Avanço da inteligência artificial expõe desigualdade digital entre Norte e Sul Global

Em menos de três anos, a inteligência artificial (IA) se consolidou como a tecnologia de adoção mais rápida da história, superando marcos anteriores como a internet, o computador pessoal e o smartphone. De acordo com o AI Diffusion Report, elaborado pela iniciativa AI for Good Lab, da Microsoft, mais de 1,2 bilhão de pessoas em todo o mundo já utilizaram ferramentas de IA  um crescimento impressionante que, ao mesmo tempo, escancara uma nova forma de desigualdade tecnológica global.

IA cada vez maior no Norte Global

O estudo revela que o uso de IA no Norte Global é aproximadamente o dobro do registrado no Sul Global. Países como Singapura, Emirados Árabes Unidos, Noruega e Irlanda lideram o ranking mundial, com mais da metade de suas populações economicamente ativas utilizando algum tipo de ferramenta baseada em inteligência artificial. Em contrapartida, em diversas nações da África Subsaariana e do Sudeste Asiático, a taxa de adoção ainda é inferior a 10%. Essa disparidade, segundo o relatório, segue o mesmo padrão observado na disseminação de outras inovações tecnológicas, impulsionada por fatores como infraestrutura, renda e barreiras linguísticas.


O logo do ChatGPT da OpenIA (Foto: Reprodução/ Nikolas Kokovlis/NurPhoto/Getty Images Embed)


A relação entre PIB per capita e uso de IA é direta. Em países com renda acima de US$ 20 mil anuais, a taxa média de adoção chega a 23%, enquanto nas nações mais pobres cai para 13%. Isso significa que quase metade da população mundial ainda não dispõe de infraestrutura básica, como energia elétrica estável, internet de alta velocidade e capacitação digital, para explorar o potencial dessas tecnologias.

Impacto grande no idioma

Outro ponto de destaque no relatório é o impacto do idioma. Em países onde predominam línguas com pouca presença digital  como o Chichewa, no Malawi, ou o Lao, no Laos , o uso de IA é significativamente menor, mesmo em regiões com níveis de renda semelhantes. A escassez de conteúdo online e o baixo desempenho dos modelos em idiomas pouco representados ampliam o fosso digital e limitam o acesso equitativo à IA.

Enquanto Estados Unidos e China concentram 86% da capacidade global de data centers e dominam o desenvolvimento de modelos avançados como o GPT-5 e o DeepSeek V3, outros países menores mostram caminhos alternativos. Singapura e os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, tornaram-se referências em democratização tecnológica, combinando políticas públicas de longo prazo, investimentos em educação digital e infraestrutura de ponta. O resultado é um avanço consistente que demonstra que, com planejamento e inclusão, é possível reduzir as distâncias na corrida global pela inteligência artificial.

Revolução na navegação: OpenAI lança o ChatGPT Atlas, redefinindo a experiência online

A OpenAI agitou o cenário tecnológico nesta quarta-feira (22), ao anunciar o ChatGPT Atlas, um navegador inovador que promete ser a resposta definitiva ao que navegadores estabelecidos como Chrome e Safari não conseguiram se tornar: um assistente conversacional integral. A principal disrupção do Atlas reside na integração nativa e profunda do poder do ChatGPT, eliminando a necessidade de o usuário se desdobrar entre múltiplas abas, ferramentas de busca e a interface de inteligência artificial.

Diferentemente dos gigantes atuais, que evoluíram com foco em velocidade, integração com seus ecossistemas específicos (Google e Apple, respectivamente) e o modelo tradicional de busca, o Atlas foi concebido desde sua fundação tendo um assistente conversacional como seu cerne operacional. A ambição, conforme expressa por Fidji Simo, CEO de Aplicações da OpenAI, é transformar o navegador em um “verdadeiro superassistente”, capaz de entender o contexto único do usuário — considerando histórico, páginas abertas e sessões logadas — para entregar respostas e sugestões em tempo real e altamente personalizadas.

