Michelle Bolsonaro nega disputar Presidência em 2026

Neste sábado (27), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que não deseja ser presidente do Brasil. Assim, durante um evento do Partido Liberal Mulher em Ji-Paraná (RO), ela declarou que pretende voltar a ocupar o papel de primeira-dama. Michelle ressaltou que a prioridade do partido é eleger o maior número de parlamentares em 2026.

Em seu discurso, Michelle defendeu Jair Bolsonaro e criticou o Poder Judiciário do Brasil. Ela classificou a prisão domiciliar do marido como “ditadura judicial” e prometeu ser sua voz em todo o território nacional.

Críticas ao Judiciário e cenário eleitoral

Michelle alegou que Bolsonaro teve seus direitos violados e sempre defendeu a democracia brasileira. Também acusou a Justiça de perseguir o ex-presidente, condenado a 27 anos por tentativa de golpe. Em entrevista recente ao The Telegraph, ela havia admitido estar pronta para uma candidatura em 2026, mas sem revelar para qual cargo. Sob esse ponto de vista, aliados a veem como possível nome ao Senado pelo Distrito Federal.


Tarcísio fala sobre enfrentar Lula (Vídeo: reprodução/YouTube/MetrópolesTV)

Em contrapartida, a pesquisa Genial/Quaest divulgada em 18 de setembro mostrou Lula da Silva (PT) liderando os cenários para 2026, com 33% das intenções de voto. Já Michelle apareceu em segundo lugar, com 18%, à frente de outros nomes da direita, incluindo Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Ocasionalmente, Jair Bolsonaro, embora mencionado, está inelegível após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Movimentos políticos e concorrência

Anteriormente, Michelle também foi cogitada como vice em uma chapa de Tarcísio de Freitas. Em sondagens, ela superou os filhos de Bolsonaro e empatou com o governador paulista. Enquanto isso, Lula sinalizou que pode disputar novamente a Presidência do Brasil no próximo ano. Ele disse que a decisão dependerá de sua saúde e energia até lá. Ainda segundo o petista, o campo da extrema-direita não voltará a comandar o país nos próximos anos.

Trump deposita fiança de US$ 175 milhões para evitar confisco e bloqueio de bens

No dia 1º de abril, segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump depositou uma fiança no valor de US$ 175 milhões (aproximadamente R$ 885 milhões) como parte do seu recurso contra a condenação por fraude civil.

Esse pagamento tem o efeito de evitar que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, solicite o confisco de bens e o bloqueio das contas bancárias do ex-presidente.

Trump foi condenado por manipulação dos balanços de uma de suas empresas, sendo que a multa foi reduzida em 60% após a aceitação da apelação pela Justiça em fevereiro.

Acusações de fraude

Letitia James, procuradora-geral de Nova York, moveu uma ação contra Trump e a Organização Trump em setembro de 2022, acusando-os de falsificar os valores dos ativos para obter benefícios em empréstimos bancários e seguros.

Trump foi acusado de exagerar sobre seu patrimônio líquido – até U$ 2,23 bilhões – nos relatórios financeiros anuais fornecidos a bancos e empresas de seguros. Os ativos cujos valores foram inflados incluíam sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, seu luxuoso apartamento na Trump Tower, em Manhattan, e vários prédios de escritórios e campos de golfe.

Em 18 de março, os advogados de Trump anunciaram que ele não seria capaz de pagar a fiança inicial de US$ 454 milhões, que correspondia à totalidade da multa imposta na sentença de 16 de fevereiro.

Como parte da sentença, Trump também recebeu a proibição de fazer empréstimos e de ocupar cargos importantes em empresas de Nova York por três anos. No entanto, uma decisão judicial em 25 de março suspendeu essas penalidades.

Disputa Judicial

O ex-presidente contestou a acusação de manipulação dos balanços contábeis de suas empresas. Seus advogados recorreram da decisão, buscando reverter o veredicto em uma instância judicial superior.


Advogados de Trump buscam alternativas financeiras para garantir o pagamento da fiança em processo judicial por fraude civil (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Além disso, os advogados propuseram alternativas ao pagamento integral da multa. Eles sugeriram depositar um montante menor, de US$ 100 milhões (R$ 501 milhões), ou suspender a cobrança, que consideraram excessiva. 

Para garantir o pagamento, os advogados de Trump buscaram 30 empresas de fiança e quatro corretores, visando estabelecer um contrato no qual uma empresa assumiria a responsabilidade pelo depósito. Contrataram Gary Giulietti, um especialista em seguros, para facilitar esse acordo. 

Em essência, caso Trump perca o recurso em uma instância superior, este contrato assegura que a empresa de pagamentos de fiança cubra o valor. Entretanto, Giulietti expressou por escrito que obter US$ 454 milhões é “impossível nas atuais circunstâncias”, notando que muitas empresas não emitem títulos acima de US$ 100 milhões. 

Além disso, destacou que, nessas circunstâncias, as empresas normalmente não aceitam imóveis como garantia, mas grande parte do patrimônio de Trump é composta por propriedades.

Em um post no Truth Social, Trump afirmou ter feito o pagamento da fiança ao Estado de Nova York, que ele descreveu como “triste e problemático”. Ele refutou qualquer alegação de crime e caracterizou o caso contra ele como um “golpe fabricado” destinado a “interferir nas eleições”.