Em debate na Câmara, associação propõe medida para combater publicidade de plataformas ilegais

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, o diretor jurídico da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Pietro Cardia Lorenzoni, sugeriu que a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) inclua em sua pauta ainda neste semestre a regulamentação da atividade de influenciadores digitais.

A medida, segundo ele, seria estratégica para combater a publicidade de empresas de apostas não autorizadas no Brasil. Enquanto instituições financeiras são obrigadas a reportar movimentações suspeitas de ligação com sites ilegais de apostas, não existe obrigação semelhante para os influenciadores digitais.

“A publicidade é uma forma de informar o consumidor. Não temos uma regulação de influenciador. Hoje temos influenciadores de aposta que fazem propagandas absolutamente danosas, que estão fora da fiscalização do mercado e do Estado”, alertou Pietro. “Isso é um problema relevante que a gente pode e precisa endereçar e tem margem para incluir no terceiro trimestre deste ano”.

Promoções e palpites

Os influenciadores atuam de diferentes maneiras nesse mercado. Alguns se limitam a anunciar sites ou promoções, sem mergulhar de verdade no universo das bets. Outros, conhecidos como tipsters, constroem comunidades de seguidores compartilhando dicas e palpites sobre partidas. Esse tipo de engajamento aumenta a exposição do público a apostas e, muitas vezes, pode direcionar usuários para plataformas não autorizadas.

Em março, a ANJL já havia dado um passo nessa direção ao lançar, em parceria com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), um curso on-line para orientar influenciadores sobre publicidade responsável. A formação conta com oito módulos que abordam princípios de comunicação ética, responsabilidade social e requisitos regulatórios.

“Sabemos que muitos influenciadores, sem a devida checagem, acabam promovendo casas de apostas clandestinas. Com isso, todos perdem: o influenciador, o apostador e o próprio mercado regulado”, afirmou o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge.

Risco de excesso de restrições

O debate no Congresso também abordou outro ponto sensível: as propostas para proibir apostas em lances individuais, como cartões, escanteios e faltas. Representantes do governo e do setor alertaram que restringir demais essas possibilidades pode acabar fortalecendo o mercado ilegal.

“Esse é um ponto que precisamos analisar com bastante cautela”, destacou Letícia Soeiro, coordenadora de Jogo Responsável da SPA, ressaltando que a manipulação de resultados deve ser combatida com políticas de prevenção e monitoramento.

Gabriel Lima, diretor-executivo da Liga Forte União do Futebol Brasileiro, citou experiências internacionais que mostram que limitações severas tendem a empurrar apostadores para plataformas clandestinas.

Já Rafael Marcondes, presidente da Associação de Bets e Fantasy Sport, reforçou que 90% dos casos de manipulação de resultados ocorrem em apostas tradicionais sobre o placar final, e não em lances individuais. Além disso, reforçou que “mesmo que o Brasil proíba essas apostas, elas continuarão ocorrendo em sites internacionais”.

Futebol segue liderando entre modalidades de aposta esportiva

Apesar dos desafios, o setor legalizado continua crescendo. Dados de julho de uma empresa de apostas mostram que o futebol mantém uma liderança expressiva entre as modalidades de aposta esportiva, concentrando 80,50% dos usuários ativos e 88,91% das apostas realizadas.

O basquete aparece em seguida, com 8,32% dos ativos e 2,71% das apostas, enquanto o tênis registra 4,32% dos ativos e 5,07% das apostas. A predominância do futebol confirma a centralidade desse esporte para o setor, tanto no mercado regulado quanto no clandestino.

BBC contesta público de 2,1 milhões no show de Lady Gaga em Copacabana

Após a Prefeitura do Rio divulgar que cerca de 2,1 milhões de pessoas compareceram ao megashow gratuito de Lady Gaga em Copacabana, realizado no dia 3 de maio, a BBC questionou esse número. A emissora britânica utilizou fotos aéreas, medidas da área ocupada e cálculos de densidade populacional para concluir que o público não ultrapassou 660 mil pessoas.

