“Ainda Estou Aqui” ultrapassa 5,8 milhões de espectadores e marca o primeiro Oscar da história do Brasil

O cinema brasileiro vive um momento historico . O filme “Ainda Estou Aqui”  superou  a marca de 5,8  milhões de  espectadores nas salas de cinema e  garantiu o primeiro Oscar da história brasileira. Em Cartaz há 21 semanas, o filme já foi lançado em 42 nações e continua expandindo sua presença global.

Sob a direção de Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, o drama conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. A obra também disputou Melhor Filme e Melhor Atriz, posicionando o Brasil como um dos principais destaques da temporada de prêmios. A conquista, inédita para o país, é vista como um divisor de águas para o audiovisual nacional.

De história pessoal à emoção global

“Ainda Estou Aqui” é baseado nas recordações do autor Marcelo Rubens Paiva a respeito de sua mãe, Eunice Paiva. A história ocorre em 1971, no período da ditadura militar, e relata a mudança de uma mãe de cinco filhos em defensora dos direitos humanos, após o sumiço do esposo por parte da Polícia Militar. É um relato pessoal, doloroso e verídico — narrado com sensibilidade e força.


Fernanda Torres e Selton Mello(Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Fernanda Torres ganhou reconhecimento mundial por sua atuação, vista como uma das mais memoráveis de sua trajetória. Walter Salles, famoso por filmes como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, retornou a investigar questões sociais com sensibilidade, valorizando o silêncio, a resistência e a potência das pequenas narrativas que desvendam amplos cenários

Reconhecimento internacional e novas estreias

O sucesso do longa se espalha mundo afora. Foi apresentado em nações como Itália, Alemanha, Espanha, México, Austrália, Colômbia, Israel, Argentina e Taiwan e nos países escandinavos entre setembro e outubro, com datas confirmadas na Dinamarca (2/10) e Noruega (3/10).


Fernanda Torres e Selton Mello(Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Na cerimônia do Oscar, dividiu espaço com produções elogiadas como Emilia Pérez, O Brutalista, Conclave e Anora, este último o grande vencedor da noite. Ainda assim, foi o filme brasileiro que cravou seu nome na história ao garantir, pela primeira vez, uma estatueta dourada para o país.

Impacto duradouro e novas premiações

A jornada de Ainda Estou Aqui não terminou no Oscar. O filme agora está na disputa pelo Prêmio Platino, o mais prestigioso do cinema ibero-americano, em três categorias: Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz. Também está sendo indicado para o BAFTA e outras premiações na Europa e na América Latina.

Além do efeito artístico, o filme reviveu debates sobre o passado recente do Brasil, a preservação da memória histórica e a função do cinema como meio de reflexão. A repercussão mundial também destacou a relevância de reforçar a indústria audiovisual brasileira, aumentando investimentos e estimulando novas produções

Com uma carreira ainda em curso e novos públicos a serem alcançados, Ainda Estou Aqui se consolida não apenas como um sucesso de crítica e bilheteria, mas como um símbolo da força do cinema brasileiro em contar suas próprias histórias — com verdade, coragem e emoção.

“Ainda Estou Aqui” chega ao streaming neste domingo (6)

A espera finalmente chegou ao fim e todos que não tiveram oportunidade de assistir “Ainda Estou Aqui”, nas telonas, terão oportunidade de assistir o longa em casa com uma pipoca caseira. O filme de Walter Salles chega exclusivamente à plataforma Globoplay, no próximo domingo (6). 

“Ainda estou aqui” conquistou 40 prêmios em festivais nacionais e internacionais, dentre eles, o Oscar de “Melhor Filme Internacional”.

Para o Globoplay é um novo momento de celebração ao trazermos com exclusividade o filme para nossos assinantes, ampliando o ciclo de vida da obra e potencializando seu alcance após uma passagem histórica pelos cinemas”

Manuel Belmar, diretor de produtos digitais da Globo.

“Ainda estou aqui” é sucesso de bilheteria com quase 6 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros, foi coproduzido entre Brasil e França e tem no elenco, além de Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, Marjorie Estiano, Antônio Saboia, Maeve Kinkings, Humberto Carrão e Dan Stulbach.

