Sapatos de John Galliano revelam a transformação estética da Dior

Os sapatos criados por John Galliano na Dior ajudam a entender como o estilista mudou o modo de trabalho da marca. As escolhas de formas, cores e materiais mostram como ele organizou novas ideias para as coleções e para a comunicação da grife. Cada modelo indica caminhos que ele queria destacar nas passarelas e no mercado.

Ao retomar referências do acervo da Dior, Galliano conectou o passado da casa com propostas modernas. Ele ajustou estruturas, revisou formatos e apresentou soluções que marcaram desfiles e registros de moda.

Salto escultural

Na coleção Primavera/Verão 2009, Galliano apostou em cores fortes e diferentes estampas para trazer mais frescor à temporada. Mesmo assim, a ousadia continuou presente. Um dos modelos que mais emblemáticos foi uma sandália com um salto decorado por uma pequena escultura prateada de uma pessoa, tornando o acessório um destaque da coleção.


Sapato Dior apresentado no desfile de Primavera/Verão 2009 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Francois Guillot)


Meias vibrantes

Também parte da coleção de Primavera/Verão, mas do ano de 2005, o estilista apresentou um lado mais leve e bem-humorado em suas criações. Em um dos momentos do desfile, uma modelo surgiu usando um sapato coberto por uma meia de tricô colorida, enfeitada com pequenas flores. O detalhe, que remetia ao trabalho artesanal e ao clima caseiro, reforçou a proposta divertida e inesperada da coleção.


Sapato Dior apresentado no desfile de Primavera/Verão 2005 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Stephane Cardinale/Corbis)


Arte romântica

Na coleção de alta costura de 2009, Galliano buscou inspiração na arte holandesa do século XVII, com destaque para o pintor Vermeer. Com essa referência, o estilista criou uma sandália de camurça com tiras delicadas e salto escultural em espiral, inspirado nos detalhes barrocos. O resultado trouxe um toque romântico e sofisticado à coleção, unindo arte e moda de forma elegante.


Sapato Dior apresentado no desfile de alta-costura Primavera/Verão 2009 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Francois Guillot)


Tradições e formas modernas

A coleção de alta costura de 2007 foi inspirada na cultura japonesa e Galliano explorou essa referência com grande ousadia artística, criando peças detalhadas e produções de beleza impactantes. Nos sapatos, o estilista apostou em modelos de design geométrico com tiras mais grossas e trouxe um toque moderno a elementos inspirados no vestuário tradicional.


Sapato Dior apresentado no desfile de alta-costura Primavera/Verão 2007 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Francois Guillot)


Os sapatos de John Galliano mostram como ele transformou a Dior, unindo tradição e modernidade. Cada modelo reflete sua criatividade e ousadia, tornando o calçado parte essencial da identidade da marca e deixando uma marca duradoura na moda.

Dior leva Cruise 2026 para LA e marca nova fase sob comando de Jonathan Anderson

A Dior revelou que vai apresentar o seu próximo desfile Cruise no dia 13 de maio de 2026. A grife definiu Los Angeles como local da apresentação. Embora o endereço exato ainda não tenha sido divulgado, a Califórnia já tem uma ligação forte com a marca. Maria Grazia Chiuri estreou a coleção Cruise na região em 2017, com um desfile em Calabasas, enquanto Kim Jones levou um desfile resort para Venice Beach em 2023, em parceria com Eli Russell Linnetz.

Dior amplia conexão com a Costa Oeste

A presença da Dior em Los Angeles vem ganhando cada vez mais força, especialmente depois da abertura da nova loja principal na Rodeo Drive, assinada pelo arquiteto Peter Marino. A criação desse espaço consolidou a marca na cidade e reforçou a aproximação que a grife vem construindo com a região, abrindo caminho para novas ações e projetos.


Estreia de Anderson 

No início de junho, Jonathan Anderson foi anunciado como o novo diretor criativo da Dior. Sendo parte de uma nova geração de designers de alto nível, a chegada do estilista foi marcada por uma grande expectativa. Para muitos, a sua chegada marcava um ponto de mudança para a maison, com uma uma visão criativa e moderna.

