Fernanda Montenegro completa 95 anos; relembre 5 atuações premiadas da atriz

A atriz Fernanda Montenegro, uma das principais atrizes da história do Brasil, completa 95 anos nesta quarta-feira (16). Frequentemente referenciada como a “grande dama da dramaturgia brasileira” e “a maior atriz da história do Brasil” pelo extenso trabalho no cinema, teatro e televisão, Fernanda coleciona inúmeros prêmios em projetos memoráveis ao longo dos seus 80 anos de carreira. Para celebrá-la, selecionamos 5 atuações premiadas da atriz que você pode conferir logo abaixo.

5 trabalhos premiados

“Central do Brasil” (1998) O filme segue a história de Dora, interpretada por Fernanda Montenegro, uma ex-professora que trabalha escrevendo cartas para pessoas analfabetas na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. A obra é considerada um clássico do cinema brasileiro. Fernanda Montenegro recebeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim, além de ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz.


Trailer do filme “Central do Brasil” (Reprodução/YouTube/Fãs de Cinema)

“O Que É Isso, Companheiro?” (1997) – Filme baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, que narra a história da luta armada contra a ditadura militar no Brasil nos anos 1960 e 1970. A trama gira em torno de um grupo de militantes que, em busca de libertação e justiça, planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Além do prêmio em Gramado, a atriz também foi premiada no Festival de Cinema de Havana com o filme.


Trailer do filme “O Que É Isso, Companheiro?” (Reprodução/Youtube/TveCinema)

“A Dama do Estácio” (2012) – Releitura em curta-metragem do filme “A Falecida”, que marcou a primeira atuação de Fernanda Montenegro no cinema. Na nova produção, a atriz vive novamente a prostituta Zulmira que, desta vez, acorda um dia atormentada com a ideia de que um dia irá morrer. Pela produção, Fernanda levou os prêmios de Melhor Atriz no Brazilian Film Festival of Toronto, Curta Canoa – Festival Latino Americano de Cinema, FestCine São Gonçalo, Festin Lisboa, Festival Brasil de Cinema Internacional, Festival de Brasília, Festival de Cinema de Moscou, entre outros.


Trailer do filme “A Dama do Estácio” (Reprodução/Youtube/Boituí)

“Casa de Areia” (2005) – Drama que conta a história de duas mulheres, mãe e filha, que se refugiam em uma casa isolada nas dunas do Maranhão durante a década de 1930. Elas enfrentam as dificuldades da vida em um ambiente hostil, lidando com o desespero, a solidão e a busca por um lugar no mundo. Fernanda ganhou o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Brasília por sua atuação no filme.

Trailer do filme “Casa de Areia” (Reprodução/Youtube/Conspiração Filmes)

“O Auto da Compadecida” (2000) A história se passa no nordeste do Brasil e segue as aventuras de dois personagens principais: Chicó, interpretado por Matheus Nachtergaele, e João Grilo, interpretado por Selton Mello. O filme é considerado um clássico do cinema brasileiro, tendo recebido aclamação da crítica e vários prêmios, destacando a riqueza cultural e a linguagem popular do nordeste. Fernanda Montenegro recebeu vários prêmios e reconhecimento por sua atuação no filme e os principais são o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), para Melhor Atriz Coadjuvante, e o Prêmio Guiness World Records, por ser a atriz mais longeva a atuar em um filme que se tornou um clássico do cinema brasileiro. O filme ganhará sequência e Fernanda também estará no elenco.


Trailer do filme “O Auto da Compadecida” (Reprodução/Youtube/Hmeteoro Meteoro)

Sobre Fernanda Montenegro

Carioca criada no bairro de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, Fernanda Montenegro começou a trabalhar aos 15 anos de idade quando ganhou um concurso e virou locutora da rádio MEC. Sua estreia nos palcos veio em 1950, na peça “Alegres Canções nas Montanhas”. Na televisão, Fernanda começou em 1951, quando foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi do Rio de Janeiro.

