Nave Dragon da SpaceX é responsável por ajudar a manter Estação Espacial em órbita

A nave Dragon, da SpaceX, realizará uma manobra inédita nesta sexta-feira (8) ao dar um “empurrãozinho” na Estação Espacial Internacional (ISS) para mantê-la em órbita. A manobra, anunciada pela NASA em coletiva de imprensa, é uma tentativa de preparar a SpaceX para assumir, até 2030, a missão de desativar a estação e trazê-la de volta à Terra de forma controlada.

Preparação para o desafio da desativação da ISS

Após acoplar-se à Estação Espacial Internacional, a nave Dragon, da empresa de Elon Musk, SpaceX, acionará seus propulsores para elevar a altitude da ISS, que lentamente perderá altura por causa do arrasto da atmosfera. Essa operação é necessária não só para manter a ISS a cerca de 400 km de altitude, mas também para que a SpaceX se prepare para uma missão ambiciosa: desorbitar e desativar a estação espacial até 2030.

A partir da próxima década, com o surgimento de estações espaciais comerciais, a ISS será desativada e guiada de volta à Terra para uma reentrada segura. A SpaceX foi a empresa escolhida para liderar essa complexa tarefa, que envolve o uso de uma nave Dragon modificada com mais de 40 propulsores, uma evolução em relação aos 16 propulsores da versão atual. De acordo com Jared Metter, diretor de confiabilidade de voo da SpaceX, essa demonstração inicial ajudará a coletar dados importantes para as futuras adaptações da Dragon para a missão de desorbitar a ISS.


A Dragon se aproximando da estação espacial internacional (Post: eprodução/X/SpaceX)

Mudança nos procedimentos e alternativas tecnológicas

A necessidade de reajustes de altitude da ISS surge porque o atrito com as moléculas da atmosfera terrestre puxa a estrutura para baixo, exigindo impulsos ocasionais. Antes, espaçonaves russas Soyuz executavam essas manobras. No entanto, a invasão da Ucrânia e o foco da Rússia em sua própria estação espacial levaram a NASA a buscar novas opções. A nave Cygnus, da Northrop Grumman, foi testada em 2022, mas o procedimento foi abortado em poucos segundos, mostrando a importância da Dragon para essa tarefa. A SpaceX encara esse desafio como uma oportunidade de aprimorar a nave Dragon e consolidar seu papel na exploração espacial, apesar de incidentes recentes com lançamentos do Falcon 9 e o sistema de paraquedas da Crew Dragon, todos resolvidos rapidamente sem impacto na segurança.

Astronauta é internado após voltar de missão

Um astronauta foi internado após retornar à Terra da missão Crew-8 na Estação Espacial Internacional (ISS). A missão, que durou sete meses, teve quatro astronautas a bordo. No entanto, o nome do astronauta internado não foi divulgado.

Os quatro a bordo da missão

Matt Dominick, Mike Barratt, Jeanette Epps e o cosmonauta da Roscosmos (agência espacial russa), Alexander Grebenkin, eram os membros da tripulação da missão. Detalhes sobre a saúde dos outros membros e do astronauta internado ainda não foram divulgados pela agência espacial, mas um boletim é esperado para os próximos dias.

“Depois que Crew8 retornou em segurança à Terra nesta manhã, vindo da Estação Espacial Internacional (ISS), um astronauta da Nasa teve um problema médico e continua em observação como medida de precaução”

A agência informou em sua conta no X

Mesmo sem revelar a identidade do astronauta internado, a agência deu a entender que se trata de um dos americanos, já que publicou uma foto de Alexander Grebenkin sorrindo, de pé e usando um uniforme azul, mostrando que o cosmonauta não sofreu grandes impactos de uma longa permanência no espaço.

Parceria da NASA com a SpaceX

Essa missão, que fez parte de uma série de missões comerciais da NASA em parceria com a SpaceX para a Estação Espacial Internacional, teve como objetivo dar continuidade a pesquisas científicas sobre a exploração humana além da órbita baixa da Terra, assim como buscar mais informações sobre saúde e biologia.