Ainda em junho, Anderson fez sua estreia como diretor criativo da grife. Durante a Semana de Moda Masculina de Paris, Anderson apresentou a coleção de Verão 2026 da Dior. Para o desfile, o estilista resgatou elementos clássicos da maison, explorando referências culturais e elementos tradicionais com um toque de modernidade. 

 

 

 

 

 

 

 

Anderson durante desfile da Dior (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Nesse contexto, o próximo desfile comandado por Anderson representa mais um passo nessa relação. A apresentação também acontece em um momento importante para o estilista, que assumiu recentemente a direção das coleções masculina, feminina e de alta-costura da Dior. Ele é o primeiro a liderar as três áreas desde Christian Dior, o que coloca ainda mais expectativa sobre essa nova fase da marca nas próximas temporadas de Cruise.

Estreia de Anderson

No início de junho, Jonathan Anderson foi anunciado como o novo diretor criativo da Dior. Sendo parte de uma nova geração de designers de alto nível, a chegada do estilista foi marcada por uma grande expectativa. Para muitos, a sua chegada marcava um ponto de mudança para a maison, com uma  visão criativa e moderna.

Ainda em junho, Anderson fez sua estreia como diretor criativo da grife. Durante a Semana de Moda Masculina de Paris, Anderson apresentou a coleção de Verão 2026 da Dior. Para o desfile, o estilista resgatou elementos clássicos da maison, explorando referências culturais e elementos tradicionais com um toque de modernidade. 

Tendência vintage: gravata Lavallière está de volta ao radar fashion

Nas passarelas de verão 2026, a gravata Lavallière voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo da moda. Queridinha de Kate Middleton, a peça, que surgiu no século XVII e se tornou símbolo de elegância na corte francesa, reaparece agora em versões modernas, trazendo um toque romântico e sofisticado para as produções da temporada.

Um clássico reinventado

O laço ganhou esse nome em homenagem à duquesa de La Vallière, que popularizou o acessório entre a nobreza francesa. Com o passar do tempo, o laço foi ressignificado e adotado por mulheres como uma forma de expressar estilo e independência. Coco Chanel e Yves Saint Laurent ajudaram a transformar o item em um ícone, ao incluí-lo em coleções que uniam feminilidade e força.


Desfile Primavera/Verão 2026 de Yves Saint Laurent (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Antoine Flament)


A peça volta a ganhar destaque nesta temporada de moda. Marcando presença nas passarelas de Dior e Saint Laurent, a gravata, que foi tendência nos anos 80, aparece em versões repaginadas. O acessório entra na onda oitentista que está tomando conta da moda, com ombros marcados, volumes e aquele toque dramático que faz toda a diferença no visual. A gravata Lavallière chega para completar esse clima retrô com um ar elegante e cheio de personalidade.

Como usar atualmente

Mais versátil do que parece, a Lavallière pode ser usada de várias maneiras. Nos looks de trabalho, aparece sobre camisas leves e blazers ajustados, trazendo um toque de sofisticação imediata. Já nas produções casuais, surge com tecidos fluidos e estampas, equilibrando romantismo e modernidade de um jeito leve e elegante.


Kate Middleton em evento (Foto: reprodução/Getty Images Embed/WPA Pool)


A tendência é uma das apostas favoritas de Kate Middleton, que tem o costume de incluir o acessório em eventos oficiais, reforçando sua imagem clássica e refinada. Com a volta da estética vintage, o laço francês, que se consolidou como uma alternativa refinada à gravata masculina, promete conquistar novamente espaço nos guarda-roupas, provando que o charme atemporal nunca sai de moda.

Dior resgata as minissaias jeans dos anos 2000 e traz tendência de volta em 2025

Na última quarta-feira (01), o estilista Jonathan Anderson fez seu début na Semana de Moda de Paris com a coleção feminina da Dior, marcada por modernidade, inovação e originalidade, consolidando sua estreia como um dos momentos mais comentados do evento.

