Juliana Paes desabafa sobre ansiedade e pressão estética

Juliana Paes contou, em uma conversa no Festival Marie Claire 2025, que precisou procurar ajuda profissional depois de uma crise de saúde mental. A atriz descreveu o episódio como um alerta para desacelerar e reorganizar prioridades, tratando do tema com franqueza diante do público.

Segundo relatos compartilhados por ela, as crises de ansiedade a levaram a buscar acompanhamento médico e terapêutico. “Nunca deixei de ser uma pessoa animada, continuava com vontade de estar nos lugares. Só que às vezes eu deitava na cama e meu coração acelerava de um jeito que eu não conseguia conter”, desabafou.

Rotina estressante

Além da rotina de trabalho extensa, Juliana atravessou perdas na família que não conseguiu enfrentar o luto, e os comentários sobre ela nas redes sociais passaram a servir como gatilhos. “A coisa nas redes ficou de um jeito muito cruel. Sempre fui uma pessoa muito bem recebida. Comecei a ler umas coisas que foram me machucando muito”, relata.


 

Juliana Paes durante entrevista (Vídeo: reprodução/Instagram/@marieclairebr)

Juliana define a ansiedade como uma “sensação de sobressalto” e diz que levou tempo para entender que poderia controlá-la com medicação, algo que antes ela via com estigma. “É importante dizer que a ansiedade não aparece de um dia para o outro. É um processo longo, uma gotinha que cai no copo todos os dias. Em vários momentos isso foi se acumulando.”

Tempo e a maturidade

A atriz também desabafou sobre a “crueldade” da pressão estética do envelhecimento sobre as mulheres. Para ela, gostar da própria versão mais madura é um desafio constante. “Olho no espelho e vejo que o tempo passa muito rápido. Um belo dia você se olha e está com um bigode chinês”, brincou, arrancando risos da plateia.


Juliana Paes  (Foto: reprodução/Instagram/@julianapaes)

Juliana  contou que, hoje, sua relação com a academia é mais leve e voltada à saúde. “Antes eu treinava, assumidamente, para ficar gostosa. Agora, o que me move é a endorfina” e relatou que, em 2019, as crises se acentuaram, quando foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático.

Mariana Rios revela perda de audição, após período de estresse

Recentemente, no podcast Venus, a atriz Mariana Rios, de 39 anos, revelou que perdeu 30% da audição em seu ouvido esquerdo, após período de estresse que também resultou em burnout. A também cantora relatou que convivia com um zumbido em seu ouvido, e ao se consultar no médico descobriu que sofria da Doença de Menière. 

Por se tratar de uma doença crônica, Mariana contou que ainda vive com os zumbidos e que toma medicações para que o nível de surdez não aumente.

Doença de Menière

A Doença de Menière é uma doença crônica que atinge a parte interna do ouvido. Também conhecida como hidropsia endolinfática, a doença ocasiona crises de tontura, zumbidos, sensação de pressão no ouvido e perda auditiva. 

Sua causa não é muito clara para os médicos, no entanto, muitos profissionais indicam que infecções virais, enxaquecas, doenças autoimunes ou predisposições genéticas podem ser fatores para o desenvolvimento da doença.

Apesar de Mariana Rios relacionar sua perda de audição ao período de alto estresse de sua vida, a médica otorrinolaringologista, Nathália Prudencio, disse que não é possível afirmar que estresse e ansiedade, de maneira isolada, podem causar tontura e zumbidos. Porém, esses problemas relacionados ao equilíbrio emocional, podem, sim, agravar sintomas citados. 


Trecho do podcast, onde Mariana Rios fala sobre a doença (Vídeo: reprodução/ YouTube/ Cortes do Venus)

Filhos

Mariana Rios foi questionada em seu Instagram sobre o fato de ainda não ter filhos. A atriz respondeu que o processo de gerar um filho é especial e não pode ser feito sob pressão.

“Eu recebo muito essa pergunta. Eu acho que filho é o projeto mais especial na vida de uma pessoa, na vida de uma mulher e querer ter filho é diferente de querer engravidar”, comentou Mariana.

Ela ainda completa dizendo que a decisão de querer ser mãe é muito complexa, e que precisa ser tomada com muito cuidado. “Querer ser mãe é diferente de querer engravidar. É muito mais abrangente e expansivo o fato de uma mulher tomar a decisão de ser mãe. E como tudo na minha vida, eu faço com cuidado, com dedicação e amor, isso não seria diferente”, concluiu.

Atualmente Mariana Rios namora o economista Juca Diniz.

Saiba a diferença entre a síndrome de burnon e burnout

A correria do dia a dia, diversos problemas para resolver, prazos para cumprir e ainda conciliar a vida privada, pode resultar em um estilo de vida exaustivo. Contudo, viver acelerado em tempo integral pode ser perigoso e causar doenças devido à carga de estresse constante. E tal sobrecarga crônica, é apresentada como burnon.

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Vida acelerada pode levar à exaustão e estresse (Reprodução/GettyImages/Yuri_Arcurs)


Qual a diferença entre cada síndrome?

Burnon é o termo cunhado pelos psicólogos Timo Schiele e Bert te Wildt, da clínica psicossomática em Kloster Dießen, na região próxima a Munique, que oferece tratamento a pacientes com síndrome de burnout. Cansaço, exaustão e baixo desempenho são uns dos principais sintomas de burnout.