Um assistente autônomo com inteligência contextual e controle de privacidade

Essa inteligência contextual permite comandos que redefinem a interação. O usuário pode, por exemplo, simplesmente solicitar ao assistente que “organize minhas abas” ou que “mostre os sapatos que vi ontem”, e o Atlas executa a tarefa de forma autônoma. Esta capacidade de atuar como um agente, preenchendo formulários, resumindo conteúdos densos ou automatizando fluxos de trabalho, posiciona o Atlas não apenas como um portal para a web, mas como um ambiente de produtividade autônomo.

A OpenAI também abordou as preocupações com privacidade inerentes a essa coleta contextual. O sistema permite ao usuário ativar ou desativar o armazenamento de “memórias”, mantendo o controle sobre o acesso do ChatGPT à sua navegação. Além disso, a empresa garante que, mesmo com a capacidade de aprendizado contextual, o conteúdo da navegação não será utilizado no treinamento de seus modelos de IA, e o tradicional modo anônimo permanece acessível.


Vídeo explicando como vai funcionar o navegador do ChatGPT (Vídeo: reprodução/YouTube/Salada_Tech)

O navegador que desafia Chrome e Safari com linguagem natural

A estratégia da OpenAI é clara: expandir seu domínio para além das aplicações de IA pura, penetrando em um dos mercados de software mais consolidados. Enquanto o Chrome detém a maior fatia do mercado global e o Safari é dominante nos dispositivos Apple, o Atlas desafia o status que com sua proposta de interface baseada em linguagem natural. Inicialmente lançado para macOS, o navegador chega de forma gratuita, com planos de expansão iminente para Windows, iOS e Android. Este movimento sinaliza o esforço da OpenAI em construir um ecossistema completo em torno do ChatGPT, consolidando-se como desenvolvedora de plataformas essenciais para o uso diário.

OpenAI avalia inserir anúncios no ChatGPT e acelera novo ciclo da publicidade digital

A OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, estuda a possibilidade de integrar anúncios em sua plataforma de inteligência artificial. A medida, caso confirmada, pode redefinir o ecossistema da publicidade digital, em um momento em que assistentes baseados em IA começam a substituir os buscadores tradicionais na jornada de consumo.

Cada vez maio a ultilização da IA


Um celular com a OpenAI empresa do Chat Gpt (Foto: Reprodução/Ismail Aslandag/Anadolu/Getty Images Embed)


De acordo com uma pesquisa da Emarketer, o mercado de anúncios em assistentes de IA deve crescer de US$ 1 bilhão em 2025 para US$ 25,9 bilhões em 2029. A tendência reflete a mudança de comportamento dos consumidores, que estão cada vez mais recorrendo à IA para tomar decisões de compra.

Segundo Lucas Reis, vice-presidente de Operações do IAB Brasil e fundador da Trezion AI, esse crescimento é impulsionado pelo papel da IA no momento decisivo da jornada de compra. “O uso de assistentes generativos, como ChatGPT, Perplexity ou Bing, impacta diretamente o ponto de decisão dos consumidores”, afirma.

Dados reforçam essa transformação: 38% dos adultos nos Estados Unidos já utilizam resumos gerados por IA em mais da metade de suas buscas. No setor de varejo, 41% dos consumidores demonstram interesse em recorrer a assistentes digitais para apoiar decisões de compra. Além disso, 47% dos norte-americanos já pedem recomendações diretamente a sistemas de IA, o que significa que a decisão final tende a ser guiada por algoritmos que apresentam um conjunto restrito de opções.

Talvez tenha anúncios no Chat

Um diretor da OpenAI confirmou que a empresa analisa a ideia de incluir anúncios no ChatGPT como alternativa para financiar os altos custos de operação e desenvolvimento. O grande desafio, porém, será equilibrar a monetização com a experiência de uso que tornou a ferramenta popular.


Para Reis, esse movimento marca apenas o início de um ciclo. “Estamos diante do processo mais acelerado da história da publicidade digital. No novo paradigma, ser recomendado por um assistente de IA é mais valioso do que aparecer no topo da página”, conclui.

Esse cenário abre espaço para a chamada GEO (Generative Engine Optimization), nova estratégia de otimização de conteúdo voltada para que marcas sejam priorizadas por modelos de linguagem, em vez de apenas disputarem espaço no topo dos buscadores tradicionais.