O que mais chamou a atenção no desfile foi a combinação de minissaias jeans com peças volumosas na parte superior, criando um contraste inusitado que reforçou sua proposta criativa. A grife francesa surpreendeu ao resgatar a peça que foi queridinha nos anos 2000, inserindo-a em um contexto contemporâneo que dialoga com a estética atual e com a nostalgia da moda Y2K.

Dior reinventa as minissaias jeans em Paris

As minissaias jeans surgiram como protagonistas inesperadas na estreia de Jonathan Anderson para a Dior. Em tons de azul clássico, rosa pó e caqui, elas trouxeram frescor ao desfile, ao mesmo tempo em que resgatavam a estética Y2K. O contraste ficou evidente nas combinações: os cortes curtos e despojados do denim eram equilibrados por casacos estruturados, capas longas e jaquetas de alfaiataria, criando uma silhueta que transitava entre o casual e o sofisticado.

Outro ponto marcante foram os acabamentos propositadamente rústicos, com bainhas cruas e desfiadas, que reforçaram a ideia de experimentação dentro de uma maison tradicional. Ao unir a irreverência do jeans com volumes dramáticos e peças de alfaiataria refinada, Anderson conseguiu atualizar um ícone dos anos 2000, transformando a minissaia em símbolo de ousadia contemporânea na passarela parisiense.


Looks com minissaias jeans que foram destaques no desfile (Foto: reprodução/Getty Images embed/Julien de Rosa)

Ícones da moda que não dispensam a minissaia jeans

Paris Hilton, Nicole Richie e Christina Aguilera são celebridades que marcaram os anos 2000 e continuam a adotar a minissaia jeans em seus estilos. O estilo Y2K segue sendo um dos queridinhos dos famoso. A aposta é que essa tendência volte com força total, inspirando novas gerações e sendo reinterpretada em diferentes contextos de moda.


 Referência de moda dos anos 2000 (Foto: reprodução/Getty Images embed/Jamie McCarthy)

No desfile da Dior em Paris, Jenna Ortega chamou atenção ao escolher uma minissaia jeans acid wash de corte reto, combinada com uma blusa preta reta com botões prateados, scarpin e óculos de sol espelhado. O look equilibra referências ao Y2K com toques modernos e sofisticados, mostrando como a peça continua versátil e relevante, capaz de transitar entre o street style e a alta moda nas passarelas internacionais.



Detalhes do look de Jenna Ortega (Foto: reprodução/Instagram/@jennamortegaa)

Com o retorno das minissaias jeans às passarelas e às ruas, fica claro que a peça transcende gerações e estilos. De ícones dos anos 2000 a passarelas, a minissaia prova sua capacidade de se reinventar, combinando nostalgia com inovação, e confirma que continuará sendo um item-chave no guarda-roupa de quem acompanha tendências e busca expressar personalidade na moda.

Jonathan Anderson traz ousadia e tradição em sua primeira coleção feminina para a Dior

A espera chegou ao fim: Jonathan Anderson finalmente revelou sua primeira coleção feminina para a Dior, em um desfile marcado por simbologias, releituras históricas e apostas audaciosas. Após comandar a linha masculina da maison, agora ele assume, pela primeira vez desde Christian Dior, a direção criativa de todas as facetas da casa — feminino, masculino e alta-costura.

Um tributo à herança com olhar contemporâneo

O desfile começou com um vídeo-retrospectiva que homenageou os criadores que moldaram a história da Dior — uma abertura intimista que serviu como ponto de partida para a leitura de Anderson sobre a maison. A cenografia reforçou essa proposta simbólica: no centro da passarela, uma pirâmide invertida dominava o espaço, como um elemento suspenso entre o passado e o presente.

As referências à história da marca aparecem revisadas no styling e nas formas: o primeiro look foi um vestido branco sem alças, com saia escultural em aro (hoop skirt) e laços — gesto que remete à tradição Dior, mas interpretado de modo ousado e moderno. Já o look final fez eco ao icônico vestido Juno de 1949, com recortes scalloped, fechando a apresentação com uma ponte estética entre gerações.


