Enem 2026 será usado para avaliar o ensino médio e pode ser aplicado em países do Mercosul

O Enem 2026 trará mudanças estruturais importantes na educação brasileira, segundo o ministro Camilo Santana. Em coletiva realizada neste domingo (16), após a conclusão da aplicação do Enem 2025, o Ministério da Educação confirmou que o exame passará a avaliar oficialmente a qualidade da aprendizagem no ensino médio e poderá ser expandido para países do Mercosul. Os estudos sobre essa internacionalização devem ser concluídos até março do próximo ano.

Enem 2026 substituirá o Saeb na avaliação do ensino médio

Durante o anúncio, Camilo Santana explicou que o Enem 2026 assumirá o papel do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) na etapa final da educação básica. A partir de 2026, todos os alunos do 3º ano do ensino médio deverão participar do exame, permitindo ao governo medir anualmente a qualidade da aprendizagem — algo que o Saeb realiza apenas a cada dois anos.


Ministro da Educação anuncia mudanças da próxima edição do Enem (Vídeo: reprodução/X/@inep_oficial)


Segundo o ministro, a mudança acompanha a motivação natural dos estudantes, que já veem o Enem como porta de entrada para o ensino superior. “Vamos ter condições de avaliar muito melhor a qualidade da aprendizagem no ensino médio”, afirmou Santana. Para as demais etapas da educação básica, o Saeb continuará sendo aplicado normalmente.

Prova poderá ser aplicada no Mercosul em português

Outra novidade anunciada foi a possibilidade de aplicação do Enem 2026 em capitais de países vizinhos — Buenos Aires, Montevidéu e Assunção. O objetivo é ampliar o acesso de estudantes do Mercosul às universidades brasileiras, fortalecendo a integração regional. Caso aprovado, o exame será aplicado em português e poderá contar com versão digital.

O presidente do Inep, Manuel Palacios, destacou que o formato ainda está em estudo e deve ser definido até março, prazo para que o edital do Enem 2026 possa incluir detalhes sobre inscrições internacionais. Santana também citou a retomada das obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), cuja conclusão está prevista para 2026 e alinhada à expansão do exame.

Balanço do Enem 2025

A coletiva também apresentou um balanço preliminar do Enem 2025, que registrou 4,8 milhões de inscritos e aproximadamente 70% de presença nos dois dias de prova. Cerca de 1.700 candidatos foram eliminados, e a aplicação ocorreu em 1.805 municípios, distribuídos por mais de 12 mil locais e mais de 165 mil salas.

A operação envolveu mais de 585 mil pessoas e trouxe novidades, como o uso de detectores de metal, o aumento no número de fiscais e a adoção da metodologia de testlets. Além disso, quase 100 mil participantes fizeram o exame com a finalidade de obter a certificação do ensino médio.

ENEM 2025 será aplicado em dois domingos; confira horários e principais regras

O Exame Nacional do Ensino Médio 2025 (ENEM) está marcado para acontecer nos domingos 9 de novembro (primeiro dia) e 16 de novembro (segundo dia) em grande parte do Brasil. Cidades como Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, terão aplicações em 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da COP 30 na região.

Para os dois dias, o horário de Brasília será seguido: os portões abrem às 12h, fecham às 13h, e as provas iniciam às 13h30. No primeiro dia, a previsão é que o encerramento seja às 19h, no segundo às 18h30.

Como será o primeiro dia de exame

No domingo de abertura, além de responder 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, que incluem Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), e outras 45 de Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia, Sociologia), os candidatos deverão produzir uma redação dissertativa-argumentativa.


Netflix solta vídeo de Sidie Sink falando sobre o Enem (Reprodução/X/@NetflixBrasil)


A duração estimada para esse primeiro dia é de 5 horas e 30 minutos para a maioria dos participantes. Chegar com antecedência é essencial. Quem entrar após o fechamento dos portões (13h) não poderá participar. Também vale estar atento a documentos, caneta preta, garrafas de água transparentes, alimentos em embalagens fechadas ou em pacotes transparentes. Também vale lembrar da importância de manter os celulares sem volume, com alarmes desativados e desligados.

Regras gerais essenciais e o que muda em 2025

Além dos horários, o edital destaca que o resultado do ENEM pode ser usado como certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência para maiores de 18 anos. O valor da taxa de inscrição permanece em R$85,00, com pagamento previsto até 11 de junho.

Candidatos que necessitam de atendimento especial ou que usam nome social devem realizar solicitação durante o período de inscrição. É importante lembrar: o horário de início refere-se ao horário de Brasília, se você estiver em fusos diferentes, ajuste seu relógio para evitar perder o início da prova.