Reconhecida internacionalmente, Fernanda Montenegro foi a primeira brasileira a vencer o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em “Doce de Mãe (2013)”, além de ter ganhado um Urso de Prata no Festival de Berlim e recebido indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho em “Central do Brasil (1998)”, sendo a primeira mulher latino-americana, lusófona e brasileira a ser indicada nessa categoria. Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do país pela revista Forbes.

Em plena atividade, Fernanda está trabalhando na gravação de um novo filme, “Velhos Bandidos”, e tem outro longa para estrear em 7 de novembro, “Ainda Estou Aqui”.

Fernanda Montenegro expõe como lida com a morte

Perto do aniversário de 95 anos da atriz Fernanda Montenegro, o Globoplay resolveu lançar cenas do documentário feito em homenagem à protagonista de “Central do Brasil”. Em um dos trechos, Fernanda conta como lida com a questão da “proximidade” da morte. “A consciência da morte é constante, diária, a cada segundo. Não é se conformar, é tentar aceitar, porque vai vir. O que vamos fazer? Ninguém é eterno “, refletiu a atriz.

“Eu sou de uma raça que dura muito. Meu pai com 90 e tantos dizia que queria chegar aos 100 anos, porque a vida é tão boa. Então eu tenho esses exemplos perto de mim, de velhos duros que aguentaram muita coisa na vida e querem chegar aos 100”, cita Fernanda sobre como longevidade é algo de família.

Documentário

Na próxima quarta-feira (16), o Globoplay lançará um documentário sobre a vida de Fernanda Montenegro. Segundo o texto de divulgação da Conspiração Filmes, a obra contará sobre o processo criativo da atriz nos palcos e na frente das câmeras. A produção é de Andrucha Waddington, genro da atriz. 


Fernanda Montenegro em trecho de documentário (Reprodução/Globoplay)

Novo filme

Com expectativas de indicação ao Oscar, o filme “Ainda Estou Aqui” conta com a presença de Fernanda Montenegro interpretando a versão mais velha de sua filha, Fernanda Torres. O longa é inspirado no livro de Marcelo Rubens e conta a história verdadeira de uma família carioca na época da ditadura.

Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva. Mãe de cinco filhos, Eunice assiste seu marido ser levado pela polícia militar em 71 e, a partir desse momento, começa uma busca incansável sobre o paradeiro do seu marido.

Elogiado no Festival de Veneza, o filme, que tem previsão de estreia para o dia 7 de novembro no Brasil, criou grande ansiedade nos fãs da atriz Fernanda Torres. Muitos têm a esperança de que a atriz “vingue” a mãe que perdeu o Oscar de melhor atriz em 1999 para Gwyneth Paltrow.

“Ainda Estou Aqui” é premiado pelo Festival Internacional de Vancouver

A produção nacional “Ainda Estou Aqui”, estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello, acaba de conquistar mais um prêmio em sua trajetória pelos festivais de cinema mundiais, agora alcançando o prestígio do VIFF Audience Award, concedido pelo Festival Internacional de Vancouver, no Canadá. 


Produção brasileira é premiada com o VIFF Audience Award (reprodução/Instagram/@viffest)

A notícia foi publicada nas redes sociais do festival na sexta-feira passada (11), estampando a capa do carrossel. Ao todo, mais de 41 mil votos populares foram contabilizados ao longo das sessões exibidas neste ano, premiando os favoritos do público, que inclui o drama nacional dirigido por Walter Salles. 

Pelo mundo 

Drama baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, já debutou mundo afora pelos festivais internacionais, como o de Veneza, onde a produção recebeu a aclamação do público, tendo sido eleito a melhor exibição do festival pela crítica internacional e seu roteiro também foi premiado.


Elenco de “Ainda Estou Aqui” no 81º Festival de Veneza (reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

O novo “garoto dourado” do cinema brasileiro também foi apresentado no Festival Internacional de Toronto e na Mostra de Cinema Internacional de São Paulo, aclamado por ambos os públicos.

