Rússia repreende EUA por promessas de sanções à China

Nesta quarta-feira (05), o Kremlin respondeu aos comentários de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos.

Janet Yellen afirmou que Washington não aceitaria que a China aumente suas exportações de bens de “dupla utilização” para a Rússia, e que responderia com sanções.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, considerou o tom de Washington inaceitável.
“Estamos bem cientes de que os nossos camaradas chineses não aceitam tal linguagem, não aceitam tais mensagens e tais ameaças, tais chantagens”, pontuou ele. Peskov também reforçou que Moscou era solidária com Pequim.

O que diz os EUA

Os Estados Unidos bate na tecla que ao oferecer bens com aplicações civis e militares (os chamados de “dupla utilização” por Janet), a China estaria contribuindo com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“A China é o principal fornecedor de ferramentas e maquinário usados em microeletrônica e nitrocelulose, que são fundamentais para a fabricação de munições e propulsores de foguetes, e outros itens de dupla utilização que Moscou está usando para aumentar sua base industrial de defesa”, comentou o secretário de Estado Antony Blinken em abril, quando visitou Pequim.

A fala do secretário reforça as consequências das exportações no “esforço de guerra” da Rússia.

“Fui extremamente clara aos mais altos níveis do governo chinês que isto é algo que não toleraremos e que pretendemos sancionar esta atividade”, disse Yellen sobre as exportações, reforçando que o Tesouro dos Estados Unidos também está bastante preocupado com a relação dos países.

Peskov não baixa a guarda


Secretário de imprensa presidencial russo, Dmitry Peskov (Foto: reprodução/ Embed from Getty Images).


Dmitry não aceitou o tom dos Estados Unidos e expressou a importância da economia chinesa no mundo. “Mesmo os Estados Unidos dificilmente se podem dar ao luxo de falar nesse tom. Talvez nem todos na liderança da América tenham compreendido isto neste momento, mas com o tempo irão compreender”, respondeu duramente o porta-voz.

Peskov afirmou que os chineses não gostam dos pronunciamentos dos EUA e que o Kremlin é solidário e considera “tal tom, tais ameaças, inapropriadas”.

Enquanto a Rússia sofre sanções em quase todo o Ocidente pela guerra com a Ucrânia, a China mantém uma forte relação comercial com o país, estima-se que o comércio bilateral atingiu US$ 240,1 bilhões no ano passado.

Compromisso com a ética: Fabricante do ChatGPT faz ação contra desinformação

Cinco operações secretas focadas em tentativas de influência foram desmanteladas pela OpenAI nos últimos três meses em países como Rússia, China, Irã e Israel. Os produtos de Inteligência Artificial descendentes do fabricante do Chat GPT eram usados com má conduta. 

Relatórios

Após a descoberta do uso indevido de inteligência artificial por países estrangeiros, a OpenAI chegou a bloquear cerca de cinco operações que tinham como objetivo a manipulação de opinião pública ou molde de resultados políticos, dissimulando verdadeiras identidades.  

Com novo relatório do fabricante do famoso chat de inteligência artificial, Chat GPT, a preocupação relacionada ao uso autônomo de plataformas de tecnologias inteligentes ganha mais força, especialmente com o possível papel que tais tecnologias podem desempenhar nas eleições globais programadas para este ano. De acordo com a empresa, foram listadas várias maneiras nas quais usaram ferramentas para enganar pessoas com mais eficácia, todas elas utilizadas por grandes redes de influência. 

São exemplos de tais crimes, o uso de IA na geração de textos e imagens em grandes quantidades e com mínima aparição de erros na linguagem do que aconteceria se fossem escritos apenas por humanos. Apesar do cenário devastador, a empresa ressaltou o equívoco das campanhas relatando não terem conseguindo aumentar de forma significativa seus resultados com os serviços da OpenAI.  