Entrada da missão Crew-8 na Terra em vídeo divulgado pela agência espacial americana (Vídeo: reprodução/X/NASA)

A Crew-8, no entanto, não tem relação com a Crew-9, que trará de volta à Terra os astronautas que foram a ISS com a cápsula Starliner, da Boeing, e que só conseguirão retornar ao planeta no início de 2025, em uma missão de “resgate”, depois de alguns meses em órbita.

Novo telescópio da NASA promete identificar asteroides que ameaçam a Terra

A NASA está prestes a lançar um novo telescópio espacial de infravermelho, projetado especificamente para detectar asteroides e cometas que possam representar uma ameaça para a Terra. Nomeado NEO Surveyor, o telescópio está previsto para lançamento no final de 2027 e ficará posicionado em uma região entre a Terra e o Sol. Seu objetivo é identificar objetos celestes difíceis de observar, como asteroides e cometas escuros, que não refletem muita luz visível.

Tecnologia avançada

Desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, o NEO Surveyor será o primeiro telescópio espacial da agência dedicado à defesa planetária. Segundo Amy Mainzer, diretora de pesquisa do NEO Surveyor, “Nosso objetivo é construir uma espaçonave que possa encontrar, rastrear e caracterizar os objetos com maior chance de atingir a Terra. No processo, aprenderemos muito sobre suas origens e evolução.”, explicou ela.

O novo telescópio foi equipado para detectar duas faixas de luz infravermelha, invisíveis ao olho humano, o NEO Surveyor poderá identificar até mesmo os corpos celestes mais escuros. Esse tipo de radiação é emitido por todos os asteroides e cometas, permitindo que o telescópio os localize com precisão. Além disso, o telescópio terá a capacidade de medir esses objetos, uma tarefa desafiadora para outros instrumentos espaciais.


Última foto capturada pelo satélite NEOWISE, mostrando parte da constelação da Fornalha (Foto: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Fim de uma missão e começo de outra

Recentemente, a NASA anunciou o fim de outra importante missão de caça a asteroides, o NEOWISE, após quase 15 anos de operação. Lançado em 2009, o NEOWISE foi inicialmente projetado para mapear o céu em infravermelho e, após sofrer uma falha em seu refrigerador, foi adaptado para estudar asteroides e cometas próximos à Terra. Desde então, a sonda identificou mais de 3.000 objetos próximos e descobriu 25 cometas, incluindo o famoso cometa NEOWISE (C/2020 F3).

Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou o sucesso da missão: “A missão NEOWISE foi um sucesso extraordinário”, ressaltando seu papel crucial na defesa planetária e sua importância no entendimento do nosso lugar no Universo.

Um aumento na atividade solar acelerou o fim da missão NEOWISE, fazendo com que a espaçonave entrasse na atmosfera terrestre e se desintegrasse. A NASA celebrou as conquistas da missão e o legado que ela deixou para futuras explorações e defesas contra possíveis ameaças espaciais. A chegada do novo NEO Surveyor marca uma etapa na pesquisa de cometas e ameaças espaciais.

Estrela rara em trajetória de fuga da Via Láctea intriga astrônomos

Uma estrela rara, conhecida como J1249+36, foi recentemente detectada viajando a uma velocidade surpreendentemente alta oque pode levá-la a escapar da Via Láctea, a descoberta foi feita pelos cientistas cidadãos, participantes do projeto Backyard Worlds: Planet 9, foram os primeiros a notar o objeto em movimento rápido, que agora é o centro de uma pesquisa intrigante no campo da astronomia.

O objeto, possivelmente uma estrela vermelha tênue, está se movendo a uma velocidade de cerca de 600 quilômetros por segundo, o que equivale a 1,3 milhão de milhas por hora, apenas para comparação, o Sol orbita a Via Láctea a uma velocidade significativamente menor, de aproximadamente 200 quilômetros por segundo.

