“Ainda Estou Aqui” alcança marca de 2 milhões de espectadores

Filme brasileiro que pode estar na premiação do Oscar, “Ainda Estou Aqui” segue fazendo história no Brasil. O longa, que estreou no dia 7 de novembro nos cinemas, atingiu a marca de dois milhões de espectadores em menos de um mês em exibição. A obra está perto de superar o filme “Minha irmã e eu” como o filme mais visto no Brasil desde a pandemia da Covid-19.

Líder de bilheteria

Apesar de grandes produções estrangeiras, o filme brasileiro está na liderança de bilheteria da última semana. A produção estrelada por Fernanda Torres ultrapassou o longa “Wicked”, tornando-se o mais visto da última semana nos cinemas por todo o Brasil. “Ainda Estou Aqui”, com sua popularidade, também ficou na frente de “Gladiador 2”, sequência do clássico filme de 2000.


Elenco de “Ainda Estou Aqui” no 81º Festival de Veneza (Foto: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

Além disso, “Ainda Estou Aqui”, tornou-se o filme dirigido por Walter Salles com maior público nos cinemas brasileiros. A marca foi atingida entre os dias 21 e 24 de novembro. No último final de semana, conforme dados do Comscore, o filme arrecadou R$ 8,9 milhões e um público de 390 mil pessoas. Antes, o filme de maior sucesso do diretor era o clássico “Central do Brasil”, que teve 1,6 milhões de espectadores entre 1998 e 1999.

Uma história do Brasil

“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro homônimo e autobiográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva. A obra conta a história de seu próprio pai, Rubens Paiva, um deputado federal que foi preso, torturado e morto pela ditadura militar em 1971, no Rio de Janeiro.


Walter Salles e Fernanda Torres durante gravações de “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/X/ @mahteocosta)

A trama conta como Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens Paiva, precisa mudar totalmente sua rotina após o marido ser exilado. Ela se vê obrigada a tornar-se ativista dos direitos humanos após o desaparecimento do marido durante o regime de exceção que imperou no Brasil entre 1964 e 1985.

Fernanda Torres é considerada ícone global pela Vanity Fair

Fernanda Torres, a renomada atriz brasileira, foi eleita um dos ícones globais da indústria cinematográfica, pela prestigiada revista Vanity Fair. A consagração veio após sua passagem impactante pelo Governors Awards, cerimônia apresentada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que compõe o júri do Oscar.

Fernanda foi homenageada nas redes sociais da academia, a postagem da foto da atriz no Instagram acumulou milhões de curtidas e comentários. 

A estrela de “Ainda Estou Aqui

O reconhecimento mundial veio pelo sucesso estrondoso do filme “Ainda Estou Aqui”, estrelado por Fernanda Torres, conquistando o público e crítica de maneira especial. O longa, dirigido por Walter Salles, é uma adaptação da autobiografia de Marcelo Rubens Paiva e retrata a tocante história de superação e resiliência de uma mulher e sua família,  enfrentando as consequências do regime militar. Com uma performance extraordinária, Fernanda dá vida a Eunice, uma mulher que sobrevive a dor de perder o marido, enquanto reconstrói laços familiares. O filme não só emocionou plateias ao redor do mundo, mas também arrecadou prêmios em festivais como Veneza.

Quem é Fernanda Torres?

Nascida em 15 de setembro de 1965, um dos nomes mais respeitados do cenário artístico brasileiro, é filha de Fernanda Montenegro e Fernando Torres. Iniciou no teatro aos 13 anos, estreando com “Um Tango Argentino”. Com uma carreira que abrange teatro, cinema e televisão, a atriz já venceu a Palma de Ouro em Cannes em 1986 por sua atuação em “Eu Sei que Vou te Amar”, e consolidou-se como um dos maiores talentos da dramaturgia nacional. Na televisão, atuou em novelas como “Selva de Pedra” e “Baila Comigo”, além da série “Tapas e Beijos”. No cinema, brilhou em filmes como “Os Normais” e “Saneamento Básico”. É também escritora, com obras como “Fim” e “Sete Anos”.

