Decreto do papa Leão XIV afirma que a virgem Maria não ajudou Jesus a salvar o mundo

Nesta terça-feira (04), no Vaticano, concluiu-se um decreto pelo atual Papa, Leão XIV, que afirma que a mãe de Jesus, Maria, não ajudou a salvar o mundo da condenação. Que Jesus pode ter ouvido as palavras de sabedoria de Maria, mas diz categoricamente que ela não tem participação direta.

Esse novo decreto, aprovado pelo Papa Leão XIV, instruiu os 1,4 bilhão de católicos do mundo a não se referirem a Maria como a “corredentora” do mundo. Maria continua sendo a mãe de Jesus e uma ligação fundamental ao apoiar o salvador, sendo somente Jesus Cristo o redentor. Ao mesmo tempo, encerra um debate que vem há séculos entre membros da Igreja e até mesmo outros papas.

Decreto do Papa Leão XIV

Na religião do catolicismo, acredita-se que Jesus, ao se sacrificar por meio da sua crucificação e a conclusão de morte, redimiu a humanidade pelos nossos pecados. Os estudiosos da Igreja Católica têm debatido durante séculos se Maria teria ajudado Jesus a salvar o mundo de uma forma direta, além de ter-lhe dado à luz.

Leão XIV afirmou que somente Jesus salvou o mundo e decretou uma nova instrução, resolvendo assim o debate interno que confundia as principais figuras da Igreja por décadas e até mesmo provocou um raro desacordo aberto entre os papas recentes.


Imagem do Vaticano (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Vatican Pool)


Começamos pelo Papa João Paulo II, que ficou no cargo mais importante da Igreja Católica durante 26 anos. Ele chegou a apoiar a concessão do título a Maria, como “corredentora” ao lado de Jesus, porém parou de usá-lo publicamente em meados da década de 1990, depois que alguns estudiosos da Igreja começaram a expressar um certo ceticismo sobre o assunto.

Já Bento XVI se opôs ao título. Ele comandou o Papado por 8 anos e, durante esse tempo, negava qualquer relação sobre o tema. Papa Francisco era conhecido por ser o mais fervoroso sobre a ideia de conceder a Maria o título de “corredentora”, chegando a chamar a ideia de “tolice”, e hoje chega ao fim essa discussão, quando o atual Papa Leão XIV decreta o fim a essa correlação.

Conclusão do debate

Portanto, o Papa Leão XIV colocou, enfim, um ponto final à discussão sobre se Maria é ou não “corredentora” ao lado de Jesus na salvação do mundo, decretando firmemente que não. O Vaticano reforça a importância do papel da mãe de Jesus como fundamental na vida dele, ao dar à luz, aconselhar e estar ao seu lado. Mas somente a morte de Jesus Cristo salvou a humanidade da morte eterna e dos pecados.


Papa Leão prestando homenagem ao falecido Papa Francisco (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Vatican Pool)


Para concluir, como o Papa Francisco disse, Leão XIV reforçou que Maria, como mãe de Jesus, “nunca quis tirar nada de seu filho para si mesma”, afirmando que o único a realmente ser o redentor do mundo seria Jesus. Ao final do decreto de Leão XIV, ele relembra a passagem bíblica e, de acordo com a Bíblia, a resposta de Maria ao anjo, que lhe disse que ela ficaria grávida mesmo sendo virgem, foi “Que assim seja”. Demonstrando o quanto ela estava empenhada em fazer aquilo que Deus queria para sua vida, sem querer mais do que lhe pertencia, muito menos esse título.

 

 

Trump revoga fiança sem dinheiro e critica extrema-esquerda

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (25) um decreto que visa proibir a liberação de detentos sem o pagamento de fiança, medida anteriormente adotada pelo seu antecessor, o ex presidente Joe Biden, do partido Democrata. Trump alegou intenção foi ‘’desastre na extrema-esquerda’’

Novo decreto

Donald Trump assinou a revogação do recurso que permitia ao preso aguardar o julgamento em liberdade sem a necessidade de pagamento de fiança. Em contrapartida, o réu precisava apenas comparecer a todas as audiências judiciais ao longo do processo.

