Após fim de semana desastroso, pressão na Ferrari aumenta

O Grande Prêmio do Brasil disputado em Interlagos foi um dos capítulos mais amargos da temporada da Ferrari. O que começou com expectativas de reação acabou em uma das apresentações mais decepcionantes do ano durante o GP de Interlagos, válido pela Fórmula 1. Tanto Charles Leclerc quanto Lewis Hamilton não conseguiram completar a corrida deixando a equipe italiana sem pontos e com o moral abalado. O resultado negativo provocou um forte desabafo de Leclerc, que refletiu o sentimento de frustração e cobrança crescente em torno da equipe. A equipe italiana, símbolo de tradição e paixão no automobilismo, vê sua busca por resultados se transformar em uma corrida contra o tempo e contra seus próprios erros e com fagulhas de crises internas

Decepção que ecoa na temporada

O abandono de Leclerc nas primeiras voltas e os problemas no carro de Hamilton simbolizaram o colapso técnico e emocional da Ferrari em São Paulo. O desempenho foi tão abaixo do esperado que o fim de semana se tornou um ponto de inflexão. O piloto monegasco expressou abertamente sua insatisfação e admitiu que a equipe precisa reagir com urgência. Nos bastidores, o clima também não é dos melhores. A direção da escuderia reconhece falhas na execução e no desenvolvimento do carro, enquanto os engenheiros tentam encontrar soluções em tempo recorde para evitar que a equipe perca terreno na disputa pelo Mundial de Construtores.


Charles Leclerc tem sido alvo de críticas internas nessa temporada (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Hector Vivas)


O desabafo de Leclerc não foi apenas uma reação impulsiva, mas um reflexo do desgaste acumulado ao longo do ano. A Ferrari, que iniciou a temporada com discursos de confiança e promessas de evolução, tem colecionado resultados inconsistentes. A falta de confiabilidade do carro e as falhas estratégicas têm colocado os pilotos em situações cada vez mais complicadas, minando a confiança interna.


Lewis Hamilton convive com fase turbulenta na scuderia italiana (Foto: reprodução/Instagram/@ferrari)


Reação urgente se faz necessária

Restando poucas provas para o fim do campeonato, a Ferrari enfrenta uma de suas maiores provas de resiliência: com o campeonato já centralizado em pilotos de outras equipes (Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen), os ferrarinos seguem decepcionando: Charles Leclerc tem 212 pontos e sete pódios enquanto Lewis Hamilton tem 148 pontos mas ainda não subiu ao pódio pela equipe italiana. Cabe ressaltar que nenhum dos dois venceu sequer uma corrida em 2025 até o momento.

O foco agora está em reconquistar pontos e preservar o segundo lugar entre os construtores, mas o desafio vai além das pistas. A equipe precisa recuperar a harmonia interna, conter a pressão externa e mostrar que ainda é capaz de competir com Red Bull e Mercedes em igualdade de condições.

Leclerc tem assumido a postura de líder dentro da equipe, pedindo união e empenho, mas o tempo é curto. A imagem da Ferrari, construída sobre décadas de glórias, está sendo colocada à prova por uma temporada marcada por falhas mecânicas, estratégias duvidosas e tensões públicas. Em Interlagos, o sinal de alerta foi aceso de vez. A escuderia sabe que mais um tropeço pode transformar a frustração em crise e o sonho de reerguer-se em mera lembrança de um passado distante.

Heptacampeão, Lewis Hamilton segue enviando relatórios para mudanças no carro

Ao final do Grande Prêmio de Cingapura, que ocorreu no dia 05, Lewis Hamilton terminou em oitavo e seu companheiro de equipe Charles Leclerc em sexto. A próxima corrida é nos EUA no fim de semana do dia 17 a 19 de outubro, e o heptacampeão aproveita todas as pausas de uma corrida para outra para passar feedbacks e relatórios para a equipe.

Porém, a estrutura de comando da Ferrari é muito rigorosa. O jornal italiano Corriere della Sera informou que as cartas de Hamilton estariam sendo ignoradas. Entretanto, Lewis é insistente e está sempre buscando o melhor tanto para si quanto para a equipe, portanto, ele enviou um novo relatório detalhado para as lideranças da Ferrari, compostas pelo Benedetto Vigna (CEO), John Elkann (presidente executivo), e Frédéric Vasseur (team principal e gerente-geral).