O longa-metragem ainda é o responsável por colocar o Brasil nos trilhos do Oscar 2025, onde concorrerá na categoria de “Melhor Filme Internacional”, passando na frente de outras produções internacionais, como “Motel Destino”. 

Entusiasmo nacional 

“Ainda Estou Aqui” também se tornou combustível para o entusiasmo nacional quando se trata de acompanhar a sétima arte produzida no Brasil, característica que caminhava lentamente entre o público do próprio país, deixando nossas produções a margem do esquecimento. 

A direção de Walter Salles recobrou a animação dos brasileiros para acompanhar o que é interno, levando o filme a ser amplamente comentado pelos internautas, assim como a se tornar aguardado nos cinemas.  

Mais detalhes

Com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, “Ainda Estou Aqui” teve seu trailer divulgado no começo de outubro, quase um mês depois de seu premiado debute no Festival de Veneza, antes disso, tudo o que o público tinha acesso eram as imagens oficiais compartilhadas pela Sony Pictures Brasil, onde era possível ter um pequeno vislumbre de Fernanda Torres como Eunice Paiva, Selton Mello como Rubens e também da gigante Fernanda Montenegro na versão mais velha do mesmo papel de sua filha, Eunice.


Trailer de “Ainda Estou Aqui” (reprodução/YouTube/Sony Pictures Brasil)

“Ainda Estou Aqui” é baseado no drama do escrito brasileiro Marcelo Rubens Paiva, onde ele relata os desafios percorridos por sua mãe quando seu o marido desapareceu em meio a Ditadura Militar no Brasil, deixando Eunice no escuro do paradeiro do pai de seus filhos enquanto vivenciava as incertezas de um período obscuro e completamente omisso de justiça. 

O longa chega aos cinemas brasileiros em 7 de novembro. 

Primeiro trailer de “Auto da Compadecida 2” é divulgado

Nesta Sexta Feira(27), foi divulgado o tão esperado trailer de “Auto da Compadecida 2”, nele podemos observar João Grilo e Chicó em encontro emocionante. O filme terá retorno de alguns personagens, e contará com adição de novos nomes no elenco, como Thaís Araújo fazendo a Compadecida, que antes fora interpretada pela Fernanda Montenegro, Eduardo Sterblitch, Fabíula Nascimento, Humberto Martins, Luiz Miranda, Juliano Cazarré, Luellem de Castro,além é claro do retorno de Virginia Cavendish interpretando Rosinha e Enrique Diaz como Joaquim Brejeiro.


Primeira imagem divulgada de “O Auto da Compadecida” (Foto: reprodução/Instagram/@o.autodacompadecida)


Roteiro

Tendo sido abençoado pela família Suassuna, o texto deste longa metragem é de Guel Arraes e João Falcão, tendo tido apoio de Adriana Falcão e Jorge Furtado, com a direção de Arraes junto com Flavia Lacerda, mesmo grupo responsável pelo primeiro filme. O longa traz a história do reencontro entre os protagonistas, vividos por Selton Mello e Matheus Nachtergaele, 20 anos após os eventos ocorridos no original, e se passa na cidade de Taperoá, onde vão viver novas aventuras.

Sobre o filme

“Auto da Compadecida” foi lançado em 2000, foi uma produção de sucesso e que marcou o cinema nacional, sendo lembrada até hoje. A sequência foi anunciada em março deste ano, em uma declaração oficial pela assessoria de imprensa de Selton Mello, que declarou:

Fazer o Chicó de novo é uma emoção gigante, que nunca imaginei reviver.”

Nesta mesma declaração, reiterou a importância das pessoas envolvidas na produção, lembrando o quão bons eles são, afirmando ainda que farão uma continuação a altura do original, trazendo uma grande celebração ao autor Ariano Suassuna.

Matheus Nachtergaele, que volta atuando como João Grillo, relatou ainda sobre um possível amadurecimento dos personagens que, na época, eram trintões, e agora são cinquentões, e falou sobre a importância da homenagem ao original.