Foto em em Mulhouse, leste francês, onde expõe figuras ao lado do logotipo do ChatGPT (Foto: reprodução/ SEBASTIEN BOZON/ AFP)

As cinco redes encontradas pela empresa incluíam grupos, redes e operações, respectivamente como “Doppelganger” (pró-Rússia), “Spamouflage” (pró-China) e a União Internacional de Mídia Virtual (IUVM). Outras redes também foram apontadas pela OpenAI, a empresa as identificou como vindas da Rússia e de Israel. O novo grupo russo apelidado de “Bad Grammar” pela startup usou modelos de IA da empresa assim como outros, por exemplo o Telegram, em configuração de canal de spam de conteúdo. O grupo anteriormente secreto usou modelos de inteligência artificial para livrar códigos direcionados a automatização de postagens no aplicativo e ainda gerou comentários em russo e inglês para responder tais postagens usando inúmeras contas. Uma delas foi citada pela OpenAI expelindo comentários contra o apoio dos Estados Unidos a Ucrânia: 

Estou farto e cansado desses idiotas com danos cerebrais brincando enquanto os americanos sofrem”, explicitava o texto. “Washington precisa definir suas prioridades ou sentirá a força total do Texas!” 

A OpenAI identificou o uso de inteligência artificial após notar erros comuns de IAs em mensagens, como: “como modelo de linguagem de IA, estou aqui para ajudar”. A startup também salientou o uso de ferramentas próprias para identificar e se defender contra tais campanhas.  

“A história mostra que as operações de influência que passaram anos sem chegar a algum lugar podem de repente despontar se ninguém estiver procurando por elas”, disse Bem Nimmo, pesquisador principal da equipe de Inteligência e Investigações da OpenAI. Ele também reconheceu que podem existir grupos que usem ferramentas que a empresa ainda não tem conhecimento. Plataformas como a Meta Platforms Inc, fizeram divulgações parecidas tempos atrás. A OpenAI também afirmou o compartilhamento de ameaças com colegas do setor e que é parte do seu objetivo realizar trabalhos de detecção.  

O possível perigo das IA’s

Muitas questões sobre o uso de inteligência artificial generativa foram levantadas no último ano e meio, de acordo com BEN Nimmo. Ele ainda acrescentou que com os relatórios entregues sobre a situação atual, lacunas seriam preenchidas.  

O formato de utilizar a tecnologia de ponta para operações de influência onde há tentativas de manipular a opinião pública e resultados políticos se tornou um alvo da startup, considerando seu objetivo inicial com o lançamento das plataformas e ferramentas de IA. Ainda segundo Nimmo, os grupos são diferentes das famosas e frequentes redes de desinformação vinculadas a fake news, pois, muitas vezes promovem informações corretas mas de forma inverídica.  

Por mais que propagandas usem plataformas de mídias sociais há bastante tempo, as ferramentas de IA generativa são novas. A empresa expressou que as operações feitas tiveram ajuda de formatos tradicionais, como textos escritos de forma manual ou até uso de memes nas principais redes de mídia. Algumas redes de influência também utilizaram produtos da empresa para aumentar sua produtividade. 

Thaisa é novidade da seleção brasileira na partida contra o Japão pela Liga das Nações de Vôlei Feminino

Na madrugada desta segunda-feira (27), o treinador Zé Roberto Guimarães determinou as 14 jogadoras que irão ao primeiro jogo da semana da equipe feminina, válido pela Liga das Nações 2024. A partida será nesta terça-feira (28), às 8h30, onde a seleção enfrentará o Japão. Thaisa ficou de fora das quatro primeiras partidas, disputadas no Rio de Janeiro, e foi a surpresa entre as relacionadas para o jogo que será realizado na China. A jogadora de 37 anos estava em tratamento para se recuperar de uma lesão no pé, além de estar tratando também um diagnóstico de dores na região do joelho.

Thaisa até mesmo antes da lesão no joelho, já estava em tratamento para uma ruptura parcial do tendão do pé, bursite, tendinite e edema ósseo. Apesar de todos esses empecilhos, a central chegou a entrar em quadra representando o Minas pela Superliga Feminina de Vôlei, onde conquistou o título desta temporada 23/24.

Em abril de 2024, a jogadora também começou a contar com as dores no joelho esquerdo, dessa forma, a impedindo de participar totalmente dos treinos feitos com a seleção nacional. O técnico Zé Roberto, tratava a situação com muito cuidado e não se estabeleceu nenhum tipo de prazo para que Thaisa voltasse a disputar um jogo oficial. Porém, a hora, é agora.


A seleção feminina está invicta na Liga das Nações. Foto: (Reprodução/Instagram/@daherthaisa)

Além da central Thaisa, outras três atletas foram inscritas para a segunda semana da competição internacional e já estarão disponíveis para Zé Roberto utilizar nas partidas que serão em território chinês. São elas as opostas: Tainara, Helena e Lorenne.

