Janja participa de cúpula contra a fome em Paris e almoça com Brigitte Macron

Nesta quinta-feira (27), a primeira-dama do Brasil Rosângela da Silva, conhecida como Janja, participou da abertura como líder da delegação brasileira na Cúpula Nutrição para o Crescimento (N4G), realizada na capital Paris. O evento se propõe a ser um espaço de diálogo e ação, onde os chefes e representante de estado se reúnem para discutir soluções concretas no combate à fome e à desnutrição que afligem a população mundial.

Cooperação internacional

Além de enfatizar a importância da união entre nações, Janja sublinhou o papel essencial da cooperação internacional na resposta à desnutrição. Ao divulgar a experiência brasileira com o Bolsa Família, que há mais de duas décadas é um modelo de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar.

“O Brasil continua a disseminar suas lições pelo mundo, mostrando ser possível transformar realidades”. Ela reafirmou

No final da manhã, a primeira-dama foi calorosamente recebida por Brigitte Macron para um almoço no majestoso Palácio do Eliseu. A tarde, um encontro repleto de simbolismo estava agendado, com a participação de Janja em uma recepção do presidente francês, Emmanuel Macron, destinada a autoridades internacionais.


Macron, Lula e Janja no encontro entre Brasil e França em Brasília (Foto: Reprodução/ Fabio Charles Pozzebom/Agência Brasil)

Vítima de críticas

Embora seu trabalho na Cúpula tenha sido um destaque, Janja também enfrentou críticas relacionadas ao custo das passagens para uma viagem anterior ao Japão, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta às contestações, ela reafirmou que “nunca houve falta de transparência nas suas viagens e destacou a economia gerada em passagens e hospedagens.

Em meio a esse cenário, a Advocacia-Geral da União (AGU) está elaborando um parecer que visa estabelecer parâmetros claros sobre o papel da primeira-dama em compromissos nacionais e internacionais. Esta iniciativa busca esclarecer a amplitude e a atuação dos cônjuges de presidentes em eventos oficiais. Janja também já havia sido alvo de questionamentos por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito de sua viagem para a abertura dos Jogos Olímpicos, na França.

Janja se destaca na luta pela nutrição e combate à fome, ela também navega por um mar de desafios, mostrando que, em tempos de adversidade, é preciso coragem e determinação para fazer a diferença no cenário global e cite o Brasil como exemplo para o mundo.

Declaração dos Líderes do G20 é aprovada em cúpula no Rio de Janeiro

A cúpula do grupo que inclui as maiores economias do mundo, o G20, ocorre no Rio de Janeiro entre os das 18 a 19 de novembro de 2024 no Rio de Janeiro. Ela reúne representantes de 19 países e da União Africana e União Europeia. Ao final da cúpula deve ser assinada uma declaração com compromissos conjuntos para os membros do grupo. Nesta segunda-feira (18) o texto foi publicado no site oficial, incluindo pautas que geravam discussão, como a taxação de grandes riquezas.

A declaração do G20

Ao final da cúpula do G20 é tradição que os representantes das economias participantes assinem uma declaração conjunta com as principais preocupações, objetivos e acordos do grupo. Para o ano de 2024 as pautas mais prioritárias eram a taxação das grandes riquezas e as preocupações com questões relacionadas às inteligências artificiais.

Além dessas questões, estava entre as prioridades o combate à fome e pobreza, que foi abordada pela liderança brasileira com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. As pautas também incluem o desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática e a reforma das instituições de governança global.


O presidente da República Federativa do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, confirmou a aprovação da declaração em suas redes sociais (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)

“Com total respeito à soberania tributária, buscaremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados. A cooperação pode envolver a troca de melhores práticas, o incentivo a debates sobre princípios tributários e a criação de mecanismos anti-evasão, incluindo o tratamento de práticas tributárias potencialmente prejudiciais”, diz a declaração.

O G20 no Rio

O G20 funciona em um sistema de alternância em sua presidência. Desde 2023 o Brasil exerce a liderança temporária do grupo, a qual se encerra em novembro de 2024. Com o fim do período da liderança brasileira, é realizada uma cúpula que revisa todos os acordos e objetivos do G20, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede da cúpula de 2024.