O Auto da Compadecida 2 estreia 25 de Dezembro nos cinemas.

Academia Brasileira de Cinema escolhe representantes para disputar premiações espanholas

Na última quarta-feira (25), a Academia Brasileira de Cinema revelou os filmes que representarão o Brasil nas prestigiadas premiações espanholas: José María Forqué 2024 e Goya 2025.

O Brasil pôde selecionar dois longas-metragens, já que o prêmio José María Forqué permite até dois representantes por país. Um desses filmes também estará presente no Goya 2025, garantindo uma “dobradinha” entre os indicados.

Os indicados

O grande destaque entre os filmes brasileiros é “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. Além de competir por uma vaga no Oscar 2025, o longa protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello foi selecionado para concorrer ao José María Forqué 2024, em Granada, e ao Goya 2025, em Madri.


Cartazes dos representantes brasileiros nas premiações do cinema espanhol (foto: reprodução/IMDb)

Aproveitando a possibilidade de ter duas representações no José María Forqué, outro longa-metragem foi escolhido: “Motel Destino”, dirigido por Karim Aïnouz.

Sobre Ainda Estou Aqui

O filme que se destaca para o Brasil em 2024/2025 promete alcançar prestígios inéditos. Com a possibilidade de Fernanda Torres na disputa, surge a chance de que ela realize o sonho quase concretizado por sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, quando ficou tão próxima do Oscar. Além disso, o longa também tem uma oportunidade real de conquistar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. No entanto, suas perspectivas de prestígio vão além do Oscar, pois também está cotado para as importantes premiações espanholas.


Trailer de “Ainda Estou Aqui” (foto: reprodução/YouTube/@fasdecinemabr)

A narrativa de Walter Salles é inspirada no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva (Antonio Saboia) sobre sua mãe, Eunice Paiva (Fernanda Torres). O filme se desenrola em um Brasil em crise, sob o crescente controle da ditadura militar na década de 70. Nesse contexto tumultuado, a família Paiva enfrenta a perda do patriarca, Rubens Paiva (Selton Mello), que é sequestrado pela Polícia Militar e desaparece sob custódia. Em meio a essa tragédia, Eunice se vê forçada a se reinventar como ativista.

O longa estará disponível nos cinemas brasileiros a partir do dia 7 de novembro.

Sobre Motel Destino

Sucesso no Festival de Cannes, “Motel Destino”, o thriller mesclado com romance, é mais uma obra de Karim Aïnouz, aclamado por “A Vida Invisível” em 2019. O filme garantiu uma vaga para concorrer ao José María Forqué, ao lado de “Ainda Estou Aqui”. Este longa marca o início da ‘Trilogia do Motel’, um projeto que se destaca pela ousadia e originalidade. Combinando elementos de suspense psicodélico e narrativas intrincadas, mergulhando profundamente no imaginário brasileiro.


Trailer de “Motel Destino” (foto: reprodução/YouTube/@fasdecinemabr)

“Motel Destino” se passa em um motel à beira da estrada no litoral cearense e acompanha Heraldo (Iago Xavier), um jovem de origem humilde que chega ao local e transforma a vida de seus habitantes. Sob a administração do temperamental Elias (Fábio Assunção) e sua esposa Dayana (Nataly Rocha), o motel se torna um microcosmo da realidade brasileira.

Heraldo, um foragido de uma gangue, atrai a curiosidade de Dayana, iniciando uma perigosa dança de poder e desejo. Em meio a isso, um ousado plano de liberdade começa a se desenhar, retratando a juventude nordestina cujos sonhos são sufocados por uma elite opressora.

Atualmente, o filme está disponível apenas em alguns cinemas brasileiros, onde já está em cartaz há um mês.