A indicação de “Ainda Estou Aqui” ao Oscar 2025 em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Roteiro Adaptado é esperada, mas a inclusão de Fernanda na disputa pelo prêmio de Melhor Atriz, colocou a produção no radar global. 


Fernanda Torres sendo prestigiada pela academia do Oscar (Foto: reprodução/Instagram/@theacademy)


Fernanda Torres continua a provar que talento e dedicação transcendem fronteiras, consolidando-se como um nome que eleva a arte e a cultura do Brasil no cenário mundial. O Oscar 2025 promete ser uma celebração de sua brilhante trajetória.

Fernanda Torres brilha com grifes de luxo na campanha de “Ainda Estou Aqui”

Fernanda Torres, protagonista do aclamado “Ainda Estou Aqui”, tem encantado o público e a crítica não apenas com seu talento, mas também com sua elegância. Vestindo peças de marcas como Dior, Louis Vuitton e Bottega Veneta, a atriz tem se destacado na promoção internacional do longa-metragem de Walter Salles.

Reconhecida pelo papel de Eunice Paiva, símbolo da luta contra a ditadura militar, Fernanda adota produções que refletem a seriedade e a força da narrativa. Looks clássicos, predominantemente em tons sóbrios, destacam a sobriedade de sua presença nos eventos.

Um estilo clássico e refinado

No Governors Awards, em 17 de novembro, Fernanda Torres brilhou com um vestido preto de seda da coleção outono/inverno 24 da Dior. A peça, assinada por Maria Grazia Chiuri, tinha gola bordada e design túnica, complementada por joias do designer brasileiro Fernando Jorge.

Esse visual refletiu o padrão adotado pela atriz durante a campanha de “Ainda Estou Aqui“: peças mais fechadas e em tons escuros, remetendo à seriedade da história retratada no filme.



Outros eventos também evidenciaram sua preferência por looks sofisticados e minimalistas. No Festival de Cinema de Londres, a atriz escolheu um conjunto preto da Bottega Veneta, com cinto na cintura e tamancos Tango. Já no Festival de Filme de Nova York, ela apostou em uma estampa mais ousada da coleção de inverno 25 da mesma marca, mantendo a harmonia com seu estilo.

Elegância nacional e internacional

Além das grifes europeias, Fernanda valorizou a moda brasileira. No Festival de Toronto, ela optou por um modelo acetinado preto de Reinaldo Lourenço. Já no Festival de Veneza, foi a vez de um vestido azul-marinho da Herchcovitch; Alexandre brilhar em um momento especial para o filme, que conquistou o prêmio de melhor roteiro.


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Fernanda Torres no red carpet do Festival de Veneza na estreia do filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. 🎥: @labiennale

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Torres no festival de Veneza (Vídeo: reprodução /Tiktok /@carasbrasil)

Combinando talento e sofisticação, Fernanda Torres reforça sua presença nos holofotes, tanto pelo papel marcante quanto pela elegância inconfundível.

“Ainda Estou Aqui” se consolida como um marco na carreira de Walter Salles

O filme Ainda Estou Aqui provou sua força entre os telespectadores, tornando-se o maior sucesso de público da carreira do diretor Walter Salles. Segundo o jornalista Lucas Salgado, a obra alcançou impressionantes 1,7 milhões de espectadores no Brasil, consolidando sua relevância no cenário cinematográfico nacional.

Sobre o filme

Com um elenco de peso que inclui Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, Ainda Estou Aqui é baseado em fatos reais e inspirado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva.

A narrativa mergulha no Brasil dos anos 1970, retratando o período de censura da ditadura militar. Após o desaparecimento e prisão de seu marido, Rubens Paiva, Eunice resiste ao autoritarismo ao se formar em Direito e tornar-se uma importante ativista política, em uma história que une força e resiliência.

Aclamado pela crítica, o longa foi ovacionado por 10 minutos no Festival de Veneza deste ano, onde venceu o prêmio de “Melhor Roteiro”. Além disso, Ainda Estou Aqui é um forte candidato a representar o Brasil no Oscar 2025 na categoria “Melhor Filme Internacional”. Fernanda Torres também desponta como uma possível indicada à premiação. A aguardada cerimônia será realizada em 17 de janeiro de 2025.


