O portal Terra informou ontem (30) que Virginia Fonseca precisaria pagar R$ 30 milhões à empresa Blaze. Segundo a matéria, o motivo seria o rompimento definitivo de seu contrato com a plataforma de apostas online. O texto também afirma que a saída ocorreu por conta da repercussão negativa após sua participação na CPI das Apostas.
Contudo, essa informação está equivocada. Segundo a Coluna Matheus Baldi, da revista IstoÉ, Virginia pagou essa multa à plataforma Esportes da Sorte. Ela já tinha contrato com essa empresa antes de firmar parceria com a Blaze.
Histórico de parcerias
Ainda segundo a apuração da Coluna Matheus Baldi, os R$ 30 milhões mencionados na reportagem do portal Terra são, na verdade, oriundos de um acordo extrajudicial firmado na semana passada por Virginia com a Esportes da Sorte. Este valor é relativo à quebra de contrato ocorrida em maio do ano passado, e não tem nenhuma ligação com a CPI das Apostas ou com a atual opinião pública sobre o caso.
Atualmente, Virginia mantém contrato ativo com a Blaze. Fontes ligadas à influenciadora informaram à Coluna Matheus Baldi que ela recebeu R$ 150 milhões de “luva” para mudar de plataforma. O termo “luva” representa um valor pago de forma antecipada, como bônus pelo fechamento de uma parceria. Assim, mesmo pagando R$ 30 milhões à Esportes da Sorte, Virginia ainda teria recebido R$ 120 milhões líquidos.
Segundo uma fonte segura à revista Exame, o contrato entre Virginia e a Blaze prevê um valor mínimo garantido de R$ 29 milhões por ano. No entanto, ela teria faturado cerca de R$ 30 milhões por mês até dezembro do ano passado. Na época, o setor ainda não estava regulamentado. Ou seja, em apenas um mês, Virginia superou o valor mínimo anual previsto no contrato. A assessoria de imprensa de Virginia Fonseca foi procurada para confirmar sua parceria com a Blaze, mas não obteve resposta.
CPI das Apostas
A CPI das Bets, criada no Senado no final de 2024, ficou ativa durante sete meses. Durante esse período, os senadores investigaram diversos influenciadores digitais e casas de apostas, incluindo Virginia Fonseca.
Além disso, a influenciadora prestou depoimento à comissão. Como resultado, sua participação viralizou nas redes sociais, por motivos como tirar fotos com parlamentares e vestindo roupas consideradas exageradamente despojadas. Esse estilo contrastava não apenas com seus looks habituais, mas também com as regras de vestimenta do Senado.
O parecer final da CPI, feito pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi rejeitado no último dia 12, por 4 votos a 3. O documento sugeria o indiciamento de 16 influenciadores e empresários ligados a bets.
