Wagner Moura afirma em entrevista: “Eu não quero ser o Che Guevara do cinema”

Em nova entrevista ao Los Angeles Times, Wagner Moura revisitou os caminhos que moldaram sua carreira no cinema e na televisão. Conhecido por interpretar personagens intensos e frequentemente ligados a debates sociais, o ator reforçou que, apesar de ser atraído por narrativas políticas, não deseja ser visto como um porta-voz ideológico ou como o “Che Guevara do cinema”.

Ao longo de mais de duas décadas de atuação, Moura acumulou papéis que se tornaram marcos da cultura pop e do audiovisual brasileiro. Entre eles, o inesquecível Capitão Nascimento em Tropa de Elite (2007), o narcotraficante Pablo Escobar em Narcos (2015) e o militante Carlos Marighella, no longa homônimo lançado em 2021. A força política desses personagens contribuiu para associar sua imagem a temas sociais complexos — algo que, segundo ele, nunca foi calculado.

Equilíbrio entre narrativa política e liberdade artística

Durante a conversa, o ator destacou que a política, embora seja um componente presente em suas escolhas profissionais, não define sua relação com o cinema.

“Eu me sinto atraído por coisas que são políticas, mas gosto de ser ator mais do que qualquer outra coisa.”.

Sua fala busca separar o interesse pelas narrativas engajadas do desejo de ser percebido como uma figura militante.


Wagner Moura apresentando o The Gothams Film Awards (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Mike Coppola)


Wagner explicou que o que realmente o guia ao aceitar um trabalho é a identificação profunda com o projeto. Para ele, a questão central nunca foi impacto midiático, alcance de público ou visibilidade. Seu principal critério é acreditar artisticamente na obra e no que ela pode provocar. “Só fiz coisas na minha vida com o único propósito de pensar: ‘Isto vai ser ótimo’”, revelou.

Escolhas guiadas pela integridade e não pela ambição

Moura também reforçou que nunca escolheu papéis motivado por dinheiro ou por ambições de status. Ele rejeita a lógica de usar determinado projeto como degrau para outro ou como estratégia para ampliar popularidade.

“Nunca fiz nada por dinheiro ou como um degrau para algo maior, ou porque ‘Ah, este filme vai ser visto por muita gente’.”

Essa postura, que acompanha todo seu percurso, explica por que tantos de seus personagens são densos, desafiadores e carregados de significado. Mais do que buscar holofotes, Wagner Moura parece concentrar sua energia em obras que o provocam como artista e que, muitas vezes, provocam também o público.

Assim, mesmo reconhecendo que sua filmografia se cruza constantemente com a política, o ator afirma com clareza que não quer ser reduzido a um símbolo. Para ele, a arte é o centro de tudo, e é nela que encontra sua verdadeira vocação.

Misci honra raízes do cinema e de moda brasileira em desfile

A marca brasileira Misci encheu o histórico Cine Marabá, no centro de São Paulo, na noite de quarta-feira, 26, para um desfile de temporada inverno 2026. Fundada em 2018 e liderada por Airon Martin, a marca se destaca no cenário de moda brasileira com sua abordagem e identidade singular. A marca trabalha com materiais sofisticados e com artesanato brasileiro, trazendo originalidade e cuidado ás suas peças.

Coleção “A Dama do Interior” Inverno 2026

A Dama do Interior foi apresentada ao público via redes com um teaser e pôster anunciando a coleção juntamente com um trailer protagonizado pela atriz Débora Nascimento, o ator Dan Ferreira e o diretor criativo da Misci, Airon Martin.

O trailer do curta foi apresentado no dia 26 de novembro no Cine Marabá, cinema localizado no centro de São Paulo, com mais de 80 anos de história.