Trailer de “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: reprodução/YouTube/Fãs de Cinema)


Impacto nas bilheterias

O sucesso de Ainda Estou Aqui também se reflete nas bilheterias. O filme lidera entre os lançamentos atuais, superando grandes produções como Gladiador 2 e Wicked. Com arrecadação superior a R$ 30 milhões, ele reafirma o apelo do cinema nacional ao público.

No último fim de semana, Ainda Estou Aqui atraiu 450 mil espectadores, contra 320 mil de Wicked, estrelado por Ariana Grande e Cynthia Erivo.

Outra produção nacional que se destaca é Minha Irmã e Eu, estrelada por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. Este filme de comédia lidera como o maior público brasileiro do ano de 2024, com 2,3 milhões de espectadores. Ainda Estou Aqui, porém, segue em ascensão e promete ultrapassar essa marca em breve.

Matéria por Maria Stephany (Lorenar7)

“Ainda Estou Aqui” está na lista de elegíveis ao Oscar

Nesta quinta-feira (21), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a lista das produções confirmadas e elegíveis para ganhar o Oscar na 96ª edição do evento, que acontecerá no dia 2 de março de 2025. As categorias listadas foram Animação, Documentário e Internacional, sendo que foi nesta última que o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi indicado como “Melhor Filme Internacional”.

Reconhecimento

Competindo com 84 filmes internacionais pelo Oscar e estrelado por Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, já é uma produção muito aclamada. Considerado como um sucesso de bilheteria, o filme foi exibido nos festivais de Nova York, Toronto e Londres. No festival de cinema em Veneza, o longa foi premiado na categoria de “Melhor Roteiro”.

O filme também conseguiu atingir o marco de mais de um milhão de espectadores com apenas 11 dias de exibição no Brasil.

Em dezembro, será divulgada uma pré-lista com 15 filmes internacionais, sendo que a lista com os cinco longas nomeados será publicada em janeiro do ano que vem. Apesar de ainda não ser a lista final, a possibilidade do Oscar agitou os internautas, que logo teceram diversos elogios à produção brasileira.


Trailer de “Ainda Estou aqui” (Vídeo: reprodução/Instagram/@sonyclassics)


Fernanda Torres

Muito adorada pelos brasileiros, Fernanda está muito orgulhosa com o reconhecimento internacional. “Se essa indicação chegar a acontecer, num filme pequeno em comparação com a indústria de cinema internacional, (…) já considero isso como um Oscar ganho!”, comentou a atriz durante uma entrevista à Vogue, ressaltando o detalhe de ser um filme em língua portuguesa. Fernanda também comentou sobre como se sente honrada em estar na lista de pré-indicados, mesmo que não ganhe o Oscar, já considera isso como uma vitória.

Ainda estou aqui

O filme é uma adaptação do livro com mesmo nome e escrito por Marcelo Rubens Paiva, inspirado na emocionante história de sua família. Marcelo conta a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, e os desafios que a família enfrentou durante o regime militar sem saber do paradeiro do esposo político.

O longa é ambientado nos anos 70, no período da ditadura militar no Brasil. Depois do sumiço e morte de Rubens (Selton Mello), Eunice (Fernanda Torres) se torna uma ativista dos direitos humanos.

Matéria por Emille Hama (Lorena – R7)

“Ainda Estou Aqui”: Walter Salles declara surpresa com o desempenho da produção

Durante o evento Deadline Contenders, que aconteceu neste sábado (16), nos Estados Unidos, Walter Salles admitiu estar surpreso com o desempenho do longa-metragem brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que já levou mais de meio milhão de pessoas aos cinemas brasileiros para conferir a obra nacional, lançada em 7 de novembro.

Em entrevista, o diretor comentou sobre a lotação dos cinemas e também pontuou o fato da produção ter se tornado a número um no fim de semana passado.