ChatGPT pode armazenar informações pessoais de usuários

Se você é usuário antigo do ChatGPT, a ferramenta de inteligência artificial pode guardar mais informações sobre você do que imagina — incluindo detalhes que talvez preferisse manter em sigilo. É possível, no entanto, verificar o que o chatbot sabe e solicitar a exclusão dessas memórias.

Memória do Chat

O recurso de memória do ChatGPT registra trechos de informações compartilhadas nas conversas para oferecer respostas mais personalizadas no futuro. Entre os dados armazenados podem estar profissão, localização, interesses e até preferências de consumo. Em alguns casos, a IA mantém registros mais sensíveis, como questões de saúde, dados familiares ou financeiros — sempre a partir de informações fornecidas voluntariamente pelo próprio usuário.

Quando uma memória é salva, o ChatGPT costuma exibir o aviso “Memória salva atualizada” durante o diálogo. Ao clicar nesse marcador, é possível conferir qual dado foi registrado. A consulta completa, porém, pode ser feita a qualquer momento: basta pedir para que a IA revele o que sabe sobre você.


Tela de início do ChatGPT quando você entra(Foto: reprodução/Smith Collection/Gado/Getty Images Embed)


Antes tinha que pagar, agora é gratuito

Essa funcionalidade, antes restrita a assinantes pagos, agora está disponível para contas gratuitas. Ao listar as memórias, o ChatGPT também oferece a opção de atualizar ou apagar qualquer item. Um exemplo citado por um usuário é a compra de um carro: ao informar que adquiriu um Honda Jazz Híbrido, a ferramenta atualizou o registro e passou a oferecer dicas relacionadas ao modelo.

Embora a OpenAI, criadora do ChatGPT, afirme que a IA não realiza pesquisas externas sobre os usuários, especialistas em privacidade recomendam cautela ao compartilhar informações pessoais nas conversas. Afinal, tudo o que for dito pode ser armazenado e reutilizado posteriormente.

A discussão sobre a memória do ChatGPT também levanta questões regulatórias. Em países como a União Europeia, onde a Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR) é rigorosa, empresas de tecnologia podem ser obrigadas a oferecer mecanismos simples e transparentes para que usuários revisem e apaguem informações armazenadas. A OpenAI já sinalizou que pretende manter a opção de gerenciamento de dados como parte central da experiência.

Para usuários, a melhor prática continua sendo revisar regularmente o que está salvo e evitar inserir nas conversas dados que não gostaria de manter em registro. Assim como em redes sociais e outros serviços online, a privacidade no ChatGPT depende não apenas das políticas da empresa, mas também das escolhas de cada pessoa ao interagir com a plataforma.

ChatGPT poderá criar e preencher planilhas sozinho

A OpenAI anunciou que o ChatGPT ganhará um novo recurso capaz de transformar o uso de planilhas em escritórios e empresas. A tecnologia permitirá que o modelo abra arquivos, preencha dados e até crie relatórios completos, tudo sem a necessidade de um operador humano guiando o processo.

ChatGPT elimina a dependência de softwares tradicionais

Até então, a IA já auxiliava na criação de fórmulas e comandos básicos do Excel, bastava uma descrição simples para gerar as funções automaticamente. Agora, a proposta vai além, o usuário não precisa mais interagir com softwares como Excel ou PowerPoint, já que o ChatGPT conseguirá executar essas tarefas de forma autônoma.

O lançamento representa um avanço na democratização de ferramentas de análise de dados, já que pessoas sem conhecimento técnico poderão gerar resultados profissionais com comandos em linguagem natural. Para empresas, a automação de tarefas repetitivas pode reduzir custos e aumentar a produtividade em larga escala.


OpenAI (Foto: reprodução/Levart_Photographer/Unsplash)

Além da inovação tecnológica, o novo recurso da OpenAI também é visto como um movimento estratégico para competir com as ferramentas tradicionais da Microsoft. Com a capacidade de gerar arquivos compatíveis com Excel e PowerPoint, o ChatGPT dispensa a necessidade de licenças e softwares adicionais.

