise humanitária

A confirmação da fome em Gaza pelo IPC representa um apelo urgente — não apenas técnico, mas moral. Fome é evitável, mas exige vontade política, acesso seguro a ajuda e resposta humanitária à altura da tragédia vivida pela população. Cada dia importa.

Tremor de magnitude 4,8 em Portugal relembra pior terremoto do país

Nesta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, um terremoto de magnitude 4,8 atingiu a cidade de Caparica, em Portugal. Toda a costa da cidade sentiu o tremor, que também foi percebido na capital, Lisboa, localizada a apenas 18 quilômetros de distância.

O terremoto teve uma profundidade de apenas 10 quilômetros, o que amplificou sua intensidade. Os dados foram coletados pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), embora o monitoramento na região seja responsabilidade do Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo. Segundo este órgão, não há risco de tsunami associado ao tremor.

Não há notícia de vítimas

Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos materiais significativos causados pelo terremoto. Autoridades locais seguem monitorando a situação e aguardam relatos de possíveis impactos. Moradores da região relataram sentir um forte abalo seguido de pequenas réplicas, mas sem grandes consequências. Especialistas afirmam que novos tremores secundários podem ocorrer nas próximas horas.

Portugal tem um histórico de atividade sísmica. Em agosto de 2024, um terremoto de magnitude 5,4 abalou Lisboa, sendo um dos mais fortes registrados na última década. No entanto, o maior terremoto da história do país ocorreu no século XVIII, quando um tremor de magnitude 9 devastou a capital portuguesa.


Bandeira de Portugal (Foto: reprodução/Image by Ramesh Thadani/Getty Images Embed)


Terremoto do século XVIII

O terremoto de 1755 foi catastrófico. Além dos danos estruturais causados pelo abalo sísmico, a cidade enfrentou tsunamis e incêndios que agravaram a destruição. O desastre durou cerca de seis dias e resultou na morte de mais de 90 mil pessoas. Esse evento foi um marco mundial e levou Portugal a uma extensa reconstrução da capital, praticamente refazendo Lisboa do zero.

Diante dos recentes tremores, especialistas recomendam que a população esteja sempre preparada para emergências. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas e planos de evacuação, especialmente em áreas de maior risco sísmico. O monitoramento contínuo é essencial para minimizar impactos e garantir a segurança dos moradores. O governo português estuda aprimorar sistemas de alerta e reforçar construções para aumentar a resistência a futuros abalos sísmicos.

Brasileiro descreve momentos de terror durante terremoto de magnitude 7,7 em Taiwan

Na manhã desta quarta-feira (3), Taiwan foi atingida por um poderoso terremoto de magnitude 7,7, deixando uma trilha de destruição e gerando pânico entre os residentes locais. Entre aqueles que compartilharam suas experiências angustiantes está Vanderbergh Fernandes, um brasileiro que vive na região há 16 anos.

Em um relato emocionante, Vanderbergh descreveu os momentos de terror que enfrentou durante o tremor. “Foi aquela situação horrível“, disse o pernambucano. Ele destacou que, embora já tenha sentido outros terremotos, este foi o mais assustador, deixando-o com o corpo tremendo de medo.


Brasileiro Vanderbergh Fernandes compartilha detalhes sobre o início do terremoto (Foto: reprodução/G1)

Como tudo aconteceu

Morando no 15º andar de um prédio em Taipei, Vanderbergh explicou como recebeu um alerta via SMS segundos antes do tremor começar. Ele compartilhou que o edifício em que reside possui sistemas de segurança para terremotos, mas mesmo assim o medo era palpável. Contrariando o instinto de fugir para as ruas, ele seguiu as recomendações de permanecer no local, dada a possibilidade de quedas de fragmentos de prédios.

“Primeiro, chegou um SMS, com alerta de terremoto, e, depois de três segundos, começou a tremer. Foi um balanço fraco e depois virou um balanço bem forte, e a gente não conseguia ficar em pé“, relatou Vanderbergh.

Estragos patrimoniais

Durante o tremor principal, que durou cerca de três minutos, Vanderbergh descreveu os danos causados em sua residência, incluindo móveis revirados e objetos lançados ao chão. Apesar do alívio com a diminuição dos tremores, ele expressou preocupação com a possibilidade de réplicas menores.

O terremoto causou graves estragos, com desabamentos de 26 edifícios, a maioria na cidade de Hualien, e deslizamentos de terra sendo registrados. Parte da capital, Taipei, ficou sem energia.

Foi aquela situação horrível. Todos os terremotos, a gente sente e não fica com medo, sente e não fica preocupado. Esse foi o terremoto que me deu mais medo e que me deixou com o corpo tremendo“, afirmou o pernambucano.

A recomendação não é sair correndo nas ruas, tem vídeos de pedaços de prédios caindo na rua. Então, se você sair correndo, é mais perigoso do que você ficar no local esperando o terremoto passar“, contou.

O aviso é que podem ocorrer outros abalos menores, até as placas se acomodarem, mas que não tem chance de ter um terremoto grande. Decorrente à catástrofe, as autoridades japonesas também entram em estado de alerta para possíveis eventos sísmicos durante as próximas horas.

Vulcão na Islândia entra em erupção pela quarta vez desde dezembro e obriga evacuações

Um vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, irrompeu novamente no último sábado (16), marcando a quarta erupção desde dezembro do ano passado. A atividade vulcânica resultou na evacuação de cerca de 700 pessoas, incluindo os frequentadores do popular spa termal Lagoa Azul.

Diante da catástrofe, diversos residentes sofreram perdas e agora aguardam as autoridades monitorarem a situação. A erupção, precedida por aproximadamente 80 tremores de terra, causou uma fissura de três quilômetros de extensão entre as montanhas Stóra-Skógfell e Hagafell.

O Gabinete Meteorológico da Islândia havia alertado sobre a possibilidade de erupção devido ao magma acumulado no subsolo, tornando o evento previsível. No entanto, mesmo com a antecipação, os moradores da vila de Grindavik, próxima ao local da erupção, enfrentam um futuro incerto.


Transmissões ao vivo da área mostraram lava laranja brilhante jorrando das fissuras no solo (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Situação da cidade e população

A cidade já havia sido evacuada devido a terremotos anteriores e agora enfrenta novos desafios, com o governo considerando um projeto de lei para permitir que os residentes vendam suas casas para uma empresa estatal.

Apesar da atividade vulcânica intensa, os voos para o Aeroporto de Keflavik, o principal da Islândia, não foram afetados, permanecendo aberto para partidas e chegadas. No entanto, a cidade de Grindavik foi novamente evacuada, forçando os moradores a deixarem suas casas, ainda se recuperando das erupções anteriores.

Estado emergencial

A polícia islandesa declarou estado de emergência na região, enquanto a autoridade da Defesa Civil enviou um helicóptero para avaliar a extensão da erupção e monitorar a segurança da população.

Apesar dos danos causados pela erupção, incluindo a queima de várias casas em janeiro, os residentes locais demonstram resiliência diante da adversidade, esperando um retorno à normalidade em breve.

A catástrofe fica como lembrete à instabilidade natural da região, deixando cidades vizinhas em alerta constante. Enquanto os evacuados aguardam para retomar suas vidas e rotinas, os residentes da região permanecem apreensivos quanto à futuras erupções.