Velhos Bandidos: Conheça o elenco de peso de novo filme brasileiro

Com estreia prevista pra 2025, a nova comédia de ação brasileira contará com dois nomes dos maiores nomes da dramaturgia brasileira como protagonistas: Fernanda Montenegro e Ary Fontoura, a dupla que já trabalhou em parceria nas novelas “Guerra dos Sexos” e “A Dona do Pedaço”. E para rechear ainda mais esse elenco teremos também estrelas como Bruna Marquezine, Vladimir Brichta e Lázaro Ramos.

Vladimir Brichta, Bruna Marquezine, Lázaro Ramos, Fernanda Montenegro e Ary Fountora (Foto: Reprodução/Laura Campanella/Conspiração Filmes)

Sinopse

A história gira em torno de um casal de aposentados, Montenegro e Fontoura, que planejam um assalto a um banco. Para que o roubo seja bem-sucedido, eles precisam da ajuda de um jovem casal de assaltantes, Nancy e Sid, interpretados por Bruna Marquezine e Vladimir Brichta, que se tornam seus cúmplices. O maior desafio para o grupo é o determinado investigador Oswaldo, vivido por Lázaro Ramos.

Direção Familiar

O filme é dirigido por Cláudio Torres, o filho mais velho de de Fernanda Montenegro, que é conhecido por dirigir sucessos como “A Mulher Invisível” (2009), com Selton Mello e Luana Piovani, e “O Homem do Futuro” (2011), com Wagner Moura e Alinne Moraes.

Além disso, A produção do longa está a cargo da Conspiração Filmes, mesma produtora de “Ainda Estou Aqui” (2024), filme de Walter Salles que é protagonizado por Fernanda Torres, irmã de Cláudio e filha caçula de Montenegro, e cotado como um dos brasileiros favoritos para ganhar a estatueta do Oscar.

Trabalhos recentes dos atores

  • Ary Fontoura participa da comédia “Se Eu Fosse Você 3”, dirigida por Daniel Filho, que está prevista para ser lançada em 2025.
  • Fernanda Montenegro recentemente participou de “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e aclamado pela crítica. Além disso, ela também filmou o drama “Vitória”, de Andrucha Waddington, que ainda não tem data de estreia definida.
  • Lázaro Ramos esteve na novela “Elas por Elas” que teve seu fim em abril de 2024 e também estrelou o filme natalino da Prime Video “O Primeiro Natal do Mundo” ao lado de Ingrid Guimarães.
  • Bruna Marquezine estrelou o filme Besouro Azul, filme de super-herói da DC Comics, em 2023 e dará vida a personagem Bia na série “Amor da Minha Vida” do Disney+ e chegará no streaming ainda em 2024.
  • Vladimir Brichta fez o vilão Egídio em “Renascer” no horário nobre da Globo e o personagem Tomás Rosenthal em “Pedaço de Mim” produzida pela Netflix.

Os atores escalados para a produção já iniciaram a primeira leitura do roteiro escrito por Cláudio Torres, Fabio Mendes e Renan Flumian.

‘Ainda Estou Aqui’: filme brasileiro ovacionado em Veneza alcança 90% de aprovação

Na última segunda-feira (02), o filme estrelado por Fernanda Torres foi ovacionado por 10 minutos no Festival de Veneza, onde compete pelo prestigiado Leão de Ouro. O longa também será exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), reforçando ainda mais sua posição de destaque no cenário cinematográfico internacional.

Até o momento, a crítica internacional tem sido unânime em seus elogios ao filme de Walter Salles. Além dos 10 minutos de aplausos no Festival de Veneza, o longa recebeu uma impressionante aprovação de 90% no portal Rotten Tomatoes, consolidando seu sucesso entre os críticos.

As críticas

Até o momento, o filme foi avaliado por apenas 10 críticos, refletindo seu lançamento limitado. No entanto, importantes figuras da crítica já compartilharam suas impressões, destacando a qualidade e o impacto do longa.

As críticas têm destacado especialmente a atuação de Fernanda Torres, a direção de Walter Salles, e a forma sensível e autêntica com que os fatos reais são retratados no filme.