Análise técnica da BBC

A equipe da BBC Verify mediu a extensão de 140 mil m² ocupados na areia entre o Copacabana Palace e o Hotel Hilton, cobertos por 16 telões, correspondendo a cerca de 20 campos de futebol. Com base nas diretrizes britânicas — que recomendam uma densidade máxima de 4 a 5 pessoas por m² por segurança, o número estimado é de 660 mil pessoas.


Vista aérea de Copacabana durante o show (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/AFP/Getty Images Embed)


Mesmo ao expandir a estimativa para incluir varandas e janelas, a conclusão não mudou — dificilmente o público chegou à marca oficial. Para alcançar os supostos 2,1 milhões, toda a faixa de areia de Copacabana (4 km de extensão) teria que estar tomada, o que não ocorreu. O evento acabou ocupando apenas a metade desta distância.

Discrepância entre dados oficiais e independentes

Prefeitura do Rio, Riotur, Polícia Militar e produção afirmam que foram 2,1 milhões de presentes no show. Já a BBC, após análise independente, estimou 660 mil, classificando a versão oficial como “altamente improvável”. A Prefeitura manteve os números oficiais, mas não explicou a metodologia usada.


Queima de fogos ao final do grande show (Foto: reprodução/Stringer/AFP/Getty Images Embed)


Ainda assim, o show ingressou no Guinness Book como o maior público da carreira de uma artista feminina (2,5 milhões), conforme comunicado divulgado pela equipe da cantora. Ademais, mesmo com o debate sobre os dados, inegavelmente o evento teve um grande impacto econômico, estimado em cerca de R$ 600 milhões para o Rio de Janeiro, incluindo aumento do turismo, hotelaria e serviços locais. Já, em termos de audiência televisiva, o show foi assistido por cerca de 34,5 milhões de pessoas na Globo e Multishow, com média nacional de 14 pontos.

Raquel Brito desafia as regras da Fazenda 16 na formação da roça

Em um recente episódio de A Fazenda 16, Raquel Brito surpreendeu ao levantar questões intrigantes sobre a formação da primeira roça na academia da sede. Durante uma conversa com Suelen e Sacha, a participante não hesitou em expor suas análises e estratégias, revelando um lado audacioso que promete movimentar ainda mais a competição. Com um olhar atento e manipulação do painel tático, Raquel se tornou a protagonista do momento ao debater quem poderia ser eliminado, demonstrando que, na competição, nada é certo até o último minuto.

Um debate tático e estratégico

O clima esquentou quando Raquel, ao imaginar uma roça entre Fernanda e Suelen, questionou diretamente Suelen sobre a possibilidade de eliminação: “Se tiver Fernanda e Suelen, você acha que eles tiram quem?“. A resposta foi imediata e direta: “Fernanda“. Essa interação não apenas revelou as preferências de Suelen, mas também estabeleceu um ambiente de rivalidade e estratégia em jogo.

Raquel, determinada a ampliar a discussão, virou-se para Sacha e afirmou: “Vou abrir sua mente também. Se tiver você e ela, quem eles tiram?“. Sacha, confiante em sua análise, apostou que Babi seria a eliminada. A dinâmica do debate evidenciou como a formação da roça pode ser influenciada por alianças e desavenças, criando um clima de tensão que aumenta a expectativa dos espectadores.


Raquel Brito analisa cenários da roça (Foto: reprodução/PlayPlus)

Coragem e desafios no jogo

No clímax da conversa, Raquel, em um gesto de determinação, bateu forte no painel e declarou: “Então pronto! Fico com muito medo, mas eu não tenho medo não, me coloquem na roça.” Essa afirmação não apenas refletiu sua coragem, mas também ressaltou sua disposição em enfrentar os desafios da competição sem receios.

A atitude de Raquel Brito se destaca em um cenário onde a estratégia e a emoção estão em constante ebulição. Com sua capacidade de questionar e provocar, a participante promete se tornar uma figura central na dinâmica de A Fazenda 16, instigando tanto os colegas de confinamento quanto os telespectadores a ficarem atentos a seus próximos passos. O programa, que já é conhecido por suas reviravoltas, ganhou um novo impulso com a ousadia de Raquel, que pode muito bem mudar o rumo do jogo.