Avanço facilita o trabalho, mas acende alerta sobre empregos

Reportagens da Wired e Business Standard destacam que a IA também oferecerá suporte interativo, ensinando usuários a navegar por processos mais complexos dentro das planilhas. Essa facilidade promete ajudar tanto iniciantes quanto profissionais experientes, otimizando o fluxo de trabalho em escritórios.

No entanto, especialistas alertam que a expansão da automação trará impactos no mercado de trabalho, principalmente em funções operacionais e analíticas. A tecnologia que facilita a vida de muitos pode, ao mesmo tempo, acelerar a substituição de profissionais por soluções automatizadas.

Com a automação avançando em ritmo acelerado, setores como contabilidade, administração e análise de dados tendem a ser os primeiros a sentir os efeitos. Tarefas que antes exigiam equipes inteiras poderão ser executadas em minutos por assistentes virtuais, exigindo dos profissionais uma reinvenção constante para se manterem relevantes diante de um mercado cada vez mais tecnológico e competitivo.

ChatGPT consome muita água para produzir respostas e imagens

A Inteligência Artificial tem sido um dos principais tópicos de discussões e pesquisas, tanto no mundo profissional, quanto no mundo pessoal. Diversas pessoas estão utilizando estas ferramentas para realizar diversas atividades. Este uso constante está causando um número elevado de litros de água, usados no resfriamento das máquinas necessárias para processarem e aprenderem. Isso gera debates sobre a sustentabilidade relacionados com o uso excessivo de recursos naturais.

O uso de água pela IA

Recentemente, surgiu uma moda na Internet, que tem feito vários usuários utilizarem o ChatGPT: transformar fotos em imagens com um estilo de animação semelhante às animações do Studio Ghibli, uma famosa produtora de filmes animados japoneses, que inclusive já chegaram até a ganhar prêmios do Oscar por algumas de suas produções. Essa trend tem causado muitos acessos e principalmente muitos comandos feitos ao ChatGPT. Esse grande número de acessos faz com que seja necessário mais processamento da ferramenta de IA, o que impacta diretamente no consumo de água.


Mulher segurando celular com foto transformada em estilo do Studio Ghibli (Foto: reprodução/MANAN VATSYAYANA/AFP/Getty Images Embed)


A água é utilizada por empresas de Inteligência Artificial, especialmente a OpenAI, para realizar o resfriamento dos aparelhos que estão ativos e trabalhando para aprimorar e ensinar ao ChatGPT, já que trabalham 24 horas por dia e consomem muita energia. Esse consumo de água acaba sendo muito alto, sendo utilizados cerca de 500ml a cada 20 a 50 perguntas. O consumo para a geração de imagens é ainda maior, pois para gerar uma imagem, o sistema processa um valor de comando equivalente a 20 perguntas. Essas informações vêm de uma pesquisa das universidades de Colorado Riverside e da Texas Arlington, que foi divulgada no final de março.

A Nina da Hora, especialista em IA, afirma que esse problema não é algo exclusivo da OpenAI, mas sim de qualquer empresa que oferece serviço de IA generativa. Ferramentas como Midjourney, DALL·E, entre outras, consomem vários recursos computacionais, a cada vez que uma requisição é feita, e isso impacta diretamente a quantidade de água utilizada para fazer o resfriamento.

No auge dessa nova tendência de geração de imagens, a OpenAI revelou que 1 milhão de usuários acessaram a plataforma em apenas uma hora, gerando 3 milhões de imagens em apenas um dia. É possível calcular, então que apenas nessa ocasião, o gasto de água já foi de aproximadamente 75 mil litros em um tempo de somente 60 minutos.

O impacto da água na IA

É estimado que até 2027, a demanda da IA, ao redor do mundo, cause entre 4,2 a 6,6 bilhões de metros cúbicos de captação de água. Isso equivale à retirada total de água de quatro a seis Dinamarcas o metade do Reino Unido.


Logo do ChatGPT em tela de celular (Foto: reprodução/Abdullah Guclu/Anadolu/Getty Images Embed)


Isso é preocupante, já que a escassez de água doce se tornou um dos desafios mais urgentes da atualidade. Para responder aos desafios hídricos globais, a IA pode e deve assumir responsabilidade social, dando o exemplo ao abordar sua própria pegada hídrica.”, dizem os cientistas responsáveis pela pesquisa.

