Carla Zambelli pode ter cassação em analise do CCj da Câmara nesta terça-feira

Nesta terça-feira (2), a CCJ poderá analisar a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Estando em pauta na reunião que ocorrerá no dia em questão, será possivelmente apresentado pelo relator Diego Garcia (Republicanos-PR) um parecer sobre o caso na sessão. Em 2022, ela havia sido condenada pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão pela perseguição armada a um homem em 2022. Zambelli foi presa em Roma, capital da Itália, em julho deste ano, antes de se tornar definitiva a condenação. A direção da câmara fez o encaminhamento à CCJ com uma representação comunicando a decisão do supremo, em relação a esse caso, para poder averiguar a situação.

Entenda a situação

Recentemente, a deputada esteve participando remotamente de uma audiência em relação ao caso na CCJ. Durante a sessão, ela e o Delgatti se desentenderam, com Zambelli o acusando de ser “mitomaníaco“, questionando a saúde mental do hacker, pois, segundo a própria informou, ele estaria utilizando medicamentos para tratar TDAH. Carla tem cidadania italiana e está lá desde maio deste ano. Após passar por três audiências nas terras italianas, a justiça do país em questão decidiu mantê-la presa por risco de fuga.

Os juízes fizeram uma análise minuciosa dos laudos médicos e decidiram mantê-la presa. Conforme eles informaram, a equipe que faz o trabalho no local onde a paciente se encontra internada garantiu as terapias farmacológicas e o monitoramento básico e especializado de sua saúde e ainda deixou claro a respeito da administração correta das terapias estabelecidas.


Carla Zambelli conversando com parlamentar no dia 18 de outubro em 2025 (Foto:reprodução/Evaristo S.a/Getty Images Embed)


Carla Zambelli trajetória

Em 2010, ela conseguiu notoriedade por fazer parte do grupo feminista Femen e, após isso, participar do movimento ultraconservador. Deputada federal eleita em 2018 pelo PSL, falando sempre que sua pauta principal seria o combate à corrupção.

Conforme ela mesma informou, isso seria moldado por três pilares: menos estado, mais justiça e educação de verdade. Já em 2019, esteve na China para conhecer o novo sistema de reconhecimento do país pelos chineses. No ano de 2022, foi reeleita para o cargo que já exercia na época até ser presa em 2025.

Zambelli passará por processo de extradição

Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal afastada do mandato, foi capturada pelas autoridades italianas em Roma. Segundo informaram nesta segunda-feira (28) o Ministério da Justiça e a Polícia Federal, ela será submetida a um procedimento que pode resultar em sua extradição para o Brasil.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão por invadir, em 2023, o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos. Desde 5 de junho, a deputada estava incluída na lista de alertas da Interpol, rede internacional usada para rastrear e capturar pessoas investigadas ou já condenadas.

O processo de extradição é um procedimento legal entre países que permite a entrega de um indivíduo condenado ou sob investigação às autoridades do país solicitante. No caso de Zambelli, caberá à Justiça italiana decidir sobre o pedido feito pelo Brasil, seguindo os tratados internacionais e as leis locais.

Prisão em Roma contou com apoio internacional

Segundo o Ministério da Justiça, Zambelli foi detida depois de se apresentar de forma voluntária às autoridades na Itália. A operação teve a participação da polícia brasileira, da Interpol e de órgãos de segurança da Itália.

A nota divulgada pelo governo brasileiro reforça que a prisão é resultado da cooperação entre os países e que a extradição seguirá todos os trâmites previstos. Até a decisão final, Zambelli permanecerá sob custódia na Itália.


Carla Zambelli é presa na Itália (Foto: reprodução/Instagram/@bnews_oficial)


Condenação e inclusão na difusão vermelha

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal condenou a parlamentar por invadir de forma ilícita o sistema do CNJ e incluir dados falsos. A decisão teve grande repercussão no país e motivou a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol.

A detenção de Carla Zambelli representa uma nova etapa do caso, que passa a ser tratado pelas autoridades italianas em articulação com o governo brasileiro. Caso a extradição seja aprovada, a deputada voltará ao país para cumprir a pena a que foi condenada.

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália

O Ministério da Justiça afirmou nesta terça-feira (29), que a deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), foi presa na Itália. Ela havia fugido para a nação europeia após ser condenada a 10 anos de prisão, pelo caso da invasão hacker no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela atualmente é mantida no país, porém tem risco de obter extradição, sendo forçada a retornar para o Brasil.