Ultimo look do desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


As peças que remetem ao romantismo histórico — capas, laços, plissados, saias esculturais — aparecem revisadas com cortes inesperados ou combinadas com elementos mais urbanos ou funcionais, como bolsos cargo ou peças com corte utilitário. Essa tensão entre o ornamentado e o prático cria um jogo visual interessante: o vestido volumoso pode vir acompanhado por acessórios discretos ou corte mais rígido, interrompendo o fluxo do “belo” tradicional.


Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


Também há uma espécie de “sobreposição de narrativas”: Anderson não apenas exibe roupas, mas sugere personagens e identidades em movimento. A coleção parece dizer que uma mulher Dior pode ser princesa, artesã, exploradora, aristocrata de cocktail, camponesa moderna — tudo em um só vestuário, conforme o toque, o tecido, o styling. 

Destaques estéticos do desfile

  • A reinterpretação da jaqueta Bar em tecidos como tweed Donegal e cortes que alongam ou torcem a forma habitual.
  • Acessórios que roubam a atenção: o retorno do Lady Dior em versão repensada pela artista têxtil Sheila Hicks, transformada em objeto quase escultórico.
  • Bolsas como o Book Tote com capas de obras literárias, o uso de bordados delicados, ornamentos como “Diorette charms” — todos esses detalhes funcionam para reforçar a sensação de que a coleção é tanto visual quanto intelectual, emotiva. 

Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


  • Mistura de tecidos nobres: veludo, tweed, bordados, e também tecidos mais cotidianos ou utilitários para balancear o visual.
  • Proporções desconstruídas: volumes exagerados em certas saias ou capas contrastam com cortes mais retos ou justos em outros momentos.
  • A cor: há uma oscilação entre tons clássicos — neutros, pastéis, off-whites — e toques mais ousados de brilho ou textura para destacar certos looks. 

Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


O novo capítulo da Dior

A chegada de Anderson ao comando completo da Dior é vista como um movimento ousado e estratégico. Ele se tornou o primeiro designer, desde o próprio Christian Dior, a coordenar simultaneamente as linhas feminina, masculina e de alta-costura da casa. Em sua trajetória, Anderson já havia passado mais de uma década à frente da Loewe, onde consolidou uma estética autoral marcada pela combinação entre tradição e experimentação.

A coleção feminina estreia em uma temporada de alta expectativa — especialmente depois da coleção masculina ser elogiada por unir elementos clássicos da Dior a um espírito mais irreverente. Críticos e observadores de moda esperam agora ver como seu estilo – delicado, conceitual, muitas vezes desconcertante — vai dialogar com o legado da maison, especialmente em peças de forte apelo comercial.

Dior anuncia Mia Goth como nova embaixadora global da marca

Conhecida por papéis marcantes no cinema como Pearl e MaXXXine, Mia Goth agora assume o papel de embaixadora global da maison. Ao lado de outros nomes de peso como Mikey Madison e Greta Lee, esse novo time de representantes da marca revela o esforço de Jonathan Anderson em mostrar a nova fase que a Dior se encontra.

Mia Goth na Dior

Mia Goth é uma atriz britânica de 31 anos, ela é neta da atriz brasileira Maria Gladys e desde pequena teve contato com o mundo das artes, na adolescência fez trabalhos como modelo e em 2013 fez sua estreia no cinema.

Hoje Mia é uma atriz reconhecida internacionalmente pelos filmes de terror independentes que atuou como protagonista, Pearl e MaXXXine, por conta disso Goth está constantemente presente em premiações e mais recentemente esteve na estreia da nova versão de Frankenstein no Festival de Cinema de Veneza, lá Mia chamou atenção ao cruzar o tapete vermelho da premiere usando um vestido marrom Dior.

O vestido que é um custom Dior por Jonathan Anderson era de seda marrom com costas nuas e alças finas, além de uma saia longa drapeada. Esse look foi um dos mais comentados da noite e aumentou as expectativas do público para o lançamento da coleção feminina Dior na Paris Fashion Week no próximo mês.