“A gente ficou um pouco chocado com isso, eu confesso, porque tinha um filme da Marvel na segunda posição”, contou Salles, referenciando “Venom: A Última Rodada”.


Selton Mello, Walter Salles e Fernanda Torres em editorial para a People Entertainment (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)

Espaço político

Salles mencionou ainda o papel que a produção vem tomando no país, assumindo espaços culturais, sociológicos e políticos em sua abordagem realista e sem escamas no contexto político inserido.

“A gente não poderia antecipar isso, e isso me fez pensar agora que a literatura, o cinema e a música podem ser instrumentos incríveis contra o esquecimento.”

Mesmo com a suavidade apolítica, “Ainda Estou Aqui” se compromete com o modelo de controle apresentado na trama. Com aberturas muitas vezes não completamente inseridas no conflito ditatorial, ainda é transmitida toda a tensão espaçada pelo regime militar, entregando ao público uma abordagem maciça da situação.

O caráter politico da produção ainda foi alvo de uma falha tentativa de boicote promovida pela polarização partidária através das redes sociais.

Detalhes da trama

Com abordagem social e política, “Ainda Estou Aqui”, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, retrata a mudança caótica da família Paiva quando o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), cassado, preso e torturado, desaparece nas mãos do militares, deixando sua esposa, Eunice Paiva (Fernanda Torres), e seus filhos no escuro quanto ao seu paradeiro. No entanto, a opressão ao marido não foi de forma alguma suficiente para minguar sua luta, assumida por sua esposa, advogada, que milita pela causa e busca respostas sobre o destino do companheiro.

A produção está em exibição nos principais cinemas brasileiros e apenas nos primeiros dias atraiu mais de 300 mil pessoas, arrecadando cerca de R$ 8,6 milhões. O longa-metragem ainda é escolhido para representar o país no Oscar 2025.

Fernanda Montenegro entra para o Livro dos Recordes

Conhecida por seus inúmeros trabalhos no teatro, televisão e cinema, uma verdadeira lenda da dramaturgia brasileira, tendo recebido mais de 90 prêmios, e mais de 100 indicações, na noite desta quarta-feira (13), a atriz Fernanda Montenegro compartilhou um vídeo na sua conta do Instagram relatando ter entrado para o Guinness Book, o Livro dos Recordes.

A única brasileira já indicada ao Oscar, e agora recordista, informa no vídeo que recebeu o prêmio pelo seu feito no dia 18 de agosto deste ano. Neste dia, a atriz realizou uma leitura de Simone de Beauvoir no Parque do Ibirapuera.


Fernanda Montenegro relata entrada no Guinness Book (Livro dos Recordes) e agradece fãs (Vídeo: reprodução/Instagram/@fernandamontenegrooficial)


Ação que levou à entrada no Livro dos Recordes

Neste dia, Montenegro leu para 15 mil pessoas, batendo o recorde mundial de maior público em leitura filosófica. A leitura de Fernanda ocorreu gratuitamente no parque de São Paulo, tendo sido promovida pelo Banco Itaú, através da campanha intitulada “Itaú 100 Anos”, em comemoração ao aniversário do banco.


Fernanda Montenegro se apresenta no Parque Ibirapuera, em São Paulo, para mais de 15 mil pessoas (Vídeo: reprodução/Instagram/@fernandamontenegrooficial)


Os ingressos para a apresentação de Fernanda ficaram disponíveis gratuitamente através da plataforma da Sympla, tanto para o Auditório do Ibirapuera, quanto para o gramado, e esgotaram em menos de 30 minutos.

A apresentação ocorreu dentro do Auditório, onde Fernanda estava sentada e, ao término da apresentação, ao lado de sua filha, a atriz Fernanda Torres, a parede traseira do Auditório abriu-se, e a atriz cumprimentou o gramado, onde mais de 15 mil pessoas a assistiram e prestigiaram a leitura do ícone do pensamento filosófico feminista, Simone de Beauvoir.