“Ao contrário, as pessoas afetadas descrevem uma conexão demasiadamente próxima e entusiástica com seu trabalho, às vezes mais como uma super excitação. Isso fez com que surgisse a descrição da síndrome de burnon.”

Timo Schiele à DW
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Excesso de trabalho pode diminuir o desempenho e motivação do indivíduo (Reprodução/GettyImages/LuisAlvarez)


O que é burnon

Indivíduos que experimentam estresse e tensões diárias, no início começam a sentir diversos tipos de dores, no pescoço, nas costas, dor de cabeça, bruxismo, como também, podem correr o risco do aumento da pressão arterial, e consequentemente ataques cardíacos e derrames.

“Além das comorbidades psicológicas e doenças secundárias, como depressão, ansiedade ou vícios, também acreditamos que os afetados podem sofrer cada vez mais de fenômenos psicossomáticos, como pressão alta, e suas possíveis consequências” 

Schiele

Como encontrar a solução

“O primeiro passo no tratamento, como costuma ser o caso, é se tornar consciente do problema. As pessoas com síndrome de burnon com frequência aparentam estar funcionais, motivo pelo qual costumamos nos basear em relatos de familiares ou pessoas próximas. É também importante refletirmos sobre nossos próprios valores pessoais.”

Schiele

Jamais negligencie os primeiros sintomas

“Se isso se torna uma condição permanente, ficamos cada vez mais insatisfeitos. Por isso, é importante parar para perguntar a si mesmo: ‘O quão importante para mim são as coisas com as quais preencho minha vida diária? Estou usando minha energia nas áreas adequadas para mim?’ Se a resposta for negativa, é porque está na hora de mudar algo e tentar ver quais espaços pequenos somos capazes de criar, interna e externamente. Este é, com frequência, um grande passo”

Schiele
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Estresse constante é um dos fatores que afetam a saúde mental das pessoas (Reprodução/GettyImages/VioletaStoimenova)


Dessa forma, o conselho dos especialistas é, desacelerar um pouco o ritmo de vida, procurar técnicas de relaxamento como caminhadas, meditação ou algum tipo de atividade que deixe o indivíduo mais leve e calmo. O importante é estabelecer mudanças de comportamento e, caso seja necessário, buscar ajuda profissional.

Cães detectores de cheiro podem farejar estresse de uma pessoa pelo hálito, aponta estudo

Na última quinta-feira (28), a Frontier, importante editora de artigos científicos do Canadá, publicou resultados de um experimento em que investigou se cães poderiam detectar o estresse de uma pessoa pela respiração. Essa pessoa teria um histórico de estresse pós-traumático e teria sido exposta a sinais de trauma personalizados.

O experimento

De acordo com a Laura Kiiroja, autora principal do experimento, foram coletadas amostras de respiração de 26 pessoas em 40 sessões. Amostras de respiração controle (durante um estado calmo) e de respiração alvo (estressado, induzido pela exposição a estímulos traumáticos) foram alternadas para realizar a pesquisa. As amostras foram apresentadas a dois cães, Ivy e Callie.

“Avaliou-se a capacidade dos cães de discriminar entre os dois estados nas amostras. Além disso, determinou a capacidade deles de generalizar o odor alvo em diferentes indivíduos e em diferentes eventos estressantes. A Teoria de Detecção de Sinais foi aplicada para avaliar a sensibilidade, especificidade, precisão e viés de resposta dos cães.”

Laura Kiiroja

Embora Ivy e Callie tenham tido um desempenho de aproximadamente 90% de precisão no experimento de discriminação e 74% e 81% de precisão no experimento de detecção, demonstrando a eficácia do experimento, o mesmo ainda necessita de validação científica.

Transtorno de estresse pós-traumático

O TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) é uma condição de saúde mental prejudicial, que afeta mais os militares. O transtorno inicia após a vivência de um episódio catastrófico ou assustador. A pessoa desenvolve pensamentos repetitivos em um flashback. É como se ela estivesse vivendo aquela situação novamente, sentindo todo o mal-estar vivenciado.


Veterinário faz atendimento à domicílio em Nova York (Foto: reprodução/John Moore/Getty Images embed)


Os cachorros de serviço ou de assistência já são treinados para alertar sintomas físicos e comportamentais da condição. Se forem capazes de identificar os sinais pelo hálito dos pacientes, podem interromper a crise, quando os tutores estiverem sentindo os sintomas.

Cães de serviço também podem ser treinados para ajudar pessoas com outras limitações, dentre elas portadores de cegueiras, esquizofrenia e epilepsia.  


@schizophrenichippie Luna is amazing and the training she has helpse differentiate between reality and hallucinations. #psychology #paychologyfacts #schizophrenia #mentalhealthawareness #repost ♬ original sound – Kody Green

Vídeo viralizou no Tiktok, com mais de 25 milhões de visualizações, mostrando Luna, uma cadela de serviço, socorrendo seu tutor em crise de esquizofrenia


No caso dos portadores de esquizofrenia, eles podem melhorar a qualidade de vida do paciente e aumentar a capacidade de operar de forma independente. Lembretes de medicamentos e tratamento, teste de realidade para alucinações, assistência com interações sociais, buscas no ambiente são formas de ajudar, além de companheirismo e amor incondicional, que só esses animais de 4 patas podem oferecer.