O professor e especialista em IA, Adilson Batista, diz que análises mais profundas, sobre os impactos do uso de água para a IA, são limitadas pela falta de transparência das empresas. Há pouca divulgação sobre os dados e informações do consumo de água e energia, o que dificulta nas pesquisas e estudos sobre métodos sustentáveis, que causariam um impacto mais positivo no meio ambiente.

Medidas para consumo sustentável

As universidades dos EUA, que fizeram a pesquisa, ainda sugeriram métodos para reduzir o consumo de água como o desenvolvimento de sistemas de resfriamento mais eficientes, mover os data centers para lugares mais frios e a utilização de tecnologias alternativas que consigam reduzir a necessidade de água.


Aplicativo e site do ChatGPT, em telas de um celular e um laptop, respectivamente (Foto: reprodução/JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images Embed)


Também é uma alternativa, o agendamento estratégico de aprendizado da IA, para não sobrecarregar o sistema.

Meta quer superar ChatGPT e OpenAI com investimento de US$ 65 Bilhões em IA

A Meta não está economizando esforços para liderar o mercado de inteligência artificial. Mark Zuckerberg anunciou nesta sexta-feira (23), que a empresa investirá entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões ao longo de 2025 para expandir sua infraestrutura de IA, incluindo a construção de um data center tão grande, que poderia ocupar boa parte de Manhattan, enquanto o resto será destinado à compra de mais de 1,3 milhão de GPUs.

Para Zuckerberg, 2025 será “um ano decisivo” para a inteligência artificial. A Meta AI, que já atende 600 milhões de usuários por mês, terá o objetivo de alcançar 1 bilhão de pessoas no mundo todo.

Big Techs investindo pesado no futuro da IA

A Meta não é a única que quer conquistar uma fatia do mercado de inteligência artificial. A briga pelo controle nunca esteve tão acirrada, e só este mês, Microsoft, Amazon e o projeto Stargate — liderado pela OpenAI em parceria com Oracle, SoftBank e o governo americano — anunciaram investimentos bilionários. Enquanto a Microsoft se comprometeu a gastar US$ 80 bilhões no próximo ano, o Stargate prometeu impressionantes US$ 500 bilhões para expandir a infraestrutura de IA nos EUA, apoiado por Donald Trump.

E no meio disso tudo, a Nvidia continua sendo a grande vitoriosa. A empresa é a maior fornecedora de chips de IA do mundo, e já se posicionou como uma parte muito importe desse cenário, sendo responsável por equipar não só a Meta, mas também outras big techs que não estão poupando esforços para se manter na corrida tecnológica dessa década.

Promessas ambiciosas da Meta

Zuckerberg segue otimista, mas a empresa Meta ainda precisa convencer o público, que já se acostumou a usar outros modelos de inteligência artificial, a usar suas inovações. Transformar o assistente de IA da empresa em líder global até 2025 é uma meta ambiciosa, mas muito possível, considerando que a marca já alcançou cerca de 43% da população mundial com seus aplicativos até agora.


Mark Zuckerberg, CEO da Meta, na posse de Donald Trump em janeiro de 2025 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

O CEO também afirmou que o Llama 4 será o modelo de IA mais avançado do mercado, o que pode soar precipitado, já que a competição está aumentando, e os avanços tecnológicos estão acontecendo em saltos exponenciais, tornando qualquer previsão uma aposta bastante arriscada.


ChatGPT no telefone: novidade promete acessibilidade para quem não tem internet

Se você é um dos entusiastas que adora ficar conversando com as inteligências artificiais, como Gemini, Alexa e Siri, temos novidades. A OpenAI anunciou na última quarta-feira (21/12), um recurso que permite aos usuários dos Estados Unidos ligarem para o ChatGPT por telefone. O serviço é acessado pelo número 1-800-CHATGPT, e oferece até 15 minutos de conversa gratuita por mês, sendo uma alternativa para quem não tem acesso a uma internet rápida, tornando a inteligência artificial mais acessível.