Enem 2025 cresce em inscritos e retoma certificação do ensino

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quarta-feira (23) os dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Os dados demonstraram um aumento de 11,22% de inscritos comparado à edição passada. No ano de 2024 o Enem teve 4.325.960 inscritos, e em 2025, esse número subiu para 4.811.338.

Inscrição pré-preenchida

No Enem 2025, os estudantes concluintes do Ensino Médio da rede pública tiveram acesso a novidade da inscrição pré-estabelecida. Nesse processo foram inscritos 1.915.634 estudantes, e 1.390.815 (72,6%) confirmaram que irão participar do exame.


Mais de 1 milhão de estudantes foram pré inscritos no Enem e 72% confirmaram que irão participar do exame (foto: reprodução/Agência Brasil/Marcello Casal)

Cerca de outros 98.558 participantes, irão fazer o exame para certificar a conclusão do Ensino Médio.

MEC retoma iniciativa após 8 anos

O Ministério da Educação (MEC) retomou a iniciativa de permitir que pessoas que não concluíram os estudos em idade regular recebam o certificado do Ensino Médio. A ação é uma alternativa ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que também é promovido pelo Inep e busca conceder o diploma a pessoas que se encaixam nesse quadro.

Para receber essa certificação, os participantes precisam atingir alguns requisitos mínimos: alcançar 450 pontos em cada área de conhecimento do Enem, 500 pontos na redação, além de ter 18 completos na data da primeira edição do exame. A responsabilidade pelas certificações é das Instituições Certificadoras, que serão divulgadas pelo Inep.

É importante lembrar que dentre as provas, só o Enem permite a participação nos programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Prouni (Programa Universidade para Todos), por exemplo. O Encceja permite a certificação de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada. Para os participantes do Encceja adentrar o ensino superior com os programas oferecidos pelo MEC, é necessário participar do Enem.

MEC divulga dados do primeiro dia do Enem 2024 e afirma que houve abstenção de 26,6%

O Ministério da Educação (MEC), divulgou neste domingo (3), um balanço sobre o primeiro dia da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. A abstenção desse ano foi de 26,6%, uma porcentagem mais baixa em comparação as duas últimas edições (28,1% no ano passado e 28,3% em 2022).

Dados apresentados

 A divulgação das provas esse ano, aconteceu em maio, com as datas para o dia 3 e 10 de novembro, e teve todos os dados apresentados pelo ministro da Educação, Camilo Santana e também pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com um total de 4,3 milhões de pessoas inscritas.

Na coletiva a imprensa, Camilo Santana afirmou que houve uma redução da ausência um pouco menor do que comparada com o ano passado. O ministro da Educação também relatou que ocorreu um aumento de pessoas inscritas em 2024, comparando com a edição de 2023, e que também ocorreu um aumento, considerável de 27% de inscrições confirmadas para o exame entre os anos de 2022 a 2024.

O percentual de concluintes do ensino médio público que se inscreveram no Enem 2024 aumentou comparado à 2023, que teve 58%, já esse ano foi registrado cerca de 94% em alguns estados, esse índice chegou a 100%.

Camilo Santana afirmou que esse aumento de estudantes das redes públicas foi atribuiu por conta do programa Pé-de-Meia, que paga os alunos pela permanência no Ensino Médio e ajuda com uma parcela extra para a realização do Enem.


Dados de concluintes do ensino medio publico de acordo com o inep (Reprodução/Instagram/@inep_oficial)

Também ocorreu a eliminação de cerca de 4.999 participantes, por infrações como a de sair da prova antes do horário permitido, a utilização de equipamentos eletrônicos e de estudantes que não atenderam as orientações dos fiscais da prova.

O que é o Exame Nacional do Ensino Médio

O Exame Nacional do Ensino Médio, é uma prova que ocorre em todo o território brasileiro, e serve para a admissão dos participantes inscritos a educação de nível superior. A prova é realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao Ministério da Educação do Brasil. O Enem acontece anualmente desde o ano de 1998, e é atualmente reconhecido pelos sistemas de seleção SiSU, ProUni, FIES, e demais processos seletivos próprios de universidades nacionais e estrangeiras.

O exame acontece sempre em dois domingos, sendo o primeiro com a aplicação de 45 questões de linguagens, sendo 40 de língua portuguesa, e 5 de inglês ou espanhol, conforme a opção escolhida pelo participante e 45 questões de ciências humanas, mais a redação que vale 1000 pontos. ja no segundo domingo são realizadas 45 questões de matemática; e 45 questões de ciências da natureza, para o encerramento do exame.

Saiba o que irá mudar com a aprovação do Novo Ensino Médio

Na noite da última terça-feira (09/07) foi aprovado a versão final do novo ensino médio, durante a votação de ontem a Câmara dos Deputados resolveu rejeitar as mudanças que o Senado propôs como a inclusão do espanhol como uma disciplina obrigatória.

