Governo suspende novos contratos de publicidade no X, diz Secom

A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República anunciou nesta sexta-feira (14) a suspensão de novas campanhas de publicidade com a rede social X, antigo Twitter. A medida surge após investimentos que ultrapassaram R$ 5,4 milhões, segundo dados do Portal da Transparência, mas não há previsão para novas iniciativas na plataforma. A decisão acompanha as tensões entre o empresário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, refletindo uma postura de cautela do governo.


Acompanhe a discussão entre Lula e Musk (Vídeo: reprodução/YouTube/Vejapontocom)


Contexto de tensões

As desavenças entre Elon Musk e Alexandre de Moraes nas redes sociais têm gerado repercussões políticas e jurídicas. O empresário utilizou o X para atacar Moraes e ameaçar reativar contas desativadas em processos movidos pelo tribunal. A investigação da conduta de Musk, agora em curso, evidencia os limites da atuação judicial e dos direitos individuais no ambiente online. Em meio ao embate, Musk questionou: “Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?

Investigação e resposta governamental

Diante das ameaças e ataques de Musk, Moraes ordenou a abertura de novo inquérito para investigar a conduta do empresário, incluindo-o também no inquérito das milícias digitais. Estabeleceu multas para a rede X em caso de reativação irregular de perfis e determinou a investigação pela Polícia Federal dos representantes brasileiros da plataforma. Essas medidas judiciais contribuem para a postura de suspensão de novos contratos de publicidade por parte do governo.

Lula e Musk

Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu declarações que foram interpretadas como indiretas ao empresário Elon Musk, proprietário da X. Em uma de suas falas, na quarta-feira (10), Lula criticou o crescimento do extremismo, insinuando que “empresários americanos, que nunca contribuíram com o país, ousam criticar as instituições brasileiras e seu povo“. Essas palavras ecoaram um dia após comentários similares feitos na terça-feira (9), quando Lula afirmou que bilionários envolvidos em projetos espaciais devem direcionar seus recursos para a preservação do planeta Terra. Tais declarações surgem em meio ao conflito entre Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Elon Musk se reuniu com parlamentares do governo após manifestações em Brasília

Elon Musk, dono do X (Antigo Twitter), realizou reuniões com representantes do governo brasileiro quatro dias após os ataques golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Integrantes do governo acionaram a direção mundial da plataforma após ficarem incomodados com as postagens em apoio a manifestação em Brasília e contra o resultado das eleições, e após muitas apelações a direção da rede social decidiu marcar a reunião para dia 12 de janeiro.

Sobre a reunião

João Brant comandou a reunião, e diante da sala no Palácio do Planalto, cobrou o cumprimento de termos de uso da plataforma, Brant chegou a ler um trecho das normas que dizia: “Poderemos rotular ou remover informações falsas ou enganosas destinadas a minar a confiança do público numa eleição ou outro processo cívico”. Por sua vez, Musk enfatizou que segundo relatos de usuários brasileiros, este trecho era desconhecido.

Em uma reunião de aproximadamente 45 minutos, Elon Musk, expressou preocupação com os excessos das decisões judiciais de um juiz sem mencionar nomes, levando os representantes do governo brasileiro a interpretarem que se referia ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Musk assegurou que sua empresa continuaria a respeitar a lei. Ao término do encontro, conforme reportagem da Folha de S. Paulo, Musk compartilhou seu e-mail pessoal com os brasileiros, convidando-os a entrar em contato em caso de questões graves.

Frustração e falta de firmeza

A advogada Estela Aranha, que já deixou o governo, expressou sua frustração com o resultado. Segundo relatos, Musk deu a impressão de estar presente apenas para “esfriar a fervura”, sem tomar medidas efetivas.

Durante a reunião, os representantes brasileiros enfatizaram a necessidade de uma moderação de conteúdo semelhante à adotada pelo Twitter durante a invasão do Capitólio dos EUA em 2021. No entanto, as respostas de Musk foram percebidas como evasivas, com promessas genéricas de resolver o problema e evitar que situações semelhantes ocorressem novamente.