Sobre a atuação de Torres, diversos críticos destacaram o papel da atriz como protagonista do longa. Nicholas Bell da IonCinema escreveu:

“Fernanda Torres oferece uma atuação que, sem dúvida, será aclamada como um dos maiores marcos de sua carreira e, provavelmente, a tornará mais reconhecida internacionalmente”

Nicholas Bell ao IonCinema

A atriz brasileira Fernanda Torres, filha de Fernanda Montenegro, tem a oportunidade de compensar a quase conquista do Oscar em 1999 por “Central do Brasil”, outro filme de Walter Salles que levou Montenegro à indicação. Embora o prêmio tenha sido entregue a Gwyneth Paltrow, Torres agora surge como uma forte candidata, podendo trazer para casa o reconhecimento que escapou à sua mãe.

Walter Salles foi amplamente elogiado pela maneira como conduziu a narrativa, com destaque para a sensibilidade com que retratou a história da família Paiva. A crítica Stephanie Bunbury, do Deadline, resumiu brilhantemente:

Fazer com que o destino desta casa bem equipada, de classe média alta, remeta ao de um Brasil cada vez mais oprimido pode parecer uma metáfora forçada, mas o empenho de Salles na direção é notável por sua elegância e realismo”

Stephanie Bunburry ao Deadline

Salles já ocupa um lugar de prestígio na indústria cinematográfica internacional. Em 1999, com “Central do Brasil”, o cineasta conquistou destaque mundial e recebeu o prêmio BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, consolidando sua reputação como um dos grandes nomes do cinema.

Além da direção de Salles, outro aspecto amplamente elogiado foi o cuidado e respeito com que o filme aborda a história da família Paiva, destacando um profundo sentimentalismo que ressoa com a audiência. O crítico Xan Brooks, do The Guardian, destacou esse fato em sua crítica com o seguinte trecho:

“O relato baseado em fatos de [Walter Salles] sobre a situação dos desaparecidos é compreensivelmente afetado e pode carregar uma certa dose de sentimentalismo. No entanto, I’m Still Here (Ainda Estou Aqui) continua sendo um drama profundo e comovente sobre os desaparecidos da nação”

Xan Brooks ao The Guardian

Um aspecto interessante a se destacar é que Walter Salles foi amigo da família Paiva durante sua adolescência. Agora, aos 68 anos, ele está sendo aclamado pela homenagem que criou com o longa ‘Ainda Estou Aqui’, revelando uma profunda conexão pessoal com a história que está retratando.

Sobre o filme

O filme lançou seu primeiro trailer na última quarta-feira (04), oferecendo uma prévia intrigante do enredo e destacando as atuações de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello como Eunice e Rubens Paiva. Mãe e filha na vida real, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretam Eunice Paiva em diferentes fases de sua vida, sob a direção de Walter Salles.


Primeiro trailer lançado de ‘Ainda Estou Aqui’ (Reprodução/YouTube/@fasdecinemabr)

‘Ainda Estou Aqui’ se passa no Brasil de 1970 e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história de sua mãe, Eunice Paiva. A trama acompanha uma mulher casada com um influente político que precisa transformar sua vida radicalmente após o exílio de seu marido durante a ditadura. Forçada a assumir o papel de ativista de direitos humanos devido ao desaparecimento do esposo, a dona de casa enfrenta desafios imensos em sua luta por justiça.

Embora o filme ainda não tenha uma data de lançamento definida, sua potencial participação em grandes prêmios internacionais sugere que ele pode chegar ao circuito comercial entre o final de 2024 e o início de 2025.

Juliana Paes aparece deslumbrante em Festival de Cinema de Veneza

Esta segunda-feira (02), foi o sexto dia do Festival, a premiação mais antiga de cinema no mundo e, entre as celebridades convidadas a prestigiar o momento, estava Juliana Paes marcando presença na estreia de “The Room Next Door”, lançamento de Pedro Almodóvar, renomado cineasta espanhol.

“Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica di Venezia” é o nome do Festival de Veneza, um evento elegante que celebra o cinema europeu e global, servindo como uma plataforma de lançamento para diversos filmes que posteriormente acabam sendo indicados ao Oscar. 


Juliana Paes (Foto: reprodução/Higor Blanco)

Alta-costura coreana

A atriz brasileira de 45 anos, escolheu para a ocasião especial, um longo vestido estilo “tomara que caia” com uma cintilante saia rosa rodada e batida. A peça faz parte da coleção de alta-costura primavera-verão 2024 da Miss Sohee, uma designer coreana situada em Londres.

O penteado foi a cereja no bolo da produção, o laço maxi no cabelo era o complemento para coque, sem um fio fora do lugar escolhido pela brasileira. O cabelo chamava atenção para o olhar da atriz, com uma sombra marrom neutra complementando o delineado forte e uma sobrancelha marcante, que ressaltam a pele de porcelana de Juliana.


Juliane Paes
(Foto: reprodução/Instagram/@higorblanco)

As joias são da linha Panthère, da Cartier, em ouro branco cravejado com diamantes e alguns detalhes em esmeraldas e ônix. Como o próprio nome pode indicar, os brincos e o pingente do colar são muito semelhantes ao rosto de uma pantera.



Sexto dia

Além de Paes, o sexto dia do festival recebeu o time estrelado do filme que a brasileira foi prestigiar. Juliane Moore e Tilda Swinton são as estrelas de “The Room Next Door” e posaram ao lado do diretor Pedro Almodóvar. 

“Ainda Estou Aqui” é um filme brasileiro estrelado por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, e foi aplaudido durante 10 minutos em sua estreia no Festival de Veneza. O favorito do público, segundo o termômetro dos aplausos, é o de Pedro Almodóvar, aplaudido durante 17 minutos.

“Ainda estou aqui” ganha trailer após ser ovacionado em Veneza

Durante o quarto dia do Festival de Cinema de Veneza, “Ainda estou aqui” marcou um momento emocionante para o Brasil. A atriz Fernanda Torres foi ovacionada após a exibição do filme, que já teve o primeiro trailer lançado nesta segunda-feira (2) pela Sony Pictures Brasil.

Com 10 minutos de aplausos, a atriz não pôde se conter e chorou. Junto de Torres, o elenco com produtores, diretores e o ator Selton Mello também se emocionaram.

Veja o vídeo do momento que superou até mesmo os aplausos direcionados as atrizes Angelina Jolie com o filme “Maria” e Nicole Kidman com “Babygirl”:


Momento da reação de Fernanda Torres ao ser ovacionada durante o Festival de Cinema de Veneza, no último domingo (01) (reprodução/YouTube/@uol)


“Ainda estou aqui” retrata, acima de tudo, resiliência para lidar com o desconhecido

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e com direção de Walter Salles, o longa retrata a história de Eunice Paiva e sua luta e persistência após o desaparecimento de seu marido e também ex-deputado, Rubens Paiva, durante o regime militar na década de 1970. A jornada de Eunice é marcada pelo medo e coragem ao ser a fortaleza dos filhos enquanto vivia um “luto” precoce sem saber o que aconteceu com seu companheiro de vida.

O trailer com pouco mais de um minuto apresenta um elenco com alguns dos rostos mais talentosos da teledramaturgia brasileira como a própria Fernanda Torres e sua mãe Fernanda Montenegro que dividem o papel de Eunice em dois períodos da vida, além de Selton Mello, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, Maeve Jinkins, Dan Stulbach, Thelmo Fernandes, Daniel Dantas, Charles Fricks e Maitê Padilha.

Com menos de 5 segundos de aparição, Montenegro tornou o trailer emocionante sem precisar dizer uma única palavra ao retratar uma vida inteira dedicada a entender o paradeiro do marido. 

