ONU consegue entrar em Gaza e abastece a região após 130 dias de bloqueio

A Organização Mundial de Saúde, agência de saúde das Organizações das Nações Unidas (ONU) conseguiu abastecer a região da Faixa de Gaza ontem (10/7), levando 75 mil litros de combustível à região. Segundo o porta-voz da agência, Christian Lindmeier, a quantidade ainda é insuficiente para atender a alta demanda da região, extremamente debilitada, que corria alto risco de apagão e, principalmente de um colapso na área da saúde, pois hospitais estavam oferecendo cuidados médicos aos seus pacientes em pleno escuro.

Abastecimento recorrente   

A ONU pressionou o governo de Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel, para autorizar a entrada de combustível na região. Com o crescente aumento do número de mortos e à alta demanda de combustível na região, para possibilitar o contínuo funcionamento dos serviços essenciais, como hospitais, usinas de dessalinização da água. Justamente em virtude disso, é imprescindível, segundo a ONU, que o abastecimento na região seja recorrente, e não da forma como está ocorrendo, em liberações pontuais.

Entre todos os setores, o da saúde é o mais impactado e comprometido com a falta de combustível. Há relatos de alguns médicos palestinos nas redes sociais sobre um racionamento de energia, para evitar o colapso total dos serviços, após constatarem nível critico da situação.  

Segundo dado da ONU, 94% dos hospitais de Gaza estão danificados ou foram totalmente destruídos.


Bebês dividem a mesma incubadora em meio a crise hospitalar em Gaza (Foto: reprodução/X/Dr. Fadel Naim)


Ataques atrozes

A OMS manifesta forte preocupação em relação ao desrespeito relacionado aos princípios essenciais do direito internacional humanitário. Crimes atrozes são praticados contra pessoas buscando ajuda vital.

Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, citou que em meio a uma entrega de suplementos nutricionais, pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, foram atingidas por um ataque na cidade Palestina Deir al-Balah, que deixou dezenas de vítimas. Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef, afirmou que “é inconcebível” mortes de famílias tentando obter ajuda vital.

Sobre o ocorrido, o Exército de Israel respondeu que estava na busca de um terrorista do Grupo Hamas.

Petrobras anuncia corte de mais de 5% no preço da gasolina para distribuidoras

Petrobras anunciou nesta segunda-feira (2), em comunicado à imprensa, uma redução de 5,6% no preço da gasolina vendida em suas refinarias a distribuidoras. Com esse ajuste, o valor de venda do combustível passa de R$3,02 por litro, para R$2,85.

Um novo ajuste não era anunciado desde julho de 2024, quando a estatal aumentou em 7% o valor da gasolina. Já em relação a uma queda no preço, esta é a primeira vez em mais de um ano e meio em que o valor não cai, a última vez foi em outubro de 2023.

Motivos da redução

Segundo Eduardo Oliveira de Melo, especialista e sócio-diretor da Raion Consultoria, o reajuste se deu por conta do contexto internacional, que passa por uma “certa estabilidade” nos preços do barril, e pelo valor do dólar frente ao real que se equilibrou.

O petróleo tipo Brent, utilizado como referência no valor do petróleo internacional, está a aproximadamente US$65 o barril (R$370). Esse número caracteriza um aumento de quase 3%, que se iniciou na segunda-feira, a partir de um anúncio feito por países da OPEP+ (Organização de Nações Exportadoras de Petróleo e Aliadas) de que irão produzir menos que o esperado.

Apesar deste aumento, o valor do Brent segue em queda desde 2022, e está cerca de US$15 mais baixo se comparado ao pico do início do ano, em janeiro.

Em maio, ao ser anunciada para a imprensa uma redução no preço do Diesel, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que, caso o preço do petróleo permanecesse em queda, a estatal reduziria também os preços dos combustíveis no território nacional.


 Posto de gasolina, em Salvador (Foto: reprodução/Joa Souza/Getty Images Embed)


O que muda para os consumidores?

Apesar da mudança imediata no preço para as distribuidoras, o valor final para os consumidores funciona de forma diferente, uma vez que são adicionados uma série de fatores até o produto chegar nos postos de gasolina. Entram na conta final, por exemplo, a margem de lucro das distribuidoras e os impostos cobrados.

Matéria por Isabela Sanches, réplica do Lorena R7