Primeira morte por leptospirose é confirmada no Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira (20) a primeira morte por leptospirose no estado. Eldo Gross, de 67 anos, faleceu na sexta-feira (17) após sua casa ser inundada pelas chuvas na cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari. Ele foi sepultado no sábado (18).

As enchentes que devastaram o estado causaram grandes danos materiais a residências e empresas, além de ameaçarem a saúde da população de diversas maneiras.


Voluntários ajudam a resgatar moradores após a enchente dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa em 6 de maio de 2024 em Porto Alegre (Reprodução/Ramiro Sanchez /Getty Images Embed)


Segundo o médico Fábio José Pavan, Eldo procurou atendimento médico, foi internado e hospitalizado. Outros três casos da doença estão em tratamento, mas sem grandes complicações.

Medidas para evitar a Leptospirose

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda algumas medidas para prevenir a doença: usar luvas e botas impermeáveis ao limpar áreas alagadas para evitar contato com água ou lama contaminada e consultar um médico se houve contato com água das enchentes. Em alguns casos, o uso preventivo de antibióticos pode ser indicado para reduzir o risco de infecção.

A leptospirose é uma doença bacteriana grave cujos sintomas incluem febre, dor muscular, náuseas, vômitos, diarreia, pele e olhos amarelados. A bactéria é transmitida pela urina de animais infectados. A contaminação ocorre pelo contato com água ou lama contaminada, principalmente por meio de lesões na pele.

Riscos à saúde na tragédia climática do RS

A situação no Rio Grande do Sul acende um alerta para a saúde pública. Profissionais da saúde estão preocupados com o contato da população com água suja, que pode servir de vetor para doenças como diarreia, leptospirose e dengue.

Em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, um abrigo acolhe 3.500 pessoas em três pavilhões. Médicos relatam que muitos dos desabrigados já chegam ao local com problemas de saúde potencialmente causados pelas enchentes. Em resposta à alta demanda, um pronto- atendimento 24 horas foi instalado.

Além das doenças transmitidas pela água, as doenças respiratórias também representam uma preocupação urgente no Rio Grande do Sul neste momento. O pesquisador do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz, Christovam Barcellos alerta: ”muita gente aglomerada em abrigos ou em outros lugares. O frio que está fazendo no Rio Grande do Sul, muitas pessoas perderam seus agasalhos, perderam forma de se proteger”.

As inundações também resultaram na perda de medicamentos controlados e receitas, dificultando ainda mais o trabalho das equipes de saúde.

Especialistas alertam sobre saúde mental em meio a tragédia no Rio Grande do Sul; entenda

O estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando momentos difíceis diante de tantas perdas nas últimas semanas e dias. Porém, um dos desafios muitas vezes negligenciado é o cuidado com o estado emocional das vítimas. Por isso, os especialistas alertam a respeito do assunto. E sabendo a importância de manter a saúde mental dessas pessoas, uma força-tarefa com mais de 300 profissionais do SUS foi montada. Esses profissionais são de vários estados do país, inclusive do próprio Rio Grande do Sul e eles prestaram um primeiro atendimento às vítimas das enchentes gratuitamente.

Relatos de vítimas da tragédia 

As enchentes que assolam milhares de pessoas no RS destruíram casas, ruas, carros e tudo que muitas pessoas tinham. A dona de casa Margareth Santos Moraes diz “(…)A gente sente falta da casa da gente, do cantinho. A gente já é pobre, ainda perde pouco que a gente tem, entendeu? Faz com que o emocional fique ruim. (…) Eu me senti em uma guerra. (…) sem saber para qual lado ir”, descrevendo seus pensamentos diante do ocorrido.


Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Nelson Almeida/Getty Images Embed)


A PUC de Porto Alegre está acolhendo 250 pessoas, uma delas é a Santa Edith Lopes que também contou um pouco do que passou em meio às enchentes. “Foi difícil porque eu moro ali há 50 anos. Eu fiquei com água já pelo pescocinho. Eu sou pequena mas consegui pegar minhas gatinhas, meu cachorro, o velho que não queria vir, queria ficar cuidando da casa lá”, conta Santa.

