Após a decisão da Justiça Italiana desta quinta-feira (28/08), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) aguardará o julgamento do pedido de extradição para o Brasil presa. Segundo o sistema judiciário da Itália, Zambelli apresenta um “alto risco de fuga”, devido à forma em que entrou no país europeu, logo após à emissão da sentença de prisão feita pela Justiça Brasileira.
“Sou intocável na Itália”
Carla Zambelli foi condenada, em maio, a 10 anos de prisão pelas invasões aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No mesmo mês, fugiu do Brasil pela fronteira com a Argentina, em direção aos Estados Unidos. Ficou até o começo de junho, quando partiu para a Itália. Zambelli disse, em uma entrevista à CNN, que, como era cidadã italiana, era intocável no país europeu, e, por isso, não poderia ser presa.
Porém, Zambelli foi colocada na lista de alerta vermelha da Interpol, logo quando chegou ao solo italiano. A deputada federal foi presa, na Itália, pouco mais de um mês após sua chegada, no final de julho. Ela está presa desde então, enquanto aguarda o processo de extradição para o Brasil terminar.
O “alto risco de fuga”
Zambelli foi considerada foragida do Brasil depois de fugir para o exterior. Depois, ao ser colocada na lista de alerta vermelha da Interpol, foi considerada foragida internacionalmente. Zambelli chegou ao país quase na mesma data em que a ordem de prisão brasileira foi emitida: ela chegou à Itália no dia 5 de junho, e a ordem de prisão saiu no dia 4 de junho; a Interpol colocou Zambelli na lista de alerta no mesmo dia em que ela chegou ao país.
A forma em que a deputada chegou no solo europeu levou a Justiça Italiana considerar que Zambelli mostra um “alto risco de fuga”, por isso, decidiu manter a brasileira presa, enquanto aguarda a decisão da extradição para o Brasil. Segundo a Corte Suprema da Itália, quando um nome entra na lista de alerta vermelha da Interpol, há uma equivalência com o Tratado de Extradição Brasil-Itália, por se tratar de um pedido de prisão.