Enredo da obra

Baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda estou aqui“, conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, que sofreu as agruras do período ditatorial no país ao ver seu marido, o então vereador Rubens Paiva, nos anos 1970, desaparecer após ser levado por militares à paisana. Eunice, então, com 5 filhos, inicia uma busca pela verdade sobre o destino de seu marido.

A personagem de Eunice Paiva é interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e Rubens Paiva, pelo ator Selton Mello. 


Trailer oficial de ‘Ainda estou aqui’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Sony Pictures)

Oscar inédito

O prêmio merecido de “Melhor Filme Estrangeiro” para, “Ainda estou aqui” foi inédito, isto porque, antes dele, também de Walter Salles, concorreu à estatueta o longa “Central do Brasil”, de 1998, mas não levou o prêmio tão esperado. 


Walter Salles ao lado de pôster de Central do Brasil, durante premiação, em 1999 (Reprodução/Hector Mata/Getty images embed)


Protagonizado pela mãe de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, o filme também concorreu em 1999 ao Oscar nas categorias de “Melhor Filme Internacional” e de “Melhor Atriz” para Fernanda Montenegro, porém a academia premiou Gwyneth Paltrow, por “Shakespeare Apaixonado” e “A vida é bela” como “Melhor Filme Internacional”.

Após “Ainda Estou Aqui”, Fernanda Torres se prepara para novo projeto cinematográfico

Após aclamada performance no filme “Ainda Estou Aqui”, a atriz Fernanda Torres afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo, publicada na última quarta-feira (26), que voltará a gravar um filme ainda este ano.

Fernanda, que atualmente desfruta de um período de férias após sua corrida pelo Oscar, onde foi indicada na categoria de “Melhor Atriz”, revelou ao veículo que retornará em breve ao trabalho em um projeto que já havia sido planejado antes do filme “Ainda Estou Aqui”.

Meus próximos meses voltarão a ser pesados”, disse Fernanda.

A atriz ainda não revelou muitos detalhes sobre o novo longa-metragem, mas a filmagem está prevista para iniciar no final do ano.

Mãe e filha no MASP

Na próxima sexta-feira (2), a videoinstalação “Isaac Julien: Lina Bo Bardi — um maravilhoso emaranhado” estreará no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP). Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretarão a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, em diferentes momentos de sua vida.

Idealizada pelo cineasta Isaac Julien, a obra contará com nove telas projetadas ao mesmo tempo, e estará localizada no segundo andar do museu.


Cartaz da obra “Isaac Julien: Lina Bo Bardi — um maravilhoso emaranhado” (Foto: reprodução/Instagram/@isaacjulien)

Orgulho nacional

Apesar de ter perdido o Oscar de Melhor Atriz” para Mikey Madison, o impacto da atuação de Fernanda Torres no filme “Ainda Estou Aqui” elevou a atriz ao status de orgulho nacional.

Nos dias que antecederam a premiação do Oscar, o público brasileiro já estava encantado com os feitos da atriz no cenário internacional. Ela foi a primeira brasileira a vencer o prêmio de “Melhor Atriz em Filme de Drama” no Globo de Ouro.

Durante o Carnaval, Fernanda ganhou um boneco de Olinda em sua homenagem. “Virar boneco de Olinda, isso sim, é consagração”, afirmou a atriz para o canal GloboNews, durante o tapete vermelho do Oscar.

Ainda que Fernanda não tenha levado o prêmio individual para casa, a atriz se sentiu bastante realizada com a vitória de “Ainda Estou Aqui” como “Melhor Filme Estrangeiro”.

“Ainda Estou Aqui” bate a marca de R$ 200 milhões de bilheteria 

Baseada na história de Eunice Paiva e sucesso absoluto, “Ainda Estou Aqui” atingiu a marca de R$ 200 milhões de bilheteria total nos cinemas de todo o mundo. Em cartaz desde novembro, o filme, dirigido por Walter Salles, já foi exibido em cerca de 14 países ao redor do mundo. 