Importância do apoio psicológico

O professor de Psicologia na PUC/RS, Christian Haag Kristensen, destacou sobre a importância do apoio psicológico. Dizendo: “A pessoa tem medo, está em choque, ansiosa e pode se sentir culpada muitas vezes até porque sobreviveu e outra pessoa, não”. Além disso, o professor diz que em um primeiro momento o tratamento envolve escutar as vítimas de maneira não invasiva. “(…) não pode forçar a pessoa a falar e, muito menos ainda, ficar forçando a pessoa a se lembrar de forma repetida sobre a tragédia”, afirma Christian.

Débora Noal, psicóloga e coordenadora da Força Tarefa do SUS que conta com 300 profissionais do SUS, também destacou a importância do apoio emocional. “Quando tem essa sensação de apoio, acolhimento, afeto, troca, amparo, em algumas semanas, a própria rede faz com que ela sinta que tem ferramentas suficientes para poder subverter esse momento de dor”, explica. Citando ainda desastres anteriores que mostraram que as pessoas que receberam apoio psicológico logo nas primeiras semanas tiveram menos chances de desenvolver um quadro mais grave no futuro.

Cerca de 770 mil residências ficam sem energia no Texas após tempestade

Depois das fortes tempestades que atingiram o Texas, Louisiana e outros estados da região da Costa do Golfo dos EUA que ocorreu na noite de quinta-feira (16), foi revelado que cerca de 770 mil residências e empresas estão sem energia, a informação foi confirmada por meteorologistas do site de rastreamento PowerOutage.us. 

Residências e empresas afetadas

Conforme os dados do revelados, a empresa CenterPoint Energy, do Texas foi a mais afetada pelo ocorrido, atualmente o corte de energia, chega a aproximadamente 657 mil clientes na área de Houston sem energia. 

Também revelado pelo site, em Louisiana, a empresa mais atingida foi a Entergy, com mais de 29 mil clientes sem serviço no momento. 


Tempestade em Livingston, no Texas (Foto: reprodução/ CNN Newsource)

O Número teve uma queda comparados aos mais de 890 mil moradores que ficaram sem abastecimento elétrico desta sexta-feira (17), a primeira manhã após o fenômeno natural. 

Tempestade atinge o Texas

A tempestade de ventos, que atingiu a área de Houston nesta quinta (16), chegou com a ventania atingindo 160 km/h, força equivalente ao furação Ike de 2008, deixando 4 pessoas mortas até esse momento, foi o que o prefeito da cidade, o democrata John Whitmire , em entrevista à estação de tv local Kriv. 

“O prefeito e os socorristas estão pedindo aos moradores de Houston que fiquem fora das ruas e evitem todas as viagens desnecessárias. Muitas estradas estão intransitáveis devido a torres de energia derrubadas, detritos e árvores caídas”, disse o gabinete de Whitmire, recomendando os civis ficarem em casa e evitar saírem de suas residências. 


Chuvas em Houston após tempestade (Foto: reprodução/Reuters)

Duas das mortes confirmadas foram causadas por arvores caídas e outra foi por um acidente envolvendo um guindaste, conforme explicado por Samuel Peña, o chefe do Corpo de Bombeiros de Houston. 

Enchentes na região

Já em Katy, uma cidade no oeste de Houston, bairros residenciais foram inundados por águas lamacentas de tonalidade marrom, enquanto as arvores balançaram com a velocidade aproximada de 129 a 161 quilômetros por hora. 

Após ocorrido, o Serviço Meteorológico Nacional emitiu um alerta de enchentes para Houston devidos a chuvas vindas da tempestade. 

Polícia Civil resgata 45 desaparecidos em áreas alagadas do RS

A tragédia que vem assombrando o Rio Grande do Sul desde o início das chuvas recentemente teve uma notícia boa quando a Polícia Civil informou que já conseguiu encontrar 45 pessoas com vida que antes eram tidas como desaparecidas por seus familiares. De acordo com a instituição, essas pessoas foram encontradas em abrigos oficiais em áreas ainda alagadas.

Parceria com Senasp vem ajudado na identificação de desaparecidos

De acordo com a polícia, a ação é resultado de uma parceria com a Diretoria de Operações de Inteligência da Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), por meio do Ciberlab, que permite uma busca pelas vítimas em cooperação com as redes sociais e outros mecanismos digitais, usando a tecnologia para identificar possíveis desaparecidos.

