Nessa segunda-feira (9), o empresário Renildo Lima foi preso após ser encontrado com R$ 500 mil em dinheiro vivo. O marido da deputada federal Helena da Asatur, do MDB, tinha uma parte desse dinheiro em sua cueca. Ele e outros cinco suspeitos foram presos, entre elas uma advogada e dois policiais do BOPE, que faziam segurança particular.
Segundo a Polícia Federal, os suspeitos estavam em dois carros diferentes, sendo presos após uma denúncia sobre compra de votos em Roraima. Os dois policiais que faziam segurança particular estavam de folga. A Polícia Militar de Roraima acompanhará o caso.
A deputada e mulher de Renildo Lima fez comentário nas redes sociais dizendo: “Acreditar que movimentar o próprio dinheiro é sinônimo de compra de votos é pura ignorância. Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava.”
Em menos de uma semana, a Polícia apreendeu mais de R$ 2 milhões em dinheiro relacionados a crimes eleitorais no estado de Roraima.
Liberdade aos envolvidos
Embora tenham sido presos, nesta terça-feira (10), na audiência de custódia, a justiça concebeu liberdade a Ronildo Lima e aos cinco suspeitos. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a prisão preventiva do empresário ou dinheiro para fiança, porém a justiça não acatou.
No pedido, o MPE evidenciou a gravidade do fato, por se tratar de um grande valor em espécie com anotações e materiais de campanha de candidatos. Além disso, havia também troca de mensagem entre candidatos de outras cidades, o que representaria crime eleitoral.
Na audiência, aplicou algumas medidas a Renildo, como ficar em casa à noite entre 18h e 8h; comparecer bimestralmente em juízo e quando for intimado; informar a justiça qualquer viagem acima de 8 dias, e pedir permissão para qualquer viagem internacional. A única que precisou pagar fiança de R$ 5 mil foi a advogada.
Nota da deputada Helena da Asatur
“A deputada federal Helena Lima esclarece que o empresário e seu marido, Renildo Lima, participou de audiência de custódia realizada na terça-feira (10), na qual foi comprovada a legalidade dos recursos sob sua responsabilidade e o destino correto do dinheiro. Com base nas informações apresentadas, o juiz considerou a prisão em flagrante arbitrária.
A deputada reitera que sempre confiou no esclarecimento dos fatos e na Justiça, acreditando que a verdade prevaleceria.
Como representante de Roraima, a deputada Helena Lima seguirá focada em seu trabalho e no compromisso com o desenvolvimento do estado e a defesa dos interesses da população.”
Decisão do juíz
Em sua decisão, o juiz eleitoral Breno Jorge Coutinho, responsável pelo caso, avaliou a situação, as provas e chegou a conclusão de que “verifica-se que há prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria“.
Entretanto, o juíz afirma que a liberdade dos suspeitos não atrapalharia a investigação, e que as medidas cautelares.