Devido a uma decisão do presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), a votação do projeto foi feita de maneira simbólica. O projeto do novo ensino médio vai agora para sanção presidencial.

A tentativa de uma reforma do ensino médio ocorre desde o governo Temer em 2017, o atual projeto que teve como relator o deputado Mendonça Filho (União–PE) definiu em seu relatório final que o novo ensino médio terá carga horaria de 2,4 mil horas de disciplinas obrigatórias e mais 600 horas de matérias optativas.


Alunos durante chegada a escola (Reprodução/Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Os itinerários formativos e disciplinas obrigatórias

No projeto aprovado do novo ensino médio tem uma pequena mudança nos itinerários formativos, os quais são vários trabalhos, oficinas dentre outras atividades, que auxiliam o aluno aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas como linguagens, matemática ou qualquer área de estudo.

Antes cada escola devia a quantidade de itinerários, no entanto, com a nova lei, as escolas obrigatoriamente vão ter que dar no mínimo dois itinerários.

Já as disciplinas obrigatórias vão ficar da seguinte maneira português, inglês, artes, educação física, matemática, ciências da natureza (biologia, física, química) e ciências humanas (filosofia, geografia, história, sociologia).

Com isso fica determinado que estas matérias vão estar presente em todos os anos. A única grande mudança para o formato anterior foi definir o espanhol como uma matéria opcional para as escolas.

O que mudará nos ensinos técnicos e à distância

Alunos que optarem por fazer o ensino técnico terá a seguinte carga horaria de 2,1 mil horas, com 300 horas, que poderá ser destinada a conteúdo da Base Nacional Comum Curricular em que estejam ligadas à formação técnica.

Já para o ensino à distância a nova legislação estabelece que esse tipo de ensino somente será permitido para casos específicos. O Consed entende que deveria acontecer uma flexibilidade nessa questão e que esse tipo de ensino beneficia pessoas de diversas localidades.

Novo Ensino Médio é aprovado pela Câmara com base em carga horária de matérias obrigatórias

Nesta quarta-feira (20), foi aprovado pela Câmara o projeto que aplica mudanças ao Novo Ensino Médio. A medida foi um pedido realizado pelo MEC, acolhido pelo relator que ampliou ensino de disciplinas clássicas e poderá ser reduzido no Ensino Técnico. A proposta agora segue para análise e aprovação do Senado

Detalhes da proposta

Em outubro do ano passado foi enviado para o Congresso um projeto de lei que tem como intenção ajustar detalhes do novo Ensino Médio, medida que foi aprovada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). O deputado Mendonça Filho, como relator, realizou a apresentação de seu relatório sobre as propostas feitas pelo MAC (Ministério da Educação), exibindo alterações em alguns pontos, entre eles a carga horária para matérias obrigatórias, sendo esta uma ação que não promoveu agrado entre os governistas.


Instituição de ensino (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Outro ajuste realizado foi a questão do ensino da língua espanhola que, diferentemente do projeto enviado pelo governo, agora é uma matéria facultativa, ou seja, não obrigatória. “A proposta do governo defendia o Espanhol como segunda língua obrigatória. Mas não dá para você encaixar dentro das 3 mil horas a obrigatoriedade de duas línguas estrangeiras. O Espanhol será a língua preferencial, mas a obrigatoriedade de uma segunda língua estrangeira ficará a cargo de um sistema estadual de educação”, exclamou Mendonça Filho.

Outro ponto defendido pelo relator foi o ensino à distância de matérias cruciais como matemática, química e algumas outras, frisando que ao excluir este tipo de modalidade de ensino, jovens que vivem em áreas remotas estão sendo prejudicados, além de ressaltar que o Brasil não pode ser raciocinado a partir apenas dos grandes centros urbanos.

Resolvendo questões

A distribuição das horas/aulas do Novo Ensino Médio é a principal pauta a ser resolvida entre o MEC e o Congresso, envolvendo tanto disciplinas obrigatórias quanto as optativas. Mendonça Filho insistiu em manter a base estrutural da Reforma do Ensino Médio que foi sancionada em 2017, que prevê mil horas anuais, ou seja, três mil horas ao longo de todo o Ensino Médio.


Alunos em sala de aula (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Porém, em seu relatório apresentado em dezembro, o mesmo defendeu uma redistribuição da carga horária, partindo da formação geral básica de 1.800 horas – modelo atual – para 2.100 horas. Porém, o número citado ainda está abaixo do defendido pelo MEC, de 2.400 horas. Após a realização de negociações, o relator acatou o pedido e firmou a formação geral básica com 2.400 horas de carga horária mínima.