O trabalho ainda conta com o apoio das polícias civis do Pará, de Pernambuco e de Sergipe, que vêm disponibilizando integrantes, assim como recursos e conhecimentos, para ajudar a coletar informações úteis sobre as vítimas.

Neste momento tão difícil e desafiador para todos nós, a cooperação tem sido crucial para localizar pessoas e diminuir o sofrimento das famílias

Delegado Fernando Sodré Chefe da Polícia Civil do RS

Mortes já chegam a 154

De acordo com a Defesa Civil do estado, a tragédia que vem acontecendo em razão das chuvas já deixou um total de 154 mortos e 94 desaparecidos. Além disso, 540 mil pessoas estão desalojadas e 78 mil estão em abrigos.


Enchentes destruíram o estado (Foto: reprodução/AFP/GUSTAVO GHISLENI/Getty Images Embed)


A situação vem sendo aliviada pela série de doações que o estado vem recebendo, entre elas alimentos não perecíveis e roupas, que têm ajudado a tornar a situação menos difícil para as famílias que foram abaladas pela tragédia.

Os policiais ainda destacaram a importância de registrar um boletim de ocorrência, seja presencialmente ou pela Delegacia Online, informando o nome e o local do desaparecimento, para facilitar as buscas. Informações úteis sobre pessoas desaparecidas podem ser enviadas pelo WhatsApp para o número (51) 98444-0606, ajudando a agilizar o trabalho das autoridades.

Governo do RS anuncia R$2,5 mil para famílias em extrema pobreza

Em entrevista coletiva nesta sexta (17), Eduardo Leite, governador do estado do Rio Grande do Sul, anunciou o início do pagamento do programa “Volta por cima”, onde famílias na faixa de extrema pobreza inscritas no Cadastro Único e que foram vítimas das enchentes que invadem o estado em maio, receberão 2,5 mil reais. A previsão é que 47 mil famílias serão contempladas.

“Volta por cima” não foi criado após a tragédia em 2024 no RS

O programa existe desde o ano passado, em setembro, quando o Rio Grande do Sul sofreu com cheias intensas em razão do ciclone extratropical. Em 2023, aproximadamente 1.726 famílias de 22 municípios, recorreram ao projeto. O número teve crescimento expressivo em comparação com a tragédia climática de 2024, onde quase todos as cidades foram atingidas.

“Nós já efetuamos e estamos efetuando hoje o depósito para sete mil famílias neste cartão”, explica Eduardo Leite. As sete mil famílias “são aquelas que as prefeituras já apresentaram o cadastro e que estão desabrigadas”.

Além dessas, outras 40 mil famílias serão pagas através do serviço até 24 de maio.

Pix SOS RS

Apesar de parecidos, o Pix SOS RS e o Volta por cima tem públicos diferentes, o Pix atenderá as famílias que não são de extrema pobreza mas que ficaram desabrigados ou desalojados e que ganham até 3 salários mínimos, as vítimas receberão 2 mil reais. Os pagamentos começam nesta sexta-feira (17) em Encantado e Arroio do meio, cidades do RS.

Famílias que se encaixam no programa Volta por Cima, não poderão receber o Pix SOS RS.

Reconstrução do Rio Grande do Sul


Roca Sales, cidade do Rio Grande do Sul, vista de cima após alagamentos (Foto: reprodução/ NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)


O Plano Rio Grande, como foi chamado pelo governo, tem o objetivo de reconstruir o estado. Entre as medidas, foi anunciada a inauguração do Centro Administrativo de Contingência, um espaço de trabalho temporário para os servidores, já que o local anterior foi afetado pelas cheias em Porto Alegre. O novo centro começará a operar oficialmente hoje.

Leite também anunciou a formação de um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, com o objetivo de desenvolver “ações para adaptação e resiliência climática do estado do Rio Grande do Sul”.

O Estado ainda contará com estruturas habitacionais definitivas e provisórias, e uma nova secretaria, onde a Secretaria de Parcerias e Concessões vai dar lugar a  Secretaria da Reconstrução Gaúcha. A secretária irá funcionar no formato de uma “assessoria especial de gestão de riscos”, segundo o governador.