BRICS deixa a Venezuela de fora da lista de países parceiros

Em agosto de 2023, a Venezuela entrou com um pedido para fazer parte do grupo dos países em desenvolvimento, o BRICS. A proposta havia sido encaminhada pelo presidente Nicolás Maduro. Nesta terça-feira (22) a Venezuela ficou de fora da lista de países que podem vir a fazer parte da organização. A decisão foi tomada pela cúpula do grupo, da qual o presidente Lula participa remotamente após acidente doméstico.

O envolvimento do Brasil

Desde que Maduro foi reeleito em uma eleição polêmica, a Venezuela tem passado por uma instabilidade em sua relação com o Brasil. O presidente Lula foi uma das autoridades mundiais que pediram à autoridade eleitoral da Venezuela para divulgar os boletins das urnas.

O presidente brasileiro é alvo de diversas críticas por conta de sua proximidade histórica em relação ao governo venezuelano, porém o episódio das eleições presidenciais venezuelanas forçou um desequilíbrio nas relações entre os líderes.

Segundo uma apuração da TV Globo, a decisão de não incluir a Venezuela como um membro do BRICS foi tomada após uma pressão do governo do Brasil. Não houve a manifestação de um veto oficial, porém a rachadura nas relações entre Lula e Maduro já é de conhecimento dos russos, que são os anfitriões da cúpula do Brics de 2024.

A cúpula

O BRICS atualmente conta com seus países principais, que são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, porém o Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos começaram a fazer parte no início deste ano.


Cúpula do BRICS ocorre na Rússia; presidente Lula, após acidente doméstico, participa online (Reprodução/ X/ @BRICSInfo)

Na cúpula que acontece na Rússia nesta semana, os líderes dos países membros irão decidir sobre a adesão de alguns países que se aplicaram para serem absorvidos pela organização. A lista de países inclui Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

A organização serve como um grupo de colaboração e desenvolvimento para países considerados “em desenvolvimento”. São países que, apesar de apresentarem problemas socioeconômicos, apresentam evolução nos indicadores em comparação com países subdesenvolvidos. Dentre os objetivos do BRICS, destaca-se a ideia da criação de um modelo econômico sem a dependência do dólar como parâmetro de mercado entre as nações do mundo.

Bolívia passa a integrar o Mercosul

Nesta sexta-feira (5), a Bolívia passou a ser membro pleno do Mercosul, um bloco econômico criado em 1991, que abraça alguns países sul-americanos, incluindo o Brasil. A notícia foi divulgada hoje pelo presidente boliviano, Luis Arce, que usou o X (antigo twitter) como forma oficial de pronunciamento.

Depois de quase sete meses, hoje (sexta, 5) finalmente recebemos a lei sancionada, e neste mesmo dia a promulgamos imediatamente. A incorporação da Bolívia como país membro do Mercosul tem um caráter estratégico porque significa fazer parte de um importante espaço de integração regional, intercâmbio comercial, fortalecimento produtivo e nos torna um eixo articulador na região“, escreveu ele na rede social.

Aprovação na Câmara

Desde o dia 14 de junho, a Câmara dos deputados boliviana havia aprovado a integração da Bolívia, mas só na última quarta-feira (3) foi sancionada pelo Senado do país. Após sua promulgação, serão necessários 30 dias para que a norma entre em vigor.

Celinda Sosa


Celinda Sosa, ministra da boliviana, discursa (Foto: reprodução/ Aizar Raldes/AFP via Getty Images embed)


A escolha foi muito bem vista pela chanceler boliviana, Celinda Sosa, que deu declaração a imprensa demonstrando sua aprovação “É um momento muito histórico para a Bolívia, para os setores produtivos e para os bolivianos que vivem e são parte do Mercosul”, compartilhou. “Um sonho que se tornou realidade depois de muitos anos”, que “possamos participar desde bloco, o quinto bloco econômico mais importante do mundo” disse ela.

O presidente Luis Arce participará no domingo (07), da cúpula do Mercosul no Paraguai, e no dia seguinte ele receberá Luís Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, na cidade de Santa Cruz.

A reunião do dia 7 deve finalizar a entrada oficial da Bolívia como membro pleno do bloco, ou seja, passará a ter os mesmos direitos e obrigações que os membros fundadores do bloco.