Detalhes da contratação de Andreas Pereira são revelados na véspera da final da Libertadores

O cenário é quase o mesmo, já que, em 2021, Andreas Pereira se preparava para um Flamengo e Palmeiras, pela Libertadores. A diferença é que, naquela época, o jogador atuava pelo rubro-negro e cometeu uma falha que gerou o gol do título do Palmeiras, marcado por Deyverson.

Segundo apuração do ge, a diretoria do Flamengo ficou dividida sobre a saída do atleta e atual presidente teve influência direta na decisão

Saída do jogador

Andreas Pereira estava no Flamengo sob empréstimo do Manchester United, com acordo para compra de 10 milhões de euros, mas após a falha contra o Palmeiras, a sua permanência dividiu opiniões. Em 2022, quando Andreas saiu do rubro-negro, Marcos Braz e Bruno Spindel ainda eram dirigentes do Flamengo e desejavam a permanência do jogador.

Porém, as divergências na Gávea deixavam a situação instável, já que nomes importantes do clube não concordavam. Na época, Rodrigo Tostes, vice de finanças, e Luiz Eduardo Baptista, vice de relações externas, discordavam da permanência do jogador. A pressão pelo erro na final e questões financeiras causadas por processos na justiça foram pontos importantes para decisão.


Andreas Pereira atuando pelo Palmeiras (Foto: reprodução/Cesar Greco/Site/Palmeiras)


Com isso, o atual presidente Rodolfo Landim optou por postergar a compra e assim, Andreas Pereira foi dispensado pela cláusula contratual. Andreas saiu em julho de 2022 e foi vendido pelo United para o Fulham, por 10 milhões de libras.

Contratação do Palmeiras

Logo que saiu, a diretoria do Palmeiras propôs 20 milhões mais bônus pelo jogador, mas proposta foi recusada pelo Fulham. Não demorou para que voltassem atrás, já que em agosto, o Palmeiras acertou a contratação por 10 milhões, metade do valor oferecido inicialmente.

A contratação resultou nas críticas da torcida do Flamengo e, no encontro com o clube rubro-negro esse ano, Andreas foi o maior alvo de vaias. Agora, Andreas volta a encontrar o Flamengo onde, provavelmente, será titular. A final da Conmebol Libertadores será nesse sábado (29), às 18h em Lima, no Peru.

Noite mágica: Abel Ferreira chora em campo após classificação do Palmeiras

O confronto entre Palmeiras e LDU, na quinta-feira (30), rendeu emoções desde o primeiro tempo. O Palmeiras precisava vencer com quatro gols de diferença para avançar à final da Copa Libertadores, após perder por 3 a 0 no jogo de ida, em Quito. Mas, à beira do campo, o técnico Abel Ferreira parecia fiel ao próprio mantra: “cabeça fria, coração quente”.

O técnico andava de um lado para o outro, braços cruzados, olhos no relógio. Permaneceu assim até o apito final, quando desabou em lágrimas no gramado após o alviverde vencer por 4 a 0 a LDU. A reação do comandante português emocionou comissão técnica, jogadores e torcedores. Abel havia prometido uma noite mágica — e foi exatamente o que aconteceu no Allianz Parque.

A emoção do treinador

Abel Ferreira manteve o padrão. Cobrou os árbitros, orientou os jogadores e ficou o tempo todo à beira do campo. Passou poucos segundos sentado no banco, ao lado dos auxiliares, mas conteve os ânimos mesmo quando os jogadores se exaltavam. “Acho que foi dos jogos em que menos emotivo eu estive. Não podia passar essa emoção pros nossos jogadores”, revelou.

Ele se segurou até o apito final, que confirmou a classificação do Palmeiras, da forma que havia prometido: em uma noite mágica.  Enquanto chorava pela classificação, foi abraçado por funcionários do clube e pelos atletas responsáveis pela vitória. Na coletiva após o jogo, falou sobre o momento em que desabou.

“Eu simplesmente desabei. Acho que estava com uma bola dentro, tudo pressionado aqui”, disse, apontando para o peito. Abel contou que ainda tem dificuldade em desfrutar das vitórias e que, todos os dias, sente a necessidade de provar que merece estar onde está. Mas a classificação daquela quinta-feira, admitiu, foi um alívio.