Agradecimentos de Fernanda Montenegro

No vídeo, Montenegro conta que divide o prêmio com todo o prêmio que esteve presente no evento, que foi um enorme encontro entre a arte e a educação, tendo agradecido mais uma vez à iniciativa do Itaú.

A atriz diz ainda que juntar 15 mil pessoas para ler um texto, e levar ideias novas difíceis a serem entendidas, sem ninguém ir embora, não acontece em qualquer lugar do mundo. Por mais que se agradeça a Deus e aos deuses, Fernanda conta que isso não é o suficiente, reconhecendo mais uma vez a presença e a importância do público presente.

“Ainda estou aqui” chega no top 250 do Letterboxd

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, “Ainda Estou Aqui” é uma das grandes surpresas do cinema nacional. O filme tem sido aclamado em festivais de cinema e já é um sucesso de bilheteria, com R$ 8,6 milhões. Nesta quarta-feira (13) a produção chegou ao ranking do Letterboxd na posição 232. O ranking é bastante disputado e é baseado nas avaliações dos usuários, o que representa a boa recepção do filme.

Fenômeno nacional

“Ainda Estou Aqui” traz uma história real e envolvente. A história gira em torno do sumiço do marido de Eunice Paiva (Fernanda Torres) durante a ditadura militar brasileira. A história é densa e permite bastante reflexão.

O filme foi dirigido por Walter Salles, que também participou da produção de “Central do Brasil”. A direção de Walter foi bastante cuidadosa e sensível com a ambientação e atuações, o que atraiu ainda mais o público. Mesmo se tratando de um gênero pouco explorado no cinema nacional, o filme conseguiu uma grande repercussão.


Fernanda Montenegro também faz parte do elenco (Foto: reprodução/ X/ @lipafacunda)

A fotografia e trilha sonora também foram pontos que renderam muitos elogios, para muitos a produção foi considerada impecável. O filme ganhou o prêmio Green Drop Award no Festival de Veneza, além de ser indicado ao Oscar de 2025, sendo o filme que vai representar o Brasil na edição.

O ranking do Letterboxd

O ranking mundial da plataforma seleciona até 10.000 filmes, porém a plataforma também seleciona a lista dos 250 melhores, que são os filmes mais bem avaliados. Por ser uma plataforma coletiva, com avaliações de milhares de usuários, é um ranqueamento de grande relevância pois mostra a qualidade e relevância das produções cinematográficas.

A ferramenta também ajuda a descobrir diversos filmes novos, os critérios podem ser tanto a experiência dos telespectadores quanto a qualidade técnica de cada filme. A presença de “Ainda Estou Aqui” no ranking é um marco para o cinema nacional. O filme se junta a grandes títulos, como “Cidade de Deus” e “Central do Brasil”.

Fernanda Torres confirma ter negado papel de Odete Roitman em remake de “Vale Tudo”

Durante entrevista, na última sexta-feira (1), para Maria Fortuna, do jornal “O Globo”, Fernanda Torres confirmou ter recebido convite para o papel de Odete Roitman para o remake da telenovela “Vale Tudo”. Contudo, o papel foi recusado, e a atriz explana o porquê da decisão.

Segundo Torres, a recusa do papel ocorreu devido sua agenda, visto que não teria tempo para conseguir preparar-se para o icônico papel de Beatriz Segall (1926-2018), atriz que originalmente interpretou a personagem que marcou gerações.

A recusa de Fernanda Torres

Enquanto promovia o filme “Ainda Estou Aqui” em Los Angeles, que representará o Brasil no Oscar 2025 e vem sendo aclamado em todas as exibições – incluindo uma ovação no Festival de Cannes – Fernanda comentou que, ao receber o convite, percebeu que o filme ganhava visibilidade rapidamente. Ela alertou a equipe que não conseguiria gravar o remake a tempo, ao que responderam que poderiam “segurar” as filmagens até março.

Contudo, após o sucesso do longa em Veneza, a atriz decidiu não participar do remake para evitar “começar um trabalho dessa responsa já cansada,” após as intensas semanas de promoção.