8 de janeiro de 2023 (Foto: reprodução/Marcelo Camargo)

A advogada destacou a falta de firmeza por parte de Musk e ressaltou que os conteúdos discutidos eram ilegais e violavam tanto a lei brasileira quanto os termos de uso do Twitter.

Musk ofereceu seu email pessoal para que os representantes brasileiros pudessem contatá-lo diretamente em caso de novas queixas, mas Estela Aranha afirmou que ninguém fez uso desse recurso, optando por continuar a comunicação com o Twitter pelos canais institucionais.

Até o momento, apenas as decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, que determinaram o bloqueio de canais, perfis e contas considerados golpistas, foram obedecidas pelas redes sociais, enquanto as tentativas de mediação com Musk não surtiram efeito.

O episódio reflete as dificuldades enfrentadas pelas autoridades brasileiras na regulação do conteúdo nas redes sociais e levanta questões sobre a eficácia das abordagens de empresas privadas e indivíduos influentes na resolução desses problemas.

Após ataques de Elon Musk a Moraes, a PF pretende convocar representantes do X para depor

Após os recentes ataques virtuais, o último nesta segunda-feira (8), de Elon Musk a Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) decidiu convocar os representantes do atual X (ex-Twitter) para prestar esclarecimentos. Os depoimentos ainda não possuem datas confirmadas. 

Os últimos acontecimentos 

Nos últimos dias, o atual dono do antigo Twitter, Elon Musk, se mostrou bastante contrário ao ministro Alexandre de Moraes e mais recentemente ao presidente Lula. Musk afirma que as medidas tomadas por Moares são inconstitucionais quanto ao próprio governo brasileiro. O empresário demonstrou bastante incômodo com as exigências do ministro para a plataforma pela qual Musk é líder. 

Os ataques do empresário acarretaram no pedido, por parte do ministro, que Elon Musk fosse incluído no inquérito das milícias digitais, tramitado no Supremo Tribunal Federal (STF), tornando Moraes o relator do caso. 

Nesta segunda-feira (8), Elon Musk se mostrou ainda mais reativo, atacando diretamente Luis Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil. Na publicação feita através do X – a própria rede de Musk – o empresário afirmou que Moraes tem Lula “na coleira”


Elon Musk via X (em tradução livre): “como foi para Alexandre de Moraes se tornar ditador? Ele tem Lula na coleira” (Foto: reprodução/x/@elonmusk)

Através de fontes internas no governo Lula, a CNN compartilhou que auxiliares do presidente já reagiram a série de ataques do empresário, afirmando que ele é um “lunático” e que não se comporta como um empresário, mas sim, como um “militante extremista”.

Reações 

O embate entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal teve seu estopim após o bilionário anunciar a liberação das contas bloqueadas por decisão judicial, afirmando que as altas multas aplicadas a rede social estariam acarretando na perda de receitas no Brasil. 

Moraes, sem citação direta ao bilionário, disse que decisões judiciais estão abertas a contestação, mas não a descumprimento. 

“Decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado. Essa é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil.”

Ainda se tratando das reações, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou em nota que toda e qualquer empresa dentro dos limites brasileiros está sujeita à Constituição Federal.

“O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras”, afirmou o ministro. 

Lula, nesta terça-feira (9), também deixando a título de suspense sobre à quem foi direcionado, disse que há “bilionários fazendo foguetes” para ir ao espaço, entretanto, deveriam aprender a viver aqui e “usar o muito dinheiro que tem para ajudar a preservar” a Terra. 

Musk, além do X, também é dono do SpaceX, que tem lançado veículos tripulados ao espaço e da Starlink, empresa que atua na área de internet via satélite, dando entrada no Brasil em 2022, marcada por irregularidades e polêmicas envolvendo promessas de internet para escolas em áreas remotas do Brasil, como a Amazônia, que não foram cumpridas.

Elon Musk se pronuncia novamente contra o Supremo, afirmando que mantém Lula em uma “coleira”

O empresário Elon Musk, dono da rede social X (o antigo Twitter), segue protagonizando momentos tensos com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Em novo post, o bilionário sul-africano decidiu atacar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que o ministro Alexandre seria um “ditador” que mantém Lula em uma “coleira”. O embasamento dessa afirmação, segundo ele, é que foi Moraes “quem tirou Lula da cadeia” e que por isso “o presidente não toma ações contra ele”.