No Brasil, o longa segue em cartaz em alguns cinemas. Já no exterior, a produção chegou aos cinemas dos Estados Unidos, França, Itália e chegou no Reino Unido, onde se tornou o longa-metragem latino-americano mais visto no país.

“Ainda Estou Aqui” estreou internacionalmente no Festival de Veneza de 2024, um dos mais evento cinematográficos mais prestigiados do mundo. Na ocasião, a produção fez parte da seleção oficial e conquistou o prêmio de ‘Melhor Roteiro’.


Cartaz de divulgação de ‘Ainda Estou Aqui’ (Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Premiações 

Conquistando o público pelo roteiro impactante, o longa-metragem brasileiro fez história ao participar das principais premiações da história do cinema.

No Globo de Ouro, o filme foi indicado na categoria de  “Melhor Filme de Língua Não Inglesa”, no entanto, não saiu vitorioso. A celebração ficou por conta de Fernanda Torres, que foi indicada à categoria “Melhor Atriz de Drama” e levou a estatueta, desbancando grandes nomes como Angelina Jollie.

No Oscar, a produção brasileira fez história ao ser indicada para três categorias. Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres. A produção acabou conquistando o premio de “Melhor Filme Internacional”, levando os brasileiros à loucura. 

Fernanda Torres também foi contemplada como ‘Melhor Atriz Estrangeira’ pela Critics Choice Association no Celebration of Latino Cinema & Television.

Sobre a produção 

Baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva, o filme “Ainda Estou Aqui” narra a história de Eunice Paiva, mãe de Marcelo. Na produção, Eunice vive a violência do regime militar após da prisão e o desaparecimento do marido, o deputado Rubens Paiva, vivido por Selton Melo.

O longa-metragem ainda conta com passagem dos anos, quando mostra o momento em que Eunice descobre o diagnóstico de Alzheimer e narra o dia a dia de sua vida com a doença.

“Ainda Estou Aqui” é a terceira maior bilheteria brasileira da história

O vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, “Ainda Estou Aqui”, drama brasileiro dirigido por Walter Salles, alcançou a terceira maior bilheteira do ano, conforme informado pelo site Collider.

A bilheteira nacional corresponde a um sexto da arrecadação mundial. Enquanto o total acumulado no Brasil é de 6 milhões de dólares, a bilheteira global atingiu 36 milhões de dólares.

Outros filmes brasileiros de bilheteria destaque

Conforme o Collider, o longa estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello ocupa o terceiro lugar, ficando atrás apenas de “Minha Mãe é Uma Peça 2” e “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro”. O primeiro registrou uma arrecadação de 39 milhões de dólares, enquanto o segundo alcançou 63 milhões de dólares.


Trailer de “Minha Mãe é Uma Peça 2” (Vídeo: Reprodução/YouTube/@telecine)

A comédia de 2019 acompanha a vida de Dona Hermínia, interpretada por Paulo Gustavo, que também assina o roteiro, inspirado em sua própria mãe, Dona Déia. Na sequência, a personagem, que enriqueceu com seu programa de TV, enfrenta o desafio de lidar com o vazio deixado pela saída de seus filhos, Juliano e Marcelina, de casa, apesar de seu sucesso profissional.


Trailer de “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro” (Vídeo: Reprodução/YouTube/@FilmeTropa2)


“Tropa de Elite 2”, de 2010, se passa treze anos após os eventos do primeiro filme e foca no amadurecimento do Tenente-Coronel Nascimento, interpretado por Wagner Moura, que enfrenta dificuldades na relação com seu filho adolescente. O longa também aborda o crescimento do BOPE e os conflitos entre policiais e milícias no Rio de Janeiro. O diretor José Padilha explicou que o filme explora a conexão entre segurança pública e financiamento de campanhas, antecipando a relação entre segurança e política atualmente. Além disso, uma rebelião na penitenciária de Bangu 1, liderada por Beirada (Seu Jorge), também é central para a trama.

“Ainda Estou Aqui” no streaming

Ainda Estou Aqui” está em cartaz nos cinemas brasileiros desde novembro de 2024 e, internacionalmente, desde fevereiro de 2025. Além disso, o longa já tem data marcada para estrear no streaming da Globoplay.