Trailer –  Misci – A Dama Do Interior | Coleção de Inverno 2026 (Vídeo: reprodução/YouTube/Trailer/Misci)


Referências ao Cinema Novo, movimento liderado por Glauber Rocha, que buscou uma nova maneira de fazer filme no Brasil, tratando da realidade social e da política, são encontradas em todo trailer e estética visual da coleção.

A coleção trabalha com elementos que estão presentes na moda brasileira, o crochê, franja, bordado, a alfaiataria e o couro são encontrados em peças modeladas e confeccionadas em tons principalmente terrosos que remetem à época de referência usada para elaboração da temporada. Cores como o amarelo manteiga, marrom, verde abacate e vinho se relacionam com cores vivas, como o roxo e rosa.

Coleção “Tieta” Misci Verão 2026

A temporada de verão 2026 da marca, apresentada ao público em 24 de abril de 2025, também contou com referência direta ao audiovisual brasileiro, com estética e nome.


Desfile Misci | Tieta Verão 2026 (Vídeo: reprodução/YouTube/Desfile Completo/Misci)


O desfile intitulado “Tieta” foi inspirado na personagem da obra de mesmo nome de Jorge Amado, lançada como livro em 1977 e adaptada em novela em 1990 com grande protagonismo de Betty Faria (Tieta). A coleção marca-se como a primeira feita em ateliê próprio, inaugurado em dezembro do ano passado, no bairro de Perdizes em São Paulo.

As peças são trabalhadas em algodão, linho, couro caprino, acetato, viscose, couro nacional e diversos outros materiais e apresentam cores terrosas, assim como cores vibrantes como o vermelho, cor que representa a personagem Tieta.

A campanha visual publicada em redes é protagonizada por Seu Jorge e Lais Ribeiro em vídeo e fotos que remetem à obra de Jorge Amado, com camadas sensuais, regionais e musicais.O desfile contou ainda com a ilustre presença de Betty Faria, que encerrou o show juntamente com o diretor criativo da marca, Airon Martin.

Timothée Chalamet vem ao Brasil para divulgar o filme “Marty Supreme”

O ator Timothée Chalamet está se preparando para desembarcar no Brasil para promover o aguardado longa-metragem “Marty Supreme”. Ele virá acompanhado do diretor Josh Safdie, com quem divide a expectativa de apresentar o novo projeto ao público brasileiro.

A confirmação da vinda foi feita pelas redes sociais da CCXP25, o maior festival de cultura pop do mundo, que acontece no dia 5 de dezembro, em São Paulo. A produção é uma parceria entre o renomado estúdio A24 e a Diamond Films, que também será responsável pela distribuição do filme no país. Essa será a primeira vez que as duas empresas participam oficialmente do evento, marcando um novo momento de aproximação entre Hollywood e o público latino-americano.

O filme

Marty Supreme é descrito como um retrato pulsante sobre talento, ambição e as pressões do sucesso. Chalamet interpreta Marty, um jovem músico que sonha em se tornar uma lenda, mas acaba enfrentando os altos e baixos de uma jornada frenética que o leva de Nova York a Tóquio. A trama combina ritmo intenso, estética vibrante e uma trilha sonora marcante, elementos característicos do cinema dos irmãos Safdie conhecidos por obras como “Joias Brutas” e “Bom Comportamento”.


Trailler do filme ”Marty Supreme” (Vídeo: reprodução/YouTube/ingresso.com)


O filme promete explorar temas como identidade, fama e o preço da genialidade em um mundo dominado por redes sociais e expectativas inalcançáveis.
A produção estreia com sessões especiais em 8 de janeiro e chega oficialmente aos cinemas brasileiros no dia 22 de janeiro, com distribuição da Diamond Films.

Jornada de Timothée

Reconhecido por sua versatilidade e carisma, Timothée Chalamet é hoje um dos nomes mais influentes do cinema contemporâneo. Aos 29 anos, ele coleciona indicações a prêmios importantes e já demonstrou sua capacidade de transitar entre gêneros, indo do drama ao musical. Após encantar o público em “Me Chame pelo Seu Nome”, o ator conquistou ainda mais visibilidade com sua atuação em “Duna” e com o sucesso de “Wonka”, onde interpretou uma versão jovem e sonhadora do famoso chocolatier.


