Renascimento da amarração de suéter, estilo e versatilidade

Amarrar um suéter já dizia muito sobre quem você era: preso à cintura, passava desleixo; jogado sobre os ombros, soava conservador. Hoje, o gesto saiu da sombra da praticidade e virou um truque de estilo deliberado, repetido nas passarelas e nas redes sociais, capaz de transformar qualquer peça em protagonista do look.

Marcas internacionais como Celine e The Attico vêm reinventando a técnica com amarrações inesperadas e cortes pensados para sobreposição, expandindo o repertório para jaquetas, camisas e cardigãs; variações como nós estratégicos, laços soltos ou peças cortadas para drapear mostram que a casualidade pode se tornar sofisticada, alterando silhueta e tom do conjunto.

Amarração de Suéter

A tendência conversa com o universo preppy sem ficar presa a ele; é uma celebração da versatilidade que surge tanto nas ruas quanto nas passarelas. A amarração vira detalhe que muda tudo, acento de cor, ponto de textura ou volume inesperado, e convida a brincar com camadas. Experimente misturar materiais, contrastar cores ou posicionar o nó em lugares inusitados para dar nova vida à referência clássica.


Inspirações do estilo preppy (Foto: reprodução/Instagram/@trendsforstreetstyle)

No carrossel de inspirações, prefira looks que despertem a vontade de experimentar: peças neutras que ganham vida com um suéter amarrado em contraste, jaquetas leves usadas como sobreposição e presas à frente, ou camisas abertas com o suéter por cima, preso na cintura. Mudanças simples na forma de amarrar transformam o visual e tornam o dia a dia mais prático e cheio de personalidade.

Celine e o preppy

Celine é uma casa de moda francesa conhecida por luxo minimalista e silhuetas refinadas. Nos últimos anos a marca voltou a incorporar referências préppy, uniformes escolares, tricôs com gola, blazers estruturados e loafers, preservando ao mesmo tempo, sua estética limpa e atemporal.


Ideias de como usar o estilo preppy no cotidiano (Foto: reprodução/Instagram/belleandbunty)

Misture uma peça icônica de luxo (bolsa estruturada ou blazer de alfaiataria) com itens mais acessíveis (camisa oxford, saia plissada) para alcançar a estética preppy sem exagerar no investimento. Ajuste proporções para seu corpo: preppy moderno é tanto sobre corte quanto sobre composição.


Coleção de 2026 da Celine (Foto: reprodução/Instagram/@celine)

Procure blazers e casacos de corte limpo que valorizem a silhueta com linhas retas e acabamentos discretos; invista em cardigãs e suéteres de cashmere com decote em V para camadas sofisticadas e toque macio; escolha camisas oxford bem tecidas e polos premium que tragam estrutura e durabilidade ao look; opte por loafers e flats de couro com acabamento polido para um equilíbrio entre conforto e elegância; complete com bolsas structured ou mini-cabas em couro de design minimalista que funcionem como peça-chave discreta e atemporal.

Michael Rider estreia na Celine com toque preppy e nostalgia

A Celine ressurgiu nas passarelas, reinventada e cheia de mistérios. Seu novo visual ainda desperta curiosidade e especulações. Depois de seis anos com Hedi Slimane, Michael Rider assumiu o leme criativo. Em Paris, no domingo (06), apresentou sua primeira coleção impactante. A proposta de Rider uniu o legado da marca com seu toque pessoal e ousado.

Hedi Slimane foi responsável por posicionar a Celine logo atrás da Dior e Louis Vuitton em vendas. Durante seu comando, o faturamento da marca mais que dobrou, segundo especialistas do mercado.

Para entender a estreia de Michael Rider, é essencial considerar esse cenário. Em conversa com a imprensa após o desfile, ele afirmou que não busca apagar o que veio antes. Essa continuidade planejada tem tudo a ver com o momento delicado do mercado de luxo.

Entre o clássico e o preppy

O passado icônico da Celine se mistura com a vibe cool e casual das raízes estadunidenses, criando uma fusão de tradição e modernidade que renova o legado da marca. Essa combinação traz uma leveza preppy ao estilo clássico francês sem perder sua elegância inconfundível.