O decreto passa a valer inicialmente apenas na capital do país, Washington, D.C., onde, algumas semanas atrás, Trump também declarou intervenção federal. A polícia local agora tem a ordem de manter os presos sob custódia para evitar a liberação sem pagamento de fiança.

Durante a declaração na Casa Branca, Trump afirmou: “Temos o direito de fazer isso [acabar com a fiança sem dinheiro] por meio da federalização.” O presidente ameaçou ainda reduzir verbas federais para estados que se opuserem ao decreto. Pam Bondi, Procuradora-Geral dos EUA, foi encarregada de identificar quais fundos federais podem ser suspensos ou cancelados, caso necessário.

Trump criticou o governo de seu antecessor, Joe Biden, declarando-o como ligado à extrema-esquerda. Biden, do Partido Democrata, foi eleito o 46º presidente dos EUA e exerceu o seu mandato de 2021 até o início de 2025. Ele era visto, entretanto, como defensor do centro-esquerda, e não da extrema-esquerda.

Intervenção federal

No dia 11 de agosto, Trump ordenou o controle federal da Guarda Civil na capital dos Estados Unidos, alegando a necessidade de redução da criminalidade em Washington, D.C. Desde então, tropas da Guarda Civil têm autorização para patrulhar a cidade armadas.

O presidente declarou, durante a cerimônia realizada na Casa Branca nesta segunda-feira, que pode expandir as patrulhas federais para cidades consideradas democratas, como Baltimore e Chicago. Em outra ordem executiva assinada na tarde de hoje, a Procuradora Pam Bondi foi instruída a processar pessoas que queimem ou profanem a bandeira dos Estados Unidos.


Donald Trump em evento do decreto de intervenção Federal (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Até o momento, o presidente Donald Trump apenas fez declarações sobre possíveis expansões federais e cortes de verbas de outras jurisdições. Nenhuma decisão adicional foi oficialmente decretada, além da revogação da fiança sem pagamento e do processo a quem queimar bandeiras.

Justiça da Argentina decide que decreto de Milei sobre limitar direito a greve é inconstitucional

Nesta segunda-feira (30), a justiça da Argentina decidiu que o decreto do presidente Javier Milei que trazia limitações ao direito a greve em várias atividades que são consideradas essenciais é inconstitucional. Conforme foi informado por eles, não foram apresentadas condições de rigorosa excepcionalidade para o poder executivo avançar em atribuições pertencentes ao congresso, questionando ainda o caráter de extrema urgência, e que não havia circunstâncias excepcionais ou situações de necessidade que tenham gerado impedimento no processo na promulgação de leis.

Decreto inconstitucional

Conforme decisão proferida pela justiça, já havia ocorrido a suspensão da aplicação do decreto presidencial apresentado pela confederação geral do trabalho (CGT), alegando a consideração de ser uma violação dos estatutos trabalhistas e o direito de greve sendo estabelecido pela constituição. A polêmica decisão vinda do presidente da Argentina, ainda assim havia criado a categoria de atividades de importância transcendental, tendo a inclusão de transportes de pessoas, a construção e indústria alimentícia e a gastronomia, tendo em vista a situação.

Teste de resistência

Milei havia entrado numa queda de braço há um pouco mais de um ano com os legisladores, tendo uma fraca base partidária e por conta disso o presidente da Argentina responsabilizou o congresso pela lentidão, acusando os deputados e os senadores pela demora para aprovar o decreto, que ele havia anunciado aos argentinos naquela ocasião, a respeito do mega decreto de choque, que estabelece a desregulamentação massiva da economia permitindo a privatização de empresas públicas, o próprio DNU já havia considerado inconstitucional o decreto promulgado pelo presidente do país em questão.