Carta para as lideranças

Ainda sobre o conteúdo da carta, Hamilton solicita que as revisões nos métodos de trabalho e nos procedimentos adotados nas operações de pista sejam mudados. O piloto acredita que o time perde competitividade por conta da falta de reação rápida a situações decisivas e da grande centralização das decisões técnicas na liderança. 


Melhores momentos do Grande Prêmio de Cingapura 2025 (Vídeo: Reprodução/Youtube/Esporte na Band)

Na última temporada (2024) a equipe Ferrari foi vice-campeã no campeonato de construtores, e na atual temporada está em terceiro com 298 pontos e nenhuma vitória. Já a McLaren conquistou o título de construtores no último GP de Singapura, chegando aos 650 pontos com 12 vitórias. Em segundo lugar, hoje está a Mercedes com 325 pontos e 2 vitórias. Em quarto lugar, a Red Bull está com 290 pontos e 4 vitórias. Portanto, a disputa de vice-campeão de construtoras está aberta e a Ferrari precisa melhorar para conquistar novamente o vice-campeonato de construtores.

Lewis Hamilton e o mau momento na F1

Em conclusão, Lewis Hamilton propõe mudanças para melhoria do carro e seu desempenho, porém, não tem sido uma temporada boa por parte dele também, visto que o piloto ainda não conquistou nenhum pódio pela nova equipe e seu companheiro de equipe Charles Leclerc conquistou 5 pódios.


Post do Lewis Hamilton agradecendo o apoio dos fãs (Foto: Reprodução/Instagram/@lewishamilton)

E a pressão aumenta ainda mais, se pensar que Lewis está próximo de quebrar um recorde negativo. Hamilton nessa temporada disputou 18 GPs e nenhum conseguiu ficar entre os três primeiros, desde que chegou à equipe da Ferrari. A menos que não termine entre os três primeiros no próximo GP dos Estados Unidos, em Austin, ele ultrapassará a marca de Didier Pironi, que resiste há 43 anos. Uma vez que não há evolução no carro e desempenho do piloto, esse recorde pode piorar até o fim da temporada.

Restam 6 corridas, contando com a próxima dos EUA em Austin, no dia 19 de outubro. Depois, México, na Cidade do México, no dia 26 de outubro. Em seguida no Brasil, em São Paulo, no dia 9 de novembro. Volta aos EUA em Las Vegas no dia 22 de novembro. Viajam para o Oriente Médio, o Catar, Lusail em 30 de novembro. E fecham a temporada em Abu Dhabi, circuito de Yas Marina, no dia 7 de dezembro.

 

Charles Leclerc entra no mundo da moda com novo estúdio criativo

Durante as férias de verão da Fórmula 1, o piloto monegasco Charles Leclerc anuncia um projeto paralelo às pistas: um estúdio criativo chamado Sidequest, fundado ao lado do fotógrafo e cineasta Antoine Truchet e do estrategista de marca Nicolas Jayr. Eles criaram o projeto para outros atletas contarem suas histórias dentro do esporte de forma intensa e humana.

Criação do estúdio criativo

A ideia nasceu a partir de uma ideia de Leclerc, que propôs a Jayr um projeto para documentar sua própria rotina. Em 2022, os dois se uniram a Truchet e lançaram a série de vlogs 24 Horas em Mônaco, que retrata o dia a dia do piloto e traz relatos pessoais.

Antoine explica a motivação por trás do projeto:

Atletas como Charles vivem vidas incríveis… muita coisa acontece fora da competição. Então, queríamos mesmo criar um pequeno espaço onde pudéssemos transformar todas as suas buscas paralelas em histórias”

Antoine Truchet.

Anúncio da Sidequest, estúdio criativo de Charles Leclerc, Antoine Truchet e Nicolas Jayr (Vídeo: reprodução/Instagram/@side.quest)


Partindo dessa série inicial, a Sidequest evoluiu para um estúdio que conecta narrativas do esporte, cultura e criatividade, adotando uma estética europeia com alcance global.

Próximos passos da Sidequest

Com sedes em Mônaco e Amsterdã, a Sidequest busca produzir conteúdos autênticos ao lado de marcas e atletas. Segundo Truchet, a ideia é mostrar os esportistas além das competições, destacando seu papel como líderes culturais e fontes de inspiração para jovens.