Celine, Verão 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@ffw)

A influência dos anos 1980, com seu sotaque francês, está bem presente na coleção. Inspirada na burguesia parisiense daquela época, a alfaiataria ganha uma abordagem mais relaxada, com calças abaloadas e uma variedade de recursos de styling, como bijoux e lenços. O desfile começa com uma combinação ousada de jeans skinny e blazer oversized, onde o abotoamento alto, deslocado para o lado, cria um desenho inesperado que quebra o convencional. Essa mistura de elementos tradicionais e contemporâneos dá ao verão 2026 um toque fresh e sofisticado.

O desafio da nova Celine

Lançar uma nova fase nunca é simples, especialmente quando a marca ainda depende da imagem dos nomes que já passaram por ela. Hoje, mais do que lançar uma peça marcante, o que realmente constrói relevância é o estilo, a atitude e a forma como o conjunto é interpretado pelo público.


CELINE Printemps 2026 Collection (Reprodução/Instagram/@celine)


Rider parece entender o jogo. Em vez de apostar no impacto imediato, constrói aos poucos um vocabulário visual, onde o conjunto fala mais alto que o brilho de uma peça só. O styling não grita, ele sussurra com intenção, marca território com gestos calculados. A identidade ainda está em formação, mas o terreno já começa a ganhar contornos. Se mantiver o ritmo e a liberdade, o que virá nas próximas coleções pode ser mais do que moda: pode ser o nascimento de uma assinatura. E quem sabe, de um novo clássico.

Hedi Slimane anuncia saída da Celine

Após quase sete anos, a Celine confirma a saída de Hedi Slimane da direção criativa. Durante sua gestão, a marca, parte do conglomerado LVMH, consolidou sua posição no mercado, diversificando sua oferta com o lançamento de linhas masculinas e de beleza.

Impacto na Celine

A Celine destacou o impacto significativo da colaboração com Hedi Slimane em um comunicado oficial, afirmando que os últimos sete anos fortaleceram a marca e criaram uma base sólida para o futuro. A marca reconheceu a contribuição duradoura do diretor para o sucesso da Celine.

Slimane assumiu os cargos de diretor artístico, criativo e de imagem da Celine no início de 2018, após a saída de Phoebe Philo. Antes disso, ele liderou a linha masculina da Saint Laurent até o ano 2000 e da Dior Homme até 2007. Ele retornou à Saint Laurent em 2012 como diretor criativo geral, cargo que ocupou até 2016.


Karl Lagerfeld e Hedi Slimane (Foto: Reprodução/Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images Embed)


Sua estreia para a coleção de primavera/verão de 2019 enfrentou críticas severas, mas rapidamente a audiência foi reconquistada com o estilo da mulher burguesa francesa, que se tornou um sucesso imediato. Essa combinação entre o tradicional e o ousado permitiu que a Celine superasse marcas como a Fendi, com vendas estimadas em € 2,6 bilhões em 2023.

Quando se juntou à Celine, a marca tinha vendas estimadas em 1 bilhão de euros. Na época, Bernard Arnault mencionou que o objetivo era elevar esse número para algo entre 2 e 3 bilhões de euros dentro de cinco anos. Cinco anos depois, em 2023, as vendas alcançaram aproximadamente 2,6 bilhões de euros, de acordo com o HSBC. Isso posicionou a Celine como a terceira maior marca de moda do grupo LVMH, atrás apenas da Louis Vuitton e da Dior.

Sobre Hedi Slimane

Hedi Slimane nasceu em 1968 na capital francesa e é filho de uma mãe italiana e um pai tunisiano. Desde a adolescência, ele começou a desenhar e confeccionar suas próprias peças de vestuário. Influenciado pela profissão da mãe, que era costureira, e por dois tios que eram alfaiates, desenvolveu um forte interesse por moda.

Ao longo de sua carreira, Slimane demonstrou uma habilidade ímpar para conectar moda e fotografia. Seus primeiros trabalhos como fotógrafo já revelavam um olhar aguçado para a estética e um interesse pela cultura jovem. Com o tempo, essa paixão se aprofundou, tornando-se uma parte integral de sua identidade como designer e influenciando significativamente sua visão criativa.

Substituto já anunciado

Logo após o anúncio da saída do designer nesta quarta-feira (2), a marca divulgou que Michael Rider será seu substituto. Michael vem de uma longa jornada na Polo Ralph Lauren e já havia trabalhado para a Celine quando ainda era comandada por Phoebe Philo.