Prêmio Platino 2025: Brasil se destaca com 11 indicações a premiação

Mais um destaque foi adicionado a longa lista de indicações que o audiovisual brasileiro vem conquistando nos cenários de premiações internacionais. Agora 11 nomeações em uma das mais importantes premiações do cinema ibero-americano somam essa lista: estamos falando do Prêmio Platino 2025, que reconhece as maiores produções da América Latina, Espanha e Portugal. 

Esse ano, os destaques brasileiros já são conhecidos pelo público, como “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. A produção foi a ganhadora do Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional. Agora, o longa, que expõe os horrores da Ditadura Militar, concorre na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e também coloca Salles na indicação de Melhor Direção e Fernanda Torres em Melhor Atriz. 

Minisséries também entram na premiação

Nas categorias de Melhor Minissérie ou Telessérie Ibero-Americano o Brasil também não fica de fora. Como representantes, o país conta com “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, da MAX e “Senna”, da Netflix. Alexandre Rodrigues, que protagonizou Buscapé no filme lançado em 2002, retorna ao elenco e representa, ao lado de Gabriel Leone, o Brasil na categoria de Melhor Ator em Minissérie ou Telessérie. 


Gabriel Leone como Ayrton, na série “Senna”, da Netflix (Foto: reprodução/Instagram/@gabrielleone)

Além disso, Andreia Horta, que interpreta Jerusa em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” também garante seu lugar na competição pelo prêmio de Melhor Atriz em Minissérie ou Telessérie. Também há representação na categoria de Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telessérie que fica com Hugo Bonemer, por “Senna”.


Andréia Horta como Jerusa, em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” (Foto: reprodução/Max)

A minissérie “Senna” ainda garantiu uma indicação na categoria de Melhor Criador de Minissérie ou Telessérie Cinematográfica.

Além de filmes, minisséries e direção, o Brasil ainda tem representante na categoria de Melhor Animação com “Arca de Noé”, dirigida por Sérgio Machado e Alois Di Leo. 

Indicados ao Prêmio Platino 2025

Confira a seguir uma lista com todas as indicações brasileiras à premiação. 

  • Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção
  • “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Direção
  • Walter Salles, por “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Atriz
  • Fernanda Torres, por “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Animação
  • “Arca de Noé”, dirigido por Sérgio Machado e Alois Di Leo
  • Melhor Minissérie ou Telessérie Cinematográfica Ibero-Americana
  • “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • “Senna”
  • Melhor Ator em Minissérie ou Telessérie
  • Alexandre Rodrigues, por “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • Gabriel Leone, por “Senna”
  • Melhor Atriz em Minissérie ou Telessérie
  • Andreia Horta, por “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telessérie Cinematográfica
  • Hugo Bonemer, por “Senna”
  • Melhor Criador de Minissérie ou Telessérie Cinematográfica
  • Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patrícia Andrade, por “Senna”

A premiação está prevista para o dia 27 de abril, em Madri, na Espanha. 

Fernanda Torres surpreende estudantes ao prestigiar defesa de mestrado do filho na UERJ

A atriz Fernanda Torres surpreende estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ao comparecer à instituição para acompanhar a defesa de mestrado de seu filho, Joaquim Waddington. A presença da artista chamou a atenção de alunos e professores, tornando o momento ainda mais especial.

Presença inesperada

A chegada de Fernanda Torres aos corredores da UERJ, como era de se esperar, não passou despercebida. Afinal, acostumada aos holofotes por sua carreira no teatro, cinema e televisão, a atriz, no entanto, desta vez foi destaque por um motivo diferente: o apoio à trajetória acadêmica do filho. Joaquim, fruto de seu casamento com o cineasta Andrucha Waddington, defendeu seu trabalho diante da banca avaliadora, enquanto contava com a presença atenta e orgulhosa da mãe.