Se os dados forem confirmados, esta será a primeira estrela de baixa massa conhecida a atingir tal velocidade, um fenômeno raramente observado. A descoberta foi documentada por uma equipe de astrônomos e cientistas cidadãos e aceita para publicação no The Astrophysical Journal Letters.


Imagem conceitual da estrela compartilhada no X (Foto: reprodução/X/MAstronomers)

A estrela foi detectada através de uma combinação de dados coletados por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Observatório W. M. Keck e o telescópio Pan-STARRS. Inicialmente, houve dúvidas sobre a verdadeira natureza do objeto, se seria uma estrela de baixa massa ou uma anã marrom, que e um corpo celeste que não é exatamente uma estrela, mas também não é um planeta, ficando em uma especie de meio termo.

Dois cenários são considerados como possíveis causas da aceleração da J1249+36: uma interação com uma anã branca que explodiu em uma supernova ou uma ejeção de um aglomerado globular por buracos negros binários. Ambos os cenários explicariam a trajetória única da estrela, que pode levá-la a deixar a galáxia em um futuro distante.

Esta descoberta não apenas amplia o entendimento sobre estrelas hipervelozes, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a dinâmica e a evolução de objetos celestes de baixa massa.

Missão da ESA realiza manobra para exploração de Júpiter

A Agência Espacial Europeia (ESA) está alcançando marcos importantes em sua missão para explorar as luas geladas de Júpiter com a sonda Juice (Jupiter Icy Moons Explorer). Lançada em abril de 2023, a sonda realizou uma manobra de assistência gravitacional dupla, envolvendo a Lua e a Terra, um feito inédito no campo da exploração espacial.

Essa técnica, que utiliza a gravidade dos corpos celestes para alterar a trajetória da sonda, foi essencial para colocá-la no caminho correto para seu próximo destino: Vênus.

O sobrevoo duplo ocorreu em 19 e 20 de agosto de 2024. Durante esse período, a sonda passou a 700 quilômetros da superfície lunar e, em seguida, a 6.807 quilômetros da Terra. Essas manobras são fundamentais para desacelerar a Juice e ajustá-la para um sobrevoo de Vênus em agosto de 2025, o que a colocará em rota para Júpiter, onde deve chegar em julho de 2031.


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A Agência Espacial Europeia quer explorar mais partes do universo (Foto: Reprodução/Getty Images Embed)


O desafio e a precisão das manobras

Realizar uma manobra de assistência gravitacional, especialmente uma dupla como essa, exige precisão extrema. Qualquer erro poderia desviar a sonda de seu curso, colocando em risco a missão planejada há mais de 20 anos.

Segundo Ignacio Tanco, Gerente de Operações da Sonda Juice, a operação é comparável a dirigir em alta velocidade por um corredor estreito, onde a margem de erro é mínima.

Além da complexidade técnica, a sonda também enfrentou o desafio de ajustar sua orientação para evitar o superaquecimento, já que se aproximou mais do Sol durante o sobrevoo. Seus painéis solares foram inclinados estrategicamente, e a antena de alta ganância foi usada como um escudo térmico.

Riscos e oportunidades na jornada para Júpiter

Alcançar Júpiter, localizado a aproximadamente 800 milhões de quilômetros da Terra, é uma tarefa monumental que requer um planejamento minucioso. A utilização da gravidade da Terra e de Vênus para ajustar a trajetória da sonda permite economizar combustível, essencial para que a Juice possa carregar uma vasta gama de instrumentos científicos.

Durante o sobrevoo, a sonda ativou seus dez instrumentos científicos para calibrá-los e coletar dados valiosos. Um desses instrumentos, o Radar para Exploração de Luas Geladas (Rime), teve a oportunidade de medir o ruído eletrônico que tem interferido em suas operações, um passo importante antes de alcançar Júpiter.