Como o trio mantém contatos com profissionais das áreas de moda, cinema, design, fotografia, produção e música, eles formam equipes sob medida para cada projeto. O objetivo é trabalhar com parceiros que tenham uma visão própria, valorizem o processo criativo e desejem construir algo genuíno.


Nicolas Jayr, Charles Leclerc e Antoine Truchet para promover o estúdio criativo Sidequest (Foto: reprodução/Instagram/@side.quest)

Leclerc reforça que a Sidequest vai além da sua imagem como piloto, focando na criação coletiva: “Não se trata só de mim como marca, mas do que podemos construir juntos”, afirmou em entrevista à Adweek. Truchet ressalta o desejo de contar histórias que emocionem, enquanto Jayr destaca o diferencial do estúdio na combinação das três perspectivas (atleta, cineasta e estrategista) como base para toda a criatividade.

Hamilton enfrenta crise na Ferrari e admite incertezas

A temporada de 2025 da Fórmula 1 segue acumulando decepções para Lewis Hamilton. No Grande Prêmio da Hungria, disputado neste domingo (3), o heptacampeão mundial terminou apenas na 12ª colocação. Fora da zona de pontuação e longe do desempenho esperado, o britânico vive mais um capítulo difícil desde que ingressou na Ferrari.

Após a corrida, Hamilton falou abertamente sobre sua frustração. Segundo ele, os problemas vão além do que é visto nas pistas. Em entrevista à Sky Sports F1, o piloto de 40 anos foi direto: há questões internas afetando o ambiente da escuderia.

“Quando você tem um sentimento, você tem um sentimento. Há muita coisa acontecendo nos bastidores que não é boa”, afirmou.

Além disso, o britânico chegou a se descrever como “inútil” e sugeriu que talvez a Ferrari devesse procurar um substituto. Apesar das palavras duras, garantiu que ainda mantém o amor pelo automobilismo. No entanto, ao ser questionado sobre o próximo GP, em Zandvoort, entre os dias 29 e 31 de agosto, sua resposta indicou incerteza.

“Estou ansioso para voltar. Espero estar de volta” – disse, sem firmeza.

Por outro lado, o chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, buscou tranquilizar os ânimos. Ele defendeu Hamilton e relativizou a declaração negativa, atribuindo-a ao calor do momento. Segundo o dirigente, o britânico está apenas frustrado, mas continua comprometido com o projeto da equipe.

“Não preciso motivá-lo. Ele está frustrado, mas não desmotivado, sabe? É uma história completamente diferente. Às vezes, logo após a corrida ou após a classificação, a reação está fora do tom”, explicou.

Vasseur também preferiu olhar para os pontos positivos do fim de semana, destacando o bom desempenho de Charles Leclerc no sábado. O monegasco fez a pole position e liderou grande parte da prova, o que indica, segundo ele, que o time está no caminho certo.


Hamilton em entrevista após corrida (Vídeo: reprodução/X/Lewis Hamilton News)

Leclerc perde desempenho após problema no chassi

Enquanto Hamilton teve uma atuação apagada, Charles Leclerc parecia pronto para brilhar. O piloto monegasco largou da pole e controlava a prova até a volta 40. No entanto, o rendimento do carro despencou repentinamente, o que levantou suspeitas de falha mecânica. Após o GP, Leclerc confirmou que a causa foi um problema no chassi.

Pensei que fosse outra questão que havíamos discutido, mas infelizmente era um problema no chassi. Vamos investigar para que isso não aconteça novamente

explicou

A falha se intensificou após a segunda parada nos boxes. Como resultado, o desempenho do carro se deteriorou progressivamente. Com isso, Leclerc foi ultrapassado com facilidade por Oscar Piastri na volta 51. Além disso, perdeu posições para George Russell, da Mercedes, e ainda recebeu uma penalidade de cinco segundos por condução errática.

“Foi algo pontual, então não acho que teremos esse problema de novo. Mas é muito frustrante. Tínhamos o ritmo para vencer, e no final nem chegamos ao pódio”, lamentou.

Durante a prova, o descontentamento de Leclerc também ficou claro pelas mensagens de rádio. Ele chegou a criticar como a equipe lidou com a falha no carro.

“Isso é incrivelmente frustrante. Perdemos toda a competitividade. Vocês só precisavam me ouvir. Agora está simplesmente impossível de dirigir. Será um milagre se terminarmos no pódio”, desabafou.