Fernanda marca presença na UERJ e tira fotos com estudantes (Foto: reprodução/X/@geografah)

Além de assistir à apresentação, Fernanda interagiu com alguns alunos e professores, demonstrando simpatia e interesse pelo ambiente acadêmico. Apesar de ser um rosto amplamente reconhecido no meio artístico, ela manteve a discrição e acompanhou o momento com total dedicação ao filho. Sua atitude reforçou a importância do incentivo familiar nos desafios acadêmicos e serviu de inspiração para muitos estudantes.

Repercussão entre os estudantes

A atitude de Fernanda Torres surpreende estudantes e gera grande repercussão entre os alunos da universidade, que compartilharam o momento nas redes sociais. Diversos estudantes elogiaram a postura da atriz, ressaltando sua discrição e o incentivo à educação. A presença de uma personalidade reconhecida no meio artístico evidenciou a relevância do apoio familiar em momentos decisivos da trajetória acadêmica.

Além disso, a presença da atriz na universidade trouxe à tona reflexões sobre a importância do apoio familiar no percurso acadêmico. A trajetória universitária apresenta desafios significativos, e o reconhecimento e a participação de familiares exercem um papel fundamental nesse processo.

Elenco de ‘Vitória’ se reúne em pré-estreia do filme no Rio de Janeiro

Na última terça-feira (12), o mais novo longa do cinema brasileiro, ‘Vitória’, contou com a sua pré-estreia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com a presença do núcleo de direção da obra cinematográfica, o evento também contou com a presença de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, vencedora do ‘Globo de Ouro’. 

Além das atrizes, Jennifer Dias, Allan Rocha e o jornalista responsável pelo desfecho da história baseada em fatos reais, Fábio Gusmão, também compareceram ao tapete vermelho. 

No interior do evento, pouco antes da exibição para o público carioca, Montenegro dedicou o filme à Joana da Paz, brasileira responsável pela criação da obra e ao diretor Breno Silveira, que faleceu meses após o início das gravações. 

Aos 95 anos de idade, Fernanda causou comoção e arrancou aplausos do público presente. 


Fernanda Torres com o marido e diretor Andrucha na Pré-estreia “Vitória” no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Webert Belecio/AgNews)

Bate-papo com InMagazine 

Em bate papo exclusivo com o InMagazine, Jennifer Dias deu mais detalhes sobre a nova produção e como foi encarrar essa personagem ao lado de Montenegro. 

Segundo a atriz, contracenar ao lado de uma de suas maiores referências, é algo indescritível. Para Jennifer, Fernanda abrilhantou o longa-metragem e reforçou o comprometimento e empenho da consagrada ‘dama do teatro brasileiro’. 


Elenco de “Vitória” no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Webert Belecio/AgNews)

Sobre o filme 

Nesta trama, Fernanda Montenegro interpreta Dona Nina, uma idosa solitária que reside em uma favela na zona sul do Rio de Janeiro. Farta da violência ao seu bairro, ela decide então com a ajuda de uma câmera VHS registrar os crimes chocantes por conta própria, através da janela de seu apartamento. Com o registro das imagens, Nina auxilia a polícia ao denunciar um esquema criminoso.

O filme é inspirado na vida de Joana da Paz, responsável por documentar o esquema de uma poderosa quadrilha composta por traficantes e policiais corruptos no Rio de Janeiro.

No ano de 2005, quando as imagens foram divulgadas ao público através dos noticiários, Joana foi rebatizada como “Vitória” para proteger e preservar sua identidade. Por quase duas décadas, a brasileira viveu sob o programa de proteção a testemunhas, até seu falecimento, em 2023.

“Velhos Bandidos” é o último trabalho de Fernanda Montenegro nos cinemas

Na noite da última quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, a atriz Fernanda Montenegro anunciou a aposentadoria dos cinemas. Durante a pré-estreia de seu penúltimo filme, “Vitória”, a artista de 95 anos confirmou que o longa é seu último projeto de drama.

O último projeto de Fernanda nos cinemas, “Velhos Bandidos”, já foi gravado, mas ainda não tem data de lançamento. A comédia é dirigida pelo filho da atriz, Claudio Torres. Já “Vitória”, que estreia nas telonas nesta quinta-feira (13), é dirigido pelo genro Andrucha Waddington, marido de Fernanda Torres. “Quis o acaso que o último drama que eu faço e a última comédia que eu faço é com meu filho. Nessa altura de quase 100 anos que eu tenho, já está bom. Está assim, sublime”, disse Fernanda em entrevista ao Canal Brasil.