“Como Alexandre se tornou o ditador do Brasil? Ele tem Lula numa coleira”, escreveu Musk na última segunda-feira (8) em uma postagem no X. Em outro post, o empresário disse ainda que o parlamento precisa promover o impeachment de Moraes.



O portal CNN teve acesso à opinião de parlamentares de Lula, que usaram palavras como “lunático” para se referir a Musk, e ainda que ele “não está se comportando como um empresário, mas como militante extremista”.

Musk X Moraes: entenda a discórdia

No último sábado (6), Elon Musk respondeu a um post no X de Alexandre de Moraes e ameaçando desbloquear algumas contas suspensas na rede social a mando da justiça brasileira, afirmando que o ministro estava praticando “censura.”

O empresário está sujeito a uma multa de R$ 100 mil para cada perfil que reativar irregularmente. As contas bloqueadas estão sob acusação de ajudarem na disseminação de fake news.

No (7), Alexandre incluiu Musk no inquérito que investiga supostas milícias digitais com objetivos antidemocratas e seus financiadores. Na decisão, Moraes deixou claro sua opinião de que “as redes sociais não são terra sem lei”.

Musk reagiu dizendo que está apurando as restrições dadas pelo supremo brasileiro à sua rede e afirma estar trabalhando por uma questão de princípios, não de lucro. O empresário chegou a afirmar que as decisões tomadas pelo Supremo são contra a Constituição Brasileira.

É possível que o X deixe de operar no Brasil?

Especialistas ouvidos pela CNN acreditam ser possível que haja a interrupção das atividades da rede social X dentro do Brasil, em caso de descumprimento de legislação.

O especialista em Direito Digital Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da ESPM, relembra que casos anteriores, como o que aconteceu com o aplicativo de mensagens WhatsApp, provam que é viável a interrupção do X. No entanto, isto é pouco provável, por se tratar de argumentos e fatos diferentes.

Restrições ao X: conheça os países que bloqueiam o Twitter de Elon Musk

No último domingo (7), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, incluiu o bilionário Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), como alvo de investigação no inquérito das milícias digitais. A decisão foi tomada após as declarações de Musk, nas quais manifestou a intenção de desobedecer às decisões judiciais brasileiras.

Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para investigar crimes de obstrução de Justiça, incluindo organização criminosa e incitação ao crime. O ministro também proibiu o X de descumprir qualquer ordem judicial prévia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por perfil bloqueado.

As declarações de Musk

No sábado (6), Musk acusou Moraes de promover censura no Brasil e desafiou o ministro, ameaçando descumprir ordens judiciais e revisar as restrições impostas à plataforma. O bilionário também classificou como “violações à lei brasileira” as decisões do STF que determinaram o bloqueio de perfis e a remoção de conteúdos.


Elon Musk participa de um simpósio contra o anti-semitismo em Cracóvia, Polônia. (Foto: reprodução/Beata Zawrzel/Getty Images Embed)


O inquérito das milícias digitais foi instaurado em 2022 para investigar a atuação de grupos que utilizam as redes sociais para atacar a democracia brasileira. O X, antigo Twitter, é uma das plataformas investigadas no inquérito.

Países onde o X está bloqueado

O Twitter foi bloqueado em diversos países por diferentes motivos, geralmente relacionados a questões políticas, controle de informação e liberdade de expressão.

China 

A China bloqueou o acesso ao Twitter desde 2009, em meio a comemorações e protestos em memória do aniversário da repressão na Praça Tiananmen, ocorrida em 1989. Naquele episódio, tanques foram usados para dispersar protestos de estudantes e trabalhadores na Praça Tiananmen, em Pequim.

Além do Twitter, o acesso ao provedor de e-mails, Hotmail, também foi bloqueado em 2009. O governo chinês mantém uma vigilância rigorosa sobre a internet, incluindo as redes sociais locais, e há relatos frequentes de prisões de usuários por criticarem o governo em postagens online.