Fernanda Torres observou que situações assim são comuns na indústria, lembrando que ela própria não foi a primeira opção de Walter Salles para “Ainda Estou Aqui,” mas que, no final, “é de quem faz.”

O papel de Odete Roitman no remake será interpretado por Débora Bloch, vencedora de prêmios como quatro Prêmios APCA, um Prêmio Shell, um Troféu Imprensa e dois Prêmios Qualidade Brasil.


Fernanda Torres fala sobre a recusa para o papel de Odete Roitman no remake de “Vale Tudo” (Vídeo: reprodução/X/@JornalOGlobo)

Vale Tudo

“Vale Tudo” foi uma telenovela exibida na TV Globo entre 1988 e 1989, dirigida por Dennis Carvalho e Ricardo Waddington, com autoria de Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e Leonor Bassères.

Enfocando a corrupção e a falta de ética no Brasil no final dos anos 80, a trama narra a história de Raquel Accioli (Regina Duarte), que decide abandonar o marido Rubinho (Daniel Filho) após quase uma década de união. Ela muda-se para a casa de seu pai, Salvador (Sebastião Vasconcelos), em Foz do Iguaçu, levando consigo sua filha, Maria de Fátima (Glória Pires), e tendo como única posse a casa que Salvador deixou para a neta.

A novela marcou gerações com suas cenas antológicas, mas principalmente pela atuação primorosa das atrizes, destacando-se Beatriz Segall no papel de Odete Roitman, considerada a maior vilã da teledramaturgia brasileira.

Maria de Fátima, interpretada magistralmente por Glória Pires, também foi vista como uma das grandes vilãs da televisão e a filha mais ingrata já representada.

Renata Sorrah também brilhou com sua icônica personagem, que se tornou uma “alcunha” para aqueles que bebem demais: Heleninha Roitman.

O impacto da novela foi tão grande que, em 2016, “Veja” a classificou como uma das melhores telenovelas brasileiras de todos os tempos, ao lado de “Avenida Brasil.”

Fernanda Torres é homenageada no Critics Choice Awards 2024 pela atuação em ‘Ainda Estou Aqui’

Na nova edição do Critics Choice Awards, Fernanda Torres foi homenageada pelo seu papel no longa Ainda Estou Aqui, recebendo o prêmio de Melhor Atriz em Filme Internacional, destacando-se ao lado de outras personalidades latinas. Em um discurso por videochamada, Fernanda falou sobre sua carreira e a importância de seu papel como Eunice Paiva no filme.

Uma carreira brilhante e seu papel em ‘Ainda Estou Aqui’

Reconhecida pelo Critics Choice Awards em Los Angeles, uma das mais relevantes premiações internacionais, Fernanda Torres se juntou a uma lista de homenageados que inclui nomes como Zoe Saldaña e Pablo Larraín.

A cerimônia celebrou artistas latinos que deixaram sua marca tanto em frente às câmeras quanto nos bastidores. Em seu discurso, transmitido por vídeo, já que ela não pôde comparecer presencialmente ao evento, Fernanda compartilhou lembranças sobre o início de sua carreira e falou sobre a profundidade de interpretar Eunice Paiva, uma figura de grande força e resiliência.


Confira o momento que Fernanda Torres é homenageada e agradece por videochamada (Reprodução/Instagram/@oficialfernandatorres)


Brasil em evidência e corrida para o Oscar

A repercussão da homenagem foi imediata nas redes sociais, onde fãs e colegas de trabalho celebraram o reconhecimento da atriz. Desde o início das divulgações de Ainda Estou Aqui, Fernanda tem conciliado eventos no Brasil e no exterior, marcando presença em festivais internacionais e sendo uma das vozes da representação brasileira no cinema mundial.

Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), uma mãe de cinco filhos que se vê obrigada a se reinventar após um ato violento e arbitrário do governo durante a ditadura militar. O filme, que já passou pela 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e pelo Festival do Rio, estreia oficialmente no Brasil em 7 de novembro e foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na disputa pelo Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. O elenco conta ainda com Selton Mello e Fernanda Montenegro, colocando ela como um dos mais importantes filmes brasileiros dos últimos anos.