Trump diz que imigrantes comem animais de estimação

Durante debate presidencial promovido pela rede de televisão ABC News nesta terça-feira (10), o candidato republicano, Donald Trump, declarou que os imigrantes estavam comendo os cachorros e outros pets dos americanos residentes em Springfield, Ohio. Tal informação foi rebatida pelo mediador do encontro, que respondeu não haver qualquer caso desse tipo nos registros da prefeitura.  

Desmentido ao vivo

Trump criticou a política de imigração do governo Biden, alegando que permitiram a entrada de estrangeiros, aos milhões. “Em Springfield, eles [imigrantes] estão comendo os cachorros. Eles estão comendo os gatos. Comendo os pets das pessoas que moram lá”, disse o republicano.

Após a fala de Trump, o mediador da ABC desmentiu a declaração do candidato. A produção havia entrado em contato com a prefeitura de Springfield para checar a informação e afirmaram não ter nenhum caso desse tipo reportado para as autoridades locais. Trump disse ter visto na televisão pessoas afirmando terem tido seus pets roubados.


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Os candidatos debateram assuntos-chave para esta eleição, como inflação e imigração (Foto: Reprodução/Win McNamee/Getty Images embed)


A Associated Press havia declarado que a campanha de Trump estava espalhando falsos rumores em relação aos imigrantes haitianos, acusando-os de roubar e comer animais de estimação no estado de Ohio.

Como foi o debate

Este foi o primeiro debate entre os candidatos democrata e republicano para a eleição de 2024. E, muito provavelmente, será o único, pois os cidadãos americanos irão votar no dia 05 de novembro. Kamala Harris assumiu o posto de candidata após a desistência de Biden e se vencer a disputa, será a primeira presidente mulher da história dos Estados Unidos. Trump concorre ao seu segundo mandato. 

De acordo com o The Washington Post, o público respondeu melhor às falas de Kamala, que debateu sobre saúde, aborto e a Guerra da Ucrânia. Mas ficou do lado de Trump quando o assunto foi economia. De forma geral, Kamala Harris soou mais qualificada e conseguiu se destacar mais, tendo um desempenho melhor do que o candidato republicano.

ABC divulga debate entre Trump e Kamala Harris no dia 10 de setembro

Donald Trump e Kamala Harris, candidatos à presidência dos Estados Unidos, anunciam suas participações em debate marcado para o dia 10 de setembro, conforme anunciado nesta quinta-feira(8), pela emissora ABC (responsável pela realização do evento). Trump mencionou em uma coletiva de imprensa que havia sugerido três debates com três diferentes redes de televisão. Seriam elas:

  • “Fox News” – 4 de setembro;
  • “ABC” – 10 de setembro;
  • “NBC” – 25 de setembro.

Dentre as emissoras mencionadas, apenas a “ABC” confirmou a realização do debate entre os candidatos à presidência.

Pronunciamento de Trump

De acordo com Trump, “Kamala não é capaz de realizar uma entrevista, o que será revelador“. Em seguida diz: ”É muito importante termos debates. Falamos com as lideranças das redes e tudo foi confirmado. (…) O outro lado terá que acordar com os termos, mas não sabemos se isso irá acontecer. Ela não fez uma entrevista, não consegue fazer uma, não consegue fazer uma coletiva de imprensa e ela é uma má debatedora, não sabe debater. Mas é importante, temos que ter debate e colocar os pingos nos i’s. Estou ansioso por eles, creio que serão esclarecedores”, falou Trump.


Donald Trump (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Carreira de Donald Trump

Donald Trump é um empresário, apresentador de reality show e político que ocupou a presidência dos Estados Unidos como o 45º presidente, de 2017 a 2021. Ele é reconhecido por suas opiniões conservadoras e sua maneira direta e controversa de se comunicar, abordando questões como imigração, economia e a política de “America First” durante seu mandato. Antes de entrar para a política, Trump foi um destacado magnata do mercado imobiliário.

Carreira de Kamala Harris

Kamala Harris é uma advogada e política que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos, posição que assumiu em 2021. Antes de se tornar vice-presidente, ela serviu como senadora pela Califórnia e foi procuradora-geral do estado.

