Pedro Sánchez descarta culpa das energias renováveis em apagão que atingiu a Península Ibérica

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta terça-feira (29), que o apagão em grande escala que afetou a Península Ibérica não foi resultado de um excesso de eletricidade proveniente de fontes renováveis. Durante uma entrevista coletiva, ele afirmou que equipes técnicas continuam a investigar a causa específica do problema e assegurou que serão implementadas medidas para prevenir novos episódios semelhantes.

Cortes de energia atingiram diversos setores

O blecaute que ocorreu em Madri por volta das 12h30, e em Lisboa às 11h30, teve um impacto significativo na infraestrutura de ambos os países, Espanha e Portugal. Embora algumas regiões, como o País Basco, tenham experimentado interrupções breves, outras áreas sofreram apagões prolongados que afetaram o funcionamento de trens, linhas de metrô e até mesmo aeroportos internacionais.

De acordo com a fornecedora Red Eléctrica, o processo para restaurar completamente o fornecimento de energia poderia levar de seis a dez horas. Este anúncio foi feito pela companhia durante uma entrevista a um canal local na segunda-feira, enquanto a população e as autoridades ainda lidavam com o caos gerado pela interrupção de energia.


O continente Europeu teve um apagão geral (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Jornal SBT)

Autoridades reforçam orientações de segurança

Diante da situação emergencial, o governo espanhol pediu que os cidadãos reduzam ao máximo seus deslocamentos e utilizem os serviços de emergência apenas em casos extremos. O objetivo é garantir que os socorristas e equipes técnicas consigam circular com agilidade para restaurar os serviços afetados.

Em Portugal, a polícia emitiu alerta sobre possíveis falhas nos semáforos e na iluminação pública. A recomendação foi clara: evitar sair de casa, especialmente de carro, para prevenir acidentes em vias mal iluminadas ou com sinalização comprometida.

Investigação sobre ataque cibernético está em andamento

Embora a operadora REE tenha descartado inicialmente um ataque cibernético como causa do colapso, Pedro Sánchez confirmou que as autoridades de segurança cibernética ainda investigam essa possibilidade. O governo está empenhado em explorar todas as hipóteses antes de apresentar um relatório final.

Além disso, a companhia aérea portuguesa TAP Air aconselhou os passageiros a evitarem dirigir-se aos aeroportos enquanto a situação não estiver plenamente normalizada. Assim, a Península Ibérica permanece em estado de alerta, com autoridades e técnicos trabalhando para compreender as razões do colapso do sistema energético e como impedir falhas semelhantes no futuro.

Apagão surpreende Europa e impede mãe de chegar ao parto da filha

Nesta segunda-feira (28), uma falha elétrica de grandes proporções atingiu Portugal e partes da Espanha, interrompendo serviços essenciais e causando uma série de atrasos no transporte aéreo. Em meio ao caos, uma história em especial emocionou muitos: uma mãe, que embarcava rumo a Barcelona para acompanhar o nascimento do neto, ficou presa no aeroporto, impossibilitada de chegar a tempo.

Enquanto a filha entrava em trabalho de parto, a avó aguardava ansiosa por informações em um terminal sem energia e sem previsão de retomada de voos.

Falha elétrica paralisa aeroportos

A pane elétrica teve impactos diretos e imediatos nos principais aeroportos da região, gerando atrasos, cancelamentos em massa e um cenário de total desorganização. Com sistemas de check-in e controle de voo fora do ar, filas se formaram rapidamente e os painéis de informações pararam de funcionar, deixando passageiros sem qualquer previsão de embarque. Muitos se viram sem orientação, dependendo apenas de comunicados verbais e da boa vontade dos funcionários, que também enfrentavam dificuldades para lidar com o volume de reclamações e a falta de estrutura.


Apagão causa caos em Portugal e Espanha (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Para os passageiros que precisavam embarcar com urgência, a espera se tornou ainda mais angustiante e difícil de suportar. No caso da avó que seguia para Barcelona, a expectativa de ver o neto nascer deu lugar à impotência diante do imprevisto. “É frustrante estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante de um momento tão importante”, comentou ela a outros passageiros que também aguardavam respostas. O clima nos terminais era de tensão e incerteza, com crianças chorando, pessoas tentando reorganizar planos pelo celular e muitos simplesmente sentados no chão, esperando que a situação se normalizasse.