Nova pesquisa abre possibilidade de água líquida em Marte

Em uma novidade que promete impulsionar as pesquisas no planeta vermelho, dados obtidos pela sonda Mars InSight da NASA mostraram evidências de que podem existir reservas de água líquida na crosta de Marte. Com isso, será possível direcionar mais pesquisas para a possibilidade de vida fora da Terra.

O módulo coletou informações sobre a composição do solo que estava abaixo dele e forneceu dados sobre sua constituição, sugerindo a presença de água líquida no planeta, um dos elementos necessários para a existência de vida.


Módulos de pesquisa visitando cada vez mais o planeta vermelho (Foto: reprodução/AFP/AFP/Getty Images/Getty Images Embed)


O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou dados da missão Mars InSight, coletados durante quatro anos em uma missão que foi encerrada em 2022.

Missão Mars InSight

A missão Mars InSight por sinal foi lançada pela NASA em 2018, visava estudar o interior profundo de planeta vermelho. Equipada com um sismômetro e outros instrumentos, o lander coletou dados sobre terremotos marcianos e a estrutura geológica do planeta, proporcionando insights cruciais sobre a formação dos planetas rochosos do sistema solar e colentando dados que ate hoje vem sendo analisados pelos cientistas.

“Entender o ciclo da água marciana é essencial para entender a evolução do clima, da superfície e do interior”

Vashan Wright, geofísico da Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia em San Diego

Existência de agua já e conhecida em Marte

No entanto, a água em Marte já é conhecida pelos cientistas, sendo encontrada de forma congelada nos polos do planeta. Contudo, é o encontro de evidências da sua existência em forma líquida que cria a possibilidade de novos cenários de pesquisa sobre a habitação de Marte e sobre formas de vida extraterrestre.

Agora, com os avanços das pesquisas, abrem-se ainda mais possibilidades para uma possível exploração futura do planeta vermelho, que está no foco da NASA em um futuro não muito distante. Esse tipo de pesquisa é importante para atrair a atenção do público para o tópico.

Astronautas “presos no espaço” retornarão à terra em 2025

Nesta quarta-feira (07), alguns funcionários da agência espacial da Nasa afirmaram que os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams só conseguirão retornar ao planeta em fevereiro de 2025. Os dois, originalmente, deveriam voltar à Terra em 12 de junho, mas a nave em que estavam sofreu um problema no sistema de propulsores e um vazamento de hélio, impedindo que o retorno acontecesse. 

Missão espacial

Wilmore e Williams embarcaram em uma cápsula “Starline” no dia 5 de junho com destino à Estação Espacial Internacional (ISS) numa missão que duraria oito dias. Mas, devido aos incidentes, a dupla teve o retorno adiado três vezes, fazendo com que a Nasa e a fabricante da “Starline”, a empresa Boeing, começassem a traçar um plano de resgate.


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Sede da Nasa em New Orleans (Foto: reprodução/MARK FELIX/AFP /AFP via Getty Images Embed)


A missão se tratava do primeiro voo tripulado da “Starline”, e os problemas acenderam o alerta na Nasa sobre a segurança da cápsula. A Boeing chegou a declarar que estava fazendo testes para entender a causa dos incidentes e uma possível solução, porém, estes testes têm causado preocupações na agência espacial. 

Segundo os funcionários, a Nasa ainda estaria insegura sobre os riscos de uma viagem de volta na cápsula “Starline” e tem procurado outras maneiras de resgatar os astronautas do espaço. Mas, apesar do dilema, a dupla de pilotos se mostrou confiante com os testes e o retorno ao planeta. 

Wilmore declarou que todas as verificações são necessárias para encontrar a solução do problema para retornar ao planeta, já Williams afirmou que acredita que a cápsula da “Starline” conseguirá levá-los de volta à Terra. 

 Plano com a concorrente

A Nasa estaria dando mais tempo para a Boeing encontrar novos dados e realizar mais testes, porém, a agência começou a pensar em um segundo plano envolvendo a empresa SpaceX. A companhia de Elon Musk planeja fazer uma missão espacial em breve e a agência americana tem pensado em utilizar a nave para resgatar Wilmore e Williams. 