Ator Timothée Chalamet (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bruce Glikas)


Além de sua carreira cinematográfica, Chalamet é reconhecido como ícone de moda e comportamento. Sua presença em eventos costuma gerar grande repercussão, tanto pelo estilo ousado quanto pela conexão genuína com os fãs. Sua participação na CCXP25 promete repetir esse fenômeno, sendo um dos momentos mais aguardados da programação.

A expctativa é a participação nas entrevistas e interação com o público, fortalecendo ainda mais a relação entre as novas gerações de espectadores e o cinema autoral.
Com “Marty Supreme”, Chalamet deve consolidar de vez seu status como um dos grandes nomes de sua geração, enquanto o Brasil se prepara para recebê-lo de braços abertos em uma das maiores celebrações da cultura pop mundial.

Filme brasileiro “Manas” se inscreve no Globo de Ouro 2026 e mira reconhecimento internacional

O filme “Manas”, dirigido por Marianna Brennand, acaba de confirmar sua inscrição oficial para a edição de 2026 do Globo de Ouro. A notícia, divulgada pelo site Omelete, aponta que o filme busca indicações em categorias como Melhor Filme em Língua Não-Inglesa, Melhor Filme Dramático e Melhor Atuação Feminina em Filme de Drama, para sua protagonista Jamilli Correa.

A produção brasileira, ambientada na região ribeirinha da Ilha do Marajó (PA), também conta com as atrizes Dira Paes e Fátima Macedo em seu elenco, além de atores locais da comunidade retratada. O roteiro, vencedor do Sam Spiegel International Film Lab, reflete uma colaboração extensa entre cineastas e artistas regionais.

Uma história de identidade e protagonismo feminino

Na obra, Jamilli interpreta Tielle, uma jovem de 13 anos que vive em uma família em crise, a idealização de uma irmã mais velha que “arrumou um homem bom” em uma das balsas da região ribeirinha acaba se desfazendo diante da realidade de violência e falta de oportunidade local. O filme mostra a transição da menina entre dois ambientes abusivos e a sua decisão de confrontar a engrenagem que oprime as mulheres da comunidade.


Cartaz nacional do filme (Foto: reprodução/Instagram/@manasfilme)

Essa narrativa carrega um peso simbólico: ao trazer uma realidade vivida por adolescentes de comunidade ribeirinha para o centro da história, “Manas” reafirma o papel da periferia, da mulher e da Amazônia na cena do cinema nacional contemporâneo. É também uma afirmação de que produções brasileiras de fora do eixo SP-RJ podem almejar o reconhecimento internacional.

O impacto da candidatura e o que vem pela frente

A inscrição no Globo de Ouro abre caminho para visibilidade global e coloca o filme brasileiro em diálogo com premiações importantes. Ao almejar categorias que tratam da atuação e do filme dramático, “Manas” se posiciona entre produções que ultrapassam o nacional para buscar impacto internacional, apesar se ser não ter sido escolhido como filme representante pela Academia Brasileira de Cinema.

Recentemente, o filme “Manas” foi o grande destaque da 18ª edição do Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), realizado de 13 a 16 de outubro no histórico Culver Theater, em Culver City, na Califórnia. A produção levou os principais prêmios da noite: Melhor Filme, Melhor Direção — para Marianna Brennand — e Melhor Roteiro.

Para Marianna Brennand, atriz-diretora estreante, o passo simboliza um salto importante em sua trajetória. Com estreia prevista e já disponível em plataformas como o Telecine. Resta acompanhar se ele conseguirá converter essa inscrição em indicação — e se, no final, poderá trazer para o Brasil o tão cobiçado Globo de Ouro.