Harris fez história ao se tornar a primeira mulher – além da primeira mulher negra e de origem indiana – a assumir a vice-presidência. Ela é reconhecida por seu envolvimento em temas relacionados à justiça social, direitos civis e reforma do sistema penal.

Giovanna Ewbank se emociona ao falar sobre culpa em casos de racismo

Na estreia do programa Sábia Ignorância que ocorreu na Segunda-Feira (22), Gabriela Prioli teve como convidados Giovanna Ewbank e o psicanalista Christian Dunker.

Abordando o tema “todos somos ignorantes?”, Giovanna Ewbank compartilhou sentimentos profundos sobre sua jornada com sua filha mais velha, refletindo sobre como essa experiência ampliou sua compreensão pessoal.


“Eu tinha consciência do racismo, mas como mulher branca, acreditava entender o que era até realmente me aprofundar e aprender. Percebi que havia uma ignorância em mim sobre o racismo, e sinto muita culpa por não ter me educado mais antes da minha filha chegar. É doloroso para mim pensar que só com a chegada dela eu realmente me interessei e decidi estudar mais profundamente sobre esse tema. Essa ignorância não é algo que eu considero sábio”


Explorando novos horizontes com os filhos

Christian Dunker, especialista em psicanálise, discutiu como as crianças têm o poder de motivar os pais a explorar temas previamente negligenciados:

“O início radical de ignorância que elas nos apresentam nos leva a amá-las ainda mais e nos encoraja a nos aventurarmos neste vasto oceano. Não sabemos, você não sabe, e vamos descobrir juntos.”


Giovanna Ewbank no programa Sábia Ignorância (Foto:reprodução/Instagram/@gnt)

Caminhos para a mudança

Giovanna também expressou emoção ao mencionar que, sempre que encontra lacunas em seu entendimento sobre o racismo, ela busca diálogo, compartilha experiências pessoais e discute como percebe certas situações atualmente.

A atriz destacou que as transformações positivas começaram dentro de sua própria família.


“Minha família inteira transformou uma perspectiva enraizada em uma educação racista. Todos ao meu redor reconhecem o impacto devastador e cruel do racismo. Eles estão comprometidos com a mudança, trabalhando com dedicação e amor para influenciar o maior número de pessoas possível.”


Sábia Ignorância, apresentado por Gabriela Prioli, vai ao ar no GNT e Globoplay às segundas-feiras, às 21h45

Biden responde coletiva de imprensa e demonstra declínio de cognição

Com muita represália, após o debate de Joe Biden contra Donald Trump, o atual presidente dos Estados Unidos teve uma nova chance de provar aos eleitores norte-americanos que é passível de ser escolhido para continuar na presidência em uma coletiva de imprensa.

Embora a entrevista coletiva tenha sido como uma hora de testes cognitivos do democrata, Biden deixou claro que não irá desistir da candidatura à reeleição e afirma: “sou o mais qualificado para o trabalho“.

O atual presidente conseguiu discorrer com fluidez em temas difíceis, mas cometeu gafes e ainda sussurrou para responder algumas perguntas. O clima estava marcado pelo constrangimento dos espectadores.


Biden enfrenta imprensa coletiva (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Desempenho pós-debate

Apesar de ter cometido algumas gafes, o desempenho do democrata com certeza superou o do debate catastrófico que aconteceu há duas semanas contra o Donald Trump. A preocupação é se o desempenho de Biden será o suficiente para reverter a opinião pública sobre o Partido Democrata.

As principais gafes, que já são marca registrada de Joe, foram percebidas com outra perspectiva – a do declínio cognitivo. Durante a coletiva, Biden se referiu a Kamala Harris como “vice-presidente Donald Trump”, logo após ter apresentado Volodymyr Zelensky como presidente Putin.

Agora, a opinião pública interpretou esses deslizes com uma certa dúvida a respeito da capacidade do democrata, com 81 anos, de presidir mais quatro anos os Estados Unidos.

Respostas do público

Mesmo com diversas tentativas de atenuar os danos causados pelo debate, ainda não foi possível reverter a opinião dos eleitores. Até mesmo apoiadores de Biden e do partido democrata insistem que ele deixe a corrida eleitoral.