Presidente da Argentina, Javier Milei, no dia 17 de junho de 2025, em evento realizado em Buenos Aires (Foto: Reprodução/Tomas Cuesta/Getty Images Embed)


A divisão de poderes

“Baseando-se numa fórmula muito simples: o poder legislativo aprova leis, o poder executivo administra e o poder judiciário resolve os casos, tudo no domínio da força normativa da constituição e dos tratados de direitos humanos” argumentou Dominguez. Em 2023, quando estava havendo protestos, já vinha sendo discutido essas questões relacionadas ao decreto, e naquela ocasião, eles já estavam considerando essas atitudes do presidente inconstitucional.

Trump põe em prática decretos que retiram privilégios de imigrantes nos Estados Unidos

Na semana desta sexta-feira (24), o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou sua “caça as bruxas” a estrangeiros residentes ilegalmente em solo americano, colocando em prática sua política de cerco aos imigrantes no país, condenando-os a prisão ou deportação, dependendo do caso específico de cada indivíduo.

Novo mandato de Trump começa de maneira rígida


Trump participa de movimento anti-aborto anual “Marcha Pela Vida” (Foto: Reprodução/Kent Nishimura/Getty Images Embed)


Desde que assumiu o poder executivo do país pela segunda vez desde o período 2016-2010, Trump já colocou uma de suas principais propostas de campanha em prática, colocando cerca de 538 pessoas atrás das grades em operação realizada na noite desta quinta-feira (23), além do exílio de centenas de residentes desde o começo da semana.

Em entrevista, Matthew Platkin, procurador-geral de Nova Jersey, relatou sua revolta diante das medidas adotadas pelo presidente:

Presidentes são poderosos, mas ele não é um rei. Ele não pode reescrever a constituição com um simples golpe de caneta, relatou

Entre os deportados, temos um grupo contendo 158 latino-americanos, que neste momento está a caminho de Belo Horizonte, em um voo realizado em um avião militar vindo do governo americano, a exemplo das demais deportações, destinadas a outros cantos do planeta.

Fim da cidadania automática e retorno de restrição a mexicanos

Como parte de sua nova política, Trump ainda emitiu uma ordem executiva que elimina o direito à cidadania para filhos de que for determinado como imigrante ilegal ou temporário; este último tendo como exemplo, caso alguma turista grávida acabe parindo seu bebê durante sua viagem ao país norte-americano.

Neste caso, a justificativa para que a cidadania da criança fosse considerada, seria a presença do chamado “visto de turista” por parte dos pais, estratégia que inclusive já foi utilizada por celebridades brasileiras, como: Claudia Leitte, Simone Mendes e Luciana Gimenez.


Presidente Donald Trump diante de muro construído na fronteira com o México (Foto: Reprodução/Alex Brandon/AP Photo/G1)

O presidente ainda retomou o programa “Fique no México”, adotado em seu primeiro mandato, porém deixado de lado por seu sucessor, Joe Biden. A iniciativa proíbe que cidadãos mexicanos possam pedir asilo nos Estados Unidos.

Donald Trump decreta o fim à cidadania automática

Em seu segundo dia de mandato, Donald Trump assinou vários decretos, entre eles, o de dar fim à cidadania automática, isto é, o poder de se tornar cidadão americano ao nascer nos Estados Unidos sendo filho ou filha de pais residentes no país de forma ilegal.

Para alguns especialistas, as ações do atual presidente eleito continuarão a ser inaceitáveis nos tribunais.


Momento de celebração à posse de Donald Trump publicado nas redes sociais (reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)


Decreto atual de Donald Trump

A promessa de campanha de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, pela sua segunda passagem pela Casa Branca em Washington, se cumpriu na última segunda-feira (20).