Manas brilha no Los Angeles Brazilian Film Festival

O filme Manas, dirigido por Marianna Brennand, foi um dos grandes destaques do Los Angeles Brazilian Film Festival, encerrado na última quinta-feira (16), em Los Angeles. A produção saiu com três prêmios, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor roteiro, consolidando seu reconhecimento internacional.

Com uma abordagem sensível e visualmente marcante, Manas retrata as conexões e desafios da experiência feminina, explorando temas como identidade, afeto e pertencimento. O longa marca a estreia de Marianna Brennand na direção de um filme de ficção e vem sendo elogiado pela autenticidade do roteiro e pela intensidade das atuações. Após o reconhecimento em Los Angeles, a produção segue em circuito por outros festivais internacionais e foi escolhida para representar o Brasil na 40ª edição do Prêmio Goya, em Barcelona, na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano.

A disputa entre “Manas” e “O Agente Secreto” nas principais premiações

O filme Manas, de Marianna Brennand, e O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, simbolizam o novo momento do cinema brasileiro nas premiações internacionais. Enquanto o primeiro tem se destacado por sua abordagem poética e realista, além da representação da força feminina, o segundo vem conquistando atenção pelo olhar político e pela densidade narrativa. Manas já soma mais de vinte prêmios em festivais internacionais.

Por outro lado, O Agente Secreto segue uma trajetória igualmente expressiva. O longa, estrelado por Wagner Moura, recebeu os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator no Festival de Cannes, além de ser apontado como o representante brasileiro na corrida pelo Oscar 2026. A presença dos dois títulos nas principais disputas do circuito internacional reforça o protagonismo do cinema nacional e evidencia a diversidade de estilos e narrativas que o Brasil tem levado ao mundo.


Marianna Brennand após ser premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival (Foto: reprodução/Instagram/@mariannabrennand)

O que faz Manas se destacar e qual é a história do longa

Ambientado na Ilha de Marajó, no norte do Brasil, Manas narra a trajetória de Marcielle, uma menina de 13 anos que vive com os pais e os irmãos em uma comunidade ribeirinha isolada. A rotina da família é marcada pela dureza do trabalho e pelas tensões silenciosas que permeiam a casa. Marcielle observa o comportamento dos adultos e começa a questionar o papel que lhe foi imposto, especialmente após a partida da irmã mais velha, que deixa a ilha em busca de uma vida melhor. A ausência dessa irmã torna-se o ponto de partida para que a jovem enfrente o medo e a opressão que cercam seu cotidiano.

Ao longo da história, a diretora Marianna Brennand constrói uma narrativa delicada e poderosa sobre amadurecimento, afeto e resistência feminina. Através do olhar de Marcielle, o filme revela a complexa relação entre tradição e liberdade em um ambiente dominado por estruturas patriarcais. Com imagens poéticas e ritmo contemplativo, Manas mostra a luta silenciosa de uma menina que, ao tentar proteger a irmã mais nova, busca também um caminho de autonomia e dignidade em meio à vastidão da Amazônia. Com linguagem poética e olhar sensível, Manas confirma o talento de Marianna Brennand e consolida o cinema brasileiro como uma das vozes mais potentes do cenário internacional.

Oscar 2026: Wagner Moura é indicado como vencedor da categoria de ‘Melhor Ator’, aponta Variety

No último dia 26, o brasileiro Wagner Moura, protagonista do drama “O Agente Secreto”, foi apontado como vencedor do Oscar 2026, na categoria de “Melhor Ator”, segundo a lista da revista americana Variety, em uma seção semanal, que reúne previsões oficiais para as próximas premiações do Oscar, Emmy, Grammy e Tony Awards, atualizada todas as quintas-feiras. O ator já foi vencedor nesta mesma categoria no Festival de Cannes 2025. Leonardo Di Caprio, ocupa a segunda posição da lista, que segue a sequência até a trigésima posição.