Abel Ferreira na comemoração da classificação do Palmeiras (Foto: reprodução/Cesar Greco/Palmeiras)


Conflito e redenção com a torcida

Três meses antes, Abel vivia um momento tenso com a torcida. Após a eliminação na Copa do Brasil diante do Corinthians, foi xingado por parte de uma organizada. Reconheceu a chateação e chegou a se questionar sobre renovar o contrato com o Verdão. O técnico comentou, na época, que sempre pediu apoio, mesmo nas fases difíceis. Ontem, depois da classificação, os torcedores retribuíram com aplausos e cânticos, lembrando os feitos e as promessas cumpridas.

Disse ainda que gosta de estar no clube, mas que não quer se prender apenas a um contrato — para ele, a palavra e o sentimento de pertencimento valem mais, “que seja eterno enquanto dure”. Durante a coletiva, a presidente do clube interrompeu o treinador para saudá-lo e reconhecer o impacto de seu trabalho. “Esse homem sabe o que faz. É o maior técnico da história do Palmeiras”, afirmou.

Em campo, os gols foram marcados por Ramón Sosa e Bruno Fuchs; no segundo tempo, Raphael Veiga, alvo de críticas recentes da torcida, fez os dois decisivos. A atuação do time já entra para a história como uma das mais memoráveis na corrida pelo tetracampeonato da Libertadores.

Atlético-MG x Botafogo: confrontos importantes em mais de 100 anos jogos

Neste sábado (30), Atlético-MG e Botafogo decidem o título da Libertadores, às 17h (de Brasília), em Buenos Aires, no Estádio Monumental de Núñez. Esta é a primeira vez que times se encaram na competição, porém, o duelo tem muita história e grandes feitos dos dois lados, apesar do retrospecto ser amplamente favorável ao time carioca.

Retrospecto dos times

Em mais de 100 anos de confronto, Atlético e Botafogo já se enfrentaram um total de 115 vezes, com o primeiro vencendo 36, e o time carioca vencendo 52, além de 27 empates. O Fogão já balançou as redes um total de 207 vezes, enquanto o Galo marcou 170 vezes. O primeiro duelo dos times, aconteceu no dia 21 de outubro de 1923, em Belo Horizonte, onde o Botafogo venceu por 4 a 2.


Jogadores de Atlético e Botafogo (Foto: reprodução/Pedro Souza/Atlético)

A primeira vitória do Atlético-MG aconteceu dia 20 de julho de 1947, no Rio de Janeiro, onde ganhou de 2 a 1. Esta foi a única vez que o time mineiro ganhou nos três jogos que disputou contra o Glorioso nesse campo.

Outro duelo marcante na história dos times, aconteceu em 1958. O jogo era um amistoso para a comemoração de 50 anos do Atlético, que chegou a marcar quatro gols no primeiro tempo, porém, no segundo tempo, o Botafogo virou o placar e o jogo terminou 5 a 4.

Os times ainda já disputaram vaga para as quartas de final da Taça Brasil de 1967, e teve um desfecho surpreendente.  Foram jogos de muita tensão e provocação de todos os lados. No primeiro confronto, o Botafogo ganhou por 3 a 2. E no segundo jogo, o Atlético venceu por 1 a 0 no Mineirão.

O jogo de desempate aconteceu no Mineirão, 15 dias depois, onde teve um empate sem gol no tempo normal, e por 1 a 1 na prorrogação. Aí a vaga foi decidida na “moedinha”, onde o time mineiro levou a melhor.

Atlético já comemorou título em cima do Botafogo

No dia 19 de dezembro de 1971, um jogo inesquecível para a torcida atleticana aconteceu, no Maracanã. Foi um confronto pelo triangular decisivo do Campeonato Brasileiro naquele ano. O Botafogo não tinha chances de ser campeão, e o Atlético com a vitória por 1 a 0, gol de Dario, ficou com o título, uma vez que não poderia ser mais alcançado pelo São Paulo.

Final da Libertadores entre Atlético-MG e Botafogo pode ter recorde de público

A final da Libertadores, que acontecerá no próximo sábado (30), entre Atlético-MG e Botafogo, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, terá recorde de público para finais entre brasileiros na história da competição, desde que a decisão passou a ser realizada em somente um jogo. Segundo o Lance!, já foram vendidos mais de 60 mil ingressos para o duelo.

Público de finais únicas

A Libertadores teve a sua primeira final única no ano de 2019, no jogo entre Flamengo e River Plate, em Lima, no Peru, e desde então já foram cinco decisões em confronto único. Nesta final, foram aproximadamente 59 mil ingressos vendidos.

