Filme “Agente Secreto” pode marcar a história do cinema brasileiro

O novo filme dirigido pelo diretor Kleber Mendonça Filho, Agente Secreto, está entre os queridinhos do público e dos críticos de cinema. Segundo a revista americana Variety, conhecida como “a bíblia de Hollywood”, o sucesso do filme vai ainda mais longe e pode superar o histórico filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional e do Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, com Fernanda Torres, protagonista do filme.

“Agente Secreto”

Agente Secreto é uma produção que, assim como Ainda Estou Aqui, retrata uma história no cenário político. É um thriller político/drama brasileiro dirigido e roteirizado por Kléber Mendonça Filho. Traz a história do professor Marcelo, que foge para Recife na década de 1970, durante a ditadura, mas se vê sob vigilância mesmo em seu refúgio para escapar da crueldade do regime.

O ator principal, Wagner Moura, destacou durante entrevista a experiência enriquecedora desse personagem em sua trajetória profissional:

“É muito uma mistura minha com Kleber… A alegria de poder ser tão eu mesmo e tão ele também, de alguma forma, foi gigantesca. O Agente Secreto é um filme absolutamente brasileiro.”

Wagner Moura

O ator destacou ainda que retornar a atuar em sua língua natal, nesse filme fez muito bem a ele a sua carreira: ” É incrivelmente libertador atuar em português… as palavras carregadas de memórias, como acontece em português. Significou muito para mim atuar e falar em português de novo, me reconectar com a minha cultura. Eu não consigo nem descrever o quanto isso foi importante para mim.” destacou o ator


Wagner Moura (Foto: reprodução/YouTube/@ingressos)

Cinema brasileiro

O cinema brasileiro vive momentos de glória nas telas dos cinemas mundialmente, seja em Cannes, no Globo de Ouro ou no Oscar, os principais prêmios do cinema. Os filmes brasileiros estão frequentemente como referência de boa qualidade. Atores brasileiros estão ganhando cada vez mais espaço nas produções, um marco histórico.

Em entrevista ao Jornal Nacional, Fernanda, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz, destacou a retomada da valorização cultural no Brasil:

“O ator é uma nação inteira. Eu ter sucedido minha mãe numa profissão tão bonita… Depois de um período em que a arte foi tão atacada, de repente o Brasil de novo pôde ter orgulho da própria cultura. Investir na própria cultura é importante para a identidade nacional, para o sentimento de pertencimento…”, declarou a atriz.

Os apaixonados por cinema aguardam as indicações e as premiações do cinema brasileiro e a evolução do filme Agente Secreto, que em Cannes 2025 já levantou a estatueta de estreia mundial de Melhor Diretor, Melhor Ator. E segue como um dos favoritos ao Oscar 2026.

The Guardian: “Agente Secreto” é mais ambicioso que “Ainda Estou Aqui”

“Agente secreto”, novo longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça(“Bacurau”), foi exibido no festival de Cannes no último domingo(18), tendo sua estreia mundial no evento. O “The Guardian” sendo um dos veículos que tiveram a experiência de conferir esta produção estrelada por Wagner Moura, comparou o longa-metragem com “Ainda estou aqui”, falando que ele “é Mais complexo e ambicioso” que o vencedor do Oscar de melhor filme internacional de 2025, tendo sido dirigido por Walter Salles, e protagonizado pela atriz Fernanda Torres e com Selton Mello no elenco.

Agente Secreto e história

Filme se passa na década de 70, retratando um período da ditadura militar, aonde traz uns elementos sobre brilho visual e intriga sensual de uma cidade grande, tendo ainda comédia de cachorro desgrenhado e caminhadas horríveis, com um mistério épico que epicamente lânguido se combinam em algo especial. Mostrando como é a maldade da tirania política, podendo ser ela de alto ou baixo nível, podendo ser comparado a “Ainda estou aqui”, por conta de se ter a mesma temática, trazendo mais uma história que envolve esse momento da história do Brasil.