Mianmar

Desde 2021, o acesso ao Twitter foi bloqueado em Mianmar após um golpe militar, com o governo acusando a plataforma de ser utilizada para disseminar ódio. Logo após o golpe, o Ministério dos Transportes e Comunicações de Mianmar ordenou que os provedores de internet bloqueassem o acesso ao Twitter, Instagram e Facebook, conforme relatado pela empresa norueguesa Telenor, que oferece serviços móveis no país.

O Twitter expressou preocupação com essa medida, declarando que prejudica o diálogo público e os direitos das pessoas de se expressarem, de acordo com um comunicado à CNN Business.

Coreia do Norte

O acesso à internet na Coreia do Norte é altamente restrito, com várias plataformas ocidentais, incluindo o Twitter, sendo bloqueadas. Segundo relatos da Voz da América, uma agência de notícias financiada pelo governo dos Estados Unidos, a Coreia do Norte oficialmente anunciou em 1º de abril de 2016 que havia bloqueado o acesso a sites como YouTube, Facebook, Twitter, além de mídias sul-coreanas.

Além disso, sites de jogos e conteúdo adulto também foram restringidos. Embora existam poucos norte-coreanos com acesso à internet, anteriormente, estrangeiros e visitantes podiam acessar a web com pouca restrição.

O governo mantém um controle rígido sobre o acesso à internet e continua a implementar medidas para limitar o acesso a sites e plataformas estrangeiras.

Irã

O Irã proibiu o Twitter e o Facebook em 2009, após protestos em massa que ficaram conhecidos como a Revolução Verde, com receio de que os movimentos de protesto se expandissem e se tornassem mais organizados.

Em 2013, houve um breve período em que essas redes sociais ficaram acessíveis devido a um erro técnico, mas logo foram bloqueadas novamente poucas horas depois. Segundo informações do próprio Twitter, o Irã continua restringindo o acesso à plataforma para usuários comuns.

Rússia

Desde março de 2022, após o início da guerra contra a Ucrânia, o governo russo, liderado por Putin, bloqueou o Twitter e outras plataformas da Meta, empresa proprietária do Facebook e do Instagram, como parte de uma estratégia para controlar a narrativa sobre o conflito e reprimir a dissidência.

O governo russo, liderado por Vladimir Putin, mantém o bloqueio ao Twitter, agora conhecido como X, mesmo após a compra da plataforma por Elon Musk e a mudança de nome e domínio. 

Turcomenistão

Reconhecido como um dos regimes mais repressivos do mundo, o governo turcomano mantém um controle estrito sobre a internet e qualquer informação externa, com agências de notícias estatais divulgando apenas a versão oficial dos eventos.

Os cidadãos turcomanos enfrentam dificuldades para acessar fontes de informação global na web e correm o risco de multas ou prisões se tentarem usar VPNs para contornar os bloqueios governamentais.

Presidente do Congresso coloca regulamentação das redes em pauta novamente

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Presidente do Congresso e do Senado, em reunião com ministros nesta segunda-feira (8), afirmou que a regulamentação das redes sociais é “inevitável e fundamental”.

“O Senado aprovou, em 2020, um projeto de regulamentação das plataformas digitais. Considero isso fundamental. Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais, para que não haja captura de mentes, de forma indiscriminada, que possa manipular desinformação, disseminar ódio, violência, ataques a instituições”.

Rodrigo Pacheco

O PL mencionado foi aprovado pelo Senado em 2020, mas travou na Câmara em 2023, devido à pressão contrária das grandes empresas de tecnologia.

O início do embate

O conflito iniciou na última quarta-feira (4), quando Michael Shellenberg, jornalista americano, teria comentado sobre troca de e-mails entre funcionários do X dizendo que autoridades do Brasil estavam pedindo informações pessoais de usuários investigados. Na sequência, o X divulgou que teria sido forçado a bloquear determinadas contas no Brasil por decisões judiciais.


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Elon Musk em sua mesa na Califórnia, em março deste ano (Foto: reprodução/ Paul Harris/Getty Images embed)


“Estamos levantando todas as restrições. Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funionários e cortou o acesso do X no Brasil.

Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá.”

Elon Musk

Entenda a atitude do ministro

No domingo (7), Moraes pediu inclusão do empresário do X no inquérito que apura a existência de milícias digitais, como investigado e como financiador, e abertura de investigação por obstrução à Justiça. O ministro também fixou multa em caso de descumprimento das decisões judiciais.


Alexandre de Moraes em uma conferência em Brasília em 2022 (Foto:reprodução/Arthur Menescal/Getty Images embed)


Responsabilização das redes pelas publicações veiculadas, dever de prevenir publicação de conteúdos ilícitos, prazo para o cumprimento de decisões judiciais e protocolo de punição são os principais pontos abordados pelo PL.  A regulação da inteligência artificial foi colocada como outro projeto a ser tratado com prioridade.

Campo jurídico representa oposição nas ofensivas de Moraes contra Musk

A investida do ministro Alexandre de Moraes contra o proprietário do X/Twitter, Elon Musk, reacendeu um debate que já foi tema de discussão no meio jurídico em outras ocasiões. Os estudiosos do direito concordam que o assunto está no centro das discussões entre grupos de advogados.

Veja do que Musk acusa Moraes

Parte compartilhada da opinião de que o ministro possivelmente ultrapassou os limites das prerrogativas de seu cargo. No entanto, há aqueles que apoiam as ações de Moraes, argumentando que, especialmente neste caso, tolerar a insubordinação de Musk poderia até mesmo comprometer a soberania nacional.

Para os críticos, as penas severas e as decisões unilaterais minam o exercício das funções de Moraes. Eles também observam que, embora possa ser uma estratégia para impulsionar as investigações, a demora em conceder vistas aos alvos de operações ou conceder acesso parcial, apenas reforça a crítica de que os investigados nos processos relatados por Moraes não têm pleno exercício do direito de ampla defesa.

Os três principais pontos de crítica neste caso são: a exposição negativa da Justiça brasileira no âmbito internacional, a ausência de uma ação por parte do Ministério Público contra Musk e é como se Moraes estivesse caindo em uma armadilha.


Elon Musk. (Foto: reprodução/Frederic Legrand)

Alguns advogados evitam se manifestar publicamente sobre as decisões do ministro por temer retaliação. Um dos advogados consultados afirma que Moraes se tornou previsível, que todos sabem como ele irá agir, com uma resposta enérgica a qualquer provocação ou ataque.

Para alguns advogados, a polarização que permeia a política agora se estende ao setor jurídico com as ações de Moraes. No entanto, mesmo entre os críticos de direita, há aqueles que não apoiam suas ações. É um grupo mais garantista, que defende firmemente o direito à defesa, reservando a punição apenas como último recurso, e preconizam uma abordagem mais cautelosa por parte dos juízes.

Por outro lado, os juristas observam que as investidas do ministro do STF têm sido bem fundamentadas, sem enfrentar resistências significativas dentro do próprio tribunal. Isso fica evidente pelo fato de que as decisões relacionadas aos políticos presos e aos militares do 8 de janeiro não são revertidas pelos colegas de Alexandre. É como se ele tivesse total autoridade para supervisionar e punir.

Relembre o caso

No último domingo, Alexandre de Moraes ordenou a abertura de um inquérito com Musk, que estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil para o caso de a plataforma X liberar alguns perfis bloqueados judicialmente. Moraes alega que Musk iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação da Suprema Corte e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

X: Anatel sinaliza operadoras e rede pode ser retirada a qualquer momento

Na manhã deste domingo (07), os interlocutores do ministro Alexandre de Moraes procuraram o presidente da Anatel (Agência Nacional de telecomunicações), o objetivo era entender o que será necessário para retirar o X (antigo twitter) do ar no Brasil, após o atual dono do aplicativo, Elon Musk, desafiar a legislação do Brasil.

Resposta da Anatel

Para que o pedido de retirada da rede do ar seja realizado, é necessária uma ordem judicial e a partir dela, o bloqueio acontece através das operadoras

Segundo informações apuradas pela colunista Andreza Matias, do UOL, com a procura dos interlocutores do ministro Alexandre de Moraes, através do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o presidente da Anatel, Carlos Baigorri resolveu deixar as principais operadoras de telefonia do país de prontidão, caso uma ordem judicial seja emitida obrigando-as a retirar a rede social do ar.