Incertezas e esforços para restabelecimento

Autoridades e companhias aéreas mobilizaram-se para contornar a situação, mas a abrangência do apagão dificultou ações imediatas. Muitos passageiros, como a avó impedida de chegar ao parto, passaram horas em busca de respostas. Os serviços foram sendo restabelecidos gradualmente, enquanto as companhias tentavam acalmar os passageiros com atualizações frequentes sobre a situação.

O episódio reforça a importância da preparação diante de falhas sistêmicas e revela o impacto humano de um imprevisto: quando a tecnologia falha, histórias pessoais ficam em suspenso — e momentos que não se repetem acabam sendo vividos à distância.

Brasileiro relata problemas de apagão em Portugal

Um apagão atingiu nesta segunda-feira (28) a região do Porto em Portugal. Também foram localizados outros pontos com ausência de energia. Partes da Espanha, França e Andorra foram afetadas. Os países que compõem o sul da Europa apresentaram os mesmo problemas relacionados ao “apagão”.

Diversos tipos de serviço foram abolidos enquanto o país sofre com a grave crise elétrica que assola as terras da península ibérica. Na Espanha, o Aberto de Tênis de Madri foi suspenso, com os cancelamentos dos jogos da ATP de Madrid devido ao problema com as quedas de energia.


Apagão causa problemas na infraestrutura portuguesa. (Vídeo: reprodução/X/marsseloh)

Problemas causados pelo apagão

Segundo Marçal Oliveira, brasileiro residente em Portugal na região da cidade do Porto, já pode ser notado as consequências do impacto de 2 horas sem energia elétrica. Os serviços bancários não estão mais funcionando, relata Marçal: “Os bancos não estão funcionando. Não consegui tirar dinheiro.”

Marçal também relata que o impacto elétrico está causando uma agitação social por parte da população portuguesa. A falta de luz leva a um clima mais propício para delitos por parte de criminosos, por isso em locais públicos de maior movimentação a polícia agora se faz mais presente. 

O brasileiro, que vive em Portugal há quase dois anos, declarou que nunca testemunhou uma situação parecida. “Tenho amigos portugueses que moram aqui há bastante tempo, alguns há 30 ou 40 anos, e eles me disseram que isso nunca aconteceu antes”, destacou.

Monitoramento da crise elétrica ibérica

A duração total do blackout ainda não foi definida, mas relatos sugerem que diversas regiões de Portugal e algumas áreas da Espanha foram atingidas. As autoridades locais continuam investigando as causas do evento.

Além da investigação por parte das autoridades portuguesas, a Comissão Europeia havia lançado um comunicado relatando que também busca monitorar e entender os motivos que levaram aos apagões de Portugal e Espanha.

Lisboa tem energia restabelecida, enquanto norte de Portugal segue sem previsão

A capital portuguesa, Lisboa, começou a ter o fornecimento de eletricidade restabelecido no início da tarde desta segunda-feira (28). Segundo comunicado da empresa que opera o sistema elétrico de Portugal, cerca de 750 mil consumidores portugueses tiveram o fornecimento de luz regularizado.

De acordo com a REN— Redes Energéticas Nacionais— a luz voltou por volta das 20h45, horário local (16h45 em Brasília). Enquanto isso, na Espanha, fontes do governo informaram que 50% do país já teve o fornecimento de energia normalizado, mas o sul do país ainda não tem previsão de restabelecimento. completo

Primeiro-ministro diz que não há motivo para alarme

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, declarou que o apagão que afetou o país e outras partes da Europa não teve origem em território português. Segundo ele, as primeiras análises indicam que o problema começou na Espanha, embora ainda não haja uma conclusão definitiva sobre as causas exatas da falha.

Montenegro enfatizou que não há motivo para alarde e garantiu que o governo está empenhado em restabelecer o fornecimento de energia o mais rápido possível. Ainda de acordo com o primeiro-ministro, o governo português está colaborando com as autoridades espanholas para identificar a causa da falha e acelerar a normalização do fornecimento de energia.


O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou que governo português está trabalhando com as autoridades espanholas para identificar a causa do apagão (Vídeo: reprodução/Instagram/@gov_pt)


Prioridade no apagão para serviços essenciais

A normalização completa da energia em Portugal ainda não tem previsão definida. A prioridade, no momento, é atender os serviços essenciais, como hospitais, clínicas e supermercados. Nos grandes centros urbanos, espera-se que o fornecimento seja retomado em cerca de duas horas. Já na região metropolitana de Lisboa, a recuperação pode levar de cinco a seis horas, devido à falta de centrais próximas para suportar a demanda.

