Erupção do vulcão Kilauea impressiona

O vulcão Kilauea, no Havaí, um dos mais ativos do mundo, entrou em erupção na quarta-feira, 6 de agosto de 2025, no Parque Nacional dos Vulcões (HAVO), liberando lava dentro de cratera localizada no cume do vulcão. A atividade foi rapidamente detectada pelo USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), que elevou o nível de alerta para “vigilância”. Até o momento, não há risco direto para comunidades próximas.

A erupção segue confinada à cratera e não representa ameaça imediata à população. Como medida preventiva, o Parque fechou o acesso à região do cume. As autoridades reforçam que moradores e turistas devem seguir as recomendações oficiais.

Histórico de erupções

Nos últimos anos, Kilauea tem alternado entre fases de calmaria e atividade. Após uma breve pausa, o vulcão voltou a apresentar sinais de aumento de pressão magmática em julho de 2025. A erupção mais recente confirma esse padrão cíclico observado desde 2018.

A linha do tempo a seguir mostra os principais episódios eruptivos entre 2020 e 2025.

Kīlauea (2020-2025):

Dez 2020: Erupção recomeça com lago de lava.

Início 2021: Fluxos constantes, sem grandes riscos.

Set 2021: Erupção termina.

Mar 2023: Atividade sísmica, sem erupção.

Jun 2024: Pequenas emissões, sem ameaça.

Jan 2025: Erupção menor, impacto local.


Vulcão kilauea em erupção,no ano de 2025 (Foto: reprodução/site/diariodolitoral.com)

O que dizem os especialistas

Segundo o USGS, o Kilauea é um vulcão do tipo escudo, conhecido por erupções com lava fluida e menos explosiva. A atividade atual é típica desse tipo e está sendo monitorada com sensores sísmicos, câmeras térmicas, estações GPS e sobrevoos com drones.

Especialistas do Observatório Vulcanológico do Havaí (HVO), explicam que não há indícios, até o momento, de que a lava sairá da cratera. Ainda assim, os sistemas de alerta seguem ativos e os planos de evacuação da ilha estão atualizados, caso a situação se agrave.

Nova erupção de Vulcão Etna na Itália amedronta turistas que evacuam área

O Vulcão Etna, localizado na região da Sicília, ao sul da Itália, entrou mais uma vez em erupção na madrugada desta segunda-feira, obrigando diversos turistas e alpinistas a evacuaram rapidamente a área.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia do país emitiu um alerta, após a constatação de tremores na região do cume, e hoje pela manhã, a atividade sísmica se intensificou, espalhando densas nuvens de fumaça cinza pelo entorno. Não há registros de morte ou feridos.

Bloqueio na região

Devido ao aumento dos tremores, por questões de segurança, as áreas de acesso ao cume foram bloqueadas. Marco Viccaro, Presidente da Associação Italiana de Vulcanologia, em entrevista concedida hoje ao jornal italiano Corriere Della Sera, alertou para a ocorrência de possíveis fluxos piroclásticos, seja no cume ou em áreas fora dele (normalmente frequentadas pelos turistas).

Estes fluxos são uma mistura extremamente quente de gás, cinzas e fragmentos de rocha, que se movem numa velocidade muito rápida pela encosta do vulcão, muito mais perigosos que a lava, pois podem avançar a centenas de quilômetros por hora, enquanto a lava, formada por rochas que se derretem frente às altas temperaturas do vulcão, se arrasta a centenas de metros por hora.


Etna em erupção e turistas evacuando área (Foto: reprodução/X/@sputnik_brasil)


Após consultar autoridades de climatologia e vulcões, Enrico Tarantino, Prefeito de Catânia, cidade que fica aos pés do vulcão, onde fica o Observatório Astrofísico que monitoriza o Etna 24 horas por dia, informou à imprensa local que o fenômeno vem se repetindo, mas não há nada de crítico apesar de uma parte da cratera ter desabado, não chegando, contudo, a atingir centros habitados.

Alerta de código vermelho  

Diante do cenário apresentado, não restou outra alternativa ao Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, do Observatório do Etna, senão a de atualizar o alerta de aviação para o vermelho, que é sinônimo de severidade, frente aos riscos de danos à integridade física, à vida humana e danos materiais, também.

Não obstante o alerta severo, até o momento desta reportagem, o Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, em Catânia, segue em funcionamento.

Autoridades italianas decretam alerta vermelho após aumento de atividade vulcânica

Nesta quinta-feira (4), a Proteção Civil da Itália elevou para vermelho o nível de alerta do vulcão Stromboli. A medida foi tomada como forma de alerta por conta da do rápido aumento de erupções.

O vulcão Stromboli fica no sul do país, em uma ilha de mesmo nome, tem 927 metros de extensão e está ativo há milhares de anos, mas a intensidade das últimas atividades preocupou as autoridades. 

Erupção inesperada

Em imagens divulgadas pelos bombeiros italianos, é possível ver os fragmentos de origem vulcânica sendo expelidos de forma muito rápida, atingindo uma grande extensão do mar. 


Vulcão Stromboli entra em atividade na Itália e preocupa autoridades locais (Reprodução/X/@vigilidelfuoco)

Ao mesmo tempo, o vulcão Monte Etna, que fica na ilha Sicília, também apresentou um aumento da intensidade de sua atividade, o que levou as autoridades locais a fecharem o aeroporto de Catania temporariamente.