Como tudo começou


Elon Musk, atual dono do X, ex Twitter. (Foto/Reprodução/ Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images)


A possibilidade de retirar o X do ar veio após Elon Musk questionar Alexandre de Moraes em um post na própria conta do X na rede social, sobre decisões judiciais que levam a remoção de postagens.

“Em breve, X publicará tudo o que é exigido por Alexandre e como essas solicitações violam a legislação brasileira, este juiz traiu descaradamente e repetidamente a constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment. Vergonha, Alexandre, vergonha” escreveu ele.

As decisões se deram por conta de extremas notícias falsas espalhadas pelo site. Inclusive, alguns perfis são investigados por estimular golpe de Estado e divulgação de fake news nas eleições de 2022.

Musk também chegou a dizer que não respeitará as restrições impostas pelo ministro e ameaçou fechar o escritório do X no Brasil.

Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por um possível golpe de Estado, usaram a postagem do empresário como combustível para discutir a aprovação da regularização das redes sociais que corre no congresso. Eles usam como argumento uma censura à “liberdade de expressão”.

Vale lembrar que a liberdade de expressão não dá brechas para insinuar e promover crimes como injúria, difamação e calúnia. O limite da liberdade de expressão são os demais direitos garantidos pelas leis do Brasil. Denunciar posts criminosos não significa censura.

O Impacto do Chip Cerebral de Elon Musk

A Neuralink, inovadora empresa fundada por Elon Musk, continua impressionando o mundo com sua busca para unir o cérebro humano à tecnologia. Em um novo vídeo divulgado recentemente, a empresa revelou um marco emocionante, seu primeiro paciente, Nolan Arbaugh, conseguiu jogar Mario Kart apenas com a mente.

O vídeo mostra Arbaugh manejando o volante virtual do famoso jogo de corrida sem mover um músculo. Embora ainda precise de detalhes específicos, o resultado sinaliza um avanço promissor no campo das interfaces cérebro-computador.

Elon Musk expressou entusiasmo sobre o potencial transformador da Neuralink, vislumbrando um futuro onde doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson podem ser tratadas de maneira revolucionária. No entanto, as reações ao progresso da Neuralink são diversas.


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Noland Arbaugh jogando Mário Kart com o Neuralink (Vídeo: reprodução/X/@ModdedQuad)

Críticas e Elogios ao Caminho da Neuralink

Em meio às celebrações, surgem algumas críticas, como a do renomado cientista brasileiro Miguel Nicolelis. Nicolelis destaca as décadas de trabalho em interfaces cérebro-máquina, questionando o quão inovador é o trabalho da Neuralink em comparação com suas próprias pesquisas.

Os avanços da Neuralink ao longo dos anos merecem atenção. Desde o primeiro implante em um humano com tetraplegia, passando pela demonstração impressionante de um macaco digitando e chegando até a notável exibição de um porco com o implante Neuralink, chamado Gertrude, mostrando atividade cerebral em tempo real, a empresa tem acumulado conquistas significativas.


Vídeo completo de apresentação da Neuralinl (Vídeo: reprodução/X/@ModdedQuadd)

Avanços recentes da Neuralink

2024

A empresa divulgou um vídeo que mostra Nolan Arbaugh, seu primeiro paciente, jogando Mario Kart com o poder da mente.

2022

Anúncio do primeiro implante em um humano com tetraplegia, mas sem detalhes sobre resultados.

Demonstração de um macaco digitando usando o implante Neuralink.

2021

Apresentação de um porco chamado Gertrude com o implante Neuralink, mostrando a atividade cerebral em tempo real.

2020

Vídeo de um macaco chamado Pager jogando Pong com a mente usando o implante Neuralink.