Kleber Mendonça carreira

Além de ter dirigido “Agente Secreto“, Kleber Mendonça trabalhou ainda em outros projetos, sendo eles:

Filmes

  • “Jogo sem gandula”
  • “Love film festival”
  • “Homem de projeção”
  • “Passagens”
  • “quarta 999”
  • “A copa do mundo no Recife”
  • “Caged In”
  • “Dormir de olhos abertos”
  • “Bacurau no mapa”
  • “Crítico”
  • “Sem coração”
  • “Retratos Fantasmas”
  • “O Som ao Redor”
  • “Aquarius”
  • “Bacurau”
  • “O Agente secreto”
  • “O som ao redor”

Curtas

  • “Recife frio”
  • “Vinil verde”
  • “Eletrodoméstica”
  • “Noite de Sexta manhã de sábado”
  • “A menina do algodão”

Kleber Mendonça filho em Cannes no dia 19 de abril (Foto: reprodução/Andrea Rintz/Getty Images Embed)


Ainda estou aqui

Longa-metragem, estreou no festival de veneza em 2024,produção chegou a ter indicação nos Oscar de melhor filme internacional e melhor atriz, tendo a indicação da Fernanda torres, filme conta a história de Eunice Paiva, e da luta dela para poder encontrar seu marido desparecido o Rubens Paiva, dirigido por Walter Salles, longa-metragem levou o Oscar de melhor filme internacional.

“Agente Secreto” ainda não tem data para estreiar no Brasil.

Presidente Lula compara suposta tentativa de golpe de 2022 com ditadura militar

Nesta segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez uma forte declaração sobre a suposta tentativa de golpe de 2022, associando-a ao regime militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985, o discurso ocorreu durante um evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília, um dia após o ato em favor da anistia aos envolvidos no ocorrido do dia 8 de janeiro de 2023, evento esse liderado por o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre suas declarações, o atual presidente disse que: “por trás dos episódios estão os mesmos ideais autoritários, os mesmos métodos violentos e também os mesmos agentes saudosos  dos porões da ditadura” declarou Lula.


Vídeo matéria sobre discurso de Lula (Vídeo: reprodução/Youtube/@cbnbrasil)

Lula fala da importância OAB  

Ainda em seu discurso, Lula ressaltou o papel da OAB na luta contra o autoritarismo, e afirmou que a entidade teve uma participação essencial  na resistência à ditadura militar.

Para o presidente, defender a democracia significa relembrar os erros do passado para então impedir que novas ameaças coloquem em risco a liberdade que foi conquistada.

Também afirmou que após o golpe de 1964, a Ordem dos Advogados, foi uma das primeiras a dispor-se contra a ruptura, em relação a denúncia contra desaparecimentos e torturas, assim como o de Rubens Paiva. 

Sobre o panorama da política no Brasil, o presidente diz que estamos enfrentando desafios entre eles  um cenário global onde ofacismo está ressurgindo, segundo ele de várias formas, como por exemplo a intolerância política que chegou ao extremo, citando uma  suposta tentativa de golpe nas eleições de 2022.

O presidente fala do período  preso

Lula chegou a mencionar o período em que ficou preso 2018, condenado pela acusação de lavagem de dinheiro em ação da Operação Lava-Jato, todavia solto onde teve as condenações anuladas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o presidente considera o juiz Sérgio Moro, suspeito no então processo.

O presidente relembra que na ocasião, graças ao desempenho da advocacia combativa, pode ver sua inocência ser decretada frente ao, segundo ele, abuso do poder perpetrado por um grupo que desejou tomar a justiça para si, concluiu.

Redes sociais bombam com cena de Fernanda Torres postada pela Academia para o Oscar 2025

O cinema nacional celebra mais uma conquista para as produções brasileiras, o filme “Ainda estou Aqui” teve o reconhecimento internacional e continua emocionando plateias pelo mundo todo, o filme teve um aumento em sua bilheteira após ter sido indicado ao Oscar. A academia de Artes e Ciências publicou uma cena do filme em sua rede social.

Longa-metragem brasileiro disputa em três categorias

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas compartilhou recentemente uma cena do filme” Ainda Estou Aqui”, enfatizando a performance de Fernanda Torres, indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Em questão de minutos, a publicação no Instagram recebeu uma enxurrada de curtidas e comentários de brasileiros, evidenciando o forte respaldo ao filme e à intérprete.