Por fim, o monegasco cruzou a linha de chegada na quarta colocação. Já a vitória ficou com Lando Norris, que apostou em uma estratégia de apenas uma parada e conquistou sua segunda vitória na temporada. Oscar Piastri e George Russell completaram o pódio.

Expectativa para o retorno em Zandvoort

Com os dois pilotos insatisfeitos e resultados abaixo do esperado, a Ferrari entra na pausa de verão com muitos questionamentos a serem respondidos. A próxima etapa da Fórmula 1 será o GP da Holanda, no tradicional circuito de Zandvoort, entre os dias 29 e 31 de agosto.

A dúvida que paira sobre o paddock é se Hamilton continuará vestindo o macacão vermelho após o recesso. Apesar das falas pessimistas, o chefe Fred Vasseur reforçou a confiança no trabalho da equipe e na recuperação de ambos os pilotos. Se a Ferrari quiser voltar a brigar por vitórias, será necessário não apenas solucionar os problemas técnicos, mas também reconstruir a confiança interna — algo que, neste momento, parece tão danificado quanto o chassi de Leclerc.

Ferrari renova contrato de Vasseur após meio de temporada decepcionante

A Scuderia Ferrari anunciou nesta quinta-feira (31) a renovação do contrato do chefe de equipe Frédéric Vasseur. O comunicado oficial encerra semanas de especulação sobre uma possível troca no comando da escuderia, que vive uma temporada 2025 aquém das expectativas na Fórmula 1.

Temporada irregular e falta de vitórias

A Ferrari ainda não venceu nenhuma corrida em 2025, apesar de ocupar a segunda colocação no Mundial de Construtores. A equipe soma 268 pontos a menos que a líder McLaren, e os resultados inconsistentes do carro SF‑25 têm levantado questionamentos ao longo do campeonato. Lewis Hamilton, contratado com grande expectativa, ainda não subiu ao pódio e foi desclassificado no GP da China por irregularidades técnicas. Além disso, terminou em sétimo no Japão e foi apenas quinto no Bahrein.

Já Charles Leclerc, mesmo com resultados melhores, também sente os efeitos da falta de evolução técnica do carro. Apesar de quatro pódios na temporada, o monegasco não conseguiu brigar diretamente pelas vitórias em nenhuma etapa até o momento.


Modelo SF-25 dirigido por Charles Leclerc no Grande Prêmio da Bélgica 2025 (Foto: reprodução/Nicolas Economou/Getty images embed)


Mesmo diante do cenário adverso, Vasseur vem reiterando que o potencial do carro ainda não foi totalmente explorado. Segundo ele, atualizações técnicas ao longo da temporada devem permitir ganhos graduais de performance.

Especulações e nomes cotados para substituição

Com os resultados abaixo do esperado, surgiram rumores de que a Ferrari poderia substituir Vasseur. Nomes como o de Christian Horner, ex-Red Bull, chegaram a ser especulados na imprensa europeia. No entanto, a renovação de contrato do francês afasta qualquer possibilidade de mudança imediata no comando técnico da equipe.

Segundo bastidores, o bom relacionamento interno com os pilotos e a diretoria, além do histórico de estabilidade administrativa promovido por Vasseur desde 2023, pesaram na decisão de manter sua liderança.

Confiança mantida para o futuro

O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, destacou que a renovação representa confiança nos valores de inovação e consistência defendidos por Vasseur. O chefe francês agradeceu o apoio e afirmou que os últimos 30 meses serviram para estabelecer bases sólidas para o crescimento futuro da escuderia.

Lewis Hamilton também saiu em defesa de Vasseur, destacando que sua decisão de ir para a Ferrari esteve diretamente ligada ao estilo de liderança do dirigente. O heptacampeão afirmou confiar no trabalho da equipe técnica e pediu paciência com os resultados.

A aposta da Ferrari

 A renovação de Frédéric Vasseur sinaliza a aposta da Ferrari na estabilidade como caminho para a reconstrução de sua competitividade.

Apesar do desempenho decepcionante até aqui, a equipe acredita que a continuidade no comando pode ser decisiva para retomar o protagonismo na Fórmula 1 — especialmente com as grandes mudanças de regulamento previstas para 2026.