George Clooney publicou um artigo opinativo no The New York Times em que deixa claro que apesar de ainda admirar Joe, não acredita que ele é mais o grande candidato que era em 2010 e, que apesar de ter vencido diversas batalhas ao longo de seu mandato, a batalha contra o tempo é invencível.

Outros famosos do público que são conhecidos apoiadores de Biden e do Partido Democrata deixaram claro que desejam que o democrata se retire da corrida para a presidência, acreditando que existem mais chances de vencer o Trump caso Biden desista. 

Donald Trump quer debater com Joe Biden novamente

Donald Trump convidou Joe Biden para novo debate durante comício realizado na Flórida. Ele quer que o novo confronto seja realizado sem moderadores, dando ao rival uma chance de “se redimir” perante à população americana. O candidato republicano aproveitou para ironizar o desempenho de seu rival no debate realizado no mês passado, em que Biden pareceu despreparado e sonolento.

Os convites

Em comício realizado em Doral, na Flórida, estado antes considerado indeciso, transformou-se em um importante estado republicano e conservador após a eleição de Trump em 2017. O ex-presidente discursou diante de seus apoiadores e convocou Joe Biden para um novo debate, lembrando os eleitores sobre o desastroso desempenho do atual presidente no último embate entre eles.

 “Vamos fazer outro debate esta semana para que o sonolento Joe Biden possa provar para todos no mundo inteiro que ele tem o que é preciso para ser presidente, mas desta vez será homem a homem, sem moderadores, sem restrições, apenas diga o lugar a qualquer momento, em qualquer lugar”.

Donald Trump

No primeiro debate entre Trump e Biden em junho, o republicano foi considerado o vencedor (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images embed)


Mas esse não foi o único desafio no qual Trump chamou Biden para participar. Durante o debate de junho na CNN, houve um momento no qual ambos candidatos começaram a falar sobre golfe. Trump comentou que duvidava das habilidades do atual presidente no esporte, o que fez Biden convidá-lo para um partida, mas apenas se Trump fosse seu próprio caddie. Trump relembrou tal momento durante o comício e convidou Biden para “uma partida de golfe de 18 buracos”.

Ainda sem vice

Apesar da proximidade das eleições norte-americanas, que ocorrerão daqui a quatro meses, Trump ainda não anunciou quem será seu vice-presidente. Durante o comício em Doral, foi notada a presença do senador Marco Rubio.

Trump aproveitou para provocar a mídia, dizendo que provavelmente pensarão que Rubio será a escolha do Partido Republicano, já que ele é um dos principais nomes para ser companheiro de chapa de Trump.


O senador da Flórida, Marco Rubio, é apontado como o principal candidato a vice de Donald Trump (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images embed)


Além de Rubio, outro possível candidato é Doug Burgum, governador da Dakota do Norte. Burgum disputou a indicação republicana nas eleições deste ano, mas suspendeu sua campanha em dezembro de 2023 por não cumprir os requisitos.

Burgum já está em seu segundo mandato e é abertamente conservador, chegando a assinar no ano passado projeto de lei proibindo o cuidado de afirmação de gênero nas escolas e proibindo quase que totalmente o aborto no estado.

Segundo pesquisa, Biden e Trump seguem empatados em disputa pela presidência dos Estados Unidos

Nesta quarta-feira (03), foi publicada uma pesquisa presidencial feita pela Reuters/Ipsos, que mostra o ex-presidente Donald Trump e o atual presidente dos Estados Unidos Joe Biden empatados, ambos contam com 40% de apoio de eleitores americanos.

A pesquisa foi realizada em dois dias e finalizada na terça-feira (02), participaram desse levantamento 1.070 americanos que enviaram as suas respostas de maneira online, ao menos 20% dos participantes da pesquisa registraram que não sabem qual candidato irão votar.


O presidente dos Estados Unidos Joe Biden durante o primeiro debate presidencial (Foto: reprodução/ Christian Monterrosa/AFP/Getty Images Embed)


Eleitores mostram insegurança em relação a candidatura de Biden

Com um desempenho considerado ruim no primeiro debate presidencial, foi perguntado aos eleitores na pesquisa Reuters/Ipsos se concordavam com a seguinte afirmação que “Biden tropeçou e pareceu mostrar sua idade”, a pesquisa indicou que 83% dos democratas e 97% dos republicanos concordaram com a frase.