Além disso, em Lisboa, a normalização teve ainda durante a tarde, porém o norte de Portugal ainda segue no escuro. O blecaute de hoje deixou quase toda a Península Ibérica — uma área de aproximadamente 580.000 km² — sem luz.

Apagão afetou 50 milhões de pessoas

O apagão que atingiu Portugal, Espanha e partes da França, nesta segunda-feira (28), afetou diretamente cerca de 50 milhões de pessoas. Além disso, outros países da Europa e do norte da África também sentiram efeitos da interrupção no fornecimento de energia.

Assim sendo, a operadora Red Elétrica, responsável pelo sistema espanhol, afirmou que o problema tem alcance europeu e pode levar até 10 horas para ser completamente resolvido. Em Portugal, autoridades não descartam a possibilidade de um ciberataque. Entretanto, a União Europeia declarou que não há indícios de um ataque cibernético.

Empresa portuguesa nega relação entre apagão e fenômeno atmosférico raro

Nesta segunda-feira (28), a REN, responsável pelo setor elétrico de Portugal, negou ter atribuído a causa do apagão a um fenômeno atmosférico raro. A manifestação acontece após a agência Reuters divulgar uma matéria afirmando que a REN teria relacionado o apagão a um fenômeno atmosférico raro.

Inicialmente, a “Reuters” mencionou em uma nota que uma falha na rede elétrica espanhola, associada a um fenômeno atmosférico raro, causava o blecaute elétrico em Portugal. Contudo, a empresa portuguesa desmentiu a agência e apagou o conteúdo.

Causa do apagão é “inconclusiva”

Mais cedo, Espanha e Portugal enfrentaram um apagão que durou entre seis e dez horas. O transporte público ficou parado, gerou quilômetros de engarrafamentos e atrasos em voos. Além disso, hospitais ficaram sem energia e várias pessoas acabaram presas em elevadores e no metrô.

Até o momento, as autoridades do setor elétrico da Espanha ainda não podem apontar uma causa para o apagão. Conforme declarações do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, membros do governo espanhol trabalham com a possibilidade de um ataque cibernético, entretanto, sem confirmação oficial.


Com o apagão que atingiu Portugal e Espanha, o serviço de metrô ficou interrompido por 8 horas (Foto: Reprodução/X/@metsul)

Até uma semana para normalizar

As autoridades da Espanha e Portugal estão trabalhando para restabelecer o fornecimento, mas, segundo a empresa do setor elétrico português, a REN, a normalização completa pode levar até uma semana.

Essa demora acontece devido à complexidade do problema. Entretanto, medidas emergenciais estão sendo tomadas para minimizar os impactos, como o uso de geradores em hospitais e a suspensão de serviços ferroviários. Em Madri e Barcelona, a operação de metrô foi interrompida por 8 horas, e em Lisboa, até o momento, não havia nenhuma linha metroviária em funcionamento.

Histórico de apagões em Portugal

Apesar de possuir uma rede elétrica moderna, Portugal registra um grande apagão há 20 anos. Em maio de 2000, um dos episódios mais marcantes ocorreu depois que uma cegonha atingiu uma linha de alta tensão na subestação de Rio Maior, causando um blecaute que deixou metade do país às escuras por cerca de duas horas. Segundo funcionários da companhia elétrica, o sistema de proteção da EDP falhou em isolar o problema, e o incidente ficou conhecido como o “apagão da cegonha”.

Enquanto isso, em julho de 2021, outro apagão foi provocado por um hidroavião. A aeronave atingiu uma linha de alta tensão na França, desconectando temporariamente a Península Ibérica do restante da Europa. Esse evento afetou Portugal, Espanha e França, interrompendo serviços essenciais — muito parecido com o de hoje (28), e deixando cerca de 406 mil pessoas sem energia.

Os consumidores norte-americanos podem pagar mais caro em seus medicamentos

Um relatório encomendado pela Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA), principal lobby farmacêutico dos Estados Unidos, revelou possíveis impactos negativos de uma tarifa de 25% sobre o setor. A pesquisa, realizada pela Ernst & Young, apontou que a taxação pode aumentar os custos em aproximadamente 51 milhões de dólares, o que representaria um acréscimo de 12,9%.