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Nave da SpaceX (Foto: reprodução/Tayfun Coskun/Anadolu via Getty Images Embed)


Mas, a nave da SpaceX só retornaria para a Terra em fevereiro de 2025 e precisaria dispensar dois astronautas para conseguirem encaixar os dois pilotos presos. A Nasa decidiu esperar mais tempo para tomar a decisão, mas caso opte pela SpaceX, a Boeing sofreria um grande golpe, já que vem competindo há vários anos contra a empresa de Musk. 

A resposta da agência espacial deve ser anunciada na próxima semana, segundo os funcionários. 

Cometa raro visto a cada 69 anos passará pela Terra e poderá ser observado do Brasil

Durante a noite do sábado (06), o cometa 13P/Olbers fará sua passagem próxima à Terra e poderá ser observado do Brasil. O fenômeno costuma acontecer a cada 69 anos, quando atinge seu brilho máximo, e segundo informações divulgadas pelo Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as regiões que verão o cometa com mais precisão serão o Norte e o Nordeste. 

É recomendado que os observadores utilizem um binóculo no céu escuro e estejam num local sem poluição luminosa para conseguirem enxergar o cometa. Ele passará na direção da constelação de Lince, que pode ser encontrada entre as constelações do Pastor e da Ursa Maior, próxima à estrela de Gêmeos. 

O cometa é da categoria “Halley”

O 13P/Olbers foi descoberto em 1815 pelo astrônomo alemão Heinrich Olbers, e pertence à categoria do “tipo Halley”. Os “Halley” são objetos que demoram cerca de 20 a 200 anos para completar sua órbita e seu ponto brilhante costuma ser bastante estudado por astrônomos. 


Cometa Halley visto na Austrália (Foto: reprodução/Impressions Photography/Getty Images Embed)


Segundo os estudos, o ponto brilhante pode ser uma evidência e prova de que a órbita dos cometas “Halley” estão acompanhadas por uma chuva de meteoros em Marte. O 13P/Olbers assim como outros cometas, é formado por água, gelo seco, rochas, metano, amoníaco e outras substâncias e metais que devido às temperaturas baixas no espaço permanecem congelados por todo o tempo. 

Outro fenômeno no mês de julho

O mês de julho contará com outro fenômeno espacial, uma chuva de meteoros que deverá acontecer entre os dias 30 e 31. Diferente do 13P/Olbers, os meteoros serão visíveis em todas as regiões do Brasil e podem ser observados a olho nu, sua formação ocorrerá na estrela Delta Aquarii da constelação de Aquário. 


Chuva de meteoros (Foto: reprodução/Thilina Kaluthotage/NurPhoto/Getty Images Embed)


Será possível enxergar cerca de 20 a 25 meteoros a partir das 21 horas. Em setembro, outro cometa deve passar também pela Terra. O cometa C/2023 A3 é considerado grande e poderá ser observado em todos os Hemisférios do planeta sem a necessidade de um equipamento, devido ao seu tamanho. 

NASA divulga novas imagens da Via Láctea

A NASA, Agência Espacial dos Estados Unidos, retém um acervo de imagens atuais do Universo, com o auxílio do trabalho dos telescópios espaciais James Webb e Hubble.

Dentre os dois, o mais moderno é o James Webb, tratando-se também de um dos instrumentos científicos mais inovadores que a humanidade já concebeu.

As imagens disponibilizadas por Webb possibilitaram a evidenciação de incontáveis dados relevantes para a pesquisa científica espacial, como novas galáxias, planetas, estrelas e corpos celestes.


Foto: (Reprodução/ESA/Webb, NASA, CSA, A. Hirschauer, M. Meixner et al.)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, R. Tully, M. Messa)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, M. Sun)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, L. Galbany, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA Acknowledgement: L. Shatz)

Foto: (Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, A. Bolatto (UMD))

Enquanto isso, o Hubble fora o precursor de James, tendo sido inaugurado em abril de 1990. Entre suas notórias descobertas nestes últimos 30 anos, estão: a idade do universo, novos exoplanetas e buracos negros desconhecidos pela humanidade.