Mia Goth na usando Dior na premiere de Frankenstein (Foto: Reprodução/JB Lacroix/Andreas Rentz/Ernesto Ruscio/Getty Imagens Embed)


O novo diretor criativo

Anderson agora se prepara para começar uma nova era na Dior e seu novo time de embaixadoras representa isso, ele celebrou a chegada de Mia ao grupo com o seguinte comentário: “Sou fã de Mia e do seu trabalho há muito tempo e colaborar com ela é um sonho realizado para mim. Sua presença e personalidade empática são cativantes tanto dentro quanto fora das telas, tornando-a a mulher Dior perfeita dos dias de hoje”.

Mia, por sua vez, respondeu: “Sou grata por ser parceira da Dior nesta nova era sob a liderança de Jonathan Anderson. Sua visão única, combinada com a elegância atemporal da Dior, ressoa em mim pessoalmente. Sinto-me honrada em representar uma marca e um designer que admiro genuinamente há muito tempo”.

Ainda não se sabe se Anderson adicionará mais alguém ao time de embaixadoras, geralmente as marcas de luxo costumam ter entre 5 e 10 embaixadores, mas Jonathan é conhecido por seu estilo inovador, podemos esperar talvez mais algum nome até a estreia da coleção feminina criada pelo estilista em 1º de outubro na Paris Fashion Week.

Confira a estreia dos novos diretores criativos das principais grifes

Nos últimos meses, o cenário da moda internacional passou por grandes movimentações significativas com a nomeação de novos diretores criativos em algumas das principais marcas, como Versace, Chanel e Dior. As estreias oficiais estão marcadas para as próximas semanas de moda feminina e mostramos o calendário completo dessas apresentações tão aguardadas.

Semana de Moda de Milão

O calendário italiano contará com quatro estreias que marcam o começo de uma nova fase para algumas das marcas. Confira as datas:

  • 23/09 – Demna na Gucci
  • 24/09 – Simone Belotti na Jil Sander
  • 26/09 – Dario Vitale na Versace
  • 27/09 – Louise Trotter na Bottega Veneta

Modelos no desfile da Gucci durante a Semana de Moda de Milão 2024 (Foto: Reprodução/Victor Virgile/Gamma-Rapho/Getty Images Embed)



Semana de Moda de Paris

Já na capital francesa, o número de estreias é maior: sete diretores criativos sobem às passarelas pela primeira vez. A temporada promete redefinir rumos e provocar discussões no mercado de luxo.

  • 01/10 – Jonathan Anderson na Dior
  • 02/10 – Miguel Castro Freitas na Mugler
  • 02/10 – Mark Howard Thomas na Carven
  • 03/10 – Jack McCollough e Lazaro Hernandez na Loewe
  • 04/10 – Pierpaolo Piccioli na Balenciaga
  • 04/10 – Glenn Martens na Maison Margiela
  • 06/10 – Matthieu Blazy na Chanel

Modelo no desfile da Chanel durante a Semana de Moda de Paris 2025 (Foto: Reprodução/Peter White/Getty Images Embed)


As mudanças nos diretores criativos dessas marcas são muito importantes para o mercado de luxo. Essas trocas não são só sobre o visual, mas também são estratégias para renovar as marcas e atrair novos clientes. Segundo a Reuters e a Vogue Business, essas mudanças podem mudar o futuro das marcas, mas também podem trazer riscos, como perder a identidade ou afastar os clientes antigos.

Por isso, as estreias dos novos diretores criativos nas próximas semanas despertam grande interesse do mercado e dos fãs, que querem ver qual será o caminho de cada marca. Seja qual for o estilo dos desfiles, as principais maisons vivem um momento decisivo para a moda internacional, com potencial para renovar suas identidades e influenciar futuras tendências.

Dior anuncia Greta Lee como nova embaixadora global da marca

Nesta quinta-feira (11), a Dior anunciou a atriz Greta Lee como nova embaixadora global da linha feminina da grife. Em junho deste ano, o designer de moda irlandês Jonathan Anderson foi anunciado como o novo diretor criativo da linha feminina Dior. De lá para cá, a expectativa para a estreia da primeira coleção dele como diretor da Maison em Paris só aumenta.