Forbes revela lista dos 10 homens mais ricos do mundo

A revista Forbes atualizou sua lista dos homens mais ricos do mundo, revelando algumas surpresas, como a queda de uma posição de Elon Musk e a saída do indiano Mukesh Ambani do Top 10. Abaixo, apresentamos a lista dos 10 homens mais ricos do mundo, acompanhada de um resumo de suas trajetórias.

1. Bernard Arnault


De acordo com a Forbes Bernard Arnault e o homem mais rico do mundo atualmente  (Foto: reprodução/Christian Vierig/Getty Images Embed)


Com uma fortuna estimada em mais de um trilhão de reais, o empresário de produtos de luxo, Bernard Arnault, ocupa a primeira posição da lista. Grande parte desse valor advém do bom desempenho das ações de seu grupo, LVMH.

Arnault, de origem francesa, iniciou sua trajetória em 1984, quando adquiriu o grupo Financière Agache, controlador na época das marcas Christian Dior e a rede de supermercados Le Bon Marché. A compra foi realizada por um valor relativamente baixo, de 15 milhões de dólares, provenientes da fortuna construída por seu pai, um empresário bem-sucedido do ramo da manufatura.

Ao longo do tempo, Arnault realizou aquisições estratégicas no setor de luxo, transformando seu império no maior grupo de luxo do mundo, o LVMH, que atualmente engloba 75 marcas, incluindo gigantes como Louis Vuitton, Christian Dior, Tiffany e Dom Pérignon Champagne.

2. Jeff Bezos

Conhecido por ter fundado a Amazon, o empresário, formado em engenharia elétrica e ciências da computação, possui uma fortuna que se aproxima de um trilhão de reais. Sua riqueza cresceu significativamente quando ele vendeu 12 milhões de ações da Amazon por um valor próximo de dois bilhões de dólares, equivalente a cerca de 10 bilhões de reais.

3. Elon Musk

O empresário, amplamente reconhecido pela Tesla e pela SpaceX, agora também proprietário do antigo Twitter, desceu uma posição no ranking dos mais ricos devido principalmente a uma queda de 29% no desempenho das ações da Tesla, embora a marca de carros elétricos ainda permaneça forte. Musk também possui outros investimentos menores, porém promissores, como a empresa sul-africana Neuralink.

4. Mark Zuckerberg

O quarto colocado nesta lista é o cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que atualmente é CEO da Meta, empresa que engloba gigantes como Facebook, Instagram e WhatsApp. Ele detém atualmente 13% das ações da empresa.

5. Larry Ellison

O quinto lugar nesta lista é ocupado pelo empresário cofundador da Oracle, empresa de software conhecida por ser uma das maiores do mercado. Ellison atualmente é presidente e diretor de tecnologia da companhia. No passado, ele chegou a ocupar a terceira posição na lista, mas, devido à queda no valor das ações da empresa, agora está em quinto lugar.

6. Warren Buffett

Aos 93 anos, Buffett é considerado um dos investidores mais bem-sucedidos da história. Ele lidera o grupo de investimentos Berkshire Hathaway, que possui diferentes marcas e investimentos nos mais diversos setores.

7. Bill Gates

Conhecido como o fundador da gigante Microsoft, Gates foi CEO da empresa por 25 anos e também atuou como presidente. Ele ocupou o primeiro lugar na lista por 18 anos, mas após sua saída da Microsoft e suas doações para causas filantrópicas, agora está em sétimo lugar.

8. Larry Page

Cofundador do Google, Page atualmente é membro do conselho da Alphabet, empresa controladora do Google. Ele recentemente entrou para a lista dos homens mais ricos do mundo quando as ações da Alphabet tiveram um aumento no primeiro semestre do ano passado.

9. Steve Ballmer

CEO da Microsoft de 2000 a 2024, Ballmer comprou o time de basquete Los Angeles Clippers em 2014, quando o time estava avaliado em cerca de 10 bilhões de reais. Desde então, o valor do time mais do que dobrou, alcançando atualmente a marca de 23,5 bilhões de reais.

10. Sergey Brin

Junto com Larry Page, Brin foi um dos cofundadores do Google. Até 2019, ele foi presidente da Alphabet e atualmente permanece na empresa como membro do conselho de administração e parte do grupo de acionistas controladores.