Ferrari adapta carro para Hamilton e Leclerc foca em desempenho da equipe

Lewis Hamilton ainda não conseguiu se adaptar ao SF-25, carro da Ferrari para a temporada atual da Fórmula 1. Por isso, a equipe vem trabalhando em ajustes técnicos que atendam melhor às preferências do britânico. Ao mesmo tempo, os engenheiros já concentram esforços no desenvolvimento do projeto de 2026, quando o campeonato passará por grandes mudanças nos motores e na aerodinâmica.

Na última quinta-feira (17), a Ferrari realizou testes no circuito de Mugello. O foco foi avaliar uma nova suspensão traseira, que será usada pela primeira vez no Grande Prêmio da Bélgica, entre os dias 25 e 27 de julho. A peça agradou os técnicos e também poderá ser integrada ao modelo de 2026.

Desde sua chegada à escuderia, Hamilton tem solicitado mudanças para tornar o carro mais competitivo. Ele acredita que o atual modelo não oferece condições para disputar o título. Diante disso, a equipe tenta equilibrar os pedidos do heptacampeão com a continuidade do trabalho de Charles Leclerc, que conhece bem o funcionamento da Ferrari. Além das adaptações, a escuderia enfrenta a pressão de rivais como McLaren e Red Bull. A equipe busca soluções que melhorem o desempenho imediato sem comprometer os planos de longo prazo. Assim, a nova suspensão representa um passo técnico importante nesse processo.


Hamilton durante treino da Ferrari (Vídeo: reprodução/X/Scuderia Ferrari)

Leclerc minimiza adaptações para Hamilton e prega unidade na Ferrari

Mesmo com os ajustes voltados ao estilo de Hamilton, Charles Leclerc garante que não há qualquer problema interno. O monegasco afirmou que a Ferrari possui os recursos necessários para desenvolver um carro competitivo e adaptável aos dois pilotos. Ele reforçou que o principal objetivo é entregar um modelo capaz de lutar por vitórias.

Não estou nem um pouco preocupado. Isso é um assunto fora da equipe, mas internamente temos todas as ferramentas para adaptar um carro ao meu jeito ou ao gosto de Lewis — afirmou Leclerc. — Então não acho que esse seja o problema, só quero o carro o mais rápido possível no próximo ano. É exatamente isso que Lewis quer. Onde quer que estejamos no ano que vem, vou configurar o carro da maneira que gosto, e Lewis fará o mesmo

completou

Leclerc destacou o avanço da tecnologia na Fórmula 1. Segundo ele, os engenheiros têm hoje mais opções para ajustar os carros conforme as características de cada piloto. O cenário atual é diferente do que se via há 10 ou 15 anos, quando as limitações técnicas dificultavam esse processo.

Estamos em uma época em que os engenheiros e a tecnologia estão em alta. Precisamos apenas do carro mais rápido. Não é como há 10 ou 15 anos, quando você ficava um pouco preso em uma curva em termos de equilíbrio e não tinha as ferramentas para andar mais rápido. Agora temos esses recursos, então não me preocupo

concluiu

Próximo desafio será em Spa, onde Ferrari testa evolução

O GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, será o primeiro com a nova suspensão traseira no carro da Ferrari. A peça foi aprovada após os testes em Mugello e será observada de perto no circuito belga, conhecido por exigir equilíbrio e desempenho nas curvas de alta velocidade.


Próximo desafio para os pilotos da Fórmula 1 (Foto: reprodução/X/Desacelerando F1)

A equipe espera que a novidade traga resultados já nesta etapa. Além disso, os dados obtidos serão importantes para o desenvolvimento do carro de 2026. A Ferrari deseja antecipar decisões técnicas, aproveitando cada atualização atual como uma base para o novo projeto. Hamilton poderá se beneficiar da mudança, já que a suspensão pode oferecer maior estabilidade e controle. Esses são pontos que ele considera fundamentais para seu estilo de pilotagem. Por outro lado, Leclerc aposta na consistência para manter a Ferrari entre as principais equipes do campeonato.

Com a introdução da nova peça, a escuderia pretende diminuir a diferença para as líderes do grid. O desempenho em Spa servirá como termômetro para as próximas decisões da equipe. Dessa forma, a Ferrari mantém o foco em 2025, sem deixar de olhar para o futuro da Fórmula 1.