Uma história real

Os personagens principais do livro são, na verdade, pais do escritor Marcelo Rubens Paiva, que contou um pouco em entrevista à revista Veja, o sentimento que “perseguiu” toda a família após o ocorrido e a razão pela qual decidiu eternizar em palavras:

Como escritor, tenho o hábito de revisitar o passado. Por toda a história de meu pai, Rubens, sequestrado e assassinado na ditadura militar, vejo a memória como um bem precioso. Minha mãe, Eunice, era sua zelosa guardiã. Imagine o baque que foi saber, duas décadas atrás, que ela sofria de Alzheimer, aos 72 anos. Além da dor diante de uma doença perversa, temi que suas descobertas sobre a tirania do AI-5, obtidas a duras penas, pouco a pouco se apagassem. Foi para garantir que isso nunca acontecesse que escrevi um livro sobre sua vida, ‘Ainda Estou Aqui’”, afirmou.

Paiva comentou ainda sobre o entusiasmo de dar “forma” ao livro através do convite de Walter Salles, com quem mantém contato há muitos anos:

“Como sempre quis dar luz à sua trajetória, fiquei contente quando o diretor Walter Salles me procurou para transformar a obra em um filme, que estreia no Festival de Veneza, em setembro. Somos amigos e ele conheceu bem minha mãe, inclusive depois do Alzheimer. O pai de Walter, ministro da Fazenda de João Goulart, também foi perseguido e partiu para o exílio”, completou.

O filme disputará o Leão de Ouro, umas das premiações mais importantes do festival e já está fazendo sucesso pela trama e por retratar uma história real com a presença de verdadeiras estrelas brasileiras que trouxeram sensibilidade e impacto na atuação.

“Ainda Estou Aqui”, com Fernanda Torres, é ovacionado no Festival de Veneza

O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, concorrente ao Oscar, estreou no último domingo, 1º de setembro, durante a competição do 81º Festival de Veneza, na Sala Grande, com direito a exibição em uma sessão de gala. Grandes nomes no cinema nacional marcaram presença, entre eles Selton Mello, Fernanda Torres e o diretor Walter Salles.

Segundo a jornalista Raquel Carneiro, da revista Veja, os aplausos rendidos após o término da exibição do filme duraram 9 minutos e 46 segundos, além de algumas pessoas chorando e outras emocionadas.

Sobre o filme

A obra é baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, que carrega o mesmo nome “Ainda Estou Aqui”, e narra a história de vida da mãe do autor. Dona Eunice é uma mãe de cinco filhos e será interpretada por duas atrizes de peso no cinema nacional: Fernanda Torres, que aparecerá durante a maioria das cenas, e Fernanda Montenegro, que encarnará a personagem nos momentos finais. 



A história narra o desaparecimento em 1971 de Rubens Paiva, marido de Eunice, interpretado por Selton Mello, um engenheiro e ex-deputado que foi levado por agentes militares para depor durante o período da ditadura. Agora ela terá que lidar com a perda e seguirá se dedicando aos estudos, se tornando uma advogada e especialista em direitos indígenas. 

Com Fernanda Torres no papel de uma mulher que se recusa a ser vista como vítima da ditadura e que busca proteger os filhos da dor, ela exerce o papel com maestria, em uma atuação contida, porém cheia de emoção. Sua performance faz com ela entre para a lista de favoritas a uma Coppa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza, concorrendo com grandes atrizes do cenário internacional como Nicole Kidman.

Uma manhã emocionante  

Durante a exibição para a imprensa, que aconteceu na manhã do último domingo, “Ainda Estou Aqui”, foi recepcionado de forma calorosa e era nítido alguns jornalistas segurando as lágrimas. Walter Salles, que não filmava desde uma obra de ficção desde o ano de 2012, também se emocionou e claro que essa reação é compreensível. Adaptar um livro emocionante e fazer com que as pessoas também sintam as emoções através do filme é o que promete o longa brasileiro. O filme ainda não tem previsão de estreia no Brasil e o que se sabe até o momento é que ficará disponível na plataforma de streaming Globoplay.