Trecho do filme “Ainda estou Aqui” (Vídeo: reprodução/Instagram/@theacademy)


O longa-metragem continua em exibição nos cinemas do Brasil e já conquistou mais de quatro milhões de espectadores, estabelecendo-se como um grande êxito. Ainda Estou Aqui, vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza de 2024, compete em três categorias no Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Filme e Melhor Atriz Principal.

Uma narrativa envolvente e a ausência de Walter Salles na lista de indicados

O filme foi inspirado no livro de Marcelo Rubens de Paiva. O livro é inspirado em fatos reais de sua vida com sua família. Tanto o filme quanto o livro trazem uma narrativa bastante peculiar sobre a ditadura militar ocorrida na década de 1970, e ali se passa toda a história da família Rubens. A história acompanha a trágica experiência da mãe de Rubens, Eunice, que conta ter visto o pai preso pelo exército e desaparecendo sem deixar rastros, mergulhando a família na dor e no desespero.


Fotografia da família de Rubens (Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Eunice (Fernanda Torres) começa a procurar o marido e passa a acreditar que o ele foi morto e seu corpo queimado, iniciando assim a luta de uma família por justiça em uma época em que as mulheres não tinham voz e não podiam criar os filhos sem a presença de um homem.

Embora o diretor Walter Salles tenha recebido indicações em categorias significativas, ele acabou sendo excluído da competição de Melhor Diretor. Marcada para 2 de março, a cerimônia do Oscar de 2025 será transmitida pela Globo, que garantiu que priorizará a cobertura do evento, apesar das comemorações do Carnaval que se aproximam.

Vera Paiva, filha de Rubens Paiva, busca por vestígios de vítimas da ditadura

Vera Paiva busca vestígios de vítimas da ditadura. A filha do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. Vera Paiva está no Recife liderando buscas para vestígios de vítimas do regime militar, a iniciativa busca recuperar restos mortais e esclarecer fatos do período que ainda são muito obscuros. A intenção dela é oferecer dignidade às famílias que seguem em busca da verdade.


Vera Paiva participa da ‘Caminhada do Silêncio’ no Parque Ibirapuera em São Paulo em 2019 em memória de seu pai (Foto: reprodução/instagram/@samiabomfim)

Uma luta por justiça histórica

Rubens Paiva, foi um dos símbolos da repressão política no Brasil. Desde o desaparecimento de seu pai em 1971, Vera Paiva vem se tornando uma voz ativa na luta pelo direitos humanas. O trabalho relaciona os relatos históricos, a análise forense e o cruzamento de dados na tentativa de localizar restos mortais. A missão de Vera Paiva, em sua busca por vestígios de vítimas da ditadura no Recife, envolve participar de escavações e investigar possíveis locais onde a ditadura pode ter enterrado vítimas.

A importância da memória e reparação

Para muitas famílias, encontrar os corpos de seus entes queridos significa encerrar décadas de dor e incerteza. Relembrar esses episódios é fundamental, pois, à medida que refletimos sobre o passado, conseguimos fortalecer a conscientização e criar medidas preventivas para que violações de direitos humanos não se repitam no futuro.


Vera Paiva e Serginho Groisman no programa ‘Altas Horas’ no dia 22 de novembro de 2025 (Foto: reprodução/instagram/@altashorasglobo)

Além da busca por vestígios humanos, a iniciativa reforça a necessidade de manter viva a memória das atrocidades ocorridas durante o regime militar. O esforço de Vera Paiva e de sua equipe, enfatiza a urgência da justiça e da verdade, garantindo que a sociedade lembre das vítimas e que o Brasil continue avançando na reparação histórica.

Após apagão histórico de quatro dias, Cuba recupera energia para mais de 70% da população

Após colapso na Central Termelétrica Antonio Guiteras, o fornecimento de energia da ilha caribenha foi comprometido desde a sexta-feira (18). Nesta segunda-feira (21) Cuba também sofreu com a passagem do furacão Oscar, milhões de pessoas enfrentam os danos, além da falta de eletricidade.

Retorno gradual

Ainda na segunda-feira (21), a energia havia retornado para pelo menos 36% da população. No mesmo dia, o ministro das Minas e Energia, Vicente de la O Levy, afirmou que a normalização para a maioria da população ocorreria à noite, e que na terça-feira (22) ocorreria a normalização.