‘Não fiz o trabalho corretamente’, diz Leclerc sobre fim de semana apagado

Charles Leclerc teve um fim de semana discreto na Fórmula 1, marcado por um desempenho abaixo das expectativas. O monegasco, que largou da oitava posição após bater no primeiro treino livre (TL1), adotou uma estratégia de duas paradas decisão da equipe que ele questionou, e terminou a prova em quinto lugar. Apesar da insatisfação com a tática escolhida pela Ferrari, Leclerc não fugiu da responsabilidade pelo resultado final.

“No final das contas, não fiz o trabalho corretamente”, declarou o piloto, admitindo culpa pelo desempenho apagado na corrida. Leclerc já havia ressaltado que não busca culpados e voltou a reforçar essa postura: “Realmente não quero falar sobre ‘e se’. No final do dia, não consegui fazer tudo certo.”

Desempenho aquém do esperado

Ao longo do fim de semana, Leclerc demonstrou frustração com o próprio rendimento e com os rumos tomados pela equipe em relação à estratégia. A escolha por duas paradas não trouxe o resultado desejado e comprometeu suas chances de brigar por uma posição melhor no pódio.

Apesar disso, o monegasco procurou manter a análise realista sobre o ritmo da Ferrari em relação às principais concorrentes. Ele destacou que, mesmo com uma estratégia diferente, não é certo que o resultado seria muito melhor.


Charles Leclerc reclamou com estratégia da equipe (Foto: reprodução/Instagram/@charlesleclerc16_italy)


Análise dos rivais

“Acho que a Mercedes provavelmente teve a vantagem neste fim de semana. A Red Bull está consistentemente na frente”, avaliou Leclerc. “A McLaren estava um pouco mais atrás. Acho que estávamos lá com eles. Então, não sei onde teríamos chegado [com a estratégia de uma parada]”, completou.

Atualmente, Charles Leclerc ocupa a quinta colocação no Mundial de Pilotos, com 104 pontos. Já a Ferrari é a terceira no campeonato de Construtores, somando 183 pontos. A equipe busca reduzir a diferença para a McLaren, que ocupa a vice-liderança entre os construtores. As próximas corridas serão decisivas para as aspirações da Ferrari na temporada 2025. Leclerc segue confiante em uma recuperação nas etapas futuras.

No primeiro dia de treino em Mônaco, Piastri colide e Leclerc fecha na ponta, Bortoleto é 14°

Nesta sexta-feira (23), começou o final de semana de uma das corridas mais icônicas e emblemáticas do calendário, o tradicional Grande Prêmio de Mônaco. No primeiro dia de treino em Monte Carlo, o destaque ficou por conta do piloto da casa, Charles Leclerc, além de Oscar Piastri em 2° e Hamilton fechando a dobradinha da Ferrari. Bortoleto com sua Sauber ficou em 14° ao final do 2° treino.

Treino Livre 1

Apesar de uma colisão com Lance Stroll, da Aston Martin, na primeira etapa do treino, o piloto da casa sobrou e terminou na 1ª posição com uma volta de 1m11s964, superando Max Verstappen e Lando Norris.

O incidente envolvendo o monegasco e o canadense foi investigado pelos diretores da prova e constataram que Stroll teve responsabilidade na colisão, já que o mesmo foi avisado pelo rádio que o carro da Ferrari estava próximo.

A punição para o piloto da Aston Martin foi a perda de uma posição no grid de largada. Na primeira sessão, o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto terminou em 18°. 


https://www.youtube.com/watch?v=chi8UZOhxIU&pp=ygUJZ3AgbW9uYWNv
Confira o momento da colisão entre Lance Stroll (Aston Martin) e Charles Leclerc (Ferrari) (Vídeo: Reprodução/YouTube/Esporte na Band)

Treino Livre 2

Já na segunda parte do treino, duas bandeiras vermelhas em apenas 30 minutos de prova: Isack Hadjar e Oscar Piastri acabaram batendo, mas conseguiram retornar às pistas. O piloto inglês Oliver Bearman, da Haas, recebeu uma punição após ultrapassar Carlos Sainz durante uma das bandeiras vermelhas da sessão, o que acarretou a perda de 10 posições no grid de largada, além de 2 pontos da superlicença. 

Leclerc seguia sobrando em relação aos demais pilotos e sua volta de 1m11s355 foi o suficiente para terminar o primeiro dia de treinos na frente do pelotão. Bortoleto, que começou a sessão em 15° lugar, conseguiu ganhar uma posição, terminando o dia em 14° lugar, 2 posições à frente de seu companheiro de equipe Nico Hülkenberg.