Parceria de Lee e Anderson

A parceria entre a atriz e o estilista não é recente, em 2013 ele assumiu a direção criativa da grife espanhola Loewe e foi nela que a parceria entre eles começou. Apesar de o primeiro contato ter vindo somente em 2023, o fato de Lee ter um contrato com a marca durante a divulgação do filme que protagonizou, “past lives”, fez o estilo da atriz ser um dos mais comentados durante a temporada de premiações daquele ano.

Na época, a Vogue americana chegou a dizer que “Greta é feita para o trabalho cerebral de Anderson”. Já nesta temporada de premiações, a atriz apareceu várias vezes com looks Dior, agora com direção criativa de Anderson. O estilista inclusive chegou a elogiar a atriz dizendo: “(…) Ela representa tudo o que imagino para a mulher Dior: talentosa, empolgante, empática e é muito divertida de se estar por perto“.

O look da atriz que mais chamou a atenção foi recentemente o usado durante o Festival de Cinema de Veneza, um vestido cocoon de cetim preto com organza verde, junto de um laço oversized. A atriz escolheu o look para a estreia do filme da diretora Kathryn Bigelow, “A House of Dynamite”.


Greta Lee usando novo vestido Dior no festival de Veneza (Foto: reprodução/Gisela Schober/ Getty Imagens Embed)


O estilo de Jonathan Anderson

Jonathan Anderson redefiniu o conceito da casa de moda espanhola Loewe durante a sua passagem por ela, e, reconhecido pelo seu estilo inovador, o estilista promete unir modernidade e sofisticação nesta nova temporada da Maison.

Greta Lee disse em seu comunicado oficial: “Fazer parte deste legado, especialmente com Jonathan Anderson no comando criativo, parece destino. Tenho muito respeito pela sua visão destemida e pela forma como ele honra a tradição, mas inverte o roteiro com uma energia nova e ousada. Jonathan não é apenas um gênio; ele é um verdadeiro artesão, e tenho orgulho de chamá-lo de amigo. Mal posso esperar para ver para onde ele levará a Dior”

O estilista assumiu o cargo de diretor criativo da Dior em abril, primeiro na linha masculina, onde apresentou uma coleção em junho durante a Semana de Moda Masculina de Paris. Agora a expectativa é pela linha feminina da marca, que também irá ocorrer durante a Paris Fashion Week, agora no começo de outubro.

Nova era da Dior: Jonathan Anderson redefine o luxo no tapete vermelho

A Dior se prepara para lançar, em outubro, a primeira coleção feminina sob a direção criativa de Jonathan Anderson. Reconhecido por seu olhar inovador à frente da Loewe, o estilista assume uma das maisons mais tradicionais da alta-costura, prometendo unir modernidade e sofisticação nessa nova fase da marca francesa.

Antes mesmo da apresentação oficial, Anderson antecipou parte de sua estreia nos tapetes vermelhos de Veneza e Toronto, transformando os festivais de cinema em verdadeiras vitrines de moda. Grandes estrelas vestiram Dior e reforçaram o papel da grife como referência incontestável de estilo e elegância.

Estrelas brilham de Dior no tapete vermelho

No festival de Veneza, as atrizes Mia Goth, Monica Barbaro, Alba Rohrwacher vestiu a marca duas vezes, Rebecca Marder e Greta Lee que vestiu Dior em três ocasiões diferentes do festival foram destaques no tapete vermelho. Greta Lee chamou atenção com um microvestido verde e azul, ajustado ao corpo e com um grande laço frontal. Já no festival de Toronto, a atriz Anya Taylor-Joy surpreendeu com um vestido azul bebê de cetim, com fitas soltas na parte de trás.

Os atores não ficaram atrás e também apostaram em looks da marca francesa no festival de Veneza, com ternos que variaram entre clássicos e modernos. O ator francês Louis Garrel e Josh O’Brien Connor escolheram ternos clássicos sob medida. Andrew Garfield ficou no meio-termo, optando por um terno azul-claro com a gravata usada de forma despojada, como um lenço. Já o ator e rapper americano Lakeith Stanfield combinou uma blusa da marca com seu look.