O governo federal também disponibilizou programas de habitação e recebimento de recursos para as famílias gaúchas.

Sabesp mobiliza recursos para ajudar Rio Grande do Sul em enchentes

A Sabesp, empresa de saneamento básico do Estado de São Paulo, está mobilizando recursos para ajudar o Rio Grande do Sul a enfrentar as graves enchentes que assolam o estado. Serão enviados 18 conjuntos de bombas de escoamento, com capacidade de transferir cerca de mil litros de água por segundo, o suficiente para encher uma piscina olímpica em apenas 30 minutos.

Histórico de Uso e Logística

Essas bombas já foram utilizadas em ações de macrodrenagem durante a crise hídrica de 2014 na Região Metropolitana de São Paulo, quando auxiliaram no Sistema Cantareira ao bombear água do volume morto para áreas mais altas. Agora, essas mesmas bombas serão transportadas para o Rio Grande do Sul: quatro delas por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e as outras 14 por rodovias, com apoio do Exército. A previsão é que os equipamentos cheguem a Canoas e Porto Alegre na sexta-feira, 17 de maio.

O diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo, informou que a equipe técnica da empresa já está no local, identificando os melhores pontos para a instalação das bombas. “Precisamos trabalhar na redução do volume de água para que as equipes possam iniciar a reconstrução das cidades”, afirmou Salcedo. As bombas, sendo flutuantes, ajustam-se ao nível da água, o que facilita o trabalho e evita a necessidade de deslocamento constante.

Assistência Técnica e Humanitária

Além dos equipamentos, a Sabesp está enviando 57 profissionais ao Rio Grande do Sul. Esses especialistas atuarão na recuperação de instalações danificadas pelas chuvas, como estações de tratamento, e na distribuição de água potável para a população afetada.


Estadio do Gremio em meio a inundação (Foto: Getty Images Embed/Getty Images)


As enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em 151 mortes até a quinta-feira, 16 de maio. Em Porto Alegre, o nível do Rio Guaíba caiu para abaixo de 5 metros pela primeira vez desde segunda-feira, 13 de maio, mas a expectativa é que as águas recuem ainda mais. O cenário nas áreas onde a água já baixou é devastador, com esgoto a céu aberto, mau cheiro e a presença de animais mortos.

Esperança e Reconstrução

A Sabesp e outras autoridades locais trabalham incansavelmente para mitigar os impactos das enchentes e auxiliar na recuperação das comunidades afetadas. A esperança é que, com a diminuição do volume de água, as equipes possam avançar na reconstrução e normalização da vida nas áreas atingidas.

90% dos municípios gaúchos foram afetados pelas grandes enchentes 

A sensível situação que assola o Rio Grande do Sul ainda está longe de ter um fim definitivo, além do frio e das chuvas que seguem intermitentes por todo o estado gaúcho, as destruições causadas pelas enchentes são incontáveis. De acordo com a Defesa Civil, 90% dos municípios do estado foram comprometidos e mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas. 

Parâmetro geral

Cerca de 2,2 milhões de pessoas já foram afetadas direta ou indiretamente pela consequência das fortes chuvas que tomam conta do estado gaúcho. As enchentes fizeram com que 397 cidades solicitassem o estado de calamidade pública e apesar da averiguação do governo reduzir o número para 46, ainda existem 320 em cenário de emergência. Mais de 600 mil pessoas ficaram sem suas casas em meio a tragédia.

O número de pessoas desabrigadas consegue ser maior do que a população de uma capital como Florianópolis, por exemplo. Mesmo que a água já tenha mudado para um nível considerado em algumas cidades, ainda se torna muito difícil para alguns moradores voltarem devido às condições deixadas pelo barro e lama além da obstrução de passagens. Em Lajeado, no Vale Taquari, já houve casos de pessoas que conseguiram chegar em suas respectivas casas para início da limpeza. Porto Alegre também, em parte, teve parte da água recuada e a verdadeira situação nas ruas começou a aparecer. 