– Charles Leclerc, da Ferrari, desfilando em Mônaco (Foto: Reprodução/Glenn Dunbar/getty images embed)


Retrospecto

No mundial de pilotos, a dobradinha da McLaren lidera, com Oscar Piastri a frente com 146 pontos, 13 a menos que Lando Norris, seu companheiro de equipe. O atual campeão mundial Max Verstappen, da Red Bull Racing, está na 3ª posição, com 124 pontos após sua vitória no GP de Emilia-Romagna.

Na última etapa em Monte Carlo, Charles Leclerc conseguiu a sua primeira vitória em casa após pouco mais de 6 anos no grid principal da F1. O maior vencedor do Circuito é o brasileiro Ayrton Senna, detentor do apelido ‘rei de Mônaco’. O Grande Prêmio de Mônaco, disputado entre os dias 23 e 25 de maio, conta com transmissão da Band TV, Bandsports e F1TV.

Confira a programação para o final de semana

Sábado, 24 de maio

Treino livre 3: 08h30 – Bandsports e F1TV

Classificação: 11h – Band TV, Bandsports e F1TV

Domingo, 25 de maio

Corrida: 10h – Band TV e F1TV

GP da Austrália: saiba onde assistir primeira corrida da F1 de 2025

Após dois meses de pausa, a Fórmula 1 está de volta, e a temporada 2025 começa com a tradicional abertura no circuito de Albert Park, em Melbourne, Austrália. O GP da Austrália marca o retorno da F1 ao local que, por questões de logística, vai abrir o campeonato deste ano.

As atividades no fim de semana de corrida começam na quinta-feira (13), e se estendem até domingo (16), com transmissões ao vivo no Brasil pelos canais Band, Bandsports e F1TV.

O GP de 2024 foi um marco para a F1, com Max Verstappen conquistando seu tetracampeonato consecutivo. A Red Bull manteve seu domínio, mas não foi sem desafios. A McLaren, após um jejum de 26 anos, conquistou finalmente o título de equipes, trazendo um novo fôlego à categoria. No GP da Austrália de 2024, a Ferrari brilhou, com Carlos Sainz e Charles Leclerc fazendo uma dobradinha nas primeiras posições, enquanto Lando Norris, da McLaren, completou o pódio.


Carlos Sainz segurando o troféu de campeão do Grande Prêmio da Austrália (Foto: reprodução/Martin KEEP/ AFP/Lance)

Além disso, o evento ficou marcado pelo abandono precoce de Verstappen. O piloto da Red Bull liderava as primeiras voltas quando um problema nos freios traseiros o forçou a deixar a corrida.

Mudanças no Grid e novos desafios

Em 2025, a Fórmula 1 chega com muitas mudanças no grid e uma expectativa ainda maior de competição. As equipes se preparam para um campeonato que promete ser um dos mais equilibrados desde 2021, especialmente com a troca de regulamento que promete mexer com a dinâmica das corridas. Além disso, muitas equipes já começaram a trabalhar no desenvolvimento de seus carros para 2026, quando um novo regulamento entrará em vigor, moldando o futuro da categoria.

Entre as grandes novidades deste ano, destaca-se a estreia de novos pilotos e a volta do Brasil à Fórmula 1 com Gabriel Bortoleto. O campeão da Fórmula 2 de 2024 será titular da Sauber e marcará o retorno do país ao grid da F1 após oito anos de ausência. Outros pilotos também mudaram de equipe, e várias novas figuras surgem no campeonato, incluindo nomes conhecidos e promissores.


Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber, durante os testes de pré-temporada (Foto: reprodução/Giuseppe CACACE/AFP/Lance)

As principais estreias de 2025 incluem:

  • Lewis Hamilton na Ferrari, após 12 anos e seis títulos com a Mercedes.
  • Carlos Sainz se junta à Williams, trazendo sua experiência para a equipe britânica.
  • Esteban Ocon agora será piloto da Haas.
  • Liam Lawson, que assume a vaga de Sergio Pérez na Red Bull.
  • Nico Hulkenberg também faz sua estreia na Sauber.
  • Gabriel Bortoleto, que traz o Brasil de volta ao grid da F1 como piloto titular da Sauber.
  • Oliver Bearman, em sua primeira temporada completa pela Haas.
  • Andrea Kimi Antonelli, promovido a titular pela Mercedes.
  • Isack Hadjar, que agora correrá pela Racing Bulls.