Chat GPT no telefone: como funciona o recurso

Com o número 1-800-CHATGPT, os usuários dos EUA podem conversar com o ChatGPT usando um telefone normal, sem precisar baixar aplicativos ou se cadastrar, tornando-o simples e prático. A novidade é parte da campanha “12 Dias de OpenAI” ou “Shipmas” e foi desenvolvida em poucas semanas, segundo a empresa.

Além disso, o recurso está disponível globalmente pelo WhatsApp pelo número 1-800-242-8478, com uma versão melhorada do GPT-4o mini, que processa as interações em tempo real. Mesmo com essas vantagens, a versão ainda não oferece o mesmo grau de personalização e profundidade como a versão Web, porém é mais acessível.


Open Ai mostrou como o serviço funciona em sua rede social (Vídeo: reprodução/Instagram/@openai)


Privacidade e limitações do ChatGPT no telefone

Antes de começar a usar, os usuários precisam aceitar os Termos de Uso e a política de privacidade da OpenAI. A empresa afirmou que as chamadas feitas não serão usadas para treinar seus modelos de inteligência artificial, mas alertou que os dados podem ser revisados por motivos de segurança, se for necessário. O que ajuda a evitar casos preocupantes, como o do garoto que se suicidou após se apaixonar por uma I.A.

O serviço tem um limite de 15 minutos gratuitos por mês, sendo mais voltado para quem quer experimentar a IA pela primeira vez ou prefere um canal de comunicação mais acessível. Para usar as funcionalidades completas a OpenAI recomenda o uso do aplicativo ou da versão web.

Concorrência acirrada no mercado de IA’s

O anúncio chega em meio a um mercado extremamente competitivo, onde empresas como a Google, Meta e xAI de Elon Musk estão apresentando diversas inovações nessa corrida pela melhor inteligência artificial, desafiando o reinado da OpenAI e seu Chat GPT.

Essa novidade é mais um passo na missão da OpenAI de expandir e tornar sua inteligência artificial mais acessível, utilizando plataformas como o WhatsApp, que alcançam públicos em mercados onde aplicativos de mensagens são dominantes, como América Latina e Índia.

OpenAI firma parceria com Condé Nast: O futuro da inteligência artificial e do jornalismo

Em um movimento que sinaliza uma nova era na relação entre inteligência artificial e jornalismo, a OpenAI, liderada por Sam Altman, anunciou uma parceria com a Condé Nast, a editora por trás de ícones como Vogue e The New Yorker. Este acordo permitirá que os modelos da OpenAI, incluindo o ChatGPT e o protótipo SearchGPT, sejam treinados com conteúdos dessas marcas renomadas


OpenAI destaca a importância da parceria com a Condé Nast. (Foto: Reprodução/IAm/Divulgação)

A parceria entre a OpenAI e a Condé Nast vai além de um simples acordo comercial. Ela representa uma mudança significativa na forma como as empresas de tecnologia e as editoras estão se relacionando. Durante anos, gigantes da tecnologia como o Google dominaram a distribuição de conteúdo na internet, deixando os veículos de mídia tradicionais lutando para monetizar seu trabalho. Agora, a OpenAI, apoiada pela Microsoft, está emergindo como uma nova força nesse cenário, buscando não apenas exibir, mas também aprender com os conteúdos das principais marcas jornalísticas.

Parceria entre Condé Nast e OpenAI

Roger Lynch, presidente executivo da Condé Nast, destacou que esta parceria começa a compensar a perda de receitas que as mídias digitais e impressas vêm enfrentando ao longo da última década. Em um memorando interno, Lynch afirmou que essa colaboração representa uma oportunidade de manter a relevância e a sustentabilidade dos veículos da Condé Nast em um ambiente digital cada vez mais competitivo.

Algumas organizações de mídia, como The New York Times e Intercept, já processaram a OpenAI por questões relacionadas aos direitos autorais de seus conteúdos. O diretor de operações da OpenAI, Brad Lightcap, reconheceu esses desafios, mas reforçou o compromisso da empresa em trabalhar de forma colaborativa com seus parceiros de notícias, garantindo que a IA mantenha a precisão e a integridade das reportagens.