Sobre o relatório

Segundo o relatório, os Estados Unidos importam cerca de 203 bilhões de dólares em produtos farmacêuticos, sendo 73% provenientes da Europa. Os principais fornecedores são a Suíça, a Alemanha e a Irlanda. O documento foi concluído no dia 22 de abril, mas não se tornou público. Entre as empresas que integram a PhRMA e participaram da encomenda do estudo estão Amgen, Bristol Myers Squibb, Eli Lilly e Pfizer.

As farmacêuticas defendem que a implementação da tarifa pode enfraquecer a produção nacional de medicamentos, causando um efeito contrário ao objetivo do então presidente Donald Trump. Na semana anterior à divulgação do relatório, Trump anunciou o início de uma investigação sobre a dependência norte-americana da produção externa na área farmacêutica, alegando que isso poderia representar um risco para a segurança nacional. Até aquele momento, o setor de medicamentos havia sido poupado da guerra comercial, mas o presidente ameaçou aplicar uma tarifa de 25% sobre o segmento.

Declaração da empresa suíça Roche

Os produtores acreditam que a investigação poderá mostrar ao governo o impacto negativo que a taxação provocaria, especialmente em relação ao custo dos medicamentos e à segurança do abastecimento. A empresa suíça Roche tentou negociar com o governo dos Estados Unidos uma isenção tarifária para o setor. A companhia argumenta que existe um equilíbrio comercial entre os dois países, pois muitos diagnósticos suíços dependem de insumos exportados pelos Estados Unidos.


Sede da empresa suíça Roche (Foto: reprodução/x/Amand_)

As tarifas deverão incidir tanto sobre produtos prontos quanto sobre insumos em estágio avançado de manipulação. Ainda não está definido se os aumentos de custo seriam integralmente repassados aos consumidores, mas há expectativa de que os produtos finais, comercializados pelas distribuidoras, sejam mais suscetíveis a esse repasse.

Países europeus emitem alertas para pessoas trans nos EUA

O bloco de países europeus composto por Dinamarca, Irlanda, França, Finlândia, Alemanha, Portugal e Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (3) uma série de recomendações para seus viajantes com destino aos Estados Unidos.

Com o endurecimento das políticas de imigração nos Estados Unidos, diversos países passaram a emitir avisos de viagem para quem planeja visitar o país. Especialmente as pessoas trans, não-binárias ou com passaporte de terceiro gênero que desejem viajar para os EUA.   

Assim que assumiu a Casa Branca, o presidente Donald Trump anunciou uma série de ações que atacavam diretamente direitos da população LGBTQIAPN+.  

Direitos negados

Entre os direitos negados está incluída a proibição de pessoas trans nas forças armadas e a restrição ao acesso de menores a cuidados de saúde voltados para a afirmação de gênero.  

Ainda em janeiro, ele aprovou uma ordem que reconhece apenas dois sexos biológicos: masculino e feminino. Além disso, quem tem passaporte dos EUA deve usar o sexo definido no nascimento, revertendo políticas inclusivas.  


Presidente dos EUA, Donald Trump, diz reconhecer apenas dois gêneros: masculino e feminino (Vídeo: reproduão/YouTube/CNN Brasil)

Países que emitiram alerta

A Dinamarca editou seu aviso de viagem, classificou como preocupante ter os EUA como destino e orientou dinamarqueses trans, queer e não-binários a procurarem a embaixada da Dinamarca, caso estejam em outros países.   

Finlândia, França e Portugal aconselham seus viajantes a se informar antes do embarque e, se possível, evitar o país de Donald Trump. Segundo o comunicado, pessoas trans podem enfrentar o risco de ter a entrada negada nos EUA caso o sexo no passaporte não corresponda ao sexo de nascimento.  

Nesse sentido, a Alemanha também atualizou suas recomendações. Conforme nota do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, cidadãos alemães, embora tenham visto ou isenção, poderão ter a entrada negada nos EUA. A decisão final cabe às autoridades de fronteira dos Estados Unidos.  

Assim como a Alemanha, o Ministério de Relações Exteriores norueguês informou que são as autoridades de imigração na chegada que tomam a decisão final. As autoridades norueguesas não podem intervir nessa decisão.  

Já a Irlanda orienta que seus viajantes trans com marcador de gênero “X” nos passaportes devem falar com a embaixada dos EUA em Dublin antes de viajar para saber os requisitos.  