O ministro afirmou:

O último cliente poderá receber o serviço na terça-feira.”

Após o colapso da central elétrica, a ilha ficou sem energia para quase toda a população. O retorno começou no sábado (19), porém o sistema voltou a entrar em colapso. Houve relatos de comida apodrecendo nas geladeiras e outros danos para a população.

Nesta terça-feira (22), mais de 70% da população teve a energia reestabelecida. Desde o domingo (20) grande parte da capital Havana já possuía o fornecimento reestabelecido.


Crise de energia causa prejuízos para a população cubana (Reprodução/ X/ @pmanzo70)

O que aconteceu

O colapso do fornecimento de energia ocorreu porque a ilha possui uma infraestrutura de energia obsoleta e aumento na demanda da população. A normalização está sendo possível com esforços para reestruturar a cobertura. Com a passagem do furacão Oscar, a situação foi agravada e os esforços para a recuperação tiveram que ser redobrados.

Cuba tem enfrentado uma crise econômica sem precedentes. A população vive dificuldades para obter alimentos e medicamentos. O país atualmente está sob um embargo liderado pelos Estados Unidos, o que dificulta a disponibilidade de recursos para a infraestrutura. Apagões menores são constantes em toda a ilha, situação que já foi motivo de protestos por parte da população contra o regime atual.

O presidente do país, Miguel Díaz-Canel, chegou a alertar a população sobre agitações e protestos, indicando que poderiam haver processos e prisões nesses casos.

Revolução dos Cravos: Conheça a revolução que derrubou o regime ditatorial português

Há cinquenta anos, Portugal testemunhou o fim da ditadura do Estado Novo, um marco histórico conhecido como Revolução dos Cravos, ocorrido em 25 de abril de 1974. Este momento sinalizou o início da democracia no país europeu, encerrando décadas de regime autoritário.

A Revolução dos Cravos foi um levante notável pela sua natureza pacífica, contando com o apoio das Forças Armadas e da população civil. Insatisfeitos com a direção do país e a política repressiva do governo em relação às colônias, os portugueses se uniram para demandar mudanças. O Estado Novo, que havia sido estabelecido em 1933 e liderado por Antonio Oliveira Salazar até 1968, finalmente chegava ao seu término em 1974.

Os cravos vermelhos emergiram como o símbolo da revolução, quando a população os ofereceu aos soldados rebeldes, que os colocaram nos canos de suas armas. Este gesto pacífico representou a esperança de mudança e liberdade.

Libertação das ex-colônias portuguesas

Além de marcar o advento da democracia em Portugal, a Revolução dos Cravos também desencadeou processos de independência em diversas colônias portuguesas. Logo após o evento, Guiné-Bissau conquistou sua independência, seguida por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola ao longo dos anos seguintes.

A partir da Segunda Guerra Mundial e, especialmente, com o estabelecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), a colonização passou a ser amplamente contestada como uma violação dos direitos e da liberdade dos povos dominados. O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu recentemente os crimes cometidos durante o período colonial e de escravidão, sugerindo a necessidade de reparação.

Desenrolar da revolução e consolidação da democracia

O golpe militar que derrubou o Estado Novo foi planejado por um grupo de capitães e contou com o apoio da população. A deposição dos líderes do regime abriu caminho para a instauração de uma Junta de Salvação, que conduziu a transição para a democracia, encerrando práticas ditatoriais e restaurando os direitos políticos.


Hoje (25) completa 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal (Fotografia: Reprodução/Miranda Castela/Assembleia da República Portuguesa/CNN BRASIL)

No entanto, o período pós-revolução foi marcado por turbulências políticas, com diversos governos provisórios e tensões internas. A realização de eleições para a Assembleia Constituinte em abril de 1975 foi um marco importante, mas também foi acompanhada por conflitos e violência política.

A Constituição de Portugal foi aprovada em 1976, e as primeiras eleições para a Assembleia da República ocorreram no mesmo ano, resultando na maioria para o Partido Socialista. Ramalho Eanes foi eleito presidente da República, enquanto Mário Soares assumiu como primeiro-ministro do primeiro Governo Constitucional.