No entanto, a estrela da dramaturgia brasileira não pretende se aposentar de outros trabalhos. Nesta semana, Fernanda mostrou que continua em atividade nos palcos, após participar de um recital de autores da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupa a cadeira 17 desde março de 2022. 

“Vitória”


Fernanda Montenegro interpreta Dona Nina no filme “Vitória” (Foto: reprodução: Sony Pictures Brasil)

O filme que estreia nesta quinta-feira (13), nos cinemas, é uma produção original Globoplay e foi inspirado em uma história real, presente no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, de Fábio Gusmão. Fernanda Montenegro interpreta uma senhora que passa a filmar, da janela do apartamento, a movimentação dos traficantes de drogas nas ruas da própria comunidade, com a intenção de cooperar com o trabalho da polícia. Ao passo que faz as gravações, a personagem conhece um jornalista que se junta a ela em sua missão. 

Trajetória de Fernanda Montenegro

Nascida como Arlette Pinheiro Esteves da Silva, a atriz iniciou sua carreira aos 15 anos, em locuções de novelas de rádio. No ano de 1950, fez sua estreia no teatro, na obra “Alegres Canções nas Montanhas”. Em 1951, ao ser a primeira contratada da TV Tupi (Rio de Janeiro), assumiu o nome artístico Fernanda Montenegro.

Além dos trabalhos na televisão e nos palcos, a artista dedicou grande parte da vida a projetos cinematográficos. Em 1999, foi indicada à categoria de “Melhor Atriz” no Oscar, pelo filme “Central do Brasil”, dirigido por Walter Salles. 

Fernanda Montenegro afirma que sua filha é um fenômeno

A atriz Fernanda Montenegro, de 95 anos, fez uma carta aberta nesta sexta-feira (07/03), para a sua filha e também atriz Fernanda Torres, de 59 anos, que fez história ao ser a segunda brasileira indicada ao Oscar e ter conquistado o Globo de Ouro em 2024 pelo longa de “Ainda estou aqui” do diretor Walter Salles.

A mãe orgulhosa só fez elogios a filha, deixando claro que para ela Torres é um fenômeno. Além de amigos e companheiros de trabalho que elogiaram a atriz.  


Carta aberta de Fernanda Montenegro para Fernanda Torres (Foto: reprodução/Instagram/@fernandamontenegrooficial)


Carreira de Fernando Torres

Vindo de um berço artístico, filha de dois ícones da televisão brasileira, além da mãe seu pai Fernando Torres que também era ator, produtor e diretor. Na carta Montenegro conta que Torres começou sua trajetória no Teatro Tablado aos 12 anos, com o total apoio dos pais que estavam na plateia para incentivá-la.

Mesmo tendo uma referência incomparável Torres trilhou seu próprio caminho no cinema e na televisão, tendo na carreira diversos papéis de destaque, na Globo estrelou Os normais e Tapas e Beijos que a fizeram conhecida pelo público, já no cinema brilhou com Terra Estrangeira (1994) e O Primeiro Dia (1996).

Trilhando um caminho com muitos sucessos, sua maior indicação veio com Eunice Paiva, o longa baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de Rubens Paiva que foi levado por policiais durante a ditadura militar no Brasil.

Resultado do Oscar

Mesmo que a estatueta não tenha ficado com a atriz, Torres conseguiu o feito de ter um país inteiro para torcer por ela. A ganhadora, no entanto, foi a norte-americana Mikey Madison pela atuação em “Anora”, filme que também ganhou em outras quatro categorias. Contudo, Montenegro fez questão de enaltecer o trabalho da filha e sua trajetória de 50 anos na dramaturgia.

A premiação rendeu para o longa “Ainda estou aqui” o Oscar como Melhor Filme Internacional, fazendo com que o nome do cinema fosse marcado na maior premiação mundial.