Vogue e sua história que atravessa gerações


Revista icônica Vogue. Foto: Reprodução/ Bmmagazine/@shutterstock

Fundada em 1892, a Vogue começou como uma simples revista semanal de moda e alta sociedade em Nova York, abordando temas como moda, etiqueta e estilo de vida. O fundador, Arthur Baldwin Turnure, idealizou a publicação como um reflexo do estilo e da sofisticação das elites da época.

Em 1909, a Condé Nast adquiriu a revista, e foi sob a liderança de Condé Montrose Nast que a Vogue começou a se transformar no ícone global que conhecemos hoje. Nast viu potencial na revista para expandir seu alcance e influência, e foi responsável por torná-la uma publicação mensal, além de internacionalizar a marca. Sob sua direção, a Vogue passou a enfatizar a fotografia de moda, atraindo alguns dos melhores fotógrafos e artistas da época.

Ao longo do século XX, a Vogue se estabeleceu como a “bíblia da moda”, definindo tendências e influenciando a indústria como nenhuma outra publicação. Editores lendários como Diana Vreeland e Anna Wintour ajudaram a moldar a revista, cada uma trazendo sua visão única.

Hoje, a Vogue continua a ser uma força dominante na indústria da moda, com edições em vários países, com presença digital, e continua a influenciar não apenas o que as pessoas vestem, mas também como a moda é percebida no contexto da cultura global.

Inteligência Artificial no Brasil é tema destaque no 4º Congresso Brasileiro de Internet

Na última quinta-feira (06), durante o 4º Congresso Brasileiro de Internet,  promovido pela Associação Brasileira de Internet (Abranet) em colaboração com o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e a Oficina Consultoria, foi lançada a Consulta Pública sobre Inteligência Artificial no Brasil, com o intuito de ouvir a sociedade para definir que tipo de regulação da inteligência artificial é adequada para o país.

A quarta edição tratou, também, das regulamentações da internet, finanças na modernidade, tecnologia e políticas públicas. O evento foi disponibilizado em diversos canais do YouTube com mais de 8 horas de duração.


Notícias sobre IA (Vídeo: Debate sobre a Inteligência Artificial no Brasil em 2024 / Reprodução/ Abranet)


Carol Conway, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet) e membro do Conselho de Inteligência Artificial e Sociedade (CIAS), explica que não pode haver regulação da Inteligência Artificial sem a participação ampla, geral e irrestrita dos mais variados segmentos da sociedade brasileira.

Com a chegada da Inteligência Artificial generativa, essa tecnologia pode ter um impacto na vida de todos nós. Uma vez que construirmos a resposta sobre o que queremos da IA, iremos então elaborar de forma participativa e aberta o texto legal da possível regulação da inteligência artificial em nosso país.

Todas as contribuições recebidas serão analisadas, tabuladas e enviadas para o Congresso Nacional e outras autoridades. Participe através do site do Conselho de Inteligência Artificial e Sociedade.

Atualizações da Inteligência Artificial

O Brasil lançou a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial em 2021. O documento foi considerado pouco ambicioso e muito superficial diante do grande potencial da tecnologia para o ganho de eficiência na economia e no funcionamento da máquina pública.

Desde março de 2023, quando houve o lançamento da ferramenta mais conhecida por IA generativa, o ChatGPT-4, o debate sobre até que ponto empresas e órgãos públicos podem delegar as decisões a uma máquina foi intensificado.

Regulamentação sobre a Inteligência Artificial

A diretriz do Executivo está sendo revisada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que, em paralelo, elabora o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. É um complemento à estratégia com ações em áreas como saúde, educação e segurança.

No Congresso Nacional, a tramitação do projeto sobre o uso da IA vem sendo liderada pela Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil, no Senado.

O texto prevê diretrizes e limites para uso da IA para utilização de sistemas considerados de alto risco, mas é tímido nas medidas de fomento à inovação. A proposta do Congresso prevê regras para a administração pública, como a exigência de protocolos de utilização que permitam registrar quem utilizou o sistema, para qual situação e finalidade.