 A mesma afirmação foi feita somente trocando o nome de Biden por Trump e somente 58% dos democratas e 11 % dos republicanos fizeram está avaliação do desempenho de Donald Trump no debate.

A pesquisa fez cenários sem Joe Biden

Desde o fim do primeiro debate presidencial, foi ventilado rumores de uma eventual desistência de Joe Biden da sua candidatura à presidência dos Estados Unidos. O levantamento apresentou para os eleitores seis nomes democratas, dentre eles a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, o governador da California, Gavin Newsom, e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

O cenário entre Kamala Harris e Donald Trump, a pesquisa mostra que não haveria uma grande mudança em relação ao cenário atual. Trump levaria uma pequena vantagem com 43% contra 42% de Harris.

Já o desempenho de Gavin Newsom seria pior que de Kamala Harris, o governador democrata da Califórnia teria 39% contra 42% de Donald Trump.

O único nome citado na pesquisa e que venceria Trump é a de Michelle Obama, que conseguiria 50% contra apenas 39% de Trump. Vale lembrar que em algumas ocasiões Michelle Obama já revelou que não disputaria a presidência.

Joe Biden reconhece sua performance insatisfatória no primeiro debate eleitoral

No último sábado (29), Joe Biden, presidente dos EUA, afirmou que não teve um bom desempenho no debate presidencial com o ex-presidente, Donald Trump, ocorrido na quinta-feira (27), em um evento fechado à imprensa e divulgado pela Casa Branca no domingo (30).

“Eu sei que não ando tão rápido como antes, apesar de ter apenas 40 anos (risos). Não falo tão bem como antes. Eu não debato tão bem como no passado. Mas aqui está o que eu sei: sei como dizer a verdade. Eu sei o certo do errado. Eu sei como fazer esse trabalho. Eu sei como fazer as coisas. Sei, como milhões de americanos sabem, que quando você é derrubado, você se levanta.”

Joe Biden

Presidente dos EUA, Joe Biden, em debate eleitoral 2024 (Foto: reprodução/Andrew- Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images embed)


Membros do partido democrata e a imprensa levantaram a hipótese de que Biden deveria desistir de concorrer à Casa Branca. Como está com 81 anos, ele deixaria o poder ao final do segundo mandato com 86 anos de idade, se fosse eleito.

Para se defender, Biden ataca Trump

Em sua defesa, Biden disse saber que o “The New York Times” pediu a saída dele da disputa, mas, o jornal também enumerou 28 mentiras de Trump em 90 minutos. Ele aproveitou para enfatizar os pontos fracos de seu adversário: ideias extremistas, opiniões sobre o aborto e o acontecido em 6 de janeiro. Na opinião do atual presidente, essa postura de Trump desagrada os eleitores.

A equipe de Biden tentou, durante todo o último final de semana, rebater as críticas midiáticas sobre o resultado do debate e voltar os holofotes para o que seria a volta de Trump. Apesar da estratégia, um questionamento crescente por parte dos eleitores se destaca: “Biden não estaria simplesmente muito enfraquecido física e cognitivamente para cumprir mais quatro anos?”


AFP faz análise do primeiro debate eleitoral de 2024 nos EUA (Reprodução/instagram/@afpnewsagency)


Os republicanos apostam na reputação bélica dos EUA

Os republicanos, por sua vez, estão aproveitando a situação para conquistar espaço. O governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, um potencial vice-presidente de Trump, mostrou-se bastante preocupado à NBC, quanto à repercussão mundial da imagem “enfraquecida” de um possível presidente dos EUA .

 “Toda a América viu isso. E sabe quem mais viu isso? Nossos adversários viram. Putin viu, Xi viu, o Aiatolá viu.”

Doug Burgum

Há um certo tempo, os eleitores de Biden já o consideram muito velho para concorrer e, apesar disso, ele tem se mantido próximo de Donald Trump nas pesquisas eleitorais. Além disso, a equipe do democrata aposta no perfil polêmico do candidato republicano, que poderá lhe tirar a vantagem: “Trump é o maior adversário de Trump”.