Céline Dion e Lady Gaga preparam surpresa na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

O jornalista francês Thierry Moreau compartilhou em uma plataforma de mídia social que Céline Dion e Lady Gaga estão ensaiando um dueto especial para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Segundo ele, as artistas estão preparando uma versão de “La Vie En Rose”, de Edith Piaf. Além disso, detalhou que Céline Dion usará um traje exclusivo da Dior, adornado com uma capa de penas nas cores rosa e preto.

Lady Gaga e Celine já estão em Paris

A norte-americana e a canadense chegaram em Paris nos últimos dias, alimentando os rumores de que participariam da festa de abertura.

Lady Gaga foi clicada por fotógrafos em passeio pela cidade na segunda-feira (22).


Lady Gaga vista em Paris (Foto: reprodução/MEGA/GC Images)

Já Céline recentemente compartilhou uma mensagem emocional em seu Instagram, celebrando a cidade de Paris com fotos tiradas no Museu do Louvre.

“Sempre que volto a Paris, lembro-me da beleza e da alegria abundantes neste mundo. Amo esta cidade e estou encantada por estar de volta!” , escreveu a cantora.


Celine em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@celinedion)

Familiaridade com “La Vie en Rose”

Lady Gaga já interpretou “La Vie en Rose” anteriormente, notadamente em 2018 para o filme “Nasce Uma Estrela”.

Foi durante uma dessas performances que Bradley Cooper, seu parceiro e diretor do filme, a notou e a escolheu para o papel principal.

Céline Dion também tem uma conexão especial com a música, tendo interpretado “La Vie en Rose” várias vezes. Originária de Charlemagne, Quebec, onde o francês é sua língua materna, a canção tem um significado particular para ela.

Além disso, de acordo com a imprensa francesa e relatado pela Variety, há especulações de que Dua Lipa também possa participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

Segundo informações do The Guardian, Aya Nakamura é uma das artistas francesas mais prováveis a se apresentar na cerimônia.

Celine Beauté: marca lança sua primeira linha de maquiagem

Nesta terça-feira (12), a grife francesa Celine, conhecida pela identidade forte e singular, anunciou o lançamento da sua primeira linha de maquiagens. A coleção Celine Beauté estreia no universo dos cosméticos de luxo já demarcado por Chanel, Dior e Valentino.

A apresentação dos novos batons se deu no último desfile de Outono/Inverno da Celine, na Semana da Moda de Paris. A coleção de roupas assinadas por Heide Slimane, diretor criativo da grife desde fevereiro de 2018, teve muitas modelos com pernas à mostra em seus tradicionais looks clássicos e minimalistas, porém, carimbados de sensualidade e poder.


Intitulada de “Arc de Triomphe”, Celine revelou a coleção donna FW24 inspirada nos anos 1960 para Hedi Slimane (reprodução/Instagram/@amicamagazine)


Coleção disponível em breve

Segundo os portais da marca, os batons da coleção Celine Beauté são uma aposta para o Outono/Inverno europeu e terão acabamento acetinados em todas as 15 tonalidades, das quais duas já possuem nome.

O baton Rouge Triomphe, em um vermelho absurdamente desejável, foi o primeiro a ser apresentado, ao passo que La Peau Nue rose naturel, foi o tom com a qual o as modelos desfilaram para o filme “La Collection de L’arc De Trionphe”.

A coleção de batons poderá ser adquirida pelo público no segundo semestre de 2024 ou início de 2025. A expectativa é que, em cada temporada, a marca adicione diferentes categorias ao portfólio de maquiagem, como lip balms, máscara de cílios, lápis para os olhos, pós soltos e blushes.

Inspiração da coleção

Tanto a coleção de roupas Outono/Inverno como a recém chegada linha de maquiagens compõem uma homenagem a criadora da marca, Céline Vipiana. Conta-se que, em 1971, o carro de Céline quebrou enquanto ela passava pela Place de L’étoile. O infortúnio fez com que a designer observasse ao longe o Arco do Triunfo, com seus padrões arquitetônicos, que logo a inspiraram a criar o monograma da marca. Redesenhado com uma abordagem modernista em 2018 por Heide Slimane, o inconfundível símbolo orna as peças presentes no desfile, que também remetem aos anos 60, a idade de ouro de Céline.