Estragos em cidade gaúcha (Foto: reprodução/ Jornal Nacional/ TV Globo)

“ Os freezers viraram de cabeça pra baixo, toda a mercadoria estragou. Agora, tem que ter forças para recomeçar. ”, disse empresário Jair Lamm, dono de uma padaria aberta há 25 anos, para o Jornal Nacional.  

Cidades como Santa Rita chegaram a ser 60% afetadas. A Zona Sul de Porto Alegre ainda segue tomada pela água, mantendo o alerta à população. O nível da Lagoa dos Patos ainda subiu aproximadamente 30 centímetros em 48 horas, atingindo 2,75 metros na manhã desta quinta-feira (16), segundo a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O prejuízo da destruição nos município chega a uma quantia estimada de R$ 5 bilhões, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.

Previsões

As notícias do tempo destinadas a região sul do país ainda não são das melhores, o Rio Grande do Sul ainda registrará frio e chuvas nesta sexta-feira que pode ou não decorrer durante o fim de semana. Em previsões do MetSul Meteorologia, ganhou destaque o acúmulo de chuvas para os setores norte e nordeste do estado entre ontem e hoje, onde estas podem chegar dos 50 até 100 milímetros em várias cidades, com especificidade na região serrana. Ainda, a instabilidade do solo serrano induz uma importante preocupação acerca da possibilidade de deslizamentos de de terra em consequência da condição sensível do solo.

Para o resto do estado, espera-se que o tempo continue firme, com chuvas moderadas na metade norte da região.

Lula anuncia pix de R$5,1 mil para famílias vítimas da tragédia climática no RS

Nesta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou as medidas que serão implementadas para reparar os danos aos atingidos pelas enchentes do estado Rio Grande do Sul. Aproximadamente 200 mil famílias serão ajudadas. A decisão foi anunciada no município de São Leopoldo (RS).

O Pix

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, adiantou que o pix de 5,1 mil será direcionado de forma imediata para quem perdeu bens como móveis, eletrodomésticos, entre outros, através da caixa econômica federal.

“Todas as pessoas que perderam seus objetos. A comprovação se dará apenas pelo endereço que a pessoa mora. Quem perdeu todos os documentos vai lá, diz seu CPF. Vai ser via aplicativo da Caixa, com a autodeclaração das pessoas. E esse endereço, evidente, será checado”, disse Costa.

FGTS


Medidas foram oficializadas em 15 de maio, em São Leopoldo (Foto: divulgação/ Ricardo Stuckert/Governo Federal)

O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) também terá sua retirada facilitada. Para trabalhadores dos municípios atingidos, o saque de até R$ 6.220 do fundo será permitido. A lei, que prevê o prazo mínimo de 12 meses entre a retirada de parcelas do FGTS, será flexibilizada excepcionalmente para as vítimas, que poderão receber mesmo que o saque mais recente tenha acontecido dentro do intervalo.

Outras medidas

Nas cidades afetadas, quem está inscrito no bolsa família, receberá a parcela de maio no dia 17, próxima sexta-feira. Adiantando o recebimento que pelo cronograma oficial começaria no dia 31. 20 mil família gaúchas foram inclusas em uma folha extra para receber a primeira parcela nesse neste mês.

No programa Minha Casa, Minha Vida, o governo suspendeu o pagamento dos financiamentos por 6 meses no estado.
“Famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão novos imóveis 100% garantidos pelo governo federal”, diz a medida adicional anunciada por Rui Costa.

Para que isso seja possível, alguns caminhos foram escolhidos:

  • Compras assistidas pelo governo serão utilizadas, ou seja, a família indica uma casa já existente e a União comprará e entrega para a própria.
  • Casas colocadas para leilão pelo Estado por falta de pagamento, serão quitadas e ofertadas.
  • O governo comprará imóveis de construtoras interessadas, antes mesmo de ir ao mercado
  • Proprietários de casas poderão fazer proposta ao governo para vender os imóveis
  • Novos projetos construídos através do Minha Casa, Minha Vida que não entraram na cota anterior.

Todas as residências adquiridas e devolvidas, serão entregues às famílias vítimas da calamidade climática.