A prisão da deputada

O deputado italiano Angelo Bonelli veio ao seu perfil no X (antigo Twitter), declarar que ele foi o responsável por entregar o endereço de Carla Zambelli para a polícia, que foram ao apartamento onde a deputada estava e a prenderam.

Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, disse o deputado.


Tweet de Angelo Bonelli denunciando Carla Zambelli (Vídeo: reprodução/X/AngeloBonelli1)

Zambelli disse que quer ser julgada pela justiça italiana e iria provar que não tinha envolvimento no caso da invasão ao sistema do CNJ. Ela declarou que a condenação dela foi baseada em um depoimento de um hacker, chamado Walter Delgatti, que foi chamado de mentiroso, pela deputada.

O Ministério da Justiça já havia demandado oficialmente o retorno parlamentar, que estava foragida. Em até 48h haverá a confirmação da audiência que definirá a possível extração.

O caso que levou à prisão

O caso original, que levou à condenação de Carla Zambelli, envolve a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que a deputada trabalhou junto com o hacker Walter Delgatti, que também está preso, em janeiro de 2023. O Supremo Tribunal Federal (STF), então a declarou culpada e Carla foi condenada a 10 anos de prisão e era considerada foragida, após sua fuga para a Europa. Ela também deve perder seu mandato, como determinado pela Corte, que aguarda somente a aprovação da Câmara.

Zambelli deixou o Brasil em maio, passando pelos Estados Unidos e então indo para a Itália, onde se firmou, por ter cidadania italiana.

Marido de deputada estadual é preso após ser encontrado com dinheiro na cueca

Nessa segunda-feira (9), o empresário Renildo Lima foi preso após ser encontrado com R$ 500 mil em dinheiro vivo. O marido da deputada federal Helena da Asatur, do MDB, tinha uma parte desse dinheiro em sua cueca. Ele e outros cinco suspeitos foram presos, entre elas uma advogada e dois policiais do BOPE, que faziam segurança particular.

Segundo a Polícia Federal, os suspeitos estavam em dois carros diferentes, sendo presos após uma denúncia sobre compra de votos em Roraima. Os dois policiais que faziam segurança particular estavam de folga. A Polícia Militar de Roraima acompanhará o caso.

A deputada e mulher de Renildo Lima fez comentário nas redes sociais dizendo: “Acreditar que movimentar o próprio dinheiro é sinônimo de compra de votos é pura ignorância. Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava.”

Em menos de uma semana, a Polícia apreendeu mais de R$ 2 milhões em dinheiro relacionados a crimes eleitorais no estado de Roraima.

Liberdade aos envolvidos

Embora tenham sido presos, nesta terça-feira (10), na audiência de custódia, a justiça concebeu liberdade a Ronildo Lima e aos cinco suspeitos. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a prisão preventiva do empresário ou dinheiro para fiança, porém a justiça não acatou.

No pedido, o MPE evidenciou a gravidade do fato, por se tratar de um grande valor em espécie com anotações e materiais de campanha de candidatos. Além disso, havia também troca de mensagem entre candidatos de outras cidades, o que representaria crime eleitoral.

Na audiência, aplicou algumas medidas a Renildo, como ficar em casa à noite entre 18h e 8h; comparecer bimestralmente em juízo e quando for intimado; informar a justiça qualquer viagem acima de 8 dias, e pedir permissão para qualquer viagem internacional. A única que precisou pagar fiança de R$ 5 mil foi a advogada.

Nota da deputada Helena da Asatur

A deputada federal Helena Lima esclarece que o empresário e seu marido, Renildo Lima, participou de audiência de custódia realizada na terça-feira (10), na qual foi comprovada a legalidade dos recursos sob sua responsabilidade e o destino correto do dinheiro. Com base nas informações apresentadas, o juiz considerou a prisão em flagrante arbitrária.

A deputada reitera que sempre confiou no esclarecimento dos fatos e na Justiça, acreditando que a verdade prevaleceria.

Como representante de Roraima, a deputada Helena Lima seguirá focada em seu trabalho e no compromisso com o desenvolvimento do estado e a defesa dos interesses da população.”

Ronildo Lima com sua mulher Helena da Asatur (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Decisão do juíz

Em sua decisão, o juiz eleitoral Breno Jorge Coutinho, responsável pelo caso, avaliou a situação, as provas e chegou a conclusão de que “verifica-se que há prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria“.

Entretanto, o juíz afirma que a liberdade dos suspeitos não atrapalharia a investigação, e que as medidas cautelares.