Cenário competitivo à vista

Mesmo com a possibilidade de mudanças até o martelo batido na seleção oficial, o fato de o ator baiano ter sido considerado como vencedor, no topo de uma lista bastante representativa como a da Variety, já é um bom indicativo que o fato poderá se tornar realidade e a famosa academia do cinema se render ao brasileiro, cuja atuação ocupa lugar de destaque desde quando estrelou o filme “Tropa de Elite”, em 2007, na pele do inesquecível ‘Capitão Nascimento’.

A história do professor universitário recifense, especialista em tecnologia, que se passa no ano de 1977, em plena ditadura militar no Brasil, agradou a crítica internacional. Tanto que Kleber Mendonça Filho, nascido no Recife, o qual assina a direção do longa “O Agente Secreto”, pelo qual Wagner foi selecionado, ganhou prêmios significativos, como ‘Melhor Diretor’ e o Prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica), ambos pelo Festival de Cannes de 2025.


Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura (Foto: reprodução/Instagram/@oagentesecreto_filme)

Di Caprio na disputa

Sem indicações desde o longa “Era Uma Vez em… Hollywood”, no ano de 2019, a ator Leonardo DiCaprio consta em segundo lugar na lista da revista, pela atuação no filme da Warner Bros, “Uma Batalha Após a Outra”, no qual interpreta Bob Ferguson, em uma história de ação e comédia de humor negro.

Leo teve que esperar um longo tempo, fato que até virou meme na internet, Leo finalmente recebeu sua primeira estatueta na categoria de “Melhor Ator”, por sua atuação em “O Regresso” (2016). Anteriormente, ele havia sido indicado por suas performances no filme “Diário de um Adolescente” (1995) e “Titanic” (1997), ano em que não compareceu à cerimônia, sem justificativas e/ou qualquer explicação até os dias de hoje.  


Leonardo Di Caprio na exibição do filme ‘Uma Batalha Após a Outra’ (Foto: reprodução/Dia Dipasupil/Getty Images Embed)


A Lista tem 30 indicações, incluindo nomes como Hugh Jackman, na 11ª posição, por “Song Sung Blue: Um Sonho a Dois”; Colin Farrell, na 13ª posição, por “Balada de um Joador”; Daniel Day-Lewis, na 14ª posição, por “Anêmona” e George Clooney, na 15ª posição, por “Jay Kelly”.

Wagner Moura se torna o primeiro ator sul-americano a receber Golden Eye Award

O ator brasileiro Wagner Moura se tornou o primeiro ator sul-americano a ganhar o prêmio “Golden Eye Award” no Festival de Cinema de Zurique nesta sexta-feira (26). O prêmio impulsiona o ator e o filme “O Agente Secreto” para as principais premiações do cinema em 2026, como o Oscar. 

Prêmio recebido

Moura recebeu o prêmio como uma honraria da academia de cinema sueca por sua trajetória artística e impacto no meio cultural. O ator de 49 começou no teatro e logo migrou para o cinema e TV, tendo destaque nos filmes “Tropa de Elite”, a novela “Paraíso Tropical”, “Marighella” e o mais recente, o filme “O Agente Secreto”, onde ele é o protagonista. 

Ainda em 2025, Wagner Moura recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes pelo filme de Kleber Mendonça Filho e que está sendo destaque nos festivais internacionais de cinema. O longa foi exibido no Festival de Cinema de Zurique onde Moura recebeu a honraria.

Corrida para o Oscar

No último dia 15, a Academia de Cinema Brasileira anunciou que o filme “O  Agente Secreto” será o representante brasileiro no Oscar 2026, mirando na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro”, onde o Brasil ganhou esse ano com o filme “Ainda Estou Aqui” de Walter Salles, sendo o primeiro Oscar brasileiro na premiação. 