Destaques da Dior no tapete vermelho nos festivais de cinema (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)


O que esperar da nova coleção da Dior na próxima temporada

Após apresentar sua visão inovadora na coleção masculina, que mesclou elementos clássicos com toques contemporâneos, espera-se que Anderson traga uma abordagem semelhante para o vestuário feminino. A expectativa é por peças que unam a elegância atemporal da Dior a uma estética mais ousada e moderna, refletindo a sensibilidade única do estilista.


Desfile da coleção masculina em junho sob a direção criativa de Jonathan Anderson na marca francesa (Vídeo: reprodução/Instagram/@jonathan.anderson)


Nos bastidores, rumores apontam para o uso de tecidos refinados, silhuetas fluidas e detalhes arquitetônicos que homenageiam o legado da marca, ao mesmo tempo, em que incorporam a visão contemporânea de Anderson. Com os olhares do mundo da moda voltados para essa estreia, a coleção promete ser um marco tanto na trajetória do designer quanto na nova fase de modernidade da Dior.

Dior por Jonathan Anderson estreia looks femininos em Veneza

O Festival de Cinema de Veneza 2025 foi palco para o primeiro grande gesto de Jonathan Anderson à frente da linha feminina da Dior. Responsável agora por todas as frentes da maison, feminina, masculina e alta-costura, o estilista apresentou visuais que antecipam a coleção a ser revelada em 1º de outubro, em Paris. As escolhas mostraram o fio condutor de sua proposta: unir tradição e modernidade, reinterpretando códigos históricos da grife com olhar contemporâneo.

Monica Barbaro

A atriz apareceu com um modelo que mesclava sofisticação e referências vintage. A peça, de gola invertida e pregas estruturadas, retomava códigos dos anos 1920, como a cintura caída, ao mesmo tempo em que ecoava a linguagem recente da maison.


Monica Barbaro no Festival de Cinema de Veneza 2025 (Foto: reprodução/Laurent Hou/Getty Images Embed)


Mia Goth

Em sua estreia na temporada de festivais, Mia Goth vestiu Dior sob medida. O vestido marrom de costas abertas, com detalhes drapeados e um laço dramático, reforçou a habilidade de Anderson em trazer frescor contemporâneo a construções que remetem ao passado.


Mia Goth no Festival de Cinema de Veneza 2025 (Foto: reprodução/Laurent Hou/Getty Images Embed)


Greta Lee

Greta Lee apresentou duas versões distintas do tailleur, um dos símbolos máximos da Dior. O primeiro, minimalista e monocromático em branco, ressaltava linhas puras. O segundo fazia referência direta ao icônico New Look de 1947, com saia de comprimento midi e casaco estruturado de cintura marcada.


Greta Lee no Festival de Cinema de Veneza 2025 (Foto: reprodução/Aldara Zarraba/Getty Images Embed)


Alba Rohrwacher

A italiana foi destaque em dois momentos do festival. Durante o dia, surgiu com uma regata amarela plissada adornada por laço de seda, de construção aparentemente simples, mas precisa. Já à noite, chamou a atenção com o primeiro vestido de alta-costura assinado por Anderson: um azul profundo, inspirado nas silhuetas do século XVIII, com um moderno pannier que trouxe volume arquitetônico à parte de trás da peça. O vestido demandou 126 horas de trabalho nos ateliês da Dior, simbolizando o equilíbrio entre tradição e inovação.


Alba Rohrwacher no Festival de Cinema de Veneza 2025 (Foto: reprodução/Stefania D’Alessandro/Getty Images Embed)


Os visuais apresentados em Veneza reforçam a expectativa para a estreia oficial da coleção feminina de Jonathan Anderson. Considerada um dos desfiles mais aguardados da temporada parisiense, a apresentação promete consolidar a nova fase da grife francesa, marcada pela fusão entre herança histórica e ousadia contemporânea.