Impedimento da candidatura de Corina Yoris preocupa governo brasileiro

Corina Yoris seria a substituta da líder da oposição, Maria Corina Machado, nas eleições que acontecerão no dia 28 de julho desse ano. Ela deveria registrar sua candidatura até a madrugada desta terça-feira (26), provocando indignação em seus correligionários e apreensão no governo brasileiro.

Tratado de Barbados

No final do ano passado, o atual governo venezuelano de Nicolás Maduro e a oposição, assinaram o Acordo de Barbados. O documento em questão objetivava garantir um processo eleitoral democrático para o próximo pleito. A Noruega mediou as negociações.

Em janeiro desse ano, Maduro já havia colocado em cheque o tratado. “Declaro-os em terapia intensiva, apunhalados, chutados. Tomara que possamos salvar os acordos de Barbados e impulsionar, através do diálogo, grandes acordos de consenso nacional […] sem planos para me assassinar, nos assassinar ou encher o país de violência.” disse o presidente aos funcionários do alto escalão de seu governo. Nicolás recebeu denúncias de uma conspiração para assassiná-lo.

Em nota, o Itamaraty prontificou o Brasil para, juntamente com outros países, garantir a integridade das eleições presidenciais em julho. A medida tem como objetivo fortalecer a democracia na Venezuela, ao repudiar sanções que podem aumentar o sofrimento da população e isolamento do país.


Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro em São Vicente e Granadinas (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Agência do Brasil)

Quem é Corina Yoris

Corina Yoris nasceu em 17 de março de 1944 em Caracas. Filósofa e professora universitária, possui doutorado em História. Recebeu prêmios por  se destacar na educação, investigação científica, nas letras e nas artes; e também por trabalhos filosóficos.  

“O mandamento das primárias é este: lutar até conseguirmos eleições limpas e livres, com o candidato que tem a confiança do povo. Se o candidato for escolhido por Maduro, isso não é eleição.”

Corina Yoris

Yoris também se destacou como professora de lógica e teoria da argumentação na Universidade de Salamanca, na Espanha, e realizou trabalhos acadêmicos sobre lógica no México.

Regina Duarte é condenada a pagar R$ 30 mil à filha de Leila Diniz

A Justiça do Rio de Janeiro condenou Regina Duarte, ex-secretária de cultura do governo Bolsonaro, a pagar uma indenização de R$ 30 mil à filha da atriz Leila Diniz. Janaína Diniz processou a atriz por uso indevido da imagem da mãe em vídeo onde a Leila é associada a Jair Bolsonaro.

Sobre o processo

Regina Duarte postou, em dezembro de 2022, um vídeo com uma fotografia de 1968, na qual Leila aparece ao lado de Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell protestando contra a censura imposta pelo Ditadura Militar. No vídeo, somente há essa foto e a voz do ex-presidente Bolsonaro afirmando que “1964 foi uma exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”. Na legenda do post, Regina escreveu: “O Exército precisará que os Plenários do próximo governo tenham vergonha do que se está passando com o nosso país e… tomem uma atitude”.


Print do post que foi alvo motivo do processo de Janaína Diniz contra Regina Duarte (foto: reprodução/ Poder 360)

A juíza Ingrid Charpinel Reis considera que Regina pode ter feito o post sem a intenção de atingir Leila, mas que a responsabilidade de usar uma imagem de alguém sem autorização continua independente se é intencionado ou não. “Deve haver responsabilidade do usuário da rede social pela disseminação dos conteúdos de terceiros”, afirmou Ingrid.

Condenação da atriz

A ex-atriz da TV Globo foi sentenciada a pagar R$ 30 mil de indenização para Janaína Diniz. Regina Duarte também deverá remover a publicação em até 48h, sob multa diária de R$ 1.000. Além disso, a ex-secretária de cultura  de Jair Bolsonaro precisa se retratar publicamente em um post que “explicita que Leila Diniz nunca apoiou a Ditadura Militar e que a fotografia utilizada no conteúdo infringente foi, na verdade, feita em um contexto de oposição ao regime e à censura”.

A defesa de Regina Duarte não se posicionou ainda sobre o processo.