Na final de 2020, entre Palmeiras e Santos, não teve a presença de público, somente de pessoas convidadas, devido à pandemia de covid-19, e foi realizada no Maracanã, no Rio de Janeiro. Já em 2021, no jogo entre Palmeiras e Flamengo, estiveram presentes 45 mil pessoas no estádio Centenário, em Montevidéu, Uruguai.

Na final entre Flamengo e Athletico-PR, que aconteceu em 2022, tiveram aproximadamente 39 mil ingressos vendidos para o jogo realizado no Monumental, em Guayaquil, no Equador. Em 2023, no confronto entre Boca Juniors e Fluminense, realizado no Maracanã, tiveram 69 mil pessoas.

E até o momento, já foram vendidos mais de 60 mil ingressos para a final entre Atlético-MG e Botafogo, que será realizada no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Contando as decisões de final única, o duelo entre Atlético-MG e Botafogo ainda seria o segundo jogo com mais público. Porém, essa final ainda pode superar a decisão entre Boca e Fluminense.

Inicialmente, tinha um medo em realizar uma final sem times argentinos em um estádio com o tamanho do Monumental de Núñez. Mas, a final foi mantida, e o estádio tem capacidade para aproximadamente 80 mil pessoas.


Estádio Monumental de Núñez (Foto: reprodução/River Plate)

Botafogo deve ter mais torcedores

Ainda segundo a apuração realizada pelo Lance!, até o momento foram vendidos mais de 60 mil ingressos, de 80 mil disponíveis. Foram disponibilizados 40 mil ingressos, chamados de “categoria 3”, que seriam destinados aos torcedores dos times, sendo 20 mil para cada. O Botafogo já esgotou os 20 mil ingressos, enquanto o time mineiro vendeu aproximadamente 12 mil.

Os outros ingressos vendidos são chamados de “categoria 1” e “categoria 2”. Estes, são para patrocinadores, hospitalidade (camarotes e lugares especiais) e venda geral. Até o momento já foram vendidos 28 mil ingressos. Parte desses ingressos são destinados a patrocinadores e podem voltar para a Conmebol, caso as marcas desejarem, e se devolvidas, elas são comercializadas novamente como venda geral.

Atlético-MG não toma conhecimento da torcida do River Plate e está a um jogo do título

O Atlético-MG provou mais uma vez que é um time temido para uma semifinal de Conmebol Libertadores. O time mineiro conseguiu empatar fora de casa, com tranquilidade, superioridade e frieza, na frente de mais de 80 mil torcedores do River Plate. Com isso, conseguiu chegar na final da Libertadores, uma vez que ganhou o primeiro jogo por 3 a 0 na Arena MRV.

Preparativos do Atlético-MG

Gabriel Milito conseguiu usar bem o segredo e a surpresa para o jogo. O treinador e o time deixaram várias dúvidas no ar e, por fim, repetiu a escalação do jogo que Arena MRV.

A postura no Estádio Monumental foi diferente, porém seguiram sendo inteligentes. O time teve noventa minutos de foco para fechar os espaços e conseguiu proteger a área das bolas cruzadas do River Plate, principal e única arma do time argentino.


Jogadores do Atlético comemorando a classificação (foto: Reprodução/Pedro Souza/Atlético)

Atuação do time

Quem gostou dessa tática adotada pelo Atlético foi Battaglia, que ganhou várias disputas e fez cortes essenciais quando o River Plate furou o bloqueio. Além de dominar a defesa. A linha de marcação variava de acordo com cada movimento do time comandado por Gallardo.

Quando teve um pouco de posse de bola, Deyverson quase marcou para o time mineiro. Foi aos 36 minutos que o Atlético teve um maior domínio da bola e foi aí que o River deu o primeiro sinal de cansaço.

O segundo tempo seguiu bastante parecido. Pouco drama, sem sustos, e com o Atlético sempre na frente. Milito tirou Lyanco, pendurado e com rendimento abaixo do normal, e colocou Saravia, que melhorou o lado do campo.

O River continuou pressionando, chegou a dar um trabalho a mais para Everson, mas já estavam começando a entender que tinha acabado, mesmo antes do apito final. Scarpa quase marcou no final do jogo, com a bola batendo no travessão.

Se Scarpa acertasse a bola, era mais um detalhe para provar a superioridade do Atlético-MG durante a partida. O time mineiro viveu uma noite que todo time busca na competição continental. Jogar em Buenos Aires, encarar um jogo difícil, uma torcida apaixonada e com uma festa do tamanho do jogo.