Por fim, o Reino Unido informou que os EUA aplicam regras de entrada com rigor. Quem não seguir essas regras pode ser preso ou detido. E orientou viagem a território americano apenas em casos de extrema necessidade.  

Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou sobre recomendações a viajantes LGBTQIAPN+ aos Estados Unidos.   

Rússia e Ucrânia: novos ataques resultam em incêndios e vítimas

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky usou as redes sociais para denunciar um novo ataque russo direcionado à cidade de Kharkiv, nordeste da Ucrânia, na quarta-feira (02). Segundo Zelensky, um míssil russo atingiu a região, ferindo pessoas e matando outras quatro. Todos eram civis. 

Em sua publicação, o presidente da Ucrânia, classifica os ataques como “terror” e solicita pressão mundial, principalmente dos EUA e da União Europeia (UE) para barrar as ações praticadas por Vladimir Putin, a quem ele se refere como Moscou, por ser a capital da Rússia. 

Desde o início da guerra Rússia/Ucrânia, em fevereiro de 2022, Volodymyr Zelensky tem utilizado constantemente suas redes sociais para denunciar ataques contra o seu país,  além de solicitar apoio da comunidade mundial e de organizações multilaterais para um cessar-fogo. 


https://twitter.com/ZelenskyyUa/status/1907465750904025189
Publicação de  Volodymyr Zelensky sobre os ataques recentes contra Kharkiv (Reprodução/X/@@ZelenskyyUa

Outros ataques russos 

Algumas cidades ucranianas também sofreram ataques aéreos russos. Segundo informou o governador de Kharkiv, Oleh Syniehubov, em um período de uma hora, foram lançados 17 drones drones Shahed contra a cidade de Kiev, causando vários incêndios em instalações locais.

Os drones Shahed foram projetados pelo Irã e são conhecidos como “drones Kamikaze” ou “drones suicidas”. São veículos não tripulados, projetados para atacar vários alvos terrestres ao mesmo tempo. A Rússia utiliza o modelo Shahed 136, também conhecido como Geran-2. Esse tipo de armamento pode ser lançado via terrestre, através de um tanque militar. 

Zelensky também relatou uma série de ataques contra outras regiões do país. 


Informações sobre os ataques russos contra a Ucrânia (Reprodução/Youtubr/@CNNbrasil)

Conforme informações do presidente ucraniano, em um curto período de tempo, 74 drones foram lançados pela Rússia, destes 54 eram do tipo Shahed e 14 atingiram a cidade de Kharkiv. As regiões de Odesa e Sumy, incluindo uma subestação de energia, foram alvejadas. A cidade de Nikopol, no sul do país, próxima a Dnipro, também teve sua  subestação atingida. 

Na semana passada, a Rússia atacou a região de Belgorod, mais precisamente a cidade de Popovka, fronteiriça com a Rússia. O alvo, uma barragem usada pelo exército ucraniano para abastecer cidades da região, foi explodida por um bomba com o peso equivalente a três toneladas. O ataque causou inundações e danos a produção agrícola.  

Ajuda da OTAN

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança político-militar, atualmente formada por 32 países, prometeu ajuda militar à Ucrânia, no valor de 21 bilhões de dólares. 

Em discurso, na data de ontem, quarta-feira (02), o secretário geral  da organização, Mark Rutte, informou que a “aliança precisa combater as ameaças que enfrentamos”, referindo-se aos ataques russos contra a Ucrânia, uma guerra em atividade há mais de três anos.


Discurso de Mark Rutte em Bruxelas, Bélgica (Reprodução/X/@NATO)



Em meio a ajudas financeiras tanto da OTAN quanto da União Europeia, a Ucrânia segue aguardando um acordo de cessar-fogo com a Rússia, mediado pelos EUA. Mas, até o momento, sem avanços ou resoluções significativas. 

Foguete da empresa Isar Aerospace explode logo após a decolagem

No último domingo, 30 de março, a startup alemã Isar Aerospace realizou um teste importante para o setor espacial europeu. A empresa lançou um foguete de teste a partir de um porto na Noruega, mas a missão teve um desfecho inesperado: poucos segundos após a decolagem, o veículo explodiu. Apesar do incidente, a companhia classificou a operação como um sucesso, destacando que o objetivo era justamente obter dados para futuras tentativas.