Além de assinar vários outros decretos e declarar emergência na fronteira do país com o México, voltando a reunir forças militares junto ao muro construído por ele, por exemplo, assinou também o decreto de acabar com a cidadania automática para os filhos de imigrantes.

Esse decreto visa impedir que os órgãos do governo dos EUA emitam ou aceitem documentos para pessoas nascidas quando suas mães estiveram ilegalmente ou temporariamente nos EUA e seus pais não eram cidadãos ou residentes permanentes legais no momento do nascimento.

Ao limitar esse direito, o decreto cria uma camada de exclusão social e jurídica. Filhos de imigrantes nessas condições podem crescer sem status legal, dificultando o acesso a serviços básicos, como escolas, assistência médica e até mesmo um emprego formal.

Além disso, eles ficam mais vulneráveis ​​às deportações e à separação de suas famílias, criando um clima de insegurança.

O que diz a Constituição dos EUA

De acordo com a Emenda 14 de 1868 da Constituição dos Estados Unidos, a cidadania americana é concedida “a todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos e que estão sujeitas a sua jurisdição” ainda afirma que “são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado onde tiver residência”, ou seja, significa que qualquer pessoa que nascer em solo americano, se tornará automaticamente cidadão americano.

Para Donald Trump, uma pessoa não poderia se tornar americana se esta tivesse pais que não obtém documentação legal para residir no solo americano. Segundo especialistas, dificilmente algum tribunal aceitaria os argumentos contrários à Constituição.

Governo Federal publica decreto com regras para o alistamento feminino

O governo brasileiro publicou nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União um decreto que regulariza o alistamento voluntário para mulheres de 18 anos a partir de 2025. As mulheres já podiam fazer parte das forças armadas, mas não por meio de alistamento e sim através de concursos públicos militares.

As mulheres que completarem 18 anos e estiverem interessadas vão poder se alistar entre janeiro e junho. Durante o processo de alistamento, as participantes irão passar por exames médicos e laboratoriais. Ainda de acordo com o decreto, as mulheres não poderão ter estabilidade no exército e passarão a compor a reserva a compor a reserva não remunerada.


Mulheres vão poder participar do serviço militar (Foto: reprodução/Exército Brasileiro)

Regras do alistamento feminino

O alistamento feminino será voluntario e ocorrerá anualmente dentre os meses de janeiro até junho. As mulheres que quiserem participar vão ter que estar completando 18 anos, e passarão por vários critérios de avaliação como aspectos culturais, físicos e até mesmo psicológico.

O processo de seleção pode ter mais uma etapa, que seria os exames clínicos e laboratoriais que precisam apontar que a participante pode integrar o serviço militar.

Em relação a desistência o decreto informa que se a alistada não comparecer em algumas das etapas da seleção será automaticamente classificada como desistente. As participantes podem desistir do alistamento até o momento da incorporação, a partir da incorporação as mulheres estão sob as mesmas normas que os homens.

As mulheres no exército brasileiro

Os comandantes das Forças Armadas decidiram de forma unanime permitir a participação de mulheres nos alistamentos militares. Inclusive o exército, a marinha e a FAB estão com a intenção de construir estruturas paras a mulheres que vão passar a integrar as Forças Armadas. Existe também o interesse de divulgar e incentivar o alistamento feminino.

José Múcio, ministro da defesa, tem o objetivo de que o crescimento feminino nas Forças Armadas seja feito de maneira gradativa. Inicialmente a expectativa é de que 20% das vagas nas Forças Armadas sejam femininas.

Pará publica decreto para combater queimadas no estado

Nesta terça-feira (27), o Diário Oficial do Estado do Pará publicou um decreto que proíbe o uso de fogo para a limpeza de áreas de manejo em todo o estado. A decisão foi tomada pelo governador Helder Barbalho (MDB), em resposta à crescente onda de queimadas que tem devastado grandes áreas de floresta no estado. A medida visa combater os incêndios que, além de destruírem a vegetação nativa, prejudicam a qualidade do ar e ameaçam a saúde da população local.