O diretor Kleber Mendonça Filho compartilhou uma foto de Wagner Moura segurando o seu prêmio (Foto: reprodução/Instagram/@kleber_mendonca_filho)

Dirigido por Kleber Mendonça Filho, que produziu “Bacurau” e “Aquaris”, “O Agente Secreto” conta a história de um professor universitário chamado Marcelo, interpretado por Wagner Moura, na década de 70, que foge de São Paulo e vai para o Recife para se esconder de agentes do governo, porém ao chegar em sua cidade natal, ele descobre que está sendo espionado pelos vizinhos. 

O filme será lançado oficialmente nos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro e ele já se encontra em destaque nas redes de cinema ao redor do país. 

Anitta festeja indicação de Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho ao Oscar com “O Agente Secreto”

Nesta segunda-feira (15), foi anunciado pela academia brasileira de cinema o filme que representará o Brasil na corrida do Oscar 2026, concorrendo na categoria de melhor filme estrangeiro. O longa escolhido foi “O Agente Secreto”, estrelado pelo ator Wagner Moura. A escolha do filme foi anunciada durante uma live, no canal oficial da academia brasileira de cinema.

A cantora Anitta celebrou a escolha do filme, compartilhando em suas redes sociais um meme em formato de vídeo, inicialmente publicado no perfil criado para o filme. Tendo como trilha sonora a música de O Kanallha “o baiano tem o molho” o vídeo reúne diversos trechos do longa-metragem. 

Sobre o Filme

O novo filme de Kleber Mendonça Filho, estrelado por Wagner Moura que na trama dará vida ao personagem Marcelo, um professor e especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso  se mudando de São Paulo para Recife em busca de um recomeço. O filme  é ambientado no Brasil da década de 70 e promete ser uma trama emocionante


Anitta reposta anúncio em ato de comemoração (Foto: Reprodução/instagram/@anitta)

Estreia e Reconhecimento Internacional


Com a estreia no Brasil prevista para 06 de novembro de 2025, o filme vem ganhando destaque no último festival de Cannes, onde o longa já estreou garantindo duas premiações. 
Wagner Moura saiu com o prêmio de Melhor Ator, e Kleber Mendonça Filho o de Melhor Diretor.
 


Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho nos bastidores de “O Agente Secreto” (Foto: Reprodução/Instagram/vjucafoto)


Wagner Moura em entrevista

Em entrevista recente Wagner atribuiu o sucesso do longa ao talento do diretor Kleber Mendonça Filho. Wagner se referiu a ele como um diretor muito especial e disse: “É bonito ver a forma como Kleber é recebido no mundo, quando a gente vai pros festivais internacionais. A forma com que as pessoas olham pra ele e o respeitam. É muito orgulho”

O Agente Secreto: o primeiro trailer é divulgado, assista

O premiado filme O Agente Secreto divulgou o seu trailer oficial. O novo filme de Kleber Mendonça Filho, estrelado por Wagner Moura, conquistou o público internacional e os críticos de cinema mesmo antes de sua estreia no Brasil. O longa-metragem já recebeu três estatuetas: Kleber Mendonça Filho venceu o prêmio de Melhor Direção, Wagner Moura recebeu o prêmio de Melhor Ator e, além disso, o filme levou a Premiação de Cinema de Arte e o prêmio da crítica da FIPRESCI.

Filme

Wagner Moura é Marcelo, um professor especializado em tecnologia que retorna a Recife em 1977. Marcelo saiu de sua cidade natal para recomeçar a vida e deixar para trás seu passado violento. Ao retornar, passa a viver um recomeço que não é como gostaria: é espionado pelos vizinhos e seu passado vem à tona.

O elenco do filme conta com grandes nomes do cinema brasileiro, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Roberto Diogenes e Hermila Guedes, entre outros. Udo Kier, de Bacurau, também está no filme. A direção é de Kleber Mendonça Filho (Bacurau), que também assina o roteiro.