Os dois vulcões são conhecidos por serem altamente explosivos, condição gerada por variações em sua composição química, o que pode causar erupções intensas.

Segurança da população

O alerta vermelho para o vulcão Stromboli representa uma atenção máxima e adoção de medidas para garantir a segurança dos cerca de 500 habitantes da pequena ilha. As autoridades estão monitorando de perto a situação, prontas para iniciar um processo de evacuação caso seja necessário.

O vulcão Monte Etna também é motivo de preocupação do governo italiano e da população, principalmente devido ao fechamento do aeroporto, decisão que evidencia a gravidade da situação e a necessidade de garantir a segurança de todos.

Em julho de 2019, quando ocorreu a última grande erupção do vulcão Stromboli, pessoas morreram e outras ficaram feridas. Por isso, a população local foi orientada pela Proteção Civil italiana a seguir as instruções dadas por ela e a permanecer em alerta diante dos riscos associados à atividade do vulcão.

Vulcão na Islândia entra em erupção pela quarta vez desde dezembro e obriga evacuações

Um vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, irrompeu novamente no último sábado (16), marcando a quarta erupção desde dezembro do ano passado. A atividade vulcânica resultou na evacuação de cerca de 700 pessoas, incluindo os frequentadores do popular spa termal Lagoa Azul.

Diante da catástrofe, diversos residentes sofreram perdas e agora aguardam as autoridades monitorarem a situação. A erupção, precedida por aproximadamente 80 tremores de terra, causou uma fissura de três quilômetros de extensão entre as montanhas Stóra-Skógfell e Hagafell.

O Gabinete Meteorológico da Islândia havia alertado sobre a possibilidade de erupção devido ao magma acumulado no subsolo, tornando o evento previsível. No entanto, mesmo com a antecipação, os moradores da vila de Grindavik, próxima ao local da erupção, enfrentam um futuro incerto.


Transmissões ao vivo da área mostraram lava laranja brilhante jorrando das fissuras no solo (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Situação da cidade e população

A cidade já havia sido evacuada devido a terremotos anteriores e agora enfrenta novos desafios, com o governo considerando um projeto de lei para permitir que os residentes vendam suas casas para uma empresa estatal.

Apesar da atividade vulcânica intensa, os voos para o Aeroporto de Keflavik, o principal da Islândia, não foram afetados, permanecendo aberto para partidas e chegadas. No entanto, a cidade de Grindavik foi novamente evacuada, forçando os moradores a deixarem suas casas, ainda se recuperando das erupções anteriores.

Estado emergencial

A polícia islandesa declarou estado de emergência na região, enquanto a autoridade da Defesa Civil enviou um helicóptero para avaliar a extensão da erupção e monitorar a segurança da população.

Apesar dos danos causados pela erupção, incluindo a queima de várias casas em janeiro, os residentes locais demonstram resiliência diante da adversidade, esperando um retorno à normalidade em breve.

A catástrofe fica como lembrete à instabilidade natural da região, deixando cidades vizinhas em alerta constante. Enquanto os evacuados aguardam para retomar suas vidas e rotinas, os residentes da região permanecem apreensivos quanto à futuras erupções.

Vulcão entra em erupção nas Ilhas Galápagos, no Equador

De acordo com o Ministério do Ambiente, Águas e Transição Ecológica (Maate), no final da noite do último sábado (2) o vulcão La Cumbre, localizado na ilha Fernandina, no arquipélago de Galápagos, no Equador, entrou em erupção. A direção do parque, mesmo que a ilha não seja habitada, emitiu um alerta, conforme explicado no comunicado de imprensa publicado neste domingo (3). Imagens tiradas de longe que mostram o fenômeno acontecendo foram divulgadas nas redes sociais e pode-se notar a lava brilhante e a fumaça, veja a seguir:

Foto: Vulcão La Cumbre (reprodução/redes sociais)

As autoridades informam que será feito o monitoramento e registro das possíveis alterações no ecossistema, já que as erupções são uma parte do ciclo natural das ilhas e impactam em toda a biodiversidade e ecologia do local. Segundo o Maate as atividades do vulcão não são uma ameaça para o turismo, logo, os locais de acesso pelos visitantes ainda estão em funcionamento.

Sobre o La Cumbre

Não foi a primeira vez que um vulcão entrou em erupção na ilha de Fernandina. O La Cumbre é apenas um dos diversos vulcões ativos na região, há quase mil quilômetros do continente equatoriano. O que causa a erupção de um vulcão é o acúmulo de pressão que é provocada pela movimentação das placas tectônicas, provocando uma descarga de energia e, consequentemente, a erupção vulcânica. Na noite de sábado (2), foi registrada “uma anomalia térmica e emissão de gás indicando o início de um processo eruptivo”, o que já indicava que algo estava prestes a acontecer em La Cumbre, que possui mais de 1.400 metros de altura.

Duração do fenômeno

O Ministério do Ambiente, Águas e Transição Ecológica também diz que não se sabe exatamente quanto tempo o fenômeno poderá durar ou se o material expelido pelo mesmo poderá chegar à beira-mar. Levando em consideração que não existe um consenso entre os vulcanologistas para definir o que é um vulcão “ativo”. O tempo que o vulcão está em atividade pode ir de dias, meses até alguns milhões de anos. Já que em vários vulcões ao redor do mundo, várias erupções ocorreram nos últimos milhares de anos, só mas não dão sinais de atividade atualmente.