ONU consegue entrar em Gaza e abastece a região após 130 dias de bloqueio

A Organização Mundial de Saúde, agência de saúde das Organizações das Nações Unidas (ONU) conseguiu abastecer a região da Faixa de Gaza ontem (10/7), levando 75 mil litros de combustível à região. Segundo o porta-voz da agência, Christian Lindmeier, a quantidade ainda é insuficiente para atender a alta demanda da região, extremamente debilitada, que corria […]

11 jul, 2025
Foto destaque: Ajuda humanitária da OMS em Gaza (reprodução/ FADEL SENNA/AFP/Getty Images Embed)
Foto destaque: Ajuda humanitária da OMS em Gaza (reprodução/ FADEL SENNA/AFP/Getty Images Embed)
Ajuda humanitária da OMS em Gaza

A Organização Mundial de Saúde, agência de saúde das Organizações das Nações Unidas (ONU) conseguiu abastecer a região da Faixa de Gaza ontem (10/7), levando 75 mil litros de combustível à região. Segundo o porta-voz da agência, Christian Lindmeier, a quantidade ainda é insuficiente para atender a alta demanda da região, extremamente debilitada, que corria alto risco de apagão e, principalmente de um colapso na área da saúde, pois hospitais estavam oferecendo cuidados médicos aos seus pacientes em pleno escuro.

Abastecimento recorrente   

A ONU pressionou o governo de Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel, para autorizar a entrada de combustível na região. Com o crescente aumento do número de mortos e à alta demanda de combustível na região, para possibilitar o contínuo funcionamento dos serviços essenciais, como hospitais, usinas de dessalinização da água. Justamente em virtude disso, é imprescindível, segundo a ONU, que o abastecimento na região seja recorrente, e não da forma como está ocorrendo, em liberações pontuais.

Entre todos os setores, o da saúde é o mais impactado e comprometido com a falta de combustível. Há relatos de alguns médicos palestinos nas redes sociais sobre um racionamento de energia, para evitar o colapso total dos serviços, após constatarem nível critico da situação.  

Segundo dado da ONU, 94% dos hospitais de Gaza estão danificados ou foram totalmente destruídos.


ONU consegue entrar em Gaza e abastece a região após 130 dias de bloqueio

Bebês dividem a mesma incubadora em meio a crise hospitalar em Gaza (Foto: reprodução/X/Dr. Fadel Naim)


Ataques atrozes

A OMS manifesta forte preocupação em relação ao desrespeito relacionado aos princípios essenciais do direito internacional humanitário. Crimes atrozes são praticados contra pessoas buscando ajuda vital.

Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, citou que em meio a uma entrega de suplementos nutricionais, pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, foram atingidas por um ataque na cidade Palestina Deir al-Balah, que deixou dezenas de vítimas. Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef, afirmou que “é inconcebível” mortes de famílias tentando obter ajuda vital.

Sobre o ocorrido, o Exército de Israel respondeu que estava na busca de um terrorista do Grupo Hamas.

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