O filme está entre os indicados para representar o Brasil no Oscar em 2026, mas aguarda a decisão se ficará apenas entre os favoritos ou se será oficialmente o escolhido para representar o país. A imprensa internacional aposta que o longa vai superar o inesquecível “Ainda Estou Aqui”, que colocou o cinema brasileiro de volta às vitrines internacionais. A cerimônia está marcada para 15 de março de 2026.


Trailler Agente Secreto (Vídeo: reprodução/YouTube/@vitrinefilmes)

Público

Assim como o premiado “Ainda Estou Aqui”, o novo filme está sendo recebido muito bem pelo público brasileiro. As primeiras sessões no Brasil aconteceram na terra natal do personagem, em Recife, com mais de 100 exibidores, que aplaudiram de pé por 10 minutos após a exibição do filme.

Kleber Mendonça, diretor do filme, destacou a importância de investir no cinema brasileiro:

Sinto uma série de orgulhos, e entre eles estão as políticas de investimento no cinema pernambucano, que refletem uma construção de artistas ao longo de gerações”, afirmou Kleber.

O filme, com data de estreia em 6 de novembro, terá sessões antecipadas em Brasília (no próximo dia 12 de setembro), Manaus (dia 16), São Luís (18), Belo Horizonte (23), Fortaleza (24), Rio de Janeiro (7 de outubro), São Paulo (18 de outubro) e Porto Alegre (3 de novembro). O público aguarda ansioso.

Academia Brasileira de Cinema anuncia finalistas para representar o Brasil no Oscar 2026

A Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta segunda-feira (8) os seis filmes finalistas que disputam a vaga brasileira para o Oscar 2026. A princípio, o anúncio do escolhido será feito no próximo dia 15 de setembro, em cerimônia oficial.

À primeira vista, entre os concorrentes estão Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; Manas, de Marianna Brennand; O agente secreto, de Kleber Mendonça Filho; O último azul, de Gabriel Mascaro; e Oeste outra vez, de Erico Rassi.


Elenco e direção de O Agente Secreto no 78º Festival Anual de Cinema de Cannes, França (Foto: reprodução/Andreas Rentz/Getty Images Embed)


Favoritismo recai sobre Kleber Mendonça Filho

Embora O último azul, vencedor do Urso de Prata em Berlim, seja forte candidato, as apostas se concentram em O agente secreto. Atualmente, o filme de Kleber Mendonça Filho venceu prêmios importantes em Cannes, incluindo melhor direção e melhor ator para Wagner Moura. Além disso, já possui distribuição garantida nos Estados Unidos pela Neon, empresa responsável por Anora, último vencedor do Oscar.

Portanto, essa vantagem fortalece as chances de O Agente Secreto conquistar a indicação. A estreia do longa está marcada para novembro, um fator que mantém o título em alta no debate crítico e no interesse do público.

Reconhecimento internacional e expansão do cinema nacional

Ao passo que o cinema brasileiro vive momentos de destaque, os filmes têm tido cada vez mais visibilidade. Além da corrida pelo Oscar, a produção nacional tem marcado presença em festivais de renome. O Festival do Rio, por exemplo, exibirá O Agente Secreto e trará também a aguardada série Tremembé, inspirada em casos criminais brasileiros como de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e os irmãos Cravinhos.


Teaser de Tremembé (Vídeo: reprodução/YouTube/Prime Video Brasil)

Por outro lado, um marco recente foi o sucesso de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, vencedor da Federação Internacional de Críticos de Cinema, a FIPRESCI Grand Prix, como melhor filme de 2025. Desse modo, a produção emocionou plateias em mais de 30 países e registrou milhões de espectadores apenas no Brasil.

Com resultados expressivos, o cinema nacional reafirma sua relevância global. A criação da “Casa do Cinema Brasileiro”, no Rio de Janeiro, reforça ainda mais esse novo capítulo da história cultural do país.