Lewis Hamilton comove seguidores a ajudarem vítimas da tragédia no RS

O renomado piloto Lewis Hamilton, que conquistou o título mundial da Fórmula 1 sete vezes, utilizou suas plataformas nas redes sociais para expressar sua solidariedade para com o estado do Rio Grande do Sul. Reconhecido com cidadania honorária brasileira, Hamilton dedicou uma publicação em seu perfil oficial no Instagram nesta terça-feira (14) com o intuito de sensibilizar seus seguidores e mobilizar esforços para auxiliar a região afetada pelas recentes enchentes.

Em um vídeo compartilhado através dos stories, Hamilton apresentou imagens que evidenciam a gravidade da situação enfrentada no sul do Brasil, onde as enchentes têm causado devastação e afetado milhares de pessoas. Acompanhando as imagens, o piloto transmitiu uma mensagem de apoio e solidariedade, convocando seus seguidores a se unirem a ele nesse gesto de ajuda humanitária.


Story publicado pelo piloto em seu Instagram (Reprodução/Instagram/@lewishamilton)

“Meu coração está com todos os afetados pelas enchentes no Brasil. Se você puder, junte-se a mim para apoiar as bravas pessoas que estão lutando para ajudar os impactados por esta emergência”, escreveu Hamilton em seus storys. Além disso, o piloto disponibilizou um link para facilitar o processo de doações, permitindo que seus seguidores contribuam diretamente para os esforços de assistência às vítimas das enchentes.

Relação de Hamilton com o Brasil

A iniciativa de Hamilton reflete não apenas seu compromisso com a comunidade global, mas também sua conexão especial com o Brasil, país que o recebeu com honrarias e onde construiu uma significativa base de fãs. A relação de Lewis Hamilton com o Brasil transcende os limites do esporte, estendendo-se a uma conexão afetiva profunda com o país e seu povo. Desde seus primeiros passos na Fórmula 1, Hamilton foi calorosamente acolhido pela vibrante comunidade automobilística brasileira, que reconheceu e aplaudiu seu talento excepcional nas pistas.

Sua mensagem ressoa como um apelo à solidariedade e à ação coletiva em tempos de crise, atitude similar a muitos artistas e figuras públicas desde o início da tragédia.

Ex-BBB Amanda Meirelles alerta exposição de pessoas vítimas das enchentes

A campeã do BBB 23, Amanda Meirelles, que está como voluntária no Rio Grande do Sul, fez um post nas redes sociais nesta terça-feira (14) para pedir cuidado em relação à exposição de vítimas no local.

Quero agradecer todos que estão ajudando de alguma forma, mas vamos lembrar que sofrimento não é entretenimento. Cuidado com a exposição das pessoas, estão todos muito vulneráveis, o momento é desafiador e muito doloroso. As imagens depois que estão na rede podem ser usadas de diversas maneiras e podem machucar o outro.” disse Amanda, em Story compartilhado no Instagram.

Internautas cobram respeito

As enchentes da região tiraram a vida de mais de 100 pessoas e pelo menos outras 100 continuam desaparecidas. Além disso, foram contabilizados mais de 300 feridos. Desde o começo da tragédia, pessoas de todo o país se mobilizaram para ajudar, inclusive os famosos.

Entretanto, algumas dessas celebridades, como a atriz Juliana Didone, a socialite Narcisa Tamborindeguy e o campeão do BBB 24 Davi, foram alvos de críticas por gravarem e divulgarem conteúdo insensível nas redes sociais.

O voluntariado

A médica está ajudando a equipe de UTI de um hospital da região e ao compartilhar uma foto com o colega Rafael Meinecke Monteiro, revela que já completou 100 horas de plantão.

Eu só tenho que agradecer a todas as pessoas incríveis que estou conhecendo desde que cheguei aqui. Funcionários do hospital, voluntários, pacientes… É toda essa galera que merece o reconhecimento, continuaram na ativa salvando vidas mesmo quando estavam perdendo parte das suas “, ela conclui.


(Reprodução/Instagram/ameirelles)


Amanda também utiliza seu Instagram como um portal de divulgação de pontos de coleta de doações e outras organizações importantes para ajudar, como atendimento psiquiátrico para as vítimas das enchentes e para os profissionais que, assim como ela, estão atuando na linha de frente.