Estado de Emergência e Restrição Rigorosa

O decreto assinado pelo governador estabelece a proibição da “permissão, autorização e utilização de fogo, inclusive para limpeza e manejo de áreas, em todo o estado do Pará”. O estado de emergência declarado acompanha essa proibição e tem como objetivo mobilizar recursos e ações imediatas para enfrentar as queimadas. A proibição estará em vigor por um período inicial de 180 dias úteis, com possibilidade de prorrogação por mais 180 dias, caso a situação não apresente sinais significativos de melhora.

A decisão do governo estadual surge em um momento crítico, com o aumento significativo dos focos de incêndio nas últimas semanas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Pará é um dos estados mais afetados, com mais de 67% dos focos de incêndio registrados na região Amazônica desde o início de julho. As áreas mais afetadas incluem o sul e sudeste do estado, regiões historicamente mais vulneráveis devido à prática de queimadas para preparo do solo agrícola.


Vista aérea de uma área de floresta amazônica devastada (Reprodução/Evaristo Sá/AFP/Getty Images)

Impacto Direto nas Comunidades Locais

A situação das queimadas no Pará não só afeta o meio ambiente, mas também tem um impacto direto nas comunidades locais, principalmente nas áreas rurais. A fumaça proveniente das queimadas tem causado problemas respiratórios na população, levando a um aumento na procura por atendimentos médicos e sobrecarregando o sistema de saúde local. Além disso, o avanço do fogo ameaça a subsistência de famílias que dependem da floresta para a agricultura e outros meios de vida.

As autoridades estaduais, em parceria com organizações de combate a incêndios, têm intensificado os esforços para controlar as chamas. A Secretaria de Meio Ambiente do Pará (SEMAS) está coordenando operações em áreas críticas, utilizando brigadas especializadas e recursos aéreos para combater os focos de incêndio mais agressivos. No entanto, a extensão e a intensidade das queimadas tornam o controle um desafio contínuo, exigindo uma abordagem integrada que inclua fiscalização rigorosa e medidas preventivas.

Com a publicação do decreto, o governo do Pará espera reduzir drasticamente o número de queimadas ilegais e descontroladas no estado. A expectativa é que a proibição do uso de fogo ajude a conter a propagação dos incêndios e a proteger as áreas de floresta remanescente, essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico da região. No entanto, a eficácia da medida dependerá da capacidade de fiscalização e do engajamento das comunidades locais em adotar práticas de manejo sustentável.

Amazonas enfrenta seca severa e declara emergência em 20 municípios

Nesta sexta-feira (5), o governo do Amazonas declarou estado de emergência em 20 municípios das regiões do Alto Solimões, Juruá e Purus devido à baixa no nível dos rios que assola o estado. Segundo a Defesa Civil, os níveis dos rios estão abaixo das médias históricas para esta época do ano.

Entenda a situação

O Rio Negro registrou, nesta sexta-feira (5), uma cota de 26,70 metros, enquanto nos anos anteriores as marcas foram de 27,89 metros em 2023, 29,59 metros em 2022 e 29,87 metros em 2021.

O governador Wilson Lima destacou a importância do Decreto de Emergência para oferecer suporte legal aos municípios afetados. “É importante para que eles possam se mobilizar e que a gente possa também estabelecer essa relação e essa comunicação com o Governo Federal”, declarou Wilson. 

Além disso, o governo do Amazonas emitiu um Decreto de Emergência Ambiental que proíbe totalmente o uso de fogo em 22 cidades do sul do estado e na Região Metropolitana de Manaus.

Importância da medida

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destacou que o Decreto de Emergência Ambiental é inovador, pois, além de definir as responsabilidades das entidades governamentais, proíbe o uso de fogo enquanto durar a seca e estabelece critérios de qualidade do ar, o que é importante considerando o problema com fumaça que Manaus enfrentou no ano passado.