Segundo o site da NASA, com o auxílio do telescópio espacial James Web, os cientistas poderão visualizar como o Universo era por volta de 200 milhões de anos após o Big Bang.

Formação das imagens

A tomada de fotos do telescópio ocorre por meio de radiação infravermelha, depois de coletar e encaminhar os dados para os cientistas, os dados são elaborados, e então, convertidos nas imagens fantásticas.

Essas ondas infravermelhas possibilitam que os cientistas constatem a expansão do universo através da luz, considerando que, quanto mais para trás observamos, mais a luz é permeada por ondas infravermelhas.

Devido à permeação da radiação infravermelha, é possível visualizar as áreas do espaço repletas de nuvens de gás e de poeira, pois, estas bloqueiam a luz visível, não sendo possível observar com lentes comuns.

Com os telescópios de luz infravermelha, a radiação é capturada, transformada em uma “imagem” monocromática, e então, utilizando os softwares adequados, o arquivo é convertido em uma imagem colorida.

NASA

A NASA, como uma empresa tecnológica e científica, é comprometida com a cultura de abertura da mídia e o público, valorizando a troca de ideias, datas e informações como parte da investigação científica e técnica.

Força Espacial dos EUA anuncia exercício de perseguição aérea

A Força Espacial dos Estados Unidos revelou uma iniciativa pioneira destinada a garantir a segurança e a soberania no espaço, anunciando o primeiro exercício militar em órbita da potência americana.

Sob o nome de Victus Haze, esta missão representa uma colaboração sem precedentes entre a Força Espacial e empresas do setor aeroespacial, com o objetivo de demonstrar a capacidade de contra-ataque diante de possíveis “agressões em órbita”.

Segundo o comunicado oficial da Força Espacial, a Rocket Lab e a True Anomaly serão as principais colaboradoras neste exercício histórico. A Rocket Lab ficará encarregada de lançar uma espaçonave que perseguirá um satélite construído pela True Anomaly, em um cenário elaborado para simular ameaças reais no espaço.


Ilustração de dois satélites realizando operações de encontro e proximidade em órbita baixa da Terra (Foto: reprodução/True Anomaly)

Detalhes da operação

O exercício, supervisionado pelo Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial, visa fornecer insights valiosos sobre como as forças militares podem responder a situações de potencial perigo em órbita terrestre. Identificam-se como possíveis ameaças satélites que se aproximam indevidamente de espaçonaves americanas ou exibem comportamentos suspeitos e incomuns.

O General Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais da Força Espacial, ressaltou a importância de investigar e compreender os ativos espaciais de outras nações para avaliar suas intenções e capacidades. Este exercício inovador está programado para ocorrer em duas fases distintas.

Etapas da operação

Na primeira fase, a espaçonave da True Anomaly será lançada para simular um satélite adversário, enquanto a Rocket Lab lançará sua espaçonave para inspecioná-la. Posteriormente, as espaçonaves trocarão de papéis, com a True Anomaly manobrando ao redor da espaçonave da Rocket Lab.

A conclusão do exercício está prevista para o outono de 2025, quando ambas as empresas entregarão suas espaçonaves à Força Espacial.

Corrida espacial

Operações militares em órbita não são completamente novas na história espacial. Nos anos mais recentes, diversos países têm demonstrado interesse em desenvolver capacidades militares no espaço, levando a uma série de operações semelhantes.

A China, por exemplo, realizou em 2007 um teste anti-satélite que destruiu um de seus próprios satélites em órbita baixa da Terra, gerando preocupações internacionais sobre a militarização do espaço.

Além disso, os Estados Unidos já realizaram operações de vigilância e manobra de satélites em órbita, como parte de exercícios para testar suas capacidades e salvaguardar seus interesses estratégicos.