Informações do lançamento

O foguete não tinha tripulação a bordo e fazia parte da primeira tentativa da Europa de lançar um voo orbital de forma independente. O lançamento foi cercado de expectativas, já que a corrida espacial comercial tem se tornado um setor estratégico para diversas nações. Países como Suécia e Reino Unido já demonstraram interesse em entrar nesse mercado, impulsionados pelo crescimento da demanda por missões espaciais privadas e governamentais.

Antes da decolagem, a Isar Aerospace já havia alertado para a possibilidade de falhas, explicando que testes como esse fazem parte do processo de desenvolvimento de novas tecnologias aeroespaciais. A empresa reforçou que cada tentativa contribui para avanços futuros, permitindo ajustes necessários para garantir missões bem-sucedidas no futuro.

Representantes informam que o lançamento foi um sucesso

A explosão, apesar de dramática, não foi encarada como um fracasso total. A startup segue otimista, afirmando que os dados coletados serão fundamentais para aprimorar seus projetos. Esse tipo de abordagem é comum no setor aeroespacial, onde diversas empresas passaram por múltiplas falhas antes de conquistarem voos bem-sucedidos. Um exemplo clássico é a SpaceX, que enfrentou vários lançamentos malsucedidos antes de se consolidar como uma das principais referências no mercado espacial.


Logo da empresa Isar Aerospace (Foto: reprodução/X/@luanee_)

O avanço da Europa na exploração espacial reflete um cenário global de crescente interesse pelo setor. À medida que mais países buscam desenvolver suas próprias capacidades de lançamento, a concorrência aumenta, impulsionando inovação e investimentos. O episódio da Isar Aerospace, portanto, representa um passo inicial em uma jornada que pode colocar a Europa em uma posição mais competitiva nesse mercado promissor.

Crescimento de casos de sarampo na Europa preocupa OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quinta-feira (13) uma análise que mostrou um crescimento preocupante de casos de sarampo na Europa. Só em 2024 foram mais de 127 mil ocorrências da doença, a maioria delas em crianças antes do quinto ano de idade.   

Além da OMS, o relatório também contém dados do Fundo das Nações Unidas para Infância, a UNICEF, que mostrou que metade dos contaminados pela doença precisou de internação hospitalar, enquanto 36 deles não sobreviveram. Desde 1997 – quando o continente europeu registrou 126 mil diagnósticos do vírus- não se via tantos casos. Para se ter uma dimensão, a Europa foi responsável por um terço de todos os casos de sarampo noticiados no mundo no ano passado.  

Imunização contra o vírus (Foto: reprodução/Freepik)

Desinformação atrapalha imunização

Na Europa, sequelas econômicas e comportamentais deixadas pela pandemia de Covid-19 estão entre os motivos da baixa imunização. Países como Bósnia, Montenegro e Romênia vacinaram menos de 80% de suas crianças. Antes da pandemia, a vacinação chegava a 93% delas, mas ainda abaixo do recomendado pela OMS, que é de 95%. O desinteresse na vacina contra o vírus do sarampo (Measles morbillivirus) não é exclusividade do continente europeu, nos Estados Unidos, outro motivo atrapalha a imunização. A desinformação é combustível para manter os americanos longe das vacinas. O país enfrenta uma crescente onda de contaminados, a pior desde 2019. Só em janeiro deste ano, já foram notificados 250 casos, com duas mortes confirmadas. O problema preocupa ainda mais autoridades americanas pelo fato de o atual secretário de saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr. atuou no movimento antivacina e desmobilizou a vacinação contra Covid-19.  

Brasil livre de sarampo

A partir de 1995, quando autoridades de saúde junto ao governo federal implementaram um esquema de imunização, o Brasil passou a aplicar em crianças de 12 a 15 meses o tríplice viral, uma combinação de imunizantes contra caxumba, rubéola e sarampo, chegando a 95% de cobertura vacinal. Porém, em 2021, essa cobertura caiu para 74%, fazendo com que o país perdesse o reconhecimento de território livre da doença. Para mudar este cenário, o Ministério da Saúde precisou investir em vacinação em áreas de difícil acesso, nas fronteiras e combater a desinformação. Como resultado, em 2024, o Brasil reconquistou o título de país sem notificação de sarampo, que foi entregue pela Organização Pan-Americana de Saúde.    

Veja quem pode se vacinar contra o sarampo  

Bebês de 12 meses recebem o tríplice viral e aos 15 meses o reforço tetraviral.  Qualquer pessoa entre 30 e 59 anos que esteja com esquema vacinal incompleto deve procurar uma unidade de saúde mais próxima e atualizar a imunização.