Para gerenciar todas essas medidas, foi criado o Comitê de Enfrentamento à Estiagem, composto por 33 secretarias e órgãos estaduais. Um Comitê Técnico-Científico também dará suporte às autoridades em questões relacionadas às mudanças climáticas extremas.


Governador Wilson Lima institui Comitê de Enfrentamento à Estiagem e Mudanças Climáticas (Foto: reprodução/Instagram/@wilsonlimaam)

Desde o ano passado, o governo do Amazonas vem planejando ações para minimizar os impactos de possíveis novas estiagens, priorizando o abastecimento de água potável, insumos médicos, produção rural, logística educacional e ajuda humanitária.

Governo Federal institui “nova cesta básica” para promover segurança alimentar e combater a fome

O Governo Federal, liderado pelo presidente Lula (PT), anunciou uma medida crucial no combate à fome e na promoção da segurança alimentar: a criação da “nova cesta básica”. Essa iniciativa, revelada durante um pacote abrangente de ações, visa garantir o direito à alimentação para todos os cidadãos brasileiros.

O decreto que estabelece os parâmetros dessa cesta foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, marcando um marco importante na agenda governamental.

O decreto redefine os grupos de alimentos que compõem a cesta básica, refletindo uma abordagem mais abrangente e saudável. Agora, além dos itens tradicionais como feijões, cereais e carnes, a cesta básica inclui também frutas, legumes, leites e queijos, entre outros.

Um destaque importante é a inclusão de alimentos minimamente processados, enfatizando a importância de uma dieta mais natural e equilibrada.

Restrições a alimentos processados e ultraprocessados


Com Nova Cesta Básica, Governo Federal busca desestimular o consumo de produtos processados (reprodução/Folha de Pernambuco)

Uma das diretrizes fundamentais do decreto é a limitação rigorosa dos alimentos processados e ultraprocessados na cesta básica. Esses produtos, muitas vezes associados a problemas de saúde, serão permitidos apenas em circunstâncias excepcionais e mediante autorização do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O governo busca assim desestimular o consumo desses itens, visando reduzir doenças como obesidade e câncer.

Prioridade para agricultura familiar

O decreto também estabelece uma prioridade para alimentos produzidos pela agricultura familiar, reconhecendo o papel crucial desse setor na segurança alimentar do país. Além disso, ressalta a importância de considerar o impacto fiscal das adaptações na cesta básica, especialmente no que diz respeito à redução das desigualdades de renda. Isso demonstra um compromisso claro do governo em promover políticas que beneficiem os mais vulneráveis.

Elaboração de portaria para detalhar “Nova Cesta Básica”

Uma portaria complementar está em processo de elaboração pelo governo, fornecendo exemplos detalhados dos alimentos incluídos nos grupos mencionados no decreto da “nova cesta básica”. Esse documento será crucial para orientar não apenas a implementação das novas diretrizes, mas também para garantir transparência e clareza sobre as mudanças propostas.

Após 31 óbitos, São Paulo decreta estado de emergência contra a dengue

Na manhã desta terça-feira (05) o estado de São Paulo teve, por meio do decreto, estado de emergência para a dengue confirmado. As informações e também a decisão foram tomadas pelo Centro de Operações de Emergências (COE), órgão coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde. O Diário Oficial deve oficializar o decreto ainda nesta terça-feira. 

Conforme informações do painel de monitoramento da Secretaria de saúde de São Paulo, são 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes. Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, afirmou que o estado enfrenta uma epidemia. “A gente trabalhou com os dados do painel de monitoramento: 311 casos por 100 mil habitantes. A gente está em epidemia, segundo o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) determina dos casos confirmados.” 

Sobre o decreto

Com o decreto, a autonomia dos gestores públicos para o combate à dengue aumenta, conseguindo dispor de recursos e destiná-los para o combate à doença com maior agilidade e sem a necessidade de licitação, assim como subsídio do Ministério da Saúde. O decreto, conforme o COE, ainda prevê uma distribuição de recursos do governo federal para estados e municípios. 