A temporada 2025 também promete ser recheada de estreias emocionantes, com novos carros e duplas de pilotos, além de uma verdadeira corrida de desenvolvimento para definir os campeões.

Programação completa do GP da Austrália

A programação do fim de semana de corrida está definida para os dias 13 a 16 de março, e os fãs poderão acompanhar as atividades ao vivo pelos canais Band, Bandsports e F1TV. Confira os horários:

Quinta-feira, 13 de março:

  • Treino Livre 1: 22h30

Sexta-feira, 14 de março:

  • Treino Livre 2: 2h
  • Treino Livre 3: 22h30

Sábado, 15 de março:

  • Classificação: 2h

Domingo, 16 de março:

  • Corrida: 1h

Em 2024, o pódio final do GP da Austrália contou com a presença de Sainz, Leclerc e Lando Norris, da McLaren, fechando um top 3 surpreendente. A corrida na Austrália se provou um verdadeiro teste de resistência, com várias equipes enfrentando desafios técnicos que mudaram o rumo da competição.

Leclerc testa SF-25 e aposta em 2025 como ano do título

Charles Leclerc mostrou otimismo após o primeiro teste a bordo da SF-25, o carro da Ferrari para a temporada 2025 da Fórmula 1. O monegasco realizou o teste no circuito de Fiorano nesta quarta-feira (19) e destacou que a equipe está no caminho certo para a disputa pelo campeonato mundial.

A Ferrari concluiu mais uma etapa de sua preparação para a próxima temporada, colocando seus pilotos para completar a última atividade de pista antes da pré-temporada no Bahrein. Leclerc, que percorreu cerca de 100 km, aprovou o desempenho do novo modelo, embora tenha expressado o desejo de ter mais tempo para avaliar o carro.

“Gostaria de poder provar mais, especialmente em um primeiro dia como este. O bom é que não houve surpresas negativas”, disse ele à Sky Sports. O piloto ressaltou que os dados coletados durante o teste estavam dentro das expectativas. “Não sentimos nada inesperado, o que é positivo para nós.”

Leclerc projeta 2025 como o ano do título

Em 2024, a Ferrari terminou o Mundial de Construtores em segundo lugar, atrás da McLaren por apenas 14 pontos. No campeonato individual, Leclerc enfrentou altos e baixos ao longo da temporada e terminou em terceiro, a 81 pontos do campeão Max Verstappen.

Para 2025, o piloto de Monte Carlo mantém sua confiança. “Meu desejo de ser campeão mundial é o mesmo, porque amo o que faço”, afirmou. “Amo a Ferrari e quero vencer com a Ferrari. Alcançar um título com a equipe seria algo incrível. Espero que este seja o ano certo”, completou.

Leclerc também falou sobre o trabalho árduo da equipe para se preparar para os testes de pré-temporada no Bahrein. “Todos na equipe se esforçaram muito para garantir que chegássemos aos primeiros testes o mais preparados possível”, disse ele.

Hamilton chega para impulsionar a Ferrari

Leclerc ainda destacou a chegada de Lewis Hamilton à Ferrari, destacando a importância de sua contribuição para a equipe. “Lewis chegou na hora certa, e tem sido incrível em muitas áreas”, afirmou.

O piloto monegasco acredita que a presença de Hamilton trouxe clareza para o direcionamento da escuderia. “A equipe está calma e clara sobre qual direção seguir”, explicou. Leclerc reforçou que a Ferrari não se deixou levar pelo clima de entusiasmo que surgiu após a chegada de Hamilton. “Não fomos afetados por tudo o que aconteceu”, afirmou.


Hamilton realizou seu primeiro treino com a Ferrari (Foto: reprodução/X/@F1)

A SF-25, de acordo com Leclerc, é uma versão melhorada do carro do ano passado, que ainda precisava de ajustes. “Tínhamos um bom carro, mas precisávamos de mais desempenho. Foi aí que focamos neste carro”, concluiu.

A temporada 2025 da Fórmula 1 está prestes a começar. Os pilotos terão a chance de testar os novos carros durante os dias 26, 27 e 28 de fevereiro no Bahrein. A abertura da temporada será no GP da Austrália, marcado para os dias 14 a 16 de março.