A seleção feminina está invicta na Liga das Nações. Nos quatro jogos disputados em solo carioca, contra Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos e Sérvia, a anfitriã somou quatro vitórias e zero derrotas. O próximo compromisso será contra a seleção japonesa nesta terça-feira, às 8h30 da manhã, em Macau.

Biden volta a taxar centenas de produtos importados da China

Em anúncio oficial para o gabinete do representante de comércio dos EUA, o presidente americano, Joe Biden, voltará a impor tarifas sobre vários produtos importados da China, a ação faz parte de um amplo plano para proteger a fabricação estadunidense e aumentar taxas em setores estratégicos. 

Taxas aumentadas

A medida foi confirmada após o governo dizer que iria quadruplicar as tarifas sobre veículos elétricos importados da nação asiática. Além de outras taxas de importações em diversos produtos como baterias, células solares, semicondutores, produtos médicos e carros elétricos, confira abaixo uma lista das principais alterações: 

  • Veículos elétricos chineses: alíquota quadruplicada, indo de 25% para 100%, ainda em 2024. 
  • Baterias: alíquota das baterias de íons de lítio para veículos elétricos irá de 7,5% para 25% durante esse ano. 
  • Semicondutores: tarifas passarão de 25% para 50% a partir de 2025. 
  • Painéis solares: imposto de importação sobre células solares chinesas irá dobrar, passando de 25% para 50%. 
  • Aço e alumínio: tarifas sobre importações chinesas de aço e alumínio será triplicada ainda neste ano, dos atuais 7,5% para 25%. 
  • Produtos médicos: taxas sobre seringas e agulhas deixarão de ser zerada e saltarão para 50% em 2024. Já para determinadas EPI’s  (equipamentos de proteção individual), incluindo, respiradores e máscaras faciais, as alíquotas que hoje não ultrapassam 7,5% irão para 25% também em 2024. Enquanto isso, tarifas sobre luvas médicas e cirúrgicas de borracha aumentarão de 7,5% para 25% a partir de 2026. 
  • Guindastes Ship-to-shore: a tarifa dos guindastes de uso para carga ou descarga de contêineres em navios aumentará de 0 para 25% em 2024. 

Seagull, veiculo elétrico da marca chinesa BYD(Foto/Reprodução/BYD)

Biden também confirmou que as isenções, tarifarias, programadas para o final deste mês, serão prorrogadas até a data de 14 de junho, assim, permitido um período de transição para aquelas que não serão renovadas. 

Governo chinês responde

Em reposta a ação americana, o Ministério do Comércio da China, informou em um comunicado que a nação está bastante insatisfeita com a decisão tomada pelo governo norte-americano, revelando que tomará firmes medidas para reverter o caso. 

China lança exercícios militares para cercar Taiwan

Nesta quinta-feira (23), a China iniciou a movimentar suas tropas ao redor de Taiwan dias após terem eleito um novo líder já conhecido e odiado por Pequim.

Os exercícios militares começaram na madrugada desta quinta-feira (23) com uma ação descrita pela China como uma “punição” para “atos separatistas”. Isso se refere à posse do novo presidente eleito da ilha autônoma, Lai Chin-te. 

Os países já tinham um histórico de relação desgastada com o passar dos últimos anos e, seu capítulo mais recente é significativo para o novo líder de Taiwan, que defende a democracia mesmo frente a ameaças da potência autoritária vizinha.


China cerca Taiwan após emposse de novo presidente (Vídeo; reprodução/Youtube/CNN)

Exército chinês

A ação começou logo após Lai Ching-te, novo presidente de Taiwan, assumir o cargo e pedir a Pequim que pare com as ameaças contra a região. Em seguida, o Exército de Libertação do Povo Chinês (PTA) afirmou que iniciaram os exercícios militares conjuntos, incluindo o exército, marinha, força aérea e explosivos próximo de Taiwan às 7h da manhã.

 A operação acontece no Estreito de Taiwan (estreita região de água que separa a ilha autônoma do continente chinês) nas regiões norte, sul e leste do território do país e inclui áreas ao redor da ilha controladas por Taiwan como Matsu, Kinmen, Wuqiu e Dongying, segundo o Exército em um comunicado.

Forças militares chinesas geralmente servem tanto para ações domésticas quanto para a sinalização de intenções de maneira internacional. Mídias locais cobriram a movimentação de seus exercícios e os militares compartilharam fotos de seus navios nas redes sociais.


Posse de novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Comunicado do Ministério da Defesa

Uma autoridade tailandesa informou à Reuters que a operação já era antecipada pelo governo local: “É lastimável que a China escolheu o pior cenário possível para destruir a paz regional“, acrescentou o funcionário.

O Ministério da Defesa de Taiwan informou via um comunicado que lançou forças marítimas terrestres e aéreas em resposta à China. O órgão declarou que lamenta as provocações sem sentido e ações que desestabilizam a paz regional. 

Além disso, o gabinete presidencial da ilha comunicou que sentia confiança em sua capacidade de defender a segurança nacional e acusa a China de provocar e ameaçar a liberdade e democracia de Taiwan. 

A motivação

Tudo indica que a posse de Lai no início desta semana juntamente ao fato de que o Partido Democrático Progressista (PDP), com Lai Chin-te, tem seu terceiro mandato histórico faz Taiwan ser percebida como uma nação soberana com uma identidade taiwanesa distinta.

Pequim alertou, antes mesmo de sua eleição, que a possível vitória de Lai inflamaria as tensões entre os países e causaria um conflito. Os taiwaneses decidiram por manter o PDP no poder – embora a advertência chinesa.

Apple lança campanha de descontos na China

Em um movimento de certa forma inédito comparado ao realizado em outros mercados, a Apple lançou uma campanha agressiva de descontos na China, com os preços de seus aparelhos chegando a ter descontos de até 2.300 iuans.

Desconto foi motivado pelo concorrência de rivais locais

O desconto foi motivado pela intenção da gigante do mercado de smartphones de defender sua posição de mercado na China, que é um dos maiores mercados consumidores do mundo, onde enfrenta forte concorrência de rivais locais, principalmente de nomes como Huawei e Xiaomi.

A Apple, que já tinha feito algo parecido em fevereiro, agora retorna com uma campanha mais agressiva. Essa nova campanha vai durar do dia 20 ao dia 28 de maio e deve ser uma porta para alavancar a competitividade da marca no mercado chinês.


Mercado Chinês e um dos principais da marca (Foto: reprodução/AFP/STR/Getty Images Embed)


Descontos chegam a 2.300 iuans para modelos mais avançados

Enquanto na campanha de fevereiro o maior desconto dado foi de 1.150 iuans, na atual os descontos devem chegar até 2.300 iuans, sendo aplicado ao iPhone 15 Pro Max de 1TB, que é o modelo mais avançado da marca. Outros modelos também passam por cortes significativos no valor.

O esforço da marca norte-americana no mercado chinês vem após um aumento da pressão competitiva de outras marcas locais, sendo o movimento mais recente possivelmente motivado pelo lançamento dos novos top de linha da Huawei, o Pura 70.

Se os esforços de fevereiro ajudarem a demonstrar algo, é que a estratégia de descontos pode ajudar a marca a atenuar a desaceleração nas vendas. Apenas no mês de março, logo após a campanha, as vendas da Apple na China tiveram um aumento de 12%, o que representou uma melhora considerável em comparação com os dois primeiros meses de 2024, quando a marca teve uma queda de 37% nas vendas no mercado chinês.

Rayssa Leal vence etapa do Pré-Olímpico de skate da China

Neste domingo (19), a brasileira Rayssa Leal ganhou a medalha de ouro na etapa da China do Pré-Olímpico de skate, competição que vale pontos para o ranking classificatório dos jogos de Paris, a maranhense marcou 274.89 pontos, tirando notas acima dos 90 pontos durante a decisão, as japonesas Liz Akama (273,45) e Coco Yoshozawa (257,73) fecharam o pódio. 

Busca pela vaga

A brasileira de 16 anos, que ficou conhecida pela medalha olímpica de prata na modalidade nos jogos de Tóquio, na ocasião, ainda com 13 anos, se tornando a medalhista mais nova da história do país.  

A vitória do campeonato Olympic Qualifier Series de Xangai deixa a Rayssa em uma situação de tranquilidade para participar dos jogos da capital francesa, atualmente na segunda colocação do ranking mundial, ela segue sendo umas das três classificadas do país, e não a como sair do top-20 do Ranking. 


Rayssa vence em Xangai (Foto: reprodução/Julio Detefon)

Competição em Xangai

Durante as voltas, Rayssa teve um ótimo desempenho em suas duas tentativas, ficando com a nota da segunda, 92.23, seis pontos acima da primeira, a garantindo o primeiro lugar no início da competição. 

Nas Manobras, a brasileira começou fazendo um frontside rockslide, pontuando 86.30, na tentativa seguinte, ela fez um flipside backsilide, marcando 91.81 pontos, na terceira, tentou mudar a manobra mais uma vez, porém acabou caindo, tentou novamente na quarta rodada, mas o resultado foi o mesmo da tentativa anterior. 

Na última rodada de manobras, a maranhense obteve 90.85, descartando a primeira nota, fazendo um flip e um grind para aumentar sua nota. 


Rayssa em competição (Vídeo: reprodução/X/@olympics)

Naquele momento somente Liz Akama poderia a ultrapassá-la, precisando tirar 92.24 para conseguir a liderança, porém conseguiu 91.69 e assim não atingindo a pontuação, fazendo de Leal campeã.

Resultados recentes

A atual medalha de prata, vem de um título no San Diego da Street League, que ocorreu há três semanas, mas obteve um resultado abaixo do esperado na etapa dos Emirados Árabes do Circuito Mundial, amargando a sétima posição. 

Nicolas Ghesquière reúne peças construídas durante seus 10 anos na Louis Vuitton

Nesta quinta-feira (18), Nicolas Ghesquière, diretor criativo da grife francesa Louis Vuitton, apresentou a coleção feminina de pré-outono 2024 da marca em um desfile em Xangai, na China. A coleção marca a celebração de uma década a frente da marca francesa.

Desfile

Celebrando os 10 anos no comando da Louis Vuitton, Nicolas Ghesquière escolheu o Museu Long, em Xangai, como local do desfile da coleção feminina de pré-outono 2024 da grife. As peças apresentadas durante o desfile fizeram parte da história do diretor criativo a frente da marca.

Chamada de Women’s Voyager Show, a coleção teve como inspiração a cultura chinesa, com estampas coloridas, lúdicas e de animais, como coelhos, cachorros e pinguins, e elementos tradicionais chineses misturados com franceses. Além disso, os looks foram tomados por tecidos fluidos e peças arquitetônicas.

Desenrolando um guarda-roupa cheio de contrastes, a coleção incita a liberdade de expressão entre cor e forma — infundindo estilos e silhuetas de assinatura com uma narrativa exuberante re-imaginada

Nicolas Ghesquière, sobre a coleção em seu Instagram

Assim, o desfile de Nicolas Ghesquière teve collab com a artista chinesa Sun Yitian, responsável por trazer esse mundo fantasioso e contemporâneo nos looks. As obras da artista foram exibidas em Xangai antes do desfile e serviram de inspiração para as estampas da coleção.


Louis Vuitton apresenta coleção feminina em Xangai (foto: reprodução/Hector Retamal/Getty Images Embed)


Na passarela, as roupas trouxeram também referências esportivas de Ghesquière, dando um toque autêntico e único à coleção, como o look em que o colete teve inspiração em um corta-vento.


Louis Vuitton apresenta coleção feminina em Xangai (foto: reprodução/Hector Retamal/Getty Images Embed)


A coleção abordou de diversas formas as estampas coloridas que lembram a natureza com vestidos fluidos combinados com acessórios mais pesados. Falando em cores, o público pode ver, durante o desfile, o contraste colorido combinados com tamanhos pequenos e grandes e cartelas de cores fortes.

China e convidados

A escolha do cenário do desfile não por acaso. Todas as roupas e looks da coleção foram criadas para exaltar a beleza, a arquitetura e a cultura chinesa, utilizando o fundo neutro do Museu Long para contrastar essas cores.

Muitos convidados foram para prestigiar a coleção da Louis Vuitton e os 10 de Nicolas Ghesquière como diretor criativo da grife francesa, como Cate Blanchett, Jennifer Connelly, Regina King, Chloë Grace Moretz e Liu Yifei.

Após ordem judicial, Apple recolhe WhatsApp e Threads da loja de aplicativos da China

Acatando à diretriz recebida pelo governo da China, os aplicativos da Meta, WhatsApp e Threads, foram retirados do país. A medida ocorreu pelo receio do governo para com a segurança nacional.

Fora os dois aplicativos da Meta, os aplicativos de mensagem Telegram e Signal também foram recolhidos, demonstrando que o governo chinês é intolerante para com os serviços de mensagens estrangeiros, considerando que estes estão longe de seu alcance, não sendo possível controlá-los.

Apesar da ordem judicial recebida, não ficou claro como o WhatsApp e o Threads causaram apreensão quanto à segurança da população chinesa.

Ainda assim, a Apple acatou com o pedido, relatando serem obrigados a seguir as leis dos países em que estão, mesmo não apoiando.

Nem a Administração do Ciberespaço da China, e nem a Meta se pronunciaram.

Em Hong Kong e Macau os aplicativos permanecem disponíveis, por se tratar de regiões independentes.

Aplicativos de mensagem na China

A desabilitação dos aplicativos estrangeiros no país pode não afetar tanto o povo, pois, o serviço de mensagens mais utilizado na China é o WeChat, da empresa Tencent.


Celular com o aplicativo WeChat (Foto: reprodução/Unsplash)

O bloqueio de aplicativos de outros países não é de hoje, sendo possível utilizá-los somente por meio de redes virtuais privadas ou outros meios.

Tanto a internet, quanto os veículos de comunicação, são monitorados criteriosamente pelo governo chinês e, todos os dias, os sensores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que podem gerar descontentamento.

Pressão competitiva local

Fora a preferência pelo aplicativo de mensagens local, a Apple também vem sofrendo com a queda de compras de iPhones na China.

Na primeira semana deste ano, houve uma queda de 30% nas vendas de seus smartphones, a qual está diretamente correlacionada ao crescimento da venda de seus rivais locais, como a Huawei.

Mesmo com os descontos fornecidos pela empresa, como a baixa de 16% no preço do iPhone 15 Pro e do iPhone 15 Pro Max, a Huawei obteve um acréscimo de 6% na participação do mercado no último trimestre de 2023.

Samsung supera a Apple como líder global de vendas de celulares

Após uma queda de 10% nas remessas no primeiro trimestre do ano, a Apple perdeu o posto de maior fabricante de celulares para a Samsung. A Apple foi prejudicada pela forte concorrência das fabricantes com sistema Android. Os dados foram revelados por uma pesquisa realizada pela IDC e divulgados no último domingo (14).

Outro dado interessante mostrado pela pesquisa, é que as remessas globais de celulares aumentaram em 7,8%, alcançando a marca de 289,4 milhões de unidades durante o período de janeiro a março. A Samsung liderou o mercado, registrando uma participação de 28,8%.

Apple vem de momento de alta

A queda da Apple vem após um momento de alta da marca, quando a fabricante teve um forte último trimestre de 2023 e ultrapassou a Samsung como principal fabricante do setor no mundo.

A queda de participação de mercado da Apple ocorre em um momento em que a marca, que atualmente registra 17,3% de participação de mercado, vem perdendo espaço para fabricantes chinesas como a Xiaomi, uma das maiores empresas chinesas, que teve uma participação de mercado de 14,1% durante o primeiro trimestre deste ano.

Um ponto que pode ter ajudado a Samsung, é que a fabricante recentemente lançou o mais novo celular de sua principal linha, a série Galaxy, com o modelo S24, lançado no início do ano e que vendeu mais de 60 milhões de unidades durante o primeiro período do ano. A Samsung, no entanto, tem a vantagem de possuir uma linha de celulares mais ampla, que vai desde celulares mais básicos até tops de linha mais poderosos.


Modelo S24 o mais recente lançamento da Samsung (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


Por comparação, a Apple vendeu no mesmo período um total de 50,1 milhões de unidades de seus celulares, um número abaixo dos 55,4 milhões atingidos durante o mesmo período do ano passado. Os números foram fornecidos por uma pesquisa do IDC.

China foi fator

A China pode ter sido um fator para a queda dos números, já que o mercado chinês teve uma queda de remessas de 2,1% em comparação com o último trimestre do ano passado, sendo o terceiro maior mercado para a fabricante norte-americana.

Um fator que também pode ter contribuído para a queda da Apple na China foi que, recentemente a empresa vem enfrentando desafios no país. Empresas governamentais locais têm limitado o uso de aparelhos da Apple por seus funcionários, uma medida que tem sido refletida nas restrições feitas pelo governo dos Estados Unidos aos aplicativos chineses por motivos de segurança.