“O que muda agora com decreto é que a gente pode ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar a nossa rede de atenção. E os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus municípios”, disse a secretária da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris. Ela também explicou a cerca da liberação de recursos por parte do governo federal para o combate à dengue e afirmou não saber a estimativa do valor global e que o recurso será limitado. 

O Governo ainda pretende aumentar o número de equipamentos fumacê – pulverizador de inseticida por meio de veículos, pulverizando ruas e áreas abertas públicas. Comum para contenção de epidemias arboviroses. Atualmente são cerca de 600 equipamentos de pulverização de inseticidas. Para seguir com o plano de ação supracitado é necessário aprovação do Ministério da Saúde, que já está em negociação. 

Em meio aos 645 municípios do estado de São Paulo, 22 já acataram o decreto e confirmaram estado de emergência: Bariri, Bertioga, Boracéia, Botucatu, Getulina, Guararema, Guaratinguetá, Jacareí, Jandira, Mairiporã, Marília, Mauá, Pederneiras, Pindamonhangaba, Registro, Santa Branca, São Manuel, Sorocaba, Suzano, Taubaté, Votorantim e Votuporanga.

Incidências de casos e mortes

A circulação dos sorotipos da dengue é monitorada pelo estado de São Paulo. Conforme a coordenadora de Controle de Doenças, a incidência é maior de dengue 1 e 2, a qual a taxa de positividade está em 40%. O aquecimento global e as chuvas constantes se tornaram a conjuntura perfeita para a proliferação do mosquito da dengue, assim como o aumento dos casos, isso de acordo com o diretor técnico do Instituto Butantã e também Membro do COE, Esper Georges Kallás. 

“Os casos continuam crescendo, a gente ainda não sabe quando será o pico. Não dá para dar a previsão exata (…). Como existem estados que estão em uma situação bem pior que São Paulo, a gente tem que se preparar”

Kallás

Entretanto, as mortes pela doença no estado continuam crescendo. 31 óbitos já eram confirmados nesta segunda-feira (4), conforme dados do painel de controle da doença da Secretaria Estadual de Saúde (SES). De acordo com os dados, outras 122 mortes estão sendo investigadas. Já o número de casos chegou a 138.259, 169 considerados em estado grave. 

21 municípios registraram óbitos entre 1° de janeiro e 4 de março (segunda-feira):

  1. Bebedouro: 1 morte
  2. Bariri: 2 mortes
  3. Bauru: 1 morte
  4. Pederneiras: 2 mortes
  5. Bragança Paulista: 1 morte
  6. Campinas: 1 morte
  7. São Paulo: 2 mortes
  8. Franca: 1 morte
  9. Restinga: 1 morte
  10. Marília: 3 mortes
  11. Guarulhos: 3 mortes
  12. Suzano: 1 morte
  13. Batatais: 1 morte
  14. Ribeirão Preto: 2 mortes
  15. Serrana: 1 morte
  16. Mauá: 1 morte
  17. Parisi: 1 morte
  18. Votuporanga: 1 morte
  19. Pindamonhangaba: 2 mortes
  20. Taubaté: 2 mortes
  21. Tremembé: 1 morte

Ministério da Saúde já disponibilizou doses de imunizantes contra a dengue para 500 municípios (reprodução/Freepik)

Imunização

Uma lista do Ministério da Saúde foi divulgada em 25 de janeiro com cerca dos 500 municípios que receberam a vacina contra a dengue. Primeiramente, o público alvo seriam jovens entre dez e 14 anos. 

Entre os municípios citados na lista, onze pertencem ao estado paulista Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema,Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. A capital de São Paulo não foi incluída. A vacinação nos municípios da terra da